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sábado, 15 de outubro de 2011

Exposição Ponto Final sem Pausas



A escultora Elisa Bracher expõe seus trabalhos, especialmente projetados para o Espaço Monumental do MAM. A escolha do nome da mostra vem da necessidade de querer terminar, da tentativa de prorrogar algo que não pode ser finalizado.
A grande instalação principal constitui numa esfera de oito toneladas, que flutua sobre a cabeça do visitante. As obras funcionam coletivamente, contribuindo com a ampliação da visão do espaço arquitetônico.
Realizada especialmente para a exposição, a grande instalação da artista Elisa Bracher, em chumbo e aço, ocupa o salão monumental do MAM. O trabalho segue a escala monumental das últimas obras da artista, dialogando e desafiando o espaço arquitetônico do museu. 15 de outubro de 2011 a 15 de janeiro de 2012.
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta a exposição "Ponto final sem pausas", que ocupará o Espaço Monumental do MAM com a grande instalação homônima da escultora paulistana Elisa Bracher. O trabalho segue a escala monumental das últimas obras da artista e dialoga com o espaço arquitetônico do museu. "Elisa Bracher é uma das mais contundentes escultoras e gravadoras cuja trajetória iniciou-se nos últimos vinte anos", afirma o curador Luiz Camillo
Osorio.
A grande instalação, criada especialmente para a primeira exposição da artista no l Rio, é composta por uma grande esfera de 1,10 metro de diâmetro, pesando oito toneladas, que ficará a cerca de dois metros do chão e “flutuará no salão monumental do l”, suspensa por dois cabos de aço. Fazem parte da instalação, ainda, três grandes placas de chumbo – chamadas de lençóis pela artista – que ficarão próximas à parede do museu. Os “lençóis”, colocados vertical e horizontalmente, medem 8m x 10m cada. “São grandes placas de chumbo sobre chumbo, com diferentes nuances de cinza, inspirados nos trabalhos de Mark Rothko, na Capela Rothko, em Houston, EUA”, explica Elisa Bracher. Um engenheiro calculista realizou estudos prévios para garantir a colocação da obra, que necessitará de cerca de 20 dias de montagem.
Para que a esfera possa entrar no Espaço Monumental, serão retiradas as esquadrias das janelas do local. “Faço estudos mentalmente. Tenho uma capacidade intuitiva de encontrar o ponto de equilíbrio. Depois que a obra pronta, chamo um engenheiro para fazer os cálculos e comprovar a estabilidade da mesma”, afirma Elisa Bracher. “Não gosto da arte isolada, como algo excepcional, que está em um lugar inalcançável. A relação com a indústria me atrai e a física e a mecânica me fascinam. Gosto dessa mistura”. Seguindo a ideia de que a arte deve estar próxima do público e não em um patamar inalcançável, Elisa Bracher informa que as obras poderão ser tocadas.

Dom e feriados, até às 19h