Em diversos aspectos, a posição de Skinner representava uma renovação do behaviorismo de Watson. Um historiador afirmou: "O espírito de Watson é indestrutível. Limpido e purificado, ele respira através dos trabalhos de B. F. Skinner" (MacLeod, 1959, p. 34). Embora Hull também fosse considerado um rigoroso behaviorista, há diferenças entre suas visões e as de Skinner. Enquanto Hull enfatizava a importância da teoria, Skinner defendia um sistema empírico sem estrutura teórica para a condução de uma pesquisa.
Skinner resumia sua visão da seguinte forma: "Nunca ataquei um problema construindo uma hipótese. Jamais deduzi teoremas, nem os submeti a verificação experimental. Até onde consigo enxergar, não tenho nenhum modelo preconcebido de comportamento e, certamente, nem fisiológico nem mentalista e, creio, nem conceitual" (Skinner, 1956, p. 227).
O behaviorismo de Skinner dedica-se ao estudo das respostas. Ele se preocupava em descrever e não em explicar o comportamento. A sua pesquisa tratava apenas do comportamento observável, e ele acreditava que a tarefa da investigação científica era estabelecer as relações funcionais entre as condições de estímulo controladas pelo pesquisador e as respostas subsequentes do organismo.
Skinner não se preocupava em especular sobre o que ocorria dentro do organismo. Seu programa não apresentava suposições a respeito das entidades internas, fossem as variáveis intervenientes, os impulsos ou os processos fisiológicos. O que acontecia na relação entre estímulo e resposta não era o tipo de dado com o qual o behaviorismo skinneriano lidava. Assim, o behaviorismo puramente descritivo de Skinner foi denominado adequadamente de abordagem do "organismo vazio". Nessa visão, o organismo humano seria controlado e operado pelas forças do ambiente, pelo mundo exterior, e não pelas forças internas. Skinner não duvidava da existência das condições mentais ou fisiológicas internas, apenas não aceitava a sua validade no estudo científico do comportamento. Um biógrafo reiterou que a posição de Skinner "não era uma negação dos eventos mentais, mas uma recusa em classificá-los como entidades explicativas" (Riuchelle, 1993, p. 10).
Ao contrário de muitos dos seus conteporâneos, Skinner não considerava necessário usar grande quantidade de indivíduos nas experiências ou realizar comparações estatísticas entre as respostas médias dos grupos de pesquisados. O seu método consistia na investigação compreensiva de um único indivíduo.
Uma pevisão do que o indivíduo médio realizará é, muitas vezes, de pouco ou nenhum valor ao lidar com um indíviduo em particular. (...) Uma ciência é válida ao lidar com um indivíduo somente se as leis forem referentes aos indivíduos. Uma ciência do comportamento que considera apenas o comportamento coletivo não parece válida para compreender um caso particular. (Skinner, 1953, p. 19.).
Em 1958, os behavioristas skinnerianos criaram a revista Journal of the Experimental Analysis of Behavior, principalmente como resposta às exigencias para publicação, não mencionadas nas principais revistas de psicologia, a respeito da análise estatística e da dimensão da amostragem de indivíduos observados. A revista Journal of Applied Behavior Analysis foi lançada para promover a pesquisa sobre a modificação do comportamento, um produto aplicado da psicologia de Skinner.