A terminologia laico é um adjetivo que tem como significação: postura separadora e crítica quanto à influência da religião na organização política, econômica e social nas sociedades contemporâneas. O laicismo teve seu ápice no final do século XIX e o início do século XX e pode ser entendido como uma corrente filosófica que defende na teoria e naprática a separação entre o Estado e a Igreja e comunidades religiosas, bem como a neutralidade do Estado com relação aos assuntos religiosos.
O laicismo não deve ser confundido com a constituição de um Estado ateu. Os princípios básicos do laicismo são a igualdade entre os cidadãos nos assuntos religiosos, a liberdade de consciência e defesa da procedência humana e democrática das leis do Estado.
A idéia de Max Weber ao dizer que “Deus é um tipo ideal criado pelo próprio homem”, serve para demonstrar a necessidade de deixar de lado a pesada e sufocante interferência e autoridade da Igreja Católica vivenciada na Idade Média, buscando-se assim o fortalecimento de um Estado fundamentalmente laico.
Politicamente pode-se classificar os países em duas posições quanto ao laicismo: os laicos e os não laicos. Os países politicamente laicos não permitem a interferência direta da religião na política, como ocorre nos países ocidentais em geral. Já os países não laicos são chamados teocráticos, nessas nações a religião possui uma função ativa na política, na constituição e em todas as esferas da vida social, como ocorre no Vaticano e no Irã, por exemplo.
Cabe pontuar a diferença entre a laicidade e o laicismo. O laicismo é uma ideologia que cada vez mais pretende se impor como única admissível para o mundo ocidental. Como ideologia tem livre veiculação pela grande imprensa e pelas mídias em geral.
Já a laicidade deve ser entendida como um atributo daquilo que não possui caráter ou vinculação religiosa, por exemplo, tem-se escolas laicas e escolas confecionais.