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sábado, 5 de maio de 2012

Exposição "Da Rua"



A arte urbana  invadiu o Centro Cultural Casa Hercílio Esteves, no campus da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP). A exposição “da Rua”, inédita na Região Serrana,  exibe o trabalho de 20 artistas expoentes da cena nacional do street art. A mostra contará com instalações e pinturas que trarão o universo urbano para o Centro Cultural. Para comemorar a abertura da exposição, a FMP promoverá, no dia 29, uma vernissage, às 18h.
A exposição apresenta grafites nas paredes da galeria, pinturas em tapume de obras, utilização de suportes em madeira de demolição, projeção de vídeos, entre outras instalações e ocupações. A mostra está baseada em diferentes segmentos do street art, como o bomb, a pichação, o sticker, o stencil e o lamb-lamb.
O coordenador de Projetos Especiais da FMP/Fase, Ricardo Tammela, explica que a ideia de uma exposição de arte urbana surgiu dentro do Comitê Gestor do Centro Cultural, formado por alunos. “Achamos que seria muito interessante provocar o diálogo entre o conhecimento não formalizado e a academia. A exposição vai permitir ao visitante perceber a força da expressão artística e cultural quando, acima de tudo, existe abertura e compreensão para a diversidade”, disse.

Grafitando por aí
Os grafites que se multiplicam por São Paulo chamaram a atenção de Elton Luis, que assina sua arte de cor e movimento como SHOCK Maravilha. É escritor de grafite há 12 anos, tempo em que se graduou pela Escola Paulista de Belas Artes e fez a pós-graduação em Arte, Comunicação e Tecnologia, na Faculdade de Belas Artes. “Só sabia que queria escrever meu nome por aí”, conta. Só que o “por aí” preferido do grafiteiro é a cosmopolita capital paulista. “Antes de mais nada, amo a cidade que pinto e interfiro”, diz.
Viadutos, muros, praças, e todo o tipo de construção no espaço urbano são o suporte para o grafite. A cidade é a tela desses artistas. “São Paulo tem uma energia muito grande. O inesperado, o tempo, as pessoas, as dificuldades, tudo influencia no “trampo”. Você tem que se adaptar da hora que acorda à hora que dorme. Essa energia, esse caos, a alegria, a tristeza, o sujo, o limpo, tudo influencia nos meus grafites”, conta.
No Rio de Janeiro, Marcelo Vaz, o MENT, da Vila da Penha, subúrbio carioca, foi um dos pioneiros a colorir a cidade maravilhosa. O olhar marcante e os cabelos coloridos das personagens desenhadas por MENT antecipam o que o carioca prepara para a mostra “da Rua”. MENT colabora como instrutor e educador em diversos projetos. Já foi convidado para intercâmbio na Holanda e participou de eventos e exposições no Brasil e no exterior.
Com trabalhos em várias cidades do Brasil e da Europa e América Latina, esses artistas também adaptam o formato do grafite a roupas, acessórios, telas, automóveis, revistas, cenografia e decoração. “A arte urbana brasileira conta cada vez mais com artistas de projeção internacional, que se valem dos espaços urbanos para realizar suas críticas sociais e expressarem questões de forma artística.”, disse o curador da mostra, Rodrigo Henter, que também participará com suas obras como AK47.


Participam da mostra os artistas AK47, ALECRIM, CB e ZAZ, de Petrópolis, ALMA, de Itaboraí, ALOPEN e SHOCK, de São Paulo, BOBI e BUNYS, de Duque de Caxias, CH2, FINS, KAJAMAN, MADRUGA, MENT e SWK, do Rio de Janeiro, CLARISSA PIVETTA, de Içara, Santa Catarina, JACK, de Goiânia, SE7, de Teresópolis, SERES, de Belo Horizonte e VESPA, de São José dos Campos.
A mostra “da Rua” fica até o dia 15 de julho no Centro Cultural Casa Hercílio Esteves, no campus da FMP/Fase, Av. Barão do Rio Branco, 1003, Petrópolis, de segunda à sexta-feira, de 9 às 18h.