Na era das grandes navegações, o europeu encontrou no novo continente, a América; e no novíssimo continente, a Austrália e Oceania, a principal solução para uma Europa enfraquecida, tomada pela peste, sem meio ambiente e recursos naturais para se manter nas esferas econômica, social e cultural.
No século XXI, em tempos de super consumo, enfraquecimento ambiental do planeta, crise climática e econômica, teríamos a capacidade de rever nossos hábitos consumistas a tempo de manter o nosso planeta equilibrado? Ou teremos a necessidade de descobrir um novo planeta com os recursos naturais necessários para mantermos o nível de vida que as três revoluções industriais e o “american way life” inseriram no cotidiano humano, mais notadamente, no século XX?
Segundo os cientistas, há outras possibilidades mais próximas de nós, a lua de Saturno Titã que orbita ao redor de Saturno. O satélite de Saturno está em primeiro lugar no Índice de Similaridade com a Terra, em segundo lugar está a lua Europa, que orbita Júpiter. Ambos apresentam vestígios de presença de água.
Porém, se isso ocorrer, além de enfraquecer a nossa Terra, correremos o risco de perder a nossa ética e nos tornarmos em nações extraplanetárias de filmes de ficção científica, capazes de invadir, submeter, escravizar e destruir por meio de aculturação e devastação do meio ambiente extraterreno.
Pode parecer previsão de filme científico, mas, se observarmos o comportamento humano, a humanidade já realizou algo parecido há mais de 500 anos, atos que até os dias de hoje deixaram preconceitos, individualismo e desrespeito ambiental como heranças, legados negativos que começamos a questionar tardiamente depois das duas Grandes Guerras Mundiais e da queda do Muro de Berlim. Falar de igualdade social e sustentabilidade era algo ainda raro até meados do século XX, quando o homem ainda dava seus primeiros passos na lua.