Após as chamadas “Jornadas de Junho”, muito se especulou sobre como a grande mobilização popular – inédita para boa parte dos jovens que saíram às ruas na ocasião – poderia efetivamente modificar os rumos da participação política no país. Passado um ano do ocorrido, o Mundial da FIFA terminou sem maiores transtornos para a organização do evento, e poucas das pautas reivindicadas nas ruas foram realmente negociadas. Apesar da Copa, ou por causa dela, o fortalecimento de movimentos sociais organizados em princípios de horizontalidade, ação direta e autogestão vem sendo celebrado como um dos maiores legados das “Jornadas”.
O Café Controverso do próximo sábado aborda o tema “Anarquismo: políticas libertárias e práticas horizontais” para discutir a origem histórica desses princípios, refletindo sobre como eles vêm sendo utilizados pelos movimentos sociais. Participam do evento o membro do COMPA – Coletivo Mineiro Popular Anarquista – Thiago Miranda e o membro do Coletivo [Conjunto] Vazio e participante da Assembleia Popular Horizontal Paulo Rocha. O evento acontece às 11h da manhã, na Cafeteria do museu, tem entrada gratuita e faz parte da programação da Mostra “O Comum e as Cidades”. A Mostra, que fica em cartaz no Espaço do Conhecimento até 3 de agosto, se propõe a retratar o potencial transformador das ações desenvolvidas por grupos culturais e sociais da cidade. A Exposição Cartografias do Comum, outro braço da programação da Mostra, foi construída de forma coletiva e sem hierarquias, a partir de reuniões abertas para quem quisesse participar.