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sábado, 30 de novembro de 2013
Artigos: Entendendo Desigualdade Social e as Classes Sociais
No mundo em que vivemos percebemos que os indivíduos são diferentes, estas diferenças se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raça, sexo, cultura e outros.
Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens são diferentes são: físicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivíduos que vivem em absoluta miséria e outros que vivem em mansões rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros não sequer o que comer durante o dia.
Por isso vemos que existe a desigualdade social, ela assume feições distintas porque é constituída de um conjunto de elementos econômicos, políticos e culturais próprios de cada sociedade.
Desigualdade social: a pobreza como fracasso
No século XVIII, o capitalismo teve um grande crescimento, com a ajuda da industrialização, dando origem assim as relações entre o capital e o trabalho, então o capitalista, que era o grande patrão, e o trabalhador assalariado passaram a ser os principais representantes desta organização.
A justificativa encontrada para esta nova fase foi o liberalismo que se baseava na defesa da propriedade privada, comércio liberal e igualdade perante a lei. A velha sociedade medieval estava sendo totalmente transformada, assim o nome de homem de negócios era exaltado como virtude, e eram-lhe dadas todas as credenciais uma vez que ele poderia fazer o bem a toda sociedade.
O homem de negócios era louvado ou seja ele era o máximo, era o sucesso total e citado para todos como modelo para os demais integrantes da sociedade, a riqueza era mostrada como seu triunfo pelo seus esforços, diferente do principal fundamento da desigualdade que era a pobreza que era o fator principal de seu fracasso pessoal .
Então os pobres deveriam apenas cuidar dos bens do patrão, maquinas, ferramentas, transportes e outros e supostamente Deus era testemunha do esforço e da dedicação do trabalhador ao seu patrão. Diziam que a pobreza se dava pelo seu fracasso e pela ausência de graça, então o pobre era pobre porque Deus o quis assim.
O pobre servia única e exclusivamente para trabalhar para seus patrões e tinham que ganhar somente o básico para sua sobrevivência, pois eles não podiam melhorar suas condições pois poderiam não se sujeitar mais ao trabalho para os ricos, a existência do pobre era defendida pelos ricos, pois os ricos são ricos as custas dos pobres, ou seja para poderem ficar ricos eles precisam dos pobres trabalhando para eles, assim conclui-se que os pobres não podiam deixar de serem pobres.
A desigualdade como produto das relações sociais
Várias teorias apareceram no século XIX criticando as explicações sobre desigualdade social, entre elas a de Karl Marx, que desenvolveu um teoria sobre a noção de liberdade e igualdade do pensamento liberal, essa liberdade baseava-se na liberdade de comprar e vender. Outra muito criticada também foi a igualdade jurídica que baseava-se nas necessidades do capitalismo de apresentar todas as relações como fundadas em normas jurídicas. Como a relação patrão e empregado tinha que ser feita sobre os princípios do direito, e outras tantas relações também.
Marx criticava o liberalismo porque só eram expressos os interesses de uma parte da sociedade e não da maioria como tinha que ser.
Segundo o próprio Marx a sociedade é um conjunto de atividades dos homens, ou ações humanas, e essas ações e que tornam a sociedade possível. Essas ações ajudam a organização social, e mostra que o homem se relaciona uns com os outros.
Assim Marx considera as desigualdades sociais como produto de um conjunto de relações pautado na propriedade como um fato jurídico, e também político. O poder de dominação é que da origem a essas desigualdades.
As desigualdades se originam dessa relação contraditória, refletem na apropriação e dominação, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classes produz e a outra domina tudo, onde esta última domina a primeira dando origem as classes operárias e burguesas.
As desigualadas são fruto das relações, sociais, políticas e culturais, mostrando que as desigualdades não são apenas econômicas mas também culturais, participar de uma classe significa que você esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a família ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros.
As classes sociais
As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organização social estabelece as desigualdades, de privilégios e de desvantagens entre os indivíduos.
As desigualdades são vistas como coisas absolutamente normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas desigualdades para determinados indivíduos são adquiridos socialmente. As divisões em classes se da na forma que o indivíduo esta situado economicamente e socio-politicamente em sua sociedade.
Como já vimos no capitalismo, quem tinham condições para a dominação e a apropriação, eram os ricos, quem trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade social . Essas desigualdades não eram somente econômicas mas também intelectuais, ou seja o operário não tinha direito de desenvolver sua capacidade de criação, o seu intelecto. A dominação da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, sobre a camada social que era a massa, os operários, os pobres, não era só economica mas também ela se sobrepõe a classe pobre, ou seja ela não domina só economicamente como politicamente e socialmente.
A luta de classes
As classes sociais se inserem em um quadro antagônico, elas estão em constante luta, que nos mostra o caráter antagônico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patrão é rico e dá ordens ao seu proletariado, que em uma reação normal não gosta de recebe-las, principalmente quando as condições de trabalho e os salários são precários.
Prova disso, são as greves e reivindicações que exigem melhorias para as condições de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os interesses de classes.
