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sábado, 24 de março de 2012

VI Festival de Arte Negra






















Artistas cujos trabalhos sejam dedicados à cultura e à arte negra já podem inscrever suas produções no edital Mostra Movimentos Urbanos, através do qual serão escolhidos trabalhos que irão compor a 6ª edição do Festival de Arte Negra (FAN) em Belo Horizonte. As propostas devem ser apresentadas até terça, dia 20, na sede da Fundação Municipal de Cultura (FMC), que fica na rua Sapucaí, 571, no bairro Floresta, das 10h às 17h. O formulário para apresentação dos projetos culturais e o edital do evento estão disponíveis no site www.pbh.gov.br/cultura. As atividades do FAN acontecem entre 29 de maio e 3 de junho, no Palácio das Artes e no Parque Municipal e o tema deste ano é “Territórios Móveis”. O evento é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da FMC, com correalização da Associação Pró‐Cultura e Promoção das Artes (Appa).
Entre as diversas possibilidades de manifestações artísticas, o edital admite projetos de dança, apresentações musicais (canto, instrumental, eletrônico e DJs), performances (cênicas e multimídia) e intervenções de artes visuais (pintura, desenho, vídeo, fotografia, esculturas, colagem e grafite). Pessoas físicas ou jurídicas de caráter artístico-cultural poderão candidatar trabalhos relacionados à cultura de matrizes africanas, direcionados ao público adulto ou infantil. A inscrição é presencial ou por meio de procuração e consiste na entrega de dois envelopes: o primeiro deverá conter toda a documentação exigida no edital e o segundo, a proposta de apresentação, acompanhada dos anexos também exigidos no edital.

O FAN é o maior festival de cultura negra fora do continente africano. Além da programação artística, há espaços também para o delineamento de políticas públicas que valorizam a cultura, a história e a identidade negra da população brasileira. Ao longo dos anos, o projeto contou com a participação de nomes consagrados do movimento, nos âmbitos internacional e nacional. O músico Chico César, a atriz Elisa Linda, o encenador Souleymane Koly, os cantores Ray Lema e Sally Nyolo e os DJs Afrika Bambaataa e o bailarino Clyde Morgan são alguns destes exemplos.
Para a realização desta edição, a curadoria do projeto e a sociedade civil debateram diretrizes para inovar o festival em Belo Horizonte. Os encontros, que começaram em janeiro, tiveram o objetivo de levantar ideias, propostas e reflexões expostas por mestres de capoeira, músicos, dançarinos, artistas plásticos e representantes das religiões de matriz africana. Para Gil Amâncio, que integra a comissão organizadora ao lado de Celina Albano, Ricardo Aleixo, Ibrahima Gaye e Leda Martins, essa colaboração teve o objetivo de deixar o evento ainda mais completo. “Grande parte do que veremos no festival é fruto desses encontros. Tivemos ótimas sugestões e algumas parcerias interessantes foram estabelecidas. Foi um período de trabalho bastante enriquecedor”, lembra o músico.
Com o tema “Territórios Móveis” escolhido para conduzir essa edição, o festival ressalta o valor político e cultural de um percurso simbólico fundamental para o entendimento da experiência africana e afro-diaspórica: o que se inicia no corpo, ocupa o espaço amplo, expande-se para a casa, lugar das alianças afetivas, e transborda para a rua.

Seleção

A seleção se dará em duas etapas distintas. A primeira é a fase eliminatória, que consiste na abertura do envelope de documentação e conferência destes documentos. A segunda etapa é de classificação, quando as propostas são avaliadas e pontuadas pelos membros da Comissão de Seleção, a partir da análise dos documentos contidos no segundo envelope, o de proposta. Os critérios levam em conta a qualidade artística e a viabilidade técnica-financeira, a clareza e a adequação da proposta escrita, assim como a relevância do projeto.

A relação das propostas habilitadas e inabilitadas será publicada no site da Fundação Municipal de Cultura (www.pbh.gov.br/cultura) no dia 5 de abril. Caso a proposta tenha sido inabilitada, os responsáveis podem recorrer a decisão no prazo de três dias corridos, contados a partir da publicação do resultado da 1ª etapa de seleção. O recurso deverá ser dirigido à Comissão de Seleção, que analisará o pedido, decidindo em caráter definitivo.

História

A primeira edição do evento foi em 1995, no tricentenário de Zumbi dos Palmares, em Belo Horizonte, capital do segundo maior estado brasileiro em densidade populacional negra. Desde o início, o FAN foi produzido pela Fundação Municipal de Cultura e surgiu por iniciativa do músico Gil Amâncio.

O projeto não se restringe a shows e inclui dimensões literárias, sociais e políticas. No nível coletivo, as ações do FAN expressam a construção de um comportamento social e demonstram um processo de cria¬ção e recriação do exercício da cultura negra ao longo dos anos.