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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Artigos: Telecomunicação no Brasil



Um bom exercício para se refletir sobre a importância da comunicação é fazer uma lista de todos os momentos em que ela ocorre durante um dia inteiro na vida de uma pessoa. Essa lista pode tornar-se incrivelmente longa, desde o primeiro “bom dia” até a hora de ir dormir. Assim, a comunicação se confunde com a vida. E tem sido desse modo desde o principio da humanidade.



comunicação se refere ao ato de emitir, transmitir ou receber mensagens, seja por meio de sons, de sinais, de gestos ou da linguagem oral e escrita. Para que haja um “emissor” e um “receptor”. O emissor produz e envia a mensagem. O receptor recebe essa mensagem e a decodifica, ou seja, procura compreender o seu conteúdo.

Quem recebe a mensagem não é um ser passivo, que apenas  absorve informações. Direta ou indiretamente, exerce influência sobre quem transmite a mensagem. Para ser compreendido, o emissor precisa saber em que condições sua mensagem será recebida; do contrário, a informação pode não ser entendida. Seria impossível, por exemplo, tentar se comunicar por meio da linguagem de sinais com uma pessoa que nãoconhece essa técnica.

A mensagem é formada por uma estrutura organizadas de sinais que “viajam” do emissor para o receptor. Esse caminho é percorrido com a ajuda de um meio, que pode ser a fala, a escrita impressa em um papel, uma imagem, uma transmissão de rádio.

A comunicação não existe separada da vida social. Não existe comunicação sem sociedade e vice-versa. Uma precisa da outra para existir. Sem comunicação, seria impossível viver em sociedade, pois ninguém se entenderia.
Milhares de anos atrás, as sociedades começaram a desenhar os primeiros símbolos (ou signos) que orientam a comunicação. Um exemplo são os pictogramas do povo sumério, que criou desenhos para representar objetos ou idéias. Outro exemplo é o nosso próprio alfabeto, formado por desenhos que correspondem a sons. Esses signos começaram a ser registrados em tabuletas de argila ou madeira e, mais tarde, em papel.

As sociedades sempre buscaram meios para superar as distâncias, levando mais longe as mensagens. Já foram usados sinais sonoros (como tambores) e visuais (como a fumaça). A escrita mostrou ser muito eficiente para levar mensagens a longa distância. Um texto escrito pode “viajar” de barco, de carro, de avião ou no lombo de um animal.
O mundo moderno inventou sofisticados suportes de comunicação: telégrafo, telefone, rádio,TV, satélites, internet. Alguns desses atingem milhões de pessoas ao mesmo tempo, como é o caso da TV.
Diante de mudanças tão rápidas e que mexem tanto com a vida das pessoas, vale a pena perguntar: O que significa a comunicação hoje em dia? O que são as telecomunicações? Quais tecnologias elas comportam? Qual o grau de desenvolvimento do Brasil nesse campo?
Para avaliar questões como essas, é preciso compreender um pouco mais a estruturados meios de comunicação. Também é preciso verificar como a comunicação se organiza no Brasil.
A revolução das telecomunicações, iniciada no Brasil nos anos 1970, foi um dos marcos no processo de organização do território nacional (...) Do telégrafo ao telefone e ao telex, do fax e do computador ao satélite, á fibra ótica e a internet, o desenvolvimento das telecomunicações participou vigorosamente do jogo entre a separação física ou material das atividades e os comandos dessas atividades. (...) No território, cada substituição foi se dando quando a sociedade passava a exigir uma mudança técnica. Houve, desde tempos remotos, o sonho e a necessidade da comunicação á distância entre os homens. Hoje, duas pessoas separadas por milhares de quilômetros podem trocar informações de forma quase instantânea. Foi-se o tempo em que uma ligação telefônica  demorava horas para ser completada e dependia da paciência de usuário e telefonistas.
A mudança não é só de quantidade de mensagens ou da velocidade em que elas são transmitidas. Ocorreu também uma mudança qualitativa. Surgiram os chamados meios de comunicação de massa, que transmitem volumes impressionantes de informações. A influência  desses meios nas pessoas é enorme. Um dia sem assistir á TV para muitas pessoas é suficiente para perceber o quanto ela é importante.
Um efeito desses meios é que eles podem substituir os contatos pessoais, fazendo que as pessoas passem a se comunicar cada vez menos entre si. Ficam presas a um modo de vida que as tornam mais isoladas.
Alguns especialistas dizem que certo meios não realizam de modo pleno o ato de comunicar. É o caso da TV, um grande emissor de informações, mas que torna os espectadores muito passivos. A TV é uma comunicação de um para muitos. Já telefone é diferente: mesmo a distância permite um contato mais direto, pois é uma comunicação de um para um. Já a internet permite, segundo essa linha de pensamento, a comunicação de muitos com muitos.
Outros estudiosos não acham que exista, a rigor, essa distinção entre comunicação e informação. Para eles, quem assiste à TV não é um sujeito passivo. O telespectador não pode falar diretamente com o emissor (a TV), mas reage interferindo na programação das emissoras. As telenovelas seriam um exemplo, pois as pesquisas de audiência determinam, em última instância, o desfecho da trama e o destino dos personagens preferidos do público.
Vale assinalar também que a enxurrada de informações veiculadas pelos meios de comunicação não é desinteressada. Tais meios transmitem valores, códigos de comportamento e estilos de vida. Influenciam o consumo e o comportamento dos grupos sociais. Não é por acaso que existe hoje, no Brasil, um forte movimento que defende um maior controle social da programação das TVs.



