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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Mostra Super-Heróis x Anti-Hérois, dos Quadrinhos às Telas

 A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a mostra cinematográfica “Super-Heróis x Anti-Heróis – Dos Quadrinhos às Telas”, que põe em pauta as riquezas e semelhanças presentes no universo dos quadrinhos e do cinema em um único evento, privilegiando a origem desta manifestação e seus desdobramentos no Brasil. Presentes em nossa vida desde a infância, são vários os exemplos de obras inspiradas por esta vertente advinda da matriz norte-americana, incluindo os anti-heróis.

Curadoria

As histórias em quadrinhos e o cinema nasceram praticamente juntos, no final do século XIX, período da Revolução Industrial e surgimento da cultura de massa. Do avanço tecnológico, surge o cinema como finalidade científica, segundo as perspectivas da época. Do avanço cultural, os quadrinhos tomam os jornais numa evolução do desenho jornalístico, da caricatura e do cartoon. Tendo, portanto, os meios de comunicação como interseção fundamental, os quadrinhos e o cinema se entrelaçam tecnicamente (na iluminação, plongês e contraplongês, enquadramento, profundidade de campo e elipses) e artisticamente (na estrutura narrativa, criação e comportamento das personagens e ambientação das histórias). É dentro deste contexto que surgem os super-heróis, personagens míticos e superpoderosos, todavia com propósitos, sentimentos e questionamentos éticos semelhantes a qualquer indivíduo. Na medida em que as adaptações de super-heróis dos quadrinhos para as telas caíram no gosto do grande público, os anti-heróis (perfeita antítese e desconstrução crítica do mito), por sua vez, ganharam destaque cada vez maior.
A mostra “Super-Heróis x Anti-Heróis - Dos Quadrinhos às Telas” aborda a relação existencial entre os super-heróis e os anti-heróis, cujas matrizes são americanas, a partir do diálogo que a TV e, principalmente, o cinema estabeleceu historicamente com os quadrinhos e que se propagou pelo mundo afora, incluindo o Brasil, onde foi absorvido pela cultura nacional.

O consumo cada vez maior dos quadrinhos e de suas versões cinematográficas no Brasil e em todo o mundo confirma o grande potencial artístico de ambas as linguagens e a capacidade de penetração e envolvimento com todas as faixas etárias e classes sociais, bastando apenas pensarmos na ansiedade com que legiões de fãs aguardam a estreia de filmes sobre este assunto. O tema nos permite diversas e interessantes abordagens e o painel de filmes propostos, assim como o curso e as três mesas de discussão procuram dar a devida e merecida abrangência
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