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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Museu do Palácio da Liberdade BH


Com sucesso de público e fila na abertura, o Palácio da Liberdade deu ontem início a mais uma fase na sua história. Inaugurada, a exposição interativa permanente Palácio da Liberdade – memórias e histórias consolida o prédio como museu, apresentando a história política do estado a partir de 16 ex-governadores já falecidos e que, entre os 50 que passaram pelo Poder Executivo, mais marcaram a antiga sede do governo de Minas. 

Assinada por Marcello Dantas, a tecnologia é o diferencial da exposição, levando os antigos líderes para projeções de imagens e áudio em mesas, estantes, guarda-roupas ou quadro, ativadas por sensores. O curador do museu, Bruno Mitre, comemorou a abertura, mesmo sem as estatísticas em mãos. “O movimento é bem maior”, explica, ressaltando que o esquema da visitação passará por ajustes. “Por enquanto, as visitas são guiadas, mas estamos contratando monitores para permitir que a visita seja livre em todos os cômodos”, adianta.

Depois de sete anos, o arquiteto Anderson Maércio, de 37, voltou aos salões do Palácio da Liberdade na companhia da mãe, Adriana Mariana dos Reis, de 59. Uma feliz surpresa. “Está muito mais interessante, temos acesso a mais ambientes e ainda tem essa questão do audiovisual”, ressalta Anderson, entretido com o piano da Sala Vermelha. Basta tocar na tela de um tablet que o interventor federal Benedito Valadares, que governou Minas de 1933 a 1945, começa a dançar sobre as notas musicais da partitura, ao som da música Será o Benedito.

Por dois anos, a historiadora Mariana Estevam, de 26, trabalhou no palácio e, no primeiro dia da mostra interativa, fez questão de visitar o antigo local de trabalho. “Ficou muito mais interessante, é uma maneira mais atrativa de mostrar a história”, afirma, na sala com os retratos dos governadores. É ali que no retrato na parede, o governador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, chefe do Executivo de 1926 a 1930, conta sobre algumas passagens da política, como a instituição do voto secreto durante seu mandato.

O começo Na intimidade do quarto, a advogada Maria Lúcia Souza Rodrigues da Cunha, de 68, ouviu o primeiro governador a morar no palácio, Crispim Bias Fortes – que governou entre 1890 e 1891 e de 1894 a 1898 –, falar sobre o planejamento da nova capital de Minas. “Não sabia que a cidade havia sido planejada para 20 mil habitantes”, conta a “belo-horizontina da gema”, eufórica em conhecer a antiga sede do governo. “Não imaginava que tudo aqui fosse tão grandioso”, afirma.

Ela tem até nome parecido com o da mãe do ex-governador Aécio Neves, mas pela primeira vez na vida a faxineira e cozinheira Inês Maria Querina das Neves, de 77, pisou num ambiente tão luxuoso. A cada passo, o olhar era de encantamento. “Que alegria conhecer o palácio, é tudo diferente do que já vi em qualquer lugar”, conta Inês. A única ressalva é de quem sabe bem o que é faxina pesada. “Nossa, isso deve dar um trabalho para limpar”, comenta, sobre o piso parquet em madeira.

Serviço

Visita ao Palácio da Liberdade
Sábados, domingos e feriados
Das 10h às 16h
Entrada franc
a