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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Artigos: Desnutrição


A cada ano, cerca de 600 mil crianças com menos de 5 anos morrem na América Latina por causas evitáveis.
Há 6 milhões de desnutridos na mesma faixa etária.
Dos 237 milhões de menores de 16 anos da região, 60% são pobres.
“A pobreza aumenta o número de crianças vivendo na rua, que, por sua vez, faz crescer a violência contra menores, a prostituição e o trabalho infantil”, afirmou Marta Mauras, diretora regional do Unicef para a América Latina e Caribe.

Desde 1990 para reduzir a mortalidade infantil e materna, aumentar o número de crianças com primário completo e combater a prostituição, o trabalho e a violência contra menores.
Crianças pobres são 84 milhões na AL
A pobreza entre as crianças na América Latina, incluindo o Brasil, aumentou drasticamente na última década, de acordo com relatório divulgado ontem pelo Unicef ( Fundo das Nações Unidas para a Infância ).
Segundo o Unicef, mais de 84 milhões de crianças e adolescentes na América Latina vivem atualmente em condições de pobreza, enquanto aumenta a diferença entre os riscos e os riscos e os pobres na região.
Relatórios recentes e detalhados sobre a pobreza revelam que os programas de ajuste econômico contribuíram de modo decisivo para um declínio nos padrões de vida nos setores mais vulneráveis da sociedade, especialmente crianças e adolescentes.
A distribuição de renda na região tornou-se mais desigual a partir de 1970, de acordo com o relatório, divulgado em preparação da 3a. Conferência Hemisférica sobre Políticas Infantil e Social, que começa na próxima quinta-feira, em Santiago ( Chile ).

O relatório do Unicef nota que as crianças não são as únicas vítimas da crescente pobreza da América Latina, já que 50% da população da região vive abaixo do nível de pobreza.
O relatório ressalta que as crianças também enfrentam outros problemas sociais, incluindo trabalho infantil, abuso, violência e consumo de drogas.
Calcula-se que 120 mil crianças, muitas entre 6 e 7 anos, são empregadas como domésticas, sem receber pagamento.  

Além disso, as crianças têm sofrido com a diminuição dos programas governamentais na maioria dos países. “Os programas sociais básicos, aos quais toda a criança tem direito, foram seriamente afetados na última década de acordo com o estudo.

O relatório aponta ainda que a pobreza infantil tornou-se mais um fenômeno urbano. Durante a década de 80, o número de pobres na região aumentou e até 60 milhões de pessoas, concentradas nas cidades.

O índice de mortalidade infantil permanece em mais de 50 mortes por mil nascidos vivos no Brasil. Em Cuba, são 10 mil. 