Outro ponto a destacar é o progresso tecnológico das telecomunicações. Elas transmitem símbolos, caracteres, textos, imagens e sons. Usam fios, cabos metálicos, cabos de fibra ótica, ondas de rádio, meios digitais e outros.


Os avanços recentes mostram uma capacidade cada vez maior de transmitir grandes quantidades de informações a longa distância pelos meios modernos são chamados fluxos telemáticos.
Até as primeiras décadas do século XX, os sistemas de comunicação atingiam o território nacional de modo parcial e precário, com adoção tardia de inovações. No Brasil colonial, a circulação de correspondências era irregular e reduzida, sujeita aos transportes da época. Uma carta podia levar meses para chegar à Europa. Apenas em 1829 organizou-se uma administração geral pública dos correios.
Na segunda metade do século XIX houve avanços nos transportes e nas comunicações. A primeira ferrovia foi construída pelo Barão de Mauá em 1854, no Rio de Janeiro. Mais tarde, novas ferrovias ligaram o interior às cidades litorâneas. Em 1922, havia cerca de 30 mil quilômetros de ferrovias. O telégrafo foi introduzido em 1852, expandindo-se com as ferrovias e os cabos submarinos.
A primeira linha de telefone foi instalada no palácio imperial, no Rio de Janeiro, alguns meses após a demonstração do aparelho por seu inventor, Grahan Bell, em 1876. Em 1914, 40 mil aparelhos funcionavam no País.
Após a segunda guerra mundial, o Brasil conheceu um surto de modernização nunca visto, com avanços nas comunicações, transportes e produção de bens. O Brasil praticamente transformou-se em outro País.
São traços marcantes dessa época: urbanização, industrialização, construção de hidroelétricas e rodovias. Ocorreu a modernização da agricultura e um intenso fluxo migratório campo-cidade. Expandiram-se as universidades e os centros de pesquisa tecnológica.
O principal marco do avanço nas telecomunicações no Brasil ocorreu entre o final dos anos 1960 e a década de 1970. Criou-se um sistema que cobriu praticamente todo o território com uma rede de comunicações enorme: microondas (tropodifusão), satélites e cabos submarinos de telex. Foi nessa época que nasceu a empresa estatal de telecomunicações, a Embratel, hoje privatizada. Na metade dos anos 1970, duas mil localidades eram atendidas pelo telex.
Iniciaram-se as operações via satélite em grande escala. Nos anos 1980, com o satélite Brasilsat 2, ampliou-se consideravelmente a área coberta pelas redes nacionais de televisão.
Dois importantes sistemas de telecomunicações merecem destaque: a TV, por seu grau de abrangência e influência em todo o território nacional, e a internet, pela extrema velocidade com que foi difundida no País e as possibilidades praticamente ilimitadas de interação com outros meios de comunicação e informação


“Eu vi um Brasil na TV”: a expansão das redes de televisão no Brasil  
A televisão é o meio de comunicação mais difundido no Brasil, junto com o rádio. Pesquisas feitas pelo instituto Ipsos-Marplan em 2001, em nove regiões metropolitanas, revelam que 97% da população acima de 10 anos de idade assistiam à TV pelo menos uma vez por semana naquele ano. A TV está em praticamente todos os lares do País, independentemente de região, escolaridade ou faixa de renda.


