A Casa Fiat de Cultura recebe a exposição Caravaggio e seus seguidores de 22 de maio a 15 de julho. Serão expostas um conjunto de 21 pinturas nunca antes vistas no Brasil, de terça a sexta de 10 às 21h, sábado, domingo e feriados de 14 às 21h. A entrada é free.
A mostra conta com sete obras do grande mestre do Barroco italiano, Michelangelo Merisi, dito Caravaggio (1571-1610) ou obras atribuídas ao pintor, ao lado de 14 pinturas realizadas por seus seguidores, os chamados “caravaggescos”. Dentre os aprendizes, estão: Artemisia Gentileschi (1593 – 1653), Bartolomeo Cavarozzi (1587 – 1625), Giovanni Baglione (c. 1566 – 1643), Giovan Battista Caracciolo (1578 – 1635) dito Battistello, Hendrick van Somer (1615 – 1684-1685), Jusepe De Ribera (1591 – 1652), Leonello Spada (1576 – 1622), Mattia Preti (1613 – 1699), Orazio Borgianni (1574 – 1616), Orazio Gentileschi (1563 – 1639), Orazio Riminaldi (1593 – 1630), Simon Vouet (1590 – 1649), Tommaso Salini (1575 – 1625) e Valentin de Boulogne (1591 – 1632).
A curadoria é dos italianos Rossella Vodret, diretora do Polo Museale em Roma, e o Prof. Giorgio Leone e o brasileiro Fábio Magalhães, crítico de arte e museólogo.
Será uma das exposições com o maior número de obras de Caravaggio já realizada no continente das Américas. O evento faz parte das comemorações do Momento Itália Brasil.
Caravaggio (1571-1610)
Michelangelo Merisi cresceu na pequena vila de Caravaggio, cujo nome depois adotou. Aos 12 anos, seu pai, mestre de obras, o inscreveu no ateliê de Simone Peterzano, um modesto pintor que se intitulava “discípulo de Ticiano”. Conhecido como um artista “tenebrista”, cujo estilo de pintar mesclava fundos negros com focos de luz intensa, Caravaggio ficou famoso, também, por seu gênio tempestuoso.
Michelangelo Merisi cresceu na pequena vila de Caravaggio, cujo nome depois adotou. Aos 12 anos, seu pai, mestre de obras, o inscreveu no ateliê de Simone Peterzano, um modesto pintor que se intitulava “discípulo de Ticiano”. Conhecido como um artista “tenebrista”, cujo estilo de pintar mesclava fundos negros com focos de luz intensa, Caravaggio ficou famoso, também, por seu gênio tempestuoso.
Arte que reflete a vida de seu criador, seus os quadros contêm traços dessa existência intensa e turbulenta, apresentando cenas religiosas com violência e crueldade, como em “A Decapitação de São João Batista”. O forte contraste entre os fundos escuros (as “trevas”) e os personagens banhados por uma luz que incide forte e dramática, típico da técnica do “claro-escuro”, é a principal característica das obras do artista, marcadas também por um forte realismo na caracterização dos personagens, suas vestes e objetos que os cercam. Ele geralmente usava um fundo escuro e agrupava a cena em primeiro plano com focos de luz sobre os detalhes, ressaltando principalmente os rostos.
Com a vida boêmia e afundada em dívidas, começa a decadência. Até fugir de Roma devido a uma briga, Caravaggio realizaria uma série de importantes quadros de temática religiosa, muitas vezes feitos diretamente nas paredes das novas capelas que eram erguidas. Ao recusar-se a pagar uma aposta perdida, o genioso pintor brigou com um certo Ranuccio Tommasoni, que não resistiu aos ferimentos. Começaria então o período final de sua vida, quando viveu em Nápoles, Malta, Siracusa, Messina e Palermo, geralmente fugindo de um lugar para o outro devido a desavenças e perseguições.
Morreu aos 39 anos, a poucos quilômetros de Roma, mas sem ter retornado à cidade, já que não havia conseguido o perdão papal para voltar.