A predominância de uma classe sobre as demais, se funda também no quadro das práticas sociais pois as relações sociais capitalistas alicerçam a dominação econômica, cultural, ideológica, política, etc.
A luta de classes perpassa, não só na esfera econômica com greves, etc, ma em todos os momentos da vida social. A greve é apenas um dos aspectos que evidenciam a luta. A luta social também está presente em movimentos artísticos como telenovelas, literatura, cinema, etc.
Tomemos a telenovela como exemplo. Ela pode ser considerada uma forma de expressar a luta de classes, uma vez que possa mostrar o que acontece no mundo, como um patrão, rico e feliz, e um trabalhador, sofrido e amargurado com a vida, sempre tentando ser independente e se livrar dos mandos e desmandos do patrão. Isso também é uma forma de expressar a luta das classes, mostrando essa contradição entre os indivíduos.
Outro bom exemplo da luta das classes é a propaganda. As propagandas se dirigem ao público em geral, mesmo aos que não tem condição de comprar o produto anunciado. Mas por que isso?
A propaganda é capaz de criar uma concepção do mundo, mostrando elementos que evidenciam uma situação de riqueza, iludindo os elementos de baixo poder econômico de sua real condição.
A dominação ideológica é fundamental para encobrir o caráter contraditório do capitalismo.
O crescente estado de miséria, as disparidades sociais, a extrema concentração de renda, os salários baixos, o desemprego, a fome que atinge milhões de brasileiros, a desnutrição, a mortalidade infantil, a marginalidade, a violência, etc, são expressões do grau a que chegaram as desigualdades sociais no Brasil.
A desigualdade social não é acidental, e sim produzida por um conjunto de relações que abrangem as esferas da vida social. Na economia existem relações que levam a exploração do trabalho e a concentração da riqueza nas mão de poucos. Na política, a população é excluída das decisões governamentais.
Até 1930, a produção brasileira era predominantemente agrária, que coexistia com o esquema agrário-exportado, sendo o Brasil exportador de matéria prima, as indústrias eram pouquíssimas, mesmo tendo ocorrido, neste período, um verdadeiro “surto industrial”.
A industrialização no Brasil, a partir da década de 30, criou condições para a acumulação capitalista, evidenciado não só pela redefinição do papel estatal quanto a interferência na economia (onde ele passou a criar as condições para a industrialização) mas também pela implantação de indústrias voltadas para a produção de máquinas, equipamentos, etc.
A política econômica, estando em prática, não se voltava para a criação, e sim para o desenvolvimento dos setores de produção, que economizam mão-de-obra. Resultado: desemprego.
O subdesenvolvimento latino-americano tornou-se pauta de discussões na década de 50. As proposta que surgiram naquele momento tinham como pano de fundo o quadro de miséria e desigualdade social que precisava ser alterado.
A Cepal (Comissão econômica para a América Latina, criada nessa decada) acreditava que o aprofundamento industrial e algumas reformas sociais criariam condições econômicas para acabar com o subdesenvolvimento.
Acreditava também que o aprofundamento da industrialização inverteria o quadro de pobreza da população. Uma de suas metas era criar meios de inserir esse contingente populacional no mercado consumidor. Contrapunha o desenvolvimento ao subdesenvolvimento e imaginava romper com este último por maio de industrialização e reformas sociais. Mas não foi isso o que realmente aconteceu, pois houve um predomínio de grandes grupos econômicos, um tipo de produção voltado para o atendimento de uma estrita faixa da população e o uso de máquinas que economizavam mão-de-obra.
De fato, o Brasil conseguiu um maior grau de industrialização, mas o subdesenvolvimento não acabou, pois esse processo gerou uma acumulação das riquezas nas mãos da minoria, o que não resolveu os problemas sociais, e muito menos acabou com a pobreza.
As desigualdades sociais são enormes, e os custos que a maioria da população tem de pagar são muito altos. Com isso a concentração da renda tornou-se extremamente perceptível, bastando apenas conversar com as pessoas nas ruas para nota-la.
Do ponto de vista político esse processo só favoreceu alguns setores, e não levou em conta os reais problemas da população brasileira: moradia, educação, saúde, etc. A pobreza do povo brasileiro aumentou assustadoramente, e a população pobre tornou-se mais miserável ainda.
Quando se fala em desigualdade social e pobreza no Brasil, não se trata de centenas de pessoas, mas em milhões que vivem na pobreza absoluta. Essas pessoas sobrevivem apenas com 1/4 de salário mínimo no máximo!
A pobreza absoluta apresenta-se maior nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para se ter uma idéia, o Nordeste, em 1988, apresentava o maior índice (58,8%) ou seja, 23776300 pessoas viviam na pobreza absoluta.
Em 1988, o IBGE detectou, através da Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílios, que 29,1% da população ativa do Brasil ganhava até l salário mínimo, e 23,7% recebia mensalmente de l a 2 salários mínimos. Pode-se concluir que 52,8% da população ativa recebe até 2 salários mínimos mensais.
