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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Exposição do MHAB refaz a trajetória do teatro na cidade



A Fundação Municipal de Cultura, por meio do Museu Histórico Abílio Barreto, apresenta 3º Sinal: Belo Horizonte em cena, exposição sobre os movimentos teatrais e seus personagens ao longo da história da cidade. A mostra fica em cartaz até o final de 2015 e pode ser vista terça, sexta, sábado e domingo, das 10h às 17h; 4ª e 5ª feira, das 10h às 21h com entrada gratuita. O MHAB fica na Av. Prudente de Morais, 202, Bairro Cidade Jardim.
Na mostra, o universo teatral percorre todo o espaço, buscando instigar sensações e possibilitar ao visitante experiências cênicas, mesmo que momentâneas. Sem ater-se a cronologias e classificações, estão expostas as trajetórias de artistas e grupos, além de textos, figurinos, cenários, objetos, programas, fotos e outras referências à atuação na cidade. Dividida em três módulos: Teatro, Caixa Cênica e Bastidores, a exposição representa a vida urbana, não só pelas múltiplas experiências estéticas, mas também pelas emoções individuais, sensações coletivas, posturas políticas e sociabilidades que as manifestações artísticas podem gerar.
Teatro: Ofício Coletivo
Em seu primeiro momento, a exposição apresenta os movimentos teatrais e seus personagens como testemunhos das dinâmicas da vida urbana e referências de identificação coletiva.
Caixa Cênica: Lugar de Memórias
O módulo apresenta as histórias das construções dos edifícios teatrais em Belo Horizonte e sua relevância ao longo das décadas. São contemplados edifícios já demolidos, bem como os que atualmente estão em funcionamento. Com a inserção de uma “caixa cênica” no espaço expositivo, pretende-se uma aproximação entre o visitante e o universo das relações e do cotidiano do fazer teatral.
Bastidores: “estar preparado é tudo”
Destacam-se aqui os lugares eleitos por essa “gente de teatro”, locais de reuniões pós-espetáculos, pontos de encontro e de relacionamento afetivo, das convergências e divergências, dos diálogos entre as várias linguagens artísticas. São contemplados, ainda, as instituições e cursos de formação e/ou preparação de mão de obra para as atividades teatrais, bem como eventos que se tornaram fomentadores de ações artísticas e formadores de públicos.

Café literário - Segundo encontro com García Lorca


2º Encontro com Claudio Castro Filho

"Pensamiento de enfrente, luz de ayer": Lorca traduzido na poesia luso-brasileira
Faz muito tempo que traduzir Lorca para a língua portuguesa é tarefa de poetas. Autores como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Olga Savary, Eugénio de Andrade e José Bento, apesar de pertencerem a diferentes gerações e escolas literárias, compartilham o fato de terem vertido a obra do granadino para a língua de Camões. Ao compararmos os métodos e soluções adotados por esta nobre linhagem de tradutores lusófonos, fica patente a inevitável impressão de marcas estilísticas pessoais sobre a letra original lorquiana, o que nos permite observar o caráter criativo, sobretudo no âmbito literário, do gesto de traduzir, que se põe além dos aspectos técnicos da língua. Além de desenvolver um breve panorama das principais traduções de Lorca para o português, a conferência refletirá sobre os limites entre fidelidade filológica e criatividade na arte da tradução. Discutirá, ainda, algumas das questões conceituais e eixos metodológicos do projeto de tradução da obra tardia de Federico García Lorca desenvolvido atualmente nas universidades de Coimbra e Granada, e iniciado em 2013 com a tradução de Assim que passarem cinco anos.
 
 
 
 

Claudio Castro Filho é doutor em Literatura Comparada pela UERJ (2012), onde também se licenciou em História da Arte (2005), e mestre em Artes pela UNICAMP (2007). É pesquisador do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra (na linha de Semântica e Pragmática da Arte) e colaborador do Departamento de Lingüística General y Teoría de la Literatura na Universidad de Granada.
 
 Biblioteca José García Nieto
Instituto Cervantes Río de Janeiro

Rua Visconde de Ouro Preto, 62
Botafogo-Rio de Janeiro
Cep:22.250-180
Brasil
Tel.: 55 21 3554-5915
Fax: 55 21 3554-5911
bibrio@cerva

"Vai Que Dá!": Participe do Coquetel de Lançamento do Livro da Endeavor

Participe do lançamento do livro e conheça os seus 10 protagonistas!

PARTICIPE DO COQUETEL DE LANÇAMENTO

Aproveite a chance de participar do coquetel de lançamento e conhecer de perto os protagonistas das 10 histórias contadas no livro:
  • Quinta-feira, dia 2 de outubro, às 18h
  • Na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi, 4º Andar, Av. Brigadeiro Faria Lima, 2232 - Jardim Paulistano, São Paulo/SP
  • Entrada gratuita!

10 HISTÓRIAS DE EMPREENDEDORES DE SUCESSO

Qual seria o melhor sinônimo para empreender? Quando ouve essa pergunta, Jorge Paulo Lemann, um dos maiores empreendedores do país, responde "vai que dá"!

