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domingo, 23 de junho de 2013

Mostra de Arte Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas das Américas"Mira!"


O Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais lança no dia 14 junho, sexta-feira, a exposição ¡Mira! – Artes Visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas. A mostra reunirá, pela primeira vez no país, obras de artistas indígenas da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru. A visitação é gratuita e acontece até 11 de agosto, de segunda a sexta-feira das 10 às 21h e sábado e domingo das 10h às 18h.
Pinturas, desenhos, cerâmicas, esculturas, vídeos e fotografias estarão expostos durante dois meses. A proposta é trazer ao público as novas estéticas dos povos ameríndios, em que os autores produzem arte aliando saber tradicional às modernas tecnologias.
¡Mira! é resultado de uma pesquisa realizada por uma equipe formada por antropólogos, comunicadores e indigenistas, que percorreu milhares de quilômetros em busca da arte indígena latino-americana. Foram levantadas mais de 300 obras de 75 artistas de 30 etnias diferentes. Depois, um conselho curador, composto por especialistas em artes visuais, escolheu mais de 100 obras para a exposição.
Entre as selecionadas, estão as pinturas dos brasileiros Arissana Pataxó, Jaider Esbell Makuxi, Kátia Husharu Kaxinawa, e Moisés Ashaninka, e os desenhos do grupo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin, dirigido por Ibã Kaxinawa, que participaram da exposição Histoires de Voir, da Fundação Cartier para a arte contemporânea, em Paris.
Entre os artistas peruanos, merecem destaque o pintor Brus Rubio Churay, da etnia Bora-Huitoto, que, no ano passado, apresentou uma exposição individual em Paris, chamada La Forêt Invisible (A Floresta Invisível), e o escritor e pintor ashaninka Enrique Casanto, que também tem se destacado em galerias renomadas, como a Fractal Dragon Art Gallery, de Cusco.
Outros artistas com trajetória internacional são os colombianos Benjamin Jacanamijoy, do povo Inga, que já expôs suas pinturas em Nova Iorque, e Nancy Ramirez, do povo Coyaimam, que trabalha com arte digital e fotografia, e fez exposições na França, Itália e Costa Rica. Somam-se a eles dois artistas bolivianos premiados, o escultor Flávio Ochoa e a pintora Rosmery Mamani.
Na semana de abertura, acontecerá um seminário sobre as artes e culturas indígenas em sua relação com a contemporaneidade. Serão promovidas oito mesas de debates, em que artistas da exposição, indígenas convidados, pesquisadores e educadores conversarão sobre diferentes temas. A discussão gira em torno das relações entre as artes indígena e ocidental: Ruptura da tradição, continuidade, ou diálogo? Quais as técnicas e as estéticas que os indígenas assimilam? O que índios trazem de inovação para a arte ocidental?
Paralelamente ao seminário, está programada uma mostra de filmes com sessões comentadas por cineastas indígenas e não-indígenas, e a exibição de minidocumentários, realizados pela produção da ¡Mira!, em que os artistas compartilham os processos de criação do acervo que será exposto ao público.
No pátio do Centro Cultural, também acontecerá uma oficina de tururi – tela feita com a fibra da entrecasca de uma palmeira – que será ministrada por artistas da etnia Ticuna, além de bate-papos informais com alguns artistas da exposição, e a demonstração dos seus processos de trabalho.


14 de junho a 11 de agosto de 2013
Segunda a sexta-feira das 10 às 21h - sábado e domingo das 10h às 18h
Local: Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais
Endereço: Av. Santos Dumont, 174 – Centro
Telefone: (31) 3409-8278
E-mail: comunica@centrocultural.ufmg.br
Entrada gratuita