Com esses dados, fica evidente que a mais da metade da população brasileira não tem recursos para a sobrevivência básica. Além dessas pessoas, tem-se que recordar que o contingente de desempregados também é muito elevado no Brasil, que vivem em piores condições piores que as desses assalariados.
As condições de miserabilidade da população estão ligadas aos péssimos salários pagos.
Observou-se anteriormente que mais de 50% da população ativa brasileira ganha até 2 salários mínimos. Os índices apontados visam chamar a atenção sobre os indivíduos miseráveis no Brasil.
Mas não existem somente pobres no Brasil, pois cerca de 4% da população é muito rica. O que prova a concentração maciça da renda nas mãos de poucas pessoas.
Além dos elementos já apontados, é importante destacar que a reprodução do capital, o desenvolvimento de alguns setores e a pouca organização dos sindicatos para tentar reivindicar melhores salários, são pontos esclarecedores da geração de desigualdade social.
Quanto aos bens de consumo duráveis (carros, geladeiras, televisores, etc), são destinados a uma pequena parcela da população. A sofisticação desses produtos, prova o quanto o processo de industrialização beneficiou apenas uma pequena parcela da poppulação.
Geraldo Muller, no livro Introdução à economia mundial contemporânea, mostra como a concentração de capital, combinado com a mmiserabilidade, é responsável pelo surgimento de um novo bloco econômico, onde estão Brasil, México, Coréia do Sul, Äfrica do Sul, são os chamados “países subdesenvolvidos industrializados”, em que ocorre uma boa industrialização e um quadro do enormes problemas sociais.
O setor informal é outro fator indicador de condições de reprodução capitalista no Brasil. Os camelôs, vendedores ambulantes, marreteiros, etc, são trabalhadores que não estão juridicamente regulamentados, mas que revelam a especificidade e desigualdade da economia brasileira e de seu desenvolvimento industrial.
Artigos: Ansiedade
A ansiedade acontece quando algum sinal externo vago, indica uma catástrofe que não pode ser identificada mas que é iminente. O novo, o desconhecido, perigo, situação de medo, situação de avaliação, expectativa, esperar por resultados, a espera por uma punição, um problema ou a falta de tempo podem causar ansiedade.
A ansiedade pressupõe temores de contato pessoal ou de qualquer demanda ambiental, mesmo que não hajam motivos óbvios, deixando a pessoa paralisada com terror. O ansioso sente frio no estômago, taquicardia, transpiração, falta de ar, tremores, micção freqüente e imediata, frio, calafrios, tontura, vertigem, dor de cabeça, insônia e outras alterações.
Ninguém é ansioso, a pessoa fica ansiosa por alguma situação vivida ou por algum distúrbio psiquiátrico. Às vezes, o paciente ansioso tem comportamentos que impedem o tratamento terapêutico e, nestes casos, precisa ser medicado para que o tratamento prossiga.
A partir da queixa de uma pessoa ansiosa e da observação de seus comportamentos, pressupõe-se que hajam situações que provoquem ansiedade neste indivíduo. As diversas abordagens teóricas, em psicologia, tratam de forma diferente das pessoas que sofrem de ansiedade. Há necessidade de se fazer uma checagem para descobrir sinais de situações ansiógenas na vida do indivíduo, em seu ambiente. Caso não haja eminência de uma situação geradora de ansiedade, o terapeuta pode levantar a hipótese de um problema de origem psiquiátrica. Podemos observar que as pessoas ansiosas falam compulsivamente, possuem movimentos rápidos e repetitivos, evitam o silêncio e se esquivam das situações, tentando finalizá-las rapidamente.
É importante atentar para o fato de que nem sempre um comportamento sozinho quer dizer que o indivíduo esteja ansioso. Um exemplo disto pode ser retirado das pessoas que falam muito. Elas, geralmente, ouvem o que os outros falam, prestando atenção ao que lhes é perguntado para poderem responder às questões.
A pessoa que está ansiosa também pode falar demais, mas não ouve o outro. Observar o conjunto de comportamentos é, portanto, fundamental para que não cheguemos a conclusões equivocadas. A ansiedade é uma experiência individual, difícil de ser compartilhada com o outro. Tem caráter genérico. Geralmente, os sentimentos de ansiedade acompanham a depressão. A teoria comportamental tem como primeiro modelo de ansiedade a punição, que seria o fato de aparecerem sintomas da ansiedade toda vez que vamos sofrer uma punição inevitável.
Situações de conflito, onde a pessoa tem que escolher alguma coisa, sendo que a escolha pressupõe também a perda de alguma outra coisa, também podem gerar ansiedade.
VII Seminário A Responsabilidade Social com foco nos Stakeholders
A ABRARES -Associação Brasileira de Responsabilidade Social realizada, nas manhãs dos dias 03,04 e 05 de dezembro de 2013, o VII Seminário A Responsabilidade Social com foco nos Stakeholders, no Auditório da APIMEC-RIO ,situado na Avenida Rio Branco,103- 21º Andar,no Bairro Centro ,no Rio de Janeiro.
