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domingo, 1 de abril de 2012

Modéstia. Uma comédia Dramática

“Modéstia”
Humor e drama se contrapõem em duas estórias paralelas: uma se passa na Argentina contemporânea e a outra na Rússia em guerra.
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A comédia dramática conta duas estórias paralelas: uma na argentina nos dias de hoje, outra numa aparente Rússia do século 19, que se revezam no palco, através de um jogo de portas. As duas estórias falam sobre crise econômica, amores impossíveis, o valor da arte. Um vaudeville contemporâneo, um quebra-cabeça teatral, original e instigante. A dramaturgia é do argentino Rafael Spregelburd, direção de Pedro Brício, que também assina, junto com as atrizes Leticia Isnard e Isabel Cavalcanti, a tradução do texto. No elenco, Bel Garcia, Fernando Alves Pinto, Gilberto Gawronski e Isabel Cavalcanti, todos em duplos papéis. O cenário é de Bia Junqueira, o figurino de Antonio Guedes, a iluminação de Tomás Ribas e a trilha sono de Domenico Lancellotti.
Em “Modéstia”, Spregelburd trata de temas importantes no mundo atual, como a imigração, o preconceito racial e o caos provocado pela globalização. Sempre com um humor refinado e uma originalidade formal ímpares, a peça funciona como uma “comédia de portas”, contando duas estórias paralelas: uma se passa na Argentina contemporânea e a outra numa Rússia ‘tchecoviana’ em guerra. Os atores se dobram em papéis, ora interpretando o personagem de uma história, ora de outra, no incessante abrir e fechar das portas do cenário. Aparentemente, as histórias não têm relação, mas aos poucos suas conexões temáticas, suas complementaridades e contradições, aparecem num brilhante jogo dialético.
A elaborada dramaturgia de “Modéstia” expõe uma consistente discussão sobre as fronteiras nos dias de hoje – fronteiras políticas, culturais e de linguagem. Versa também sobre as incertezas do mal e sobre a modéstia como pecado: “esse prazer soberbo e culposo de se sentir um pouco menos do que se é, com o objetivo íntimo, talvez, de pagar em cotas cômodas uma dívida infinita”, resume o autor.
Inédito no Brasil, o texto faz parte de uma heptologia escrito por Spregelburd. Inspirado pela pintura “A Roda dos Pecados Capitais”, de Hieronymus Bosch, o autor decidiu escrever peças sobre o que para ele seriam os sete pecados contemporâneos. A primeira foi ‘A Inapetência’, seguida de ‘A Extravagância’ (ambas de 1996); ‘A Modéstia’ (1999), encenada agora no Rio de Janeiro e em seguida em Brasília. Depois vieram ‘A Estupidez’, montada no Brasil em abril de 2011 pela Cia Os Dezequilibrados, com direção de Ivan Sugahara; ‘O Pânico’ (2002); ‘A Paranóia’ (2008); e ‘A Teimosia’ (2009).
Segundo Pedro Brício, a vontade de montar esse texto vem da relevância e originalidade que a obra tem, além de uma enorme identificação com a linguagem do autor. “A pesquisa de uma dramaturgia atual, a valorização da palavra em cena e o uso de uma comicidade que dialoga com o drama, a poesia e o absurdo, são qualidades do texto de Rafael Spregelburg e também elementos fundamentais da minha pesquisa”, afirma do diretor.
Sobre a peça
“Modéstia” é uma obra contundente, de franca comunicação com o público. Desde a sua primeira montagem na Argentina, ganhou inúmeros prêmios de melhor texto, entre eles o Prêmio Teatro XXI (GETEA), Prêmio María Guerrero, Prêmio Trinidad Guevara, Prêmio Diario Clarín (1999), Prêmio Teatro del Mundo, Prêmio Florencio Sánchez (2000) e Prêmio Ciudad de Almagro, Espanha: melhor obra dramática, Festival de Teatro Contemporâneo (2005).
A estória que se passa em Buenos Aires coloca em cena quatro personagens, no apartamento de um condomínio de classe média. Arturo (Gilberto Gawronski), Angeles (Isabel Cavalcanti), Maria Fernanda (Bel Garcia) e San Javier (Fernando Alves Pinto) se envolvem numa rede de confusão de identidades, de apartamentos, traição amorosa, obsessão com a imigração coreana e uma trama de suspense, a partir do desaparecimento de fitas cassetes. A crise dos personagens é um espelho do caos social em que eles vivem. Já a estória que se passa na Rússia tem como tema a criação artística e a luta pela sobrevivência. Forçado pela esposa, Anja Terezovna (Isabel), Terzov (Fernando), um escritor tuberculoso tenta vender os direitos de um livro que não é seu. O comprador, Smeredovo (Gilberto), um médico imigrante, casado com Leandra (Bel), que troca o tratamento pelos direitos do livro. A trama fala sobre a crise do escritor, o valor da arte e a modéstia como pecado.

Serviço

“Modéstia”
Estréia: 1º de março (para convidados)
Temporada: 2 de março 15 de abril de 2012 - quinta a domingo, às 19h
Local: Centro Cultural Correios (Rua Visconde de Itaboraí, 20 – Centro – Tel. 2253-1580)
Bilheteria: 2219-5165 – de quarta a domingo, das 14h às 19h
Ingressos: R$20 (inteira); R$ 10 (meia) Capacidade: 200 lugares
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 14 anos
Gênero: Comédia dramática
Autor: Rafael Spregelburg (argentino)
Direção: Pedro Brício
Patrocínio: Ministério da Cultura, Correios, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura (FATE)
Realização: Centro Cultural Correios