Isso mostra sua força e sugere análises mais aprofundadas sobre suas implicações na vida nacional.
As transmissões de TV já existiam em outros países desde os anos 1930. Por exemplo, a BBC ( British Broadcasting Corporation) de Londres, emissora pública inglesa, entrou no ar em 1936, com duas horas de programação diária. Mas a TV chegou ao Brasil apenas em 1950. Em mais de 50 anos de história, ocorreram muitos avanços tecnológicos que permitiram sua difusão e uma forte influência na vida das pessoas.
Assiste-se a um certo Brasil na TV, que nem sempre reflete a diversidade social e cultural do país. Nos últimos, com amparo de pesquisas e estudos, a TV começou a ser colocada em xeque. Uma sociedade mais esclarecida reivindica a democratização da TV e um maior “controle de qualidade” da programação. Ganhou força a percepção de que as emissoras são concessões públicas e que por isso necessitam de uma programação de qualidade, voltada não apenas para o entretenimento, mas também para a educação e a cultura.


A televisão brasileira foi inaugurada oficialmente em 1950, coma primeira transmissão  da TV Tupi Difusora em São Paulo. Ela surgiu no momento em que o rádio era o veículo de comunicação mais popular no País, atingindo praticamente todos os estados. A TV norte-americana ergueu-se sob forte influência da indústria cinematográfica. No Brasil esse meio apoiou-se de início na rádio, aproveitando técnicos, artistas e formatos da programação, como os programas de auditório.


Tecnicamente, a TV surgiu com as pesquisas sobre a conversão de sinais elétricos em imagens. A primeira transmissão ocorreu em 1926, por meio de um cabo telefônico que ligava as cidades de Londres e Glasgow, distantes 700 km uma da outra. Naquela época, os monitores eram feitos de tubos de raios catódicos. Neles, fluxos elétrons eram irradiados e uma camada do elemento químico fósforo brilhava com cores diferentes.
Pouco depois da segunda guerra, a TV já era uma realidade na Europa. Em 1947, havia 34 mil aparelhos no Reino Unido: em 1953 já eram 2,5 milhões. Com o passar do tempo, os monitores foram ficando cada vez melhores, com maior estabilidade de temperatura ou aumento da pureza das cores. Surgem novos modelos e marcas de aparelhos, com diferentes tamanhos de tela.
A TV brasileira nasceu com emissoras locais e regionais, permanecendo assim por uma década. A geração de imagens era basicamente municipal, o que foi aos poucos se expandindo. Na metade dos anos 1950, a expansão ultrapassou as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, abrangendo as capitais de diversos estados. Cada cidade transmitia uma programação diferente.
As transmissões eram ao vivo, pois ainda não existia o videoteipe, que permite gravar previamente e fazer a edição dos programas. Apenas cópias de filmes eram distribuídas para várias cidades. Diversos artistas viajavam entra as cidades, apresentando o mesmo programa várias vezes.
As transmissões via satélite e o surgimento do videoteipe encerraram a fase “artesanal” da TV. No fim dos anos 1960, com o projeto político do regime militar de intensificar a integração nacional, criou-se uma ampla rede de microondas. Nos anos 1980, ela foi completada pelas transmissões que usavam os satélites Brasilsat. O Brasil foi interligado pelas transmissões de TV, rádio, telefones e envio de dados.
Com o videoteipe e os novos meios de transmissão a distância, o envio de programas passou a ser direto e simultâneo. Estações regionais passaram a “afiliar-se”
às redes maiores, num rígido esquema de só exibir programas adquiridos da geradora. Isso fez com que poucas empresas passassem a investir em produção e geração de programas, como é o caso das TVs Globo, Bandeirantes, Record, Rede TV e a antiga TV Tupi. Ao mesmo tempo em que as novas tecnologias encurtavam as distâncias, declinava a produção de programas regionais e municipais.