No dia 06 de Dezembro de 2013 ,data do Encerramento deste nosso importante Evento ,as Apresentações estarão sendo realizadas no Auditório Léslie Afrânio Terry ,do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica-CEPEL ,na Cidade Universitária,no Bairro da Ilha do Governador,em nosso Estado do Rio de Janeiro ,estando previsto para o final deste Encontro ,uma Visita dos Participantes ,em suas excelentes instalações.
Local: Sede da Apimec-Rio
Endereço: Avenida Rio Branco,103- 21º Andar,no Bairro Centro
Data: De 3 a 5 de dezembro
Endereço: Avenida Rio Branco,103- 21º Andar,no Bairro Centro
Data: De 3 a 5 de dezembro
Seminário Fórum Clima 2013
O Fórum Clima – Ação Empresarial sobre Mudanças Climáticas é um exemplo de como a iniciativa privada tem contribuído para o avanço da agenda de clima em nosso país. Criado para acompanhar os compromissos da Carta Aberta ao Brasil sobre Mudanças Climáticas, o Fórum Clima é composto por empresas e organizações que acreditam que o setor empresarial pode dar contribuição decisiva para a necessária transição mundial para uma economia de baixo carbono; aproveitando novas oportunidades de negócios e ao mesmo tempo reduzindo significativamente os impactos negativos das mudanças climáticas globais sobre o planeta. O grupo conta com a participação de 17 empresas e duas organizações apoiadoras. O Instituto Ethos é responsável pela secretaria executiva do projeto.
Local: CNI
Endereço: Rua Surubim, 504 - 9º andar | Brooklin Novo (trav. Av Luis Carlos Berrini)
Data: 17 de dezembro de 2013
Hora: 8h30 às 13h
Site: www.forumempresarialpeloclima.org.br
Endereço: Rua Surubim, 504 - 9º andar | Brooklin Novo (trav. Av Luis Carlos Berrini)
Data: 17 de dezembro de 2013
Hora: 8h30 às 13h
Site: www.forumempresarialpeloclima.org.br
Projeto “A Palavra É...”. Com o tema/palavra ‘Memória’
No dia 10 de dezembro, terça-feira, às 19h30, o Teatro de Bolso Júlio Mackenzie do Sesc Palladium apresenta mais uma edição do projeto “A Palavra É...”. Com o tema/palavra ‘Memória’ conta com a participação do doutor em Letras Clássicas pela Universidade de São Paulo (USP) Jacyntho Lins Brandão e da doutoranda em Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Renata Alencar. A mediação será feita pelo coordenador de projetos de Biblioteca e Literatura, Mário Alex Rosa. A entrada é gratuita, com retirada de senhas 1h antes.
A PALAVRA É
O projeto é uma proposta de encontro de literatura e outras artes. A ideia é trabalhar com a palavra em suas múltiplas dimensões (etimológica, ortográfica, social, semântica, visual e sonora) em palestras interdisciplinares que privilegiem a reflexão sobre o signo fundamental da linguagem verbal: a palavra.
Em cada encontro há uma palavra diferente para se discutir, com dois convidados de áreas distintas – médico, artista plástico, músico, historiador, filósofo, arquiteto, psicanalista e um mediador.
10 de dezembro de 2013
terça-feira às 19h30
Local: Teatro de Bolso Júlio Mackenzie do Sesc Palladium
Av. Augusto de Lima, 420, Centro
Entrada gratuita, com retirada de senhas 1h antes do evento
Sujeito à lotação do espaço.
Informações sobre o evento: (31) 3270-8100
Sempre um Papo com Sérgio Bandeira de Mello
O Sempre Um Papo recebe o escritor Sérgio Bandeira de Mello para debate e lançamento de seu livro “Meu Tio Mendigo”(Ed. Aeroplano). O evento ocorre no dia 02 de dezembro, segunda-feira, às 19h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes, com entrada gratuita.
“Meu tio mendigo” conta a história de um funcionário público demitido na era Collor que vê sua indenização perder valor devido à escalada da inflação. Ele então passa os anos pensando em se vingar do governo e arrancar dinheiro dos cofres públicos.
02 de dezembro de 2013
segunda-feira às 19h30
Local: Sala Juvenal Dias - Palácio das Artes
Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Entrada franca
Classificação etária: livre
Informações: (31) 3236-7400
Duração: 1h30
Dia Nacional do Samba
No dia 1º de dezembro, domingo, a partir das 15h, o “Dia Nacional do Samba”, será comemorado com shows de Aline Calixto e Bateria da Escola de Samba da Portela. Após os shows será exibido o filme “Noel Poeta da Vila”.
A entrada é franca, mas pede-se a doação de um quilo de alimento não perecível, que serão doados para a Associação Beneficente Força do Bem.
1º de dezembro de 2013
Domingo a partir das 15h
Rua Antônio de Albuquerque, entre Rua Alagoas e Sergipe
Entrada Franca
Pede-se doação de um quilo de alimento não perecível.