Subnutrição

É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal.
Hipernutrição
É um excesso de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de comer demais (ingestão excessiva); ou do uso excessivo de vitaminas ou outros suplementos.
A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro ocorrem alterações na concentração de nutrientes no sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal funcionamento de órgãos e tecidos do corpo e então surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte.
O corpo necessita de mais nutrientes durante certas fases da vida, especialmente na infância e adolescência; durante a gravidez; e enquanto a mãe está amamentando. Na velhice as necessidades alimentares são menores, mas a capacidade de absorver os nutrientes também está freqüentemente reduzida. Assim, o risco de subnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas economicamente desprovidas.
Avaliação nutricional
Para avaliar o estado nutricional de uma pessoa, o médico precisa conhecer a dieta e problemas médicos que possam existir, realizar um exame físico, e algumas vezes solicitar exames de laboratório - os níveis sangüíneos de nutrientes e substâncias que dependem dos níveis destes nutrientes (como hemoglobina, hormônios da tiróide e a transferrina) podem ser medidos.
Para determinar a história dietética de uma pessoa, o médico pergunta que alimentos foram comidos nas 24 horas prévias e que tipos de alimentos normalmente são consumidos. É muito comum pedir à pessoa que mantenha um diário de comida no qual ele anote tudo o que comer durante alguns dias. Durante o exame físico, o médico observa o aspecto geral e o comportamento da pessoa bem como a distribuição da gordura do corpo e avalia o funcionamento dos órgãos e sistemas.
Deficiências nutricionais podem causar várias doenças. Por exemplo:
Hemorragia gastro-intestinal pode causar anemia por deficiência de ferro.
Uma pessoa sendo tratada com altas doses de vitamina A para acne pode desenvolver dores de cabeça e visão dupla como resultado da concentração da vitamina A.
Qualquer sistema do corpo pode ser afetado por uma desordem nutricional. Por exemplo:
o sistema nervoso é afetado pela deficiência de niacina (pelagra), deficiência de tiamina - vitamina B1 (beribéri), deficiência ou excesso de vitamina B6 (piridoxina), e deficiência de vitamina B12.
O paladar e o olfato são afetados pela deficiência de zinco
O sistema cardiovascular é afetado pelo beribéri, pela obesidade, por uma dieta com muita gordura que leva à hipercolesterolemia e à doença coronariana, ou por uma dieta com excesso de sal que conduz à hipertensão.
O trato gastro-intestinal é afetado pela pelagra, deficiência de ácido fólico e alcoolismo.
A boca (lábios, língua, gengivas e membranas mucosas) é afetada pela deficiência de vitaminas do complexo B e pelo escorbuto (deficiência de vitamina C).
A deficiência de iodo pode resultar no aumento da glândula tireóide.
Uma tendência aumentada para sangramentos e sintomas cutâneos como erupções, secura e inchação por retenção de líquidos (edema) podem acontecer no escorbuto, deficiência de vitamina K, deficiência de vitamina A e no beribéri.
Os ossos e articulações são afetados pelo raquitismo (deficiência de vitamina D), osteoporose e escorbuto.
Fatores de risco
As crianças formam uma faixa da população particularmente susceptível à subnutrição, pois elas precisam de uma maior quantidade de calorias e nutrientes para o seu crescimento e desenvolvimento.
Elas também podem desenvolver deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina C e cobre se receberem dietas inadequadas.
A ingestão insuficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes pode conduzir à desnutrição protéico-calórica, uma forma particularmente severa de subnutrição, que retarda o crescimento e o desenvolvimento.
Na medida em que as crianças chegam à adolescência, suas exigências nutricionais crescem devido ao aumento das suas taxas de crescimento.
As gestantes ou mães que amamentam têm uma necessidade aumentada de todos os nutrientes para prevenir a subnutrição nelas e no seu bebê.
O bebê de uma mãe alcoolista pode ser física e mentalmente prejudicado pela síndrome alcoólica fetal, pois o abuso de álcool e a subnutrição resultante afetam o desenvolvimento fetal.
Uma criança que é amamentada exclusivamente ao seio pode desenvolver deficiência de vitamina B12 se a mãe for uma vegetariana que não come nenhum produto de origem animal.
Quem tem risco de subnutrição?
As crianças com pouco apetite.
Adolescentes que passam por surtos de crescimento rápido
Velhos
Pessoas que têm doença crônica do trato gastrointestinal, fígado, ou rins
Pessoas em dietas rigorosas por muito tempo
Vegetarianos
Pessoas com dependência de álcool ou outra droga que não se alimentam adequadamente
As pessoas que tomam remédios que interferem com o apetite ou com a absorção ou exceção de nutrientes
Pessoas com anorexia nervosa
Pessoas que têm febre prolongada, hipertireoidismo, queimaduras, ou câncer
Pessoas idosas podem ficar subnutridas por causa da solidão, incapacidades físicas e mentais, imobilidade ou doença crônica. Além disso, sua capacidade de absorver os nutrientes está reduzida, contribuindo para problemas como anemia por deficiência de ferro, osteoporose e osteomalácia.
