Claire Denis, um olhar em deslocamento
Retrospectiva de cineasta francesa acontece na Caixa Cultural
A parisiense Claire Denis poderia focar seu olhar no cotidiano francês, mas essa realidade não lhe pertence. Depois de passar parte da sua infância na África, a cineasta passou a retratar ambientes em conflito, como poderá ser visto na mostra que apresenta onze longas-metragens, além de curtas e documentários, entre os dias 21 de junho e 3 de julho. A retrospectiva, na Caixa Cultural, apresenta para o público brasileiro uma oportunidade de ter um contato maior com a obra da diretora, ainda pouco conhecida no país.
Desprovida de um referencial geográfico único em seu trabalho, o foco da diretora de 57 anos se constrói em seus deslocamentos e tira a Europa do centro e coloca nele o indivíduo em busca do seu lugar. Denis tem também como referência o avô, brasileiro nascido em Belém do Pará e que teve uma forte influência na educação da diretora, como pode ser visto no longa 35 doses de rum. O reflexo dessas junções é um cinema político, atento aos países em desenvolvimento. Cada lugar gera estímulos diferentes ao comportamento.
Dos títulos apresentados na retrospectiva, apenas dois já entraram em cartaz no Brasil: Desejo e Obsessão e Minha Terra África. Claire Denis, que já foi assistente de direção como Jim Jarmusch, Wim Wenders, Costa-Gravas e Jacques-Rivette, lançou seu primeiro filme, Chocolate, em 1988. Desde então, ficou conhecida por conciliar o lirismo do cinema francês com cenas que ressaltam a violência e a truculência contra imigrantes em seu país
Além da projeção da maioria dos filmes em 35mm, a mostra conta com duas mesas de debate com a participação de pensadores de cinema, como a cineasta Paula Gáitan, o crítico da nova geração Juliano Gomes e Denílson Lopes, da ECO-UFRJ. A diretora homenageada deve vir pela primeira vez ao Rio de Janeiro, para uma conversa em 03 de julho.
Desprovida de um referencial geográfico único em seu trabalho, o foco da diretora de 57 anos se constrói em seus deslocamentos e tira a Europa do centro e coloca nele o indivíduo em busca do seu lugar. Denis tem também como referência o avô, brasileiro nascido em Belém do Pará e que teve uma forte influência na educação da diretora, como pode ser visto no longa 35 doses de rum. O reflexo dessas junções é um cinema político, atento aos países em desenvolvimento. Cada lugar gera estímulos diferentes ao comportamento.
Dos títulos apresentados na retrospectiva, apenas dois já entraram em cartaz no Brasil: Desejo e Obsessão e Minha Terra África. Claire Denis, que já foi assistente de direção como Jim Jarmusch, Wim Wenders, Costa-Gravas e Jacques-Rivette, lançou seu primeiro filme, Chocolate, em 1988. Desde então, ficou conhecida por conciliar o lirismo do cinema francês com cenas que ressaltam a violência e a truculência contra imigrantes em seu país
Além da projeção da maioria dos filmes em 35mm, a mostra conta com duas mesas de debate com a participação de pensadores de cinema, como a cineasta Paula Gáitan, o crítico da nova geração Juliano Gomes e Denílson Lopes, da ECO-UFRJ. A diretora homenageada deve vir pela primeira vez ao Rio de Janeiro, para uma conversa em 03 de julho.
Programação
Terça 21
19h - Chocolat (Chocolate), 105'( 1988)
Quarta 22
15h - Vendredi Soir (Friday Night), 90'(2002)
17h - J'ai pas sommeil (I can't sleep / Noites sem dormir), 110' (1994)
19h10 - 35 Rhums (35 doses de Rum), 100' (2008)
Quinta 23
15 - Se'en fout la mort (No Fear, no Die), 90'(1990)
17h - Man no Run (documentário), 90' (1989)
19h - White material (Minha Terra África), 106'(2009)
Sexta 24
15h - Vers Mathilde (documentário), 84' (2004)
17h - Chocolat (Chocolate), 105'( 1988)
19h - Vendredi Soir (Friday Night), 90'(2002)
Sábado 25
15h - J'ai pas sommeil (I can't sleep / Noites sem dormir), 110' (1994)
17h10 - Se'en fout la mort (No Fear, no Die), 90'(1990)
19h - L'intrus (O Intruso), 130' (2004)
Domingo 26
15h - White Material (Minha Terra África), 106'(2009)
17h - Nénette et Boni (Nennete and Boni), 103' (1996)
19h30 - debate - Juliano Gomes, Paula Gaitán e Denílson Lopes
Na segunda-feira, 27, a programação acontece na Maison de France
18h - Beau Travail (Bom Trabalho), 93' (1999)
20h - J'ai pas sommeil (I can't sleep / Noites sem dormir), 110' (1994)
Terça 28
15h - Jacques Rivette - Le Veilleuer (documentário), 125' (1990)
17h20 - Man no Run (documentário), 90' (1989)
19h - Vers Mathilde (documentário), 84' (2004)
Quarta 29
15h - Us go home, 58'(1994)
17h - 35 Rhums (35 doses de Rum), 100' (2008)
19h - Beau Travail (Bom Trabalho), 93' (1999)
Quinta 30
15h - Vers Nancy/ Nice very Nice/ Pour Ushari Ahmed Mahmoud, Soudan / La Robe À Cerceau / Le Quinze Mai/ A Propos D'Une Declaration/ Keep it for yourself (em aberto), 11 ' (2002) / 10' (1995) / 4' (1991)/ 24' (1992)/ 10' (1969)/ 2' (1996)/ 40' (1991)
17h - Jacques Rivette - Le Veilleuer (documentário), 125' (1990)
19h20 - Trouble every day (Desejo e Obsessão), 101'(2001)
Sexta 01
15h - J'ai pas sommeil (I can't sleep / Noites sem dormir), 110' (1994)
17h10 - Chocolat (Chocolate), 105'( 1988)
19h10 - L'intrus (O Intruso), 130' (2004)
Sábado 02
15h - Nénette et Boni (Nennete and Boni), 103' (1996)
17h - Trouble every day (Desejo e Obsessão), 101'(2001)
19h - Beau Travail (Bom Trabalho), 93' (1999)
Domingo 03
15h - Vers Nancy/ Nice very Nice/ Pour Ushari Ahmed Mahmoud, Soudan / La Robe À Cerceau / Le Quinze Mai/ A Propos D'Une Declaration/ Keep it for yourself (em aberto), 11 ' (2002) / 10' (1995) / 4' (1991)/ 24' (1992)/ 10' (1969)/ 2' (1996)/ 40' (1991)
17h - Us go home, 58'(1994)
18h10 - Conversa com Claire Denis