A Huma Art Projects apresenta a exposição “Gais – As poucas modificações feitas não desfiguraram o diretório: fotomontagem originalcopia”, com 20 trabalhos trabalhos inéditos do artista nascido no Rio em 1980, e oriundo do grafite. Serão apresentadas dez fotomontagens originais com moldura de madeira e dez cópias ampliadas com moldura branca, com tamanhos variados. Esta nova pesquisa surgiu quando o artista comprou revistas da década de 1950 e 1960, em uma banca de jornal perto de casa, e começou a fazer colagens, utilizando também spray e acrílica. A frase “As poucas modificações feitas não desfiguraram o diretório” estava em uma reportagem, que trazia ainda uma imagem de uma mulher, parada em uma esquina, que nomeou outro trabalho, também presente na exposição.
Criado na Maré, conjunto de favelas no Rio, Gais – assinatura de Douglas Santos Tavares – ainda muito jovem começou a grafitar os muros da cidade, e a participar de festivais e exposições do gênero. Seu trabalho chegou às ruas de Amsterdã e Roterdã, e ano passado teve uma acrílica sobre tela, de 100cm x 140cm, leiloada por dez mil libras esterlinas na prestigiosa Phillips de Pury em Londres. Em março último ele integrou a exposição “Gramática Urbana”, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, que teve curadoria de Vanda Klabin, que selecionou os trabalhos do artista também para esta exposição na Huma Art Projects. As obras de Gais estão em várias coleções particulares, como o fundo de arte Brazil Golden Art, dirigido por Heitor Reis.
Ao final da exposição será lançado um catálogo com as obras completas, vistas da mostra e o texto completo da curadora.
Huma Art Projects
O designer Rafael Carvalho, o publicitário André Bretas, e a historiadora de arte Clarisse Lima pretendem que a galeria seja um espaço para a produção de vanguarda, de artistas jovens.
Os artistas que integram a galeria, além de Gais, são a fotógrafa Patricia Thompson, o pintor Rodrigo Tizil, que acaba de voltar de uma residência em Nova York, o escultor Philippe Gebara e o artista e iluminador ganhador do Premio Shell Tomás Ribas.
Gais – Pequena Biografia
Gais (Douglas Santos Tavares) nasceu no Rio de Janeiro, em 1980. Começou a fazer pichações na rua, em 1995, e passou para o grafite, em 1997. Realizou intervenções urbanas, colando cartazes em muros da cidade, a partir de 1999. Em 2000, passou a fazer parte do coletivo Nação Crew. Neste ano e no seguinte, participou do Encontro Nacional de Graffiti, em Santo André, São Paulo. Em 2006, foi um dos fundadores do Espaço Cultural Severo 172, no Rio de Janeiro, dedicado à arte urbana. Em 2008, realizou, com o também grafiteiro Chico, a exposição Escrevendo Torto por Linhas Certas: Símbolos de uma Geração, no Espaço Furnas Cultural, Rio de Janeiro. Em 2009, 2010 e 2011, participou do festival R.U.A – Reflex on Urban Art, em Amsterdã, permanecendo na cidade por alguns meses, a cada edição. Em 2011, teve uma obra leiloada na Phillips de Pury em Londres, realizou a exposição “De 0 a 100 em 1 Segundo. Expo Ama Geometria Abstrata”, sua primeira individual, na galeria Huma, Rio de Janeiro, e também participou do Storke – Urban Arte Fair, em Berlim. Em 2012, participou da mostra “Gramática Urbana”, com curadoria de Vanda Klabin, no Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro.
“Gais – As poucas modificações feitas não desfiguraram o diretório”
Abertura: 14 de agosto de 2012, às 18h
Exposição: até 29 de setembro
Curadoria: Vanda Mangia Klabin
Huma Art Projects
Rua Alfredo Chaves, 56, Humaitá
Horário: De terça a sábado, das 11h às 18h
Telefone: 2535.3395
