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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

IX ANIVERSÁRIO DO CACHAÇA CINEMA CLUBE RJ

Cine cachaça

9 anos de Cachaça Cinema Clube

Tudo começou em agosto de 2002. Filmes clássicos, raros, estreias e
novidades, seguidos de degustação de cachaça, encontros, discussões
informais e festa. A primeira vez no letreiro: Cachaça Cinema Clube.
Desde então, a noite se repete, uma vez por mês. Tem gente que não
perde um. Outros descobriram agora. Tem gente que já parou de ir e
voltou. Tem gente que sai revoltado com os filmes exibidos. E vira
frequentador assíduo. Para os íntimos, virou simplesmente “o” Cachaça.


E dia 19 de agosto – próxima sexta - é dia de comemorar o aniversário
de 9 anos do cineclube mais famoso, mais legal e menos careta da
cidade. (À data não cabe modéstia). Até mudaram a sessão de dia neste
mês: de quarta para sexta-feira, para a celebração ficar realmente
especial.


A noite será de encontro de gerações: clássicos, novos e novíssimos. E
gritos pela liberdade. Censura, nunca mais! Nessa sessão especial, a
homenagem vai para o querido Gustavo Dahl, diretor, crítico e gestor
cultural, que batalhou por toda a vida pelo engrandecimento do cinema
brasileiro, falecido em julho passado.


Os cineastas cariocas Allan Ribeiro e Douglas Soares apresentam seu
documentário invertido “A Dama do Peixoto”, repercutindo os novos
tempos, de exposição demasiada, consciente e inconsciente. Allan
Ribeiro, com seus 5 premiados curtas anteriores, vem sempre trazendo
novos ares à nossa produção, independente de grupos ou alcunhas.

A grande novidade do cinema brasileiro, o cinema coletivo e artesanal
da Alumbramento Filmes, está presente com “Longa vida ao cinema
cearense”, dirigido pelos Irmãos Pretti, os mesmos diretores (junto
com os primos Parente) de Estrada para Ythaca e Os Monstros, filmes
que balançaram a crítica cinematográfica pelo seu modo de produção e
liberdade estética.

Felipe Bragança apresenta “Desassossego 9: um índio, um robot, o raio
laser”, um fragmento do filme-projeto Desassossego (Filme das
Maravilhas), que conta com 10 fragmentos de 14 diretores de 4 estados
brasileiros em resposta a uma carta sobre utopia, amor e aventura. O
longa estreia em 7 cidades brasileiras em setembro. E Felipe também
estreia, no mesmo dia 19 de agosto, seu longa co-dirigido por Marina
Meliande, A Alegria.

Aos novíssimos, o Cachaça soma a tradição, com 3 curtas preciosos e
pouco exibidos por aqui. “Maria Gladys: uma atriz brasileira”, filme
de estreia de Norma Bengell na direção, de 1979, é um encontro de
musas, protagonistas dos maiores momentos do cinema brasileiro.
“Meio-dia”, de Helena Solberg, de 1969, é uma ode à revolução, que
começa numa sala de aula e termina aos versos do hino de Caetano
Veloso, “É proibido proibir.” E, finalmente no Cachaça Cinema Clube,
um dos curtas mais geniais de Carlos Reichenbach, “Sangue Corsário”,
que traduz as questões de toda uma geração ao confrontar um poeta e um
bancário pelas ruas de São Paulo.


Em homenagem a Gustavo Dahl, exibiremos trechos do SRTV (Setor de
Rádio e Televisão) da Embrafilme, programa idealizado pelo cineasta.
No período de 1976 a 1980, foram feitas aproximadamente 500 gravações
com depoimentos de cineastas, produtores e atores, making ofs,
coberturas de festivais e jornadas, editadas e exibidas na TVE-RJ. Em
processo de análise pelo Centro Técnico Audiovisual (CTAv), o programa
traz imagens raras que testemunham alguns dos melhores momentos da
história do cinema brasileiro. Raridades, mais uma vez, na tela do
Cachaça.
Após os filmes, além da tradicional combinação de Aguardente
Claudionor, a 3ª melhor do Brasil, batida de gengibre do Belmonte e DJ
H, contamos com 2 atrações musicais bombásticas. A banda Os
Vulcânicos, que protagonizou em março de 2010 o melhor show já
realizado em nossa envenenada festa cineclubista, traz suas versões
lança-chamas de clássicos do rock’n’roll. Rock dos anos 50 e 60,
rockabilly, surf music, jovem guarda... Tudo muito bem embalado e
pronto pra explodir como um coquetel Molotov.


MC Fininho, heterônimo do compositor e artista plástico Cabelo, vai
invandir o foyer com seu tamborzão. Cabelo, que desde os tempos do
Boato já sabia como funk é bom, lançou um disco só com melôs pra fazer
todo mundo dançar até o chão. Com electrofunks do DJ Nepal, produção
de Sany Pitbull, Berna Ceppas, Marcelo Lobato e Kassin, a parada é
coisa fina, então vem com tudo que é diversão garantida.


Dia 19 de agosto, SEXTA-FEIRA, às 21h no Cinema Odeon Petrobras (até às 4h)
Entrada - até 0h: 10 reais (promoção meia para todos até 0h) / 20
reais (inteira) - após 0h: 15 reais (meia) / 30 reais (inteira)