Classificação livre
Informações: (31) 3463 1300
Mostra Expressionismo Alemão
O Cine Sesc Palladium apresenta, nove grandes obras do Expressionismo Alemão, movimento cinematográfico que surgiu no período entre guerras como resposta ao racionalismo moderno e ao pensamento burguês do início do século XX. Por meio de obras que privilegiavam a fantasia em detrimento da razão, o cinema expressionista buscava representações mais próximas da subjetividade humana. Em seus personagens distorcidos, contornos acentuados e formas sombrias, o movimento trouxe à tona uma estética mórbida e dramática que incorporava a visão pessimista da Alemanha no pós-guerra, diante de um cenário devastado. As entradas para as sessões são gratuitas, com retiradas de senhas 1h antes.
Confira abaixo a programação completa da mostra:
21/11 (Quinta-feira)
19h – O Gabinete do Dr. Caligari (52min)
20h – Metropolis (124min)
22/11 (Sexta-feira)
19h – Nosferatu (81min)
20h30 – A ultima gargalhada (91min)
23/11 (Sábado)
17h – As mãos de Orlac (110min)
19h – Fausto (116min)
24/11 (Domingo)
17h – Metropolis (124min)
19h30 – O Gabinete das Figuras de Cera (83min)
26/11 (Terça-feira)
18h – O homem que ri (110min)
27/11 (Quarta-feira)
21h20 – Nosferatu (81min)
28/11 (Quinta-feira)
17h Golen (68min)
21h20 Nosferatu (81min)
29/11 (Sexta-feira)
21h20 – O Gabinete das figuras de cera (83min)
30/11 (Sábado)
18h – A ultima gargalhada (91min)
19h50 – O homem que ri (110min)
1º/12 (Domingo)
17h - Fausto (116min)
19h - As mãos de Orlac (110min)
SINOPSES:
O homem que ri, de Paul Leni – Classificação: 12 anos
Herdeiro do legado de um duque, Gwhnplaine (Conrad Veidt) é sequestrado quando garoto e, por ordem do rei, desfigurado. Deixando-o com o rosto esculpido num perpétuo sorriso macabro. Vira atração de circo e torna-se um famoso palhaço. Esse é o início da saga do herói de aparência assustadora, mas, de uma humanidade comovente. O diretor e cenógrafo Paul Leni tinha um talento para cenários macabros, e a ambiciosa mistura de morbidez e melodrama histórico funcionou muito bem para compor este belíssimo e triste filme. Aqui, ele conseguiu construir uma das pontes mais sólidas – ao lado de Aurora, de Friedrich Murnau – entre o Expressionismo alemão e o Realismo norte-americano, integrando a plasticidade da cenografia estilizada ao dinamismo das cenas de ação. O grande ator Conrad Veidt fez aqui uma impressionante interpretação, entre as melhores de todo o período silencioso do cinema.
As mãos de Orlac, de Robert Wiene - Classificação: 12 anos
As mãos de Orlac é um incrível triller que mistura a estética grand guignol do cinema de horror com a interpretação herdada do expressionismo alemão. Baseado no romance de Maurice Renard, um prestigiado pianista de concerto tem suas mãos amputadas depois de um trágico acidente, por meio de uma cirurgia experimental, foram transplantadas as mãos de um serial killer. Por causa disso, o pianista tem sua vida mergulhada na loucura e paranoia, colocando em risco as pessoas que ele ama.
Metrópolis, de Fritz Lang - Classificação: 12 anos
Fritz Lang, na época já considerado o maior cineasta alemão, havia regressado de Nova York e de lá trouxe toda a influência arquitetônica para realizar seu mais famoso filme, considerado, naquele período, o mais caro de todos os tempos. Metrópolis se passa em 2006, a população está dividida em duas classes: a elite dominante e a classe operária, que vive num mundo subterrâneo, escravizada pelas monstruosas máquinas que fazem funcionar a todo vapor a cidade. Uma revolução operária é planejada, mas sempre impedida pela líder Maria. O chefe da cidade pede a um cientista maligno que construa um robô à imagem e semelhança dela, para que possa incitar os trabalhadores à revolta.
Nosferatu, de F. W. Murnau - Classificação: 12 anos
Obras chave do expressionismo alemão, “Nosferatu” é um clássico do cine de vampiros no qual fica gravada na memória a imagem do conde Graf Orlock, um ser esquelético de olhar sinistro, unhas longas e orelhas pontiagudas. Hutter (Gustav von Wangenheim), agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock (Max Schreck), um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente, quem pode reverter esta situação é Ellen (Greta Schröder), a esposa de Hutter, pois Orlock está atraído por ela.
Fausto, de J. W. Murnau - Classificação: 12 anos
Deus e o Diabo estão em guerra pelas almas da Terra. Para equilibrar a disputa, decidem aliciar a alma de Fausto, um brilhante alquimista. Durante uma praga, Fausto desespera e queima todos os livros, depois de não conseguir parar a Morte. O Diabo envia à Terra Mephisto para aliciar Fausto, primeiro com o tratamento para a praga, depois com a promessa de juventude eterna. Fausto vende a alma ao Diabo, em troca dessa juventude.
