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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Aids e preconceito pautam evento no Centro de Saúde

Conscientizar a população sobre a importância da realização da testagem para o HIV. Esse foi o alerta da campanha Fique Sabendo, divulgada pelo Ministério da Saúde, em alusão ao Dia Mundial de Combate à Aids, cuja data é 1º de dezembro. No intuito de dialogar com seus usuários sobre o tema, o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria realizará mais uma tradicional ação educativa e promotora de saúde em sua sala de espera. Na quinta-feira (5/12), a partir das 9 horas, os usuários do CSEGSF terão atividades educacionais com a temática da Aids e do preconceito. No Brasil, apesar de o país possuir um dos melhores tratamentos de Aids em todo o mundo, o preconceito ainda é um dos maiores entraves para o tratamento.

Organizadas pelo Grupo de Educação em Promoção de Saúde, as atividades educativas realizadas na sala de espera, pretendem sensibilizar e contribuir com informações aos usuários, estudantes e profissionais do Centro de Saúde. Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, os usuários poderão contar com as atividades do Camelô Educativo, dirigidas pelas assistentes sociais Idenalva Lima e Mirian Gomes, com a exposição dialogada da médica do Centro de Saúde, Syglia Soares, além do ‘Relato de Contaminação por HIV – História de um Casamento’ e de Paródia com a psicopedagoga e apoiadora do Programa Saúde na Escola 
(PSE/Manguinhos), Norma Maria. A atividades começam as 9 horas e seguem até as 11h30.

Preconceito ainda é uma grande barreira para pacientes

Os resultados da pesquisa intitulada Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional (ATLIS) - do inglês Treatment for Life International Survey - realizada com 3 mil pessoas soropositivas em 18 países, incluindo o Brasil, mostram que o maior medo dos pacientes HIV positivos é com o preconceito e exclusão social. Na pesquisa, cerca de 34% dos entrevistados haviam largado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo.

Para se ter uma ideia da dimensão do preconceito no Brasil, das oito mil pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde, 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola.

Isso demostra que a maioria das pessoas oculta à doença por medo da discriminação. O estudo internacional mostra ainda mostra ainda que mais da metade dos entrevistados (54%) estão "muito" ou "um tanto" preocupados com o fato de outras pessoas conhecerem seu status de HIV positivos, com 83% alegando que isto se deve predominantemente à preocupação com a discriminação social e o estigma.

Porém, ao contrário do que muita gente imagina, o aumento da sobrevida dos pacientes é significativo e deve ser divulgado em campanhas como uma forma de desmistificar a doença. Segundo o Ministério da Saúde, o tempo de sobrevida dobrou entre 1995 e 2007 nas regiões Sul e Sudeste do país, passando de 58 meses para mais de 108 meses, o que se deve, sem dúvida a forma dos pacientes enfrentarem a doença com mais qualidade de vida