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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Festival Internacional Panorama 20 anos


Para celebrar os 20 anos do Panorama, esta é uma edição cheia de novidades. A primeira etapa nacional do festival, em Brasília, conta com a entrada em nosso time de patrocinadores do Centro Cultural do Banco do Brasil, que nos recebe em suas unidades do Rio e de Brasília. No Rio, foi montado, em parceria com a Companhia Ensaio Aberto e seu Armazém da Utopia, um centro do festival na Zona Portuária, hoje em franca revitalização, onde acontece também a primeira edição da Plataforma Carioca de Artes Cênicas, uma iniciativa da Prefeitura do Rio através de sua Secretaria de Cultura.
Como dois eixos desta edição, estão a memória e o ativismo político, que consideramos dois fundamentos da atuação do próprio Panorama nas últimas duas décadas. Cada eixo ganhou um encontro teórico e uma programação artística. No Espaço SESC, a memória no corpo, do corpo, a partir do corpo. No Armazém da Utopia, o com.posições.políticas revira o ideário do teatro e da performance política, misturando diversidade sexual, direitos humanos, artivismo e urbanismo, por meio de uma agenda de conversas, cabaré e espetáculos.
No Armazém da Utopia ainda temos shows e festas com curadoria de Batman Zavarese e Nado Leal, numa parceria do Panorama com seu primo carioca Multiplicidade. E dois dos projetos de maior sucesso do festival continuam: as Tardes no Parque, em parceria com a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, e o Panoraminha, que este ano oferece quatro espetáculos de dança para crianças.
Marcando os 20 anos, duas retrospectivas e uma noite histórica e atual. Nas retrospectivas, o grupo belga Rosas revela em três obras por que é a mais importante companhia de dança do mundo; enquanto o carioca João Saldanha reapresenta seus últimos quatro trabalhos, que mostram sua incontornável trajetória na dança brasileira. Finalmente, dos arquivos do Panorama, escolhemos duas peças – uma de âmbito nacional, outra particularmente carioca – que merecem remontagem por tratarem de dois temas caros para o Rio de Janeiro de 2011: Luiz Abreu refaz seu polêmico Samba do crioulo doido, sobre o Brasil exportação; Frederico Paredes retoma Intervalo, sobre o bota-abaixo carioca e a reinvenção da paisagem física e cultural do Rio.
Uma programação vasta, complexa, divertida, provocadora. E, sobretudo, acessível a todos os que estão dispostos a sair de casa para se encontrar com uma outra forma de ver o mundo.