O mito de Fausto adaptado da obra de Goethe. Fausto é o apogeu do expressionismo alemão, num magistral “combate” entre a luz e as trevas, o anjo do bem e do mal.
A última gargalhada, de Arte Robert Herlth - Classificação: 12 anos
A última gargalhada é um dos mais notáveis trabalhos artísticos do movimento expressionista alemão. O ator Emil Jannings interpreta o papel de um porteiro, cuja felicidade se desfaz quando ele é aposentado de seu cargo, que outrora o trouxera alegrias e orgulho.
O Gabinete das figuras de cera, de Paul Leni - Classificação: 12 anos
Realizado no auge do Expressionismo Alemão, “O Gabinete das figuras de cera” apresenta três episódios entrelaçados contados por um jovem poeta, o qual foi contratado por um museu de cera para escrever as biografias de três grandes criminosos: o califa Haroun al-Haschid (Emil Jannings); Ivâ, o Terrível (Conrad Veidt); e Jack, o Estripador (Werner Krauss). Realizado por um dos mais inovadores cineastas do cinema silencioso alemão, Paul Leni (O Gato e o Canário, O Homem Que ri). Aqui ele aplicou várias técnicas visuais para compor este ambicioso filme, dando tridimensionalidade nos cenários expressionistas. Além do vanguardíssimo na direção de arte, temos nos papéis dos criminosos os três maiores atores alemães de todos os tempos: Werner Krauss Emil Jannings, e Conrad Veidt. A edição digital veio de uma cópia restaurada com viragens de cores, em tons belíssimos de verde, azul, lilás e sépia.
O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene - Classificação:
Num pequeno vilarejo da fronteira holandesa, um misterioso hipnotizador, Dr. Caligari (Krauss), chega acompanhado do sonâmbulo Cesane (Veidt) que, supostamente, está adormecido por 23 anos. À noite, Cesare perambula pela cidade, concretizando as previsões funestas do seu mestre, o Dr. Caligari.
O Golem, de Paul Wegener - Classificação: 12 anos
O Colem, mito de uma lenda judaica, é um ser de barro que ganha vida quando um mago usa a mágica de um antigo livro da Cabala. O monstro de barro, interpretado pelo próprio diretor, foi criado para proteger os judeus dos ataques antissemitas. Paul Wegener já tinha levado o Golen para o cinema. Esta terceira versão é, sem dúvida, a mais bela, brilhantemente iluminada e fotografada pelo célebre fotógrafo do expressionismo alemão Karl Freud. Este filme influenciou vários filmes de Hollywood, especialmente Frankestein (1931).
21 de novembro a 1º de dezembro de 2013
Quinta a domingo vide programação
Local: Cine Sesc Palladium
Av. Augusto de Lima, 420, Centro
Entrada gratuita com retirada de senha 1h antes na recepção.
Espaço sujeito a lotação.
Informações sobre o evento (público): (31) 3270-8100
NA FACHADA - Museu promove exibição de produção audiovisual durante o período de manutenção do Espaço
Entre os dias 01 e 16 de dezembro, 19h30, o Espaço do Conhecimento UFMG realiza o Na Fachada, programação especial com exibição de produções audiovisuais diversas, como videoclipes de artistas locais, curtas de animação e outras intervenções. No domingo (01/12), acontece a estreia, com animações do projeto Universidade das Crianças (UFMG). As demais sessões temáticas ocorrerão de quinta a domingo, até o dia 16/12.
Os trabalhos serão veiculados na fachada digital do museu e poderão ser assistidos pelo público que circula pela Praça da Liberdade durante este período. A proposta contribui para que estes trabalhos sejam contemplados por outros públicos, além dos circuitos pelos quais as obras circulam habitualmente, como festivais e demais espaços específicos.
Durante o período entre os dias 03 e 16/12 as visitações ao museu estão suspensas, para manutenção do prédio. A partir do dia 17 de dezembro o Espaço do Conhecimento retorna à sua programação normal.
Fachada Digital
A fachada externa do Espaço do Conhecimento UFMG é revestida por um material vítreo especial, o que transforma o edifício numa grande tela de projeção. Todas as noites, imagens que unem arte, ciência e experimentação são exibidas na fachada, numa interface entre o Espaço e a Praça da Liberdade. Ao lado dos prédios históricos que compõem o Circuito Cultural Praça da Liberdade, estes painéis digitais atraem os olhares de milhares de pedestres e motoristas que passam pela região todos os dias, levando à rua e à cidade a experiência do conhecimento proposta pelo Espaço.
O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes através da utilização de recursos museais. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Espaço do Conhecimento é fruto da parceria entre a UFMG, o Governo de Minas e a operadora TIM. O Espaço conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG e com o patrocínio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG.