Desde a década de 1970, ocorre o que muitos pesquisadores chamam verticalidade: situação em que segmentos muito diferenciados da população são expostos à mesma programação. Com a forte concentração da indústria  televisiva no eixo Rio - São paulo, não só a maior parte das pessoas passou a consumir os mesmos “produtos culturais”, como também a ser influenciada pelo gosto médio dessas metrópoles.


A maior fluidez nas transmissões transporta pelo território nacional sonhos de consumo, comportamentos, hábitos e até gírias e sotaques. No plano cultural, isso significa que todo o País passa a compartilhar uma determinada imagem de Brasil, forjada no Sudeste. A identidade nacional, ou a Visão que os brasileiros têm de si mesmos e do País, passou a ser intermediada fortemente por São Paulo e Rio de Janeiro. 
Desde o seu início, a TV manteve uma característica essencialmente urbana: as quase 300 geradoras (emissoras com programação própria) e cerca de 8500 retransmissoras registradas no início do século XXI tinham sede em cidades, com programação voltada às populações urbanas e tocadas em grande parte por redes nacionais abertas e comerciais, pertencentes a alguns poucos grupos familiares.
Com as TVs educativas, o Estado ocupou “vazios” deixados pelas empresas privadas. A TV Universitária de Pernambuco foi a primeira emissora pública a entrar no ar, em 1967. A TV Cultura de São Paulo passou a operar dois anos depois. Hoje, a rede pública de TV no País é composta por 20 emissoras, ligadas aos governos estaduais ou federal. Elas se diferenciam pela programação de boa qualidade e conteúdos educativos. Não foram poucos os prêmios internacionais ganhos pela TV Cultura de São Paulo por sua programação dedicada à criança. Apesar disso, a maioria das emissoras públicas vive em situação de penúria financeira.


A combinação de computadores e avançados sistemas de telefonia fez surgir a internet, um sistema de comunicação cuja principal característica é integrar a humanidade em escala planetária. Ela guarda um “documento gigantesco”, a World Wide Web, que contém um volume extraordinário de informações. Pode-se dizer que a internet são os canos e a Web a água que circula dentro deles.


O Brasil não está fora disso. Dados recentes confirmam a velocidade de adoção da internet no País: em 1936, 36 mil brasileiros acessavam a rede; em 2002, já eram 14 milhões. Embora ainda seja baixa a relação usuários/ número de habitantes, se comparada a países como Finlândia ou Suécia, é inegável que a inovação veio para ficar.
Mas como funciona o sistema? Quais vantagens ou desvantagens ele traz? Como pode ajudar a melhorar a vida? Diante dessas e outras indagações, vale a pena examinar aspectos da rede e sua presença no Brasil, para se ter uma idéia de suas potencialidades.
No Brasil, a internet entrou em funcionamento efetivo em 1994, quando foram lançados os primeiros provedores de acesso. A primeira conexão é de 1991, feita pela fundação de Amparo à pesquisa de São Paulo (Fapesp), que até hoje controla o domínio “.br”, para páginas nacionais.
Proliferam provedores (empresas que garantem acesso à rede), grandes grupos de mídia lançam portais e empresas, órgãos públicos, organizações sociais e indivíduos correm para lançar páginas na Web. Aumenta a publicidade e o comércio eletrônico e o número de profissionais que atuam no setor.
Todo esse incremento só foi possível com a disseminação dos computadores pessoais (PCs) e a combinação das tecnologias de comunicação e informação.




Os computadores pioneiros surgiram na inglaterra e nos EUA após a segunda Guerra. Por muito tempo (ficaram) reservados aos militares(...) Ainda eram grandes máquinas de calcular, fr´geis, isolados em salas refrigeradas, que cientistas em uniformes brancos alimentavam com cartões perfurados e que cuspiam listagens ilegíveis. A virada data... dos anos 1970, com o microprocessador, gerando diversos processos de grande amplitude: nova fase da produção industrial, a automação bancária, a busca de ganhos de produtividade. Por outro lado, com as novas possibilidades técnicas, inventou-se o computador pessoal.