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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Artigos: Energia Eólica no Brasil


 A energia eólica vem aumentando sua participação no contexto energético brasileiro nos últimos anos. Desde a criação do Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), e, posteriormente, os sucessivos leilões de compra e venda deste tipo de energia, a capacidade instalada de geração  passou de um pouco mais de 25 MW em 2005, para  1.886 MW, ao final de 2012.
Em dezembro de 2012, o Brasil contava com 84 parques eólicos em operação, distribuídos principalmente pelas regiões nordeste (64% da capacidade instalada), e sul (35% da capacidade instalada). Em 2012, foram gerados 5.020 GWh de energia eólica – 86% acima da geração de 2011- e já respondendo por 1% da geração elétrica brasileira.
O compromisso estabelecido pelo governo é o de diversificar a matriz energética, organizar leilões que contratem energia pelo menor preço e que garantam a sustentabilidade ambiental. A energia eólica vem se mostrando mais competitiva a cada ano e vem ganhando espaço nos leilões.
Além de ser uma fonte renovável e competitiva, a energia eólica se apresenta como complementar à fonte hidrelétrica, na medida em que os melhores ventos ocorrem nos períodos de menor regime de chuvas. A geração eólica auxilia na recomposição dos níveis dos reservatórios, ou seja, possibilita a formação de acúmulo de água para geração futura.
Entre 2011 e 2021, a capacidade instalada de geração elétrica deve aumentar em 79,9 GW, sendo 28,0 GW de fontes alternativas, como biomassa, eólica e pequenas centrais hidrelétricas (PCH). No caso da energia eólica, se espera que de 2012 a  2016 sejam instalados 7,6 GW, e entre 2016 e 2021, mais 6,2 GW. Neste contexto, a energia eólica deverá chegar em 2021 com 7,7% da capacidade instalada brasileira, contra 1,7% verificado ao final de 2012.
O Brasil é o país mais promissor do mundo em termos de produção de energia eólica, na avaliação do Global Wind Energy Council, organismo internacional que reúne entidades e empresas relacionadas à produção desse tipo de energia. Ao final de 2012, o País ocupava o 20º lugar no mundo em capacidade instalada de geração de energia a partir da força dos ventos. De 2005 a 2012, a capacidade instalada aumentou 70 vezes e foi a que mais cresceu dentre todas as fontes de energia. Não obstante o forte crescimento, a capacidade instalada brasileira representa apenas 0,6% da capacidade mundial.
Os mapas eólicos desenvolvidos pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica apontam que os ventos brasileiros apresentam ótimas  características para a geração elétrica, com boa velocidade , baixa turbulência e boa uniformidade, o que possibilita fatores de capacidade de geração em alguns parques de até 50%. No mundo, o fator de capacidade médio de geração eólica não chega a 20% (operação abaixo de 1800 horas por ano, para o total das 8.760 horas anuais), enquanto que no Brasil, o indicador foi de 34% em 2012. O potencial brasileiro de energia eólica  é estimado em um pouco mais de 140 GW, avaliado para torres de 50 m de altura. Estima-se que o potencial possa mais que dobrar se forem consideradas torres de mais de 100 m de altura.
Em breve, o Nordeste contará com cinco novos parques eólicos, a serem construídos na Bahia (no município de Caetité) e Rio Grande do Norte (em Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova), com capacidade instalada total de 150 MW.
Para o Rio Grande do Sul está em marcha a expansão de  mais de 20 parques eólicos, que somam uma potência  acima de 600 MW.
Em Santana do Livramento (RS),  em 2012, a Eletrosul - subsidiária da Eletrobras-, colocou em operação o Complexo Eólico de Cerro Chato, com  90 MW de potência, sendo o primeiro empreendimento a entrar em operação entre os que foram contratados pelo primeiro leilão de fontes eólicas, realizado pelo Ministério de Minas e Energia em 2009.
Ainda no Rio Grande do Sul, outros dois complexos serão construídos em Santa Vitória do Palmar e Chuí, no litoral sul, com capacidade total de 402 MW. Está também em marcha no litoral norte, no Balneário Cassino, um empreendimento de 108 MW.

Produção de energia eólica