Serviço: Na Fachada
Data: 01 a 16 de dezembro, de quinta a domingo, as 19h30
Local: fachada do Espaço do Conhecimento UFMG - Circuito Cultural Praça da Liberdade
Mais informações: www. espacodoconhecimento.org.br
Informações para a Imprensa: (31)34098366 ou imprensa@ espacodoconhecimento.org.br
Fórum da União de Nações Sul-Americanas sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e Industrialização na América do Sul
CERIMÔNIA INAUGURAL
2 de dezembro de 2013
18:00 – 20:00 horas
Local: Auditório Pedro Calmon, Fórum de Ciência e Cultura
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. Pasteur 250, 2º anda, Urca – Rio de Janeiro
Palavras do Magnífico Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Levi da Conceição;
Palavras do Secretário Geral da União de Nações Sulamericanas - UNASUL, Alí Rodríguez Araque;
Palavras do Diretor Executivo do Instituto Suramericano de Gobierno en Salud –ISAGS, José Gomes Temporão;
Palavras de Antonio Simões, Representante del Ministro de Relaciones Exteriores de Brasil;
Palavras do Secretário de Educação Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação do Equador e Presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia da UNASUL, René Ramírez;
Palavras do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Marco Antonio Raupp.
Conferência Magistral do Filósofo
ENRIQUE DUSSEL
"La Ciencia y la Tecnología en el Proyecto de Autodeterminación Nacional"
Reitor da Universidade Autônoma da Cidade do México
(Argentina, 1934 - )
O Filósofo argentino, Enrique Dussel, atual Reitor da inovadora Universidade Autónoma da Cidade do México, revelador das obras fundamentais da Crítica da Economia Política de Karl Marx com os livros: “La producción teórica de Marx: un comentario a los Grundrisse”; Hacia un Marx desconocido: un comentario de los manuscritos de 61-63” e “El último Marx (1863-1882) y la liberación de Latinoamérica”. Ganhador do maior reconhecimento internacional na área de Ciências Sociais, o Prêmio Libertador ao Pensamento Crítico 2009, outorgado pelo Governo Bolivariano da Venezuela com o Libro “Política de la Liberación”. Autor de 81 livros (disponíveis em http://www.enriquedussel. com/libros.html) traduzidos nas principais línguas, iniciou seus estudos sobre Marx com os seus trabalhos sobre a tecnologia, tema que retoma sistematicamente.
Entre sus obras destacam:
- El último Marx (1863-1882) y la liberación latinoamericana, Siglo XXI, México, 1990
- Historia de la filosofía latinoamericana y filosofía de la liberación, Nueva América, Bogotá, 1994
- Ética de la Liberación en la edad de la globalización y de la exclusión, Trotta, 3a. Ed., 2002, Hacia una filosofía política crítica, Desclée de Brouwer, Bilbao, 2001;
- Beyond Philosophy: History, Marxism, and Liberation Theology, Rowman and Littlefield, Maryland, 2003;
- 20 Tesis de Política, Siglo XXI- CREFAL, México, 2006; Filosofía de la cultura y la liberación, Universidad Autónoma de la Ciudad de México, México, 2006;
- Materiales para una política de la liberación, Plaza y Valdés, Madrid, 2007; Política de la Liberación. Historia mundial y crítica, Editorial Trotta, Madrid, Vols. I y II, 2007-2009.
Este FÓRUM se realiza como parte das decisões emanadas da VI Reunião Ordinária do Conselho de Chefas e Chefes de Estado e de Governo da União de Nações Sulamericanas - UNASUL (Lima, novembro de 2012) e tem como antecedente a Primeira Conferência da UNASUL sobre Recursos Naturais e Desenvolvimento Integral da Região (Caracas, 27-30 de maio de 2013), que reuniu mais de 150 especialistas, intelectuais e autoridades da União com o objetivo de aprofundar a análise para a elaboração de uma estratégia continental de aproveitamento dos recursos naturais para o desenvolvimento integral e sustentável da região.
Como continuidade deste trabalho, a Secretaria Geral da UNASUL organiza o "Fórum sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e Industrialização na América do Sul". Esta reunião contará com a participação de acadêmicos, cientistas e pesquisadores sobre o tema, autoridades políticas do Brasil e dos Estados membros da União e representantes das diferentes instâncias da UNASUL e da sociedade civil.
Leia as notícias:
Secretaria Geral da Unasul - Foro sobre Ciencia, Tecnología, Innovación e Industrialización en América del Sur
Ø C&M Eventos (forounasur@cmeventos.com.br)
Tel. +55-21-25391214
INSTITUIÇÕES COORGANIZADORAS
Instituto Suramericano de Gobierno en Salud -‐ ISAGS
Universidade Federal do Rio de Janeiro -‐ UFRJ
Ministerio de Ciencia, Tecnología e Inovação do Brasil
Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento
Cátedra e Rede UNESCO/Universidade das Nações Unidas sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável -‐ REGGEN
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
ABL lança, em dois volumes, o livro “Joaquim Nabuco, correspondente internacional”, publicação inédita e desejo expresso no diário do Acadêmico
A Academia Brasileira de Letras lançou no dia 28 de novembro, quinta-feira, o livro, uma coedição com a Global Editora, Joaquim Nabuco, correspondente internacional, em dois volumes que reúnem seus textos enviados do exterior para os jornais brasileiros no período de 1882 a 1891. O evento teve, ainda, às 17h30min., mesa-redonda com os organizadores do livro, os Acadêmicos José Murilo de Carvalho e Cícero Sandroni e o Sócio Correspondente Leslie Bethel.