O envelhecimento é acompanhado de uma perda progressiva da massa muscular, independentemente de doenças ou deficiência dietética. Essa perda responde pela redução que acontece no metabolismo, pela diminuição do peso corporal e pelo aumento da taxa de gordura do corpo de aproximadamente 20 a 30 por cento nos homens e 27 a 40 por cento em mulheres. Por causa dessas mudanças e uma redução na atividade física, as pessoas mais velhas necessitam menos calorias e menos proteínas do que as pessoas mais jovens.
Pessoas com alguma doença crônica que cause má absorção tendem a ter dificuldade em absorver vitaminas lipossolúveis (A, D, E, e K), vitamina B12, cálcio, e ferro. As doenças do fígado prejudicam o armazenamento das vitaminas A e B12 e interferem com o metabolismo de proteínas e glicose.
Pessoas que têm doença renal, incluindo aquelas em diálise, são propensas a deficiência de proteínas, ferro, e vitamina D.
A maioria dos vegetarianos não come carne, mas come ovos e laticínios. A deficiência de ferro é o único risco desse tipo de dieta.
Vegetarianos tendem a viver mais e a desenvolver menos condições incapacitantes crônicas do que as pessoas que comem carne. Porém, a saúde melhor dessas pessoas também pode ser resultado da abstenção de álcool e tabaco e da tendência delas se exercitarem regularmente.
Vegetarianos que não consomem nenhum produto animal estão em risco de desenvolverem deficiência de vitamina B12, além de ferro.
Muitas dietas da moda afirmam aumentar o bem-estar ao reduzir o peso; porém, dietas altamente restritivas são nutricionalmente insalubres: essas dietas podem resultar em deficiências de vitaminas, minerais e proteínas; em doenças que afetam o coração, rins e o metabolismo e até mesmo em algumas mortes. Pessoas em dietas muito hipocalóricas (menos de 400 calorias por dia) não conseguem manter a saúde por muito tempo.
Entre o extremo da inanição e a nutrição adequada, há vários graus de nutrição inadequada, como a desnutrição protéico-calórica, uma das principais causas de morte em crianças nos países em desenvolvimento.
Desnutrição protéico-calórica
A desnutrição protéico-calórica é causada por uma ingestão inadequada de calorias, resultando em uma deficiência de proteínas e micronutrientes (nutrientes necessários em quantidades pequenas, como vitaminas e alguns minerais). O crescimento rápido, uma infecção ou uma doença crônica pode aumentar a necessidade por nutrientes, particularmente nas crianças que já são subnutridas.
Sintomas
Há três tipos de desnutrição protéico-calórica: seca (a pessoa está magra e desidratada), molhada (a pessoa está inchada por causa de retenção de líquidos) e um tipo intermediário.
O tipo seco, chamado marasmo, é resultante da fome quase total. A criança que tem marasmo ingere muito pouca comida, freqüentemente porque a mãe não pode amamentar e é extremamente magra devido a perda de músculo e gordura corporal. Quase invariavelmente desenvolve alguma infecção.
O tipo molhado é chamado kwashiorkor, uma palavra africana que significa "primeira criança-segunda criança". Vem da observação de que a primeira criança desenvolve kwashiorkor quando a segunda criança nasce e substitui a primeira criança no peito da mãe. A primeira criança, desmamada, passa a ser alimentada com uma sopa de aveia que tem baixa qualidade nutricional comparada com o leite de mãe, assim a criança não se desenvolve. A deficiência de proteína no kwashiorkor é normalmente mais significativa que a deficiência calórica, resultando em retenção fluida (edema), doença de pele, e descoloração do cabelo. Como as crianças desenvolvem kwashiorkor depois que são desmamadas, elas são geralmente mais velhas do que as que tem marasmo.
O tipo intermediário de desnutrição protéico-calórica é chamado kwashiorkor - marasmático. Crianças com esse tipo retêm algum fluído e tem mais gordura corporal do que as que tem marasmo.
O kwashiorkor é menos comum do que o marasmo e normalmente acontece como kwashiorkor - marasmático. Tende a ser limitado a algumas partes do mundo (África rural, Caribe, Ilhas do Pacífico, e Sudeste da Ásia) onde as comidas utilizadas para desmamar os bebês - como inhame, mandioca, arroz, batata-doce e bananas verdes - são deficientes em proteína.
A deficiência de proteína prejudica o crescimento do corpo, a imunidade, a cicatrização e a produção de enzimas e hormônios. Tanto no marasmo quanto no kwashiorkor a diarréia é comum.
O desenvolvimento comportamental pode ser extremamente atrasado na criança severamente subnutrida e pode acontecer retardamento mental. Normalmente, uma criança que tem marasmo é mais severamente afetada do que uma criança mais velha que tem kwashiorkor.
Prognóstico
Até 40% das crianças que têm desnutrição protéico-calórica morrem. A morte durante os primeiros dias de tratamento normalmente é causada por um desequilíbrio eletrolítico, uma infecção, hipotermia ou parada cardíaca.
A recuperação é mais rápida no kwashiorkor do que no marasmo.
Os efeitos a longo prazo da desnutrição na infância são desconhecidos. Quando as crianças são tratadas adequadamente, o fígado e o sistema imunológico se recuperam completamente. Porém, em algumas crianças, a absorção intestinal de nutrientes permanece comprometida. O grau de prejuízo mental está relacionado a quanto tempo uma criança ficou subnutrida, quão severa foi a desnutrição e com que idade começou