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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Simpósio The Thymus and Cell biology in Health and Dicase Cellebration 30 Years of French-Brazil Collaboration

Cientistas de seis países participam de evento sobre timo e células T

O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) abriu as portas, nesta quarta-feira (17/08), para celebrar 30 anos de colaboração entre pesquisadores brasileiros e franceses e discutir pesquisas atuais sobre a biologia dos linfócitos T, que desempenham importante função na defesa do corpo humano contra vírus e micro-organismos, e o timo, orgão do sistema imune onde estas células são formadas. O simpósio 'The thymus and T cell biology in health and disease: celebrating 30 years of French-Brazilian collaboration' reúne, até dia 19, no campus da Fiocruz em Manguinhos, cientistas de institutos de pesquisa de países europeus, do Cone Sul e da África.
 
A cerimônia de abertura contou com Claude Pirmez, vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Wilson Savino, chefe do Laboratório de Pesquisas Sobre o Timo do IOC e coordenador do simpósio, a co-organizadora do evento, Mirelle Dardenne, o cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Jean-Claude Moyret, e Jean-Pierre Briot, diretor no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS-Brasil).


Abertura 


Wilson Savino abriu o evento agradecendo todos os palestrantes, ao público presente, em especial à jovem plateia composta por estudantes de pós-graduação, que segundo ele, são os que darão continuidade aos avanços das pesquisas sobre os temas em debate.

 
Participaram da cerimônia de abertura pesquisadores do IOC e autoridades francesas. Da esquerda para a direita: Wilson Savino, Jean-Pierre Briot, Claude Pirmez (centro), Jean-Claude Moyret e Mirelle Dardenne.



O cônsul Jean-Claude Moyret destacou a importância do intercâmbio entre trabalhos em imunoterapia e a cooperação bi-lateral Fiocruz-Inserm (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale, da França), que vem crescendo a cada ano. Há três décadas, o IOC realiza pesquisas científicas em conjunto com o Inserm.
Claude Pirmez, representando Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz, afirmou que “este é o maior exemplo de colaboração científica entre Brasil e França, não só pelo volume de publicação de artigos que é produzido, mas também pela qualidade dos estudos que são desenvolvidos na cooperação entre essas duas instituições [Fiocruz-Inserm]”.
Os palestrantes convidados para o simpósio incluem o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz/Paraná), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) e Universidad Nacional de Rosário (ambos da Argentina), Departamento de Imunologia de Moçambique, University of Liege Center of Immunology (Bélgica), Instituto Pasteur de Montevidéo (Uruguai) e franceses do Hôpital Necker e do Biosystems International. O IOC está representado pelos Laboratórios de Pesquisas sobre o Timo, de Imunologia Viral, de Pesquisas em Malária, de Inflamação, e de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos.
Palestras
A mediadora Maria do Carmo Leite de Moraes abriu a primeira sessão de palestras convidando a cientista Elke Schneider a expor o trabalho ´The H4 histamine receptor: modulation of cell cycle status and mobilization oh hemopoietic progenitor cells’. A pesquisadora ilustrou em slides como ocorre a modulação do status do ciclo celular e a mobilização das Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPrH), através da investigação do receptor de histamina H4. As CPrH são originadas das Células-Tronco Hematopoiéticas (CTH), que se encontram na medula-óssea. As Células Progenitoras Hematopoiéticas, por sua vez, originam as Células Precursoras Hematopoiéticas (CPH) e Células Maduras (CM). Todas elas compõem o tecido hematopoiético, que se desenvolve na vida adulta e de forma hierarquizada, e é responsável pela formação de células sanguíneas e pela defesa do corpo humano contra vírus e micro-organismos.

 
Elke Schneider foi a primeira cientista a abrir o simpósio internacional no Pavilhão Leônidas e Maria Deane.


Em seguida, Marco Stimamiglio, Daniela Arêas Mendes-da-Cruz, ambos do IOC, e Maria do Carmo Leite de Moraes fecharam o ciclo de palestras pela manhã. Os temas que ainda serão discutidos nos próximos dias de simpósio incluem hormônios e biologia de células T em doenças infecciosas e inflamatórias não infecciosas.