De acordo com eles, são muito bem conhecidos os escritos de Joaquim Nabuco referentes à campanha abolicionista, à biografia do pai e à sua própria memória. Reconhecem que alguma coisa se leu de seus artigos de imprensa, mas dizem que nada se sabe, no entanto, sobre sua atuação como correspondente internacional de jornais brasileiros: “Trata-se de vasta e rica produção, até hoje inédita, em livro. Esta publicação em dois volumes, promovida pela Academia Brasileira de Letras em coedição com a Global Editora, vem preencher a lacuna, realizando, aliás, o desejo do próprio Joaquim Nabuco registrado em seu Diário, em 1894, mas nunca realizado”, afirmam na orelha do livro.
Necessidades de sobrevivência forçaram Joaquim Nabuco, segundo os responsáveis pela organização da obra, a aceitar o trabalho de correspondente quando, em Londres, fazia propaganda abolicionista ou se refugiava de perseguições republicanas. Escreveu principalmente para o Jornal do Commercio, de Júlio Villeneuve, então a folha de maior prestígio no país; para O Paiz, cujo redator-chefe era o republicano Quintino Bocaiuva; para o Jornal do Brazil, órgão monarquista de Rodolfo Dantas; e para o La Razón, de Montevidéu. Foram ao todo 300 correspondências, a grande maioria escrita a partir de Londres, mas também de Roma e Buenos Aires. Joaquim Nabuco foi, talvez, o primeiro correspondente internacional da imprensa brasileira.
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Joaquim Nabuco
Joaquim Nabuco (J. Aurélio Barreto N. de Araújo), escritor e diplomata, nasceu em Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, e faleceu em Washington, Estados Unidos, em 17 de janeiro de 1910. Compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de Letras e fundou a Cadeira 27 (ocupada sucessivamente por Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro, Otávio de Faria e o atual, Eduardo Portella), que tem como patrono Maciel Monteiro. Designado secretário-geral da Instituição na sessão de 28 de janeiro de 1897, exerceu o cargo até 1899 e de 1908 a 1910. Ficou conhecido, sobretudo, por sua tenaz luta contra a escravidão. Em 1905, foi nomeado primeiro embaixador brasileiro em Washington, posto em que trabalhou até a morte. Escreveu livros que se tornaram clássicos, como O Abolicionismo, Um estadista do Império e Minha formação. Ao lado do Parlamento, dos teatros e das ruas, a imprensa se constituiu numa das principais arenas de combate do Acadêmico, visto até hoje como um dos mais importantes intelectuais brasileiros de todos os tempos.
Acadêmico, jornalista e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco faz a segunda palestra do ciclo “Vinicius de Moraes: poesia de muitos plurais”
O Acadêmico, jornalista e diplomata Affonso Arinos de Mello Franco fará a segunda palestra do ciclo Vinicius de Moraes: poesia de muitos plurais, sob coordenação do Acadêmico e poeta Ivan Junqueira, denominada Vinicius, boêmio, poeta e diplomata. O evento está programado para terça-feira, dia 3 de dezembro, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
O ciclo terá ainda mais uma conferência: Vinicius, o poeta da imperfeição, com o jornalista e escritor José Castello, no dia 10 de dezembro.
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Affonso Arinos de Mello Franco
Sexto ocupante da Cadeira nº 17 (fundada por Sílvio Romero, que escolheu como Patrono Hipólito da Costa), eleito em 22 de julho de 1999, na sucessão de Antonio Houaiss, Affonso Arinos de Mello Franco (Afonso Arinos, filho) nasceu em Belo Horizonte (MG). Fez o curso de Bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil; o curso de Preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores; o curso de Doutorado, Seção de Direito Público, na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil; o curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores.
Iniciou a carreira de Diplomata em 1952, como Cônsul de Terceira Classe, e, em 1953, fez estágio na Divisão de Questões Jurídicas do Departamento Jurídico das Nações Unidas, em Nova York. Às suas funções e cargos, no Brasil e no exterior, somam-se atividades jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes. Na área jornalística, trabalhou na revista Manchete, foi correspondente do Jornal do Brasil em Roma; colaborador da Tribuna da Imprensa; da revistaFatos e Fotos / Gente; da TV Educativa; da Enciclopédia do Brasil Ilustrada; comentarista da TV Manchete, 1995-99; e colaborador do Jornal do Commercio.
De 1960 a 1962, foi deputado à Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, na qual se destacou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, em 1961, e como presidente da Comissão de Educação, em 1962. Em 1964-65, foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. De 1964 a 1966, foi deputado federal pelo Estado da Guanabara, tendo sido, em 1965-66, membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Além de Sílvio Romero e Antonio Houaiss, ocuparam a Cadeira 17 Osório Duque-Estrada, Roquette-Pinto e Álvaro Lins.