Ele e Beto Sicupira assinam os prefácios do segundo livro publicado pela Endeavor no Brasil, que conta as histórias de 10 empreendedores que superaram dificuldades e transformaram sonhos grandes em negócios de alto impacto. O livro foi escrito por Joaquim Castanheira e editado pela Portfolio Penguim, sob encomenda da Endeavor e da Integration. Os empreendedores retratados são:
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 Inscreva-se pelo formulário e participe do coquetel de lançamento!

Reforma Sanitária na Colômbia em debate na ENSP

 Centro de Estudos, Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Cepi-DSS/ENSP/Fiocruz), promoveu no âmbito de atividades do projeto Social Determinantes of Health (SDH Net), iniciativa da União Europeia que realiza pesquisas sobre DSS, o evento 'Perspectivas sobre a Reforma Sanitária na Colômbia (1993-2014)'. O debate, realizado na ENSP, contou com as palestras do Diretor da Área de Saúde e professor da Universidade Andina Simon Bolívar, Jaime Breilh e dos professores da Universidade Nacional da Colômbia, Maurício Torres e Juan Carlos Eslava. O objetivo foi debater a conjuntura atual, analisar as mudanças iniciadas na década de 90 e ainda, as medidas necessárias para a criação de uma política de saúde mais equânime naquela nação.

A coordenadora do evento e do Centro de Estudos Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde, Patrícia Tavares Ribeiro, abriu as apresentações falando sobre a importância de evidenciar os DSS e da atuação sobre eles para a promoção da equidade. “A Determinação Social do processo de saúde-doença é constitutiva no Brasil, construída em estreita locução com o pensamento crítico latino-americano, que por sua vez foi responsável por uma extensa produção de conhecimento e de práticas políticas que informaram as reformas sanitárias de diversos países”, situou Patrícia. “Recuperar esta história e olhar para o futuro, para nós, do Cepi-DSS, é fundamental”.

O objetivo do projeto Social Determinantes in Health (SDH Net) é promover debates que consolidem a atuação sobre os Determinantes Sociais de Saúde, principalmente com a interação de instituições latino americanas. “Nossa ideia é envolver grupos de pesquisa que trabalhem a temática dos DSS”, comentou Elis Borde, pesquisadora do CEPI DSS e do SDH Net.  

Confira as apresentações dos três convidados:



Clique aqui e acesse os audios das palestras. 

*Jaqueline Pimentel é jornalista e editora do Portal DSS Brasil.

Ceensp debate a doença pelo vírus ebola




O Centro de Estudos Miguel Murat da ENSP se reúne, no dia 1º de outubro, para debater o vírus ebola. Tendo como tema Doença pelo Vírus Ebola (DVE): desafios para a saúde pública e para a bioética, a atividade contará com as participações do vice-diretor de Serviços Clínicos do INI/Fiocruz, José Cerbino Neto, do representante da Diretoria de Controle e Monitoramento Sanitários da Anvisa, Eduardo Hage Carmo, e do pesquisador da ENSP Sergio Rego. O Ceensp será coordenado pelo também pesquisador da Escola José Fernando Verani. O evento é aberto a todos os interessados, não é necessária inscrição prévia e está marcado para 14 horas, no salão internacional.

Os organizadores desta edição do Ceensp são os pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca José Fernando Verani, Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro e Carlos Machado de Freitas.

Sobre o ebola

O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. Existem cinco espécies de vírus Ebola (Zaire ebolavirus, Sudão ebolavirus, Bundibugyoebolavirus, Restonebolavirus e Tai Forest ebolavirus), sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados. (Fonte: Ministério da Saúde)

A África Ocidental está enfrentando um novo surto de ebola, o maior em quase quatro décadas de história da doença. As proporções têm chamado atenção das autoridades e órgãos de saúde em todo o mundo. A Agência Fiocruz de Notícias convidou a médica infectologista Otília Lupi, do Laboratório de Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia (INI/Fiocruz), para esclarecer as principais dúvidas sobre o ebola. Entre outras informações, ela fala sobre sintomas, contágio e o risco de o Brasil desenvolver uma epidemia. Saiba mais aqui. (Fonte: Agência Fiocruz de Notícias)

Centro de Estudos em 2014

O Centro de Estudos Miguel Murat da ENSP (Ceensp) é um importante espaço de atualização científica, com a troca permanente de experiências e conhecimentos entre pesquisadores de instituições do Brasil e de vários países, que vêm à Escola para debates com pesquisadores, alunos e demais interessados em contribuir com os diversos temas da saúde pública. O objetivo é apresentar e consolidar reflexões para a realidade de saúde pública e para o sistema de ciência e tecnologia. O Ceensp é um componente estratégico para a formação dos alunos, destinado à circulação de ideias e de diálogo com os diversos setores da saúde pública.

Em 2014, foram nove encontros realizados, além de uma solenidade homenageando o pesquisador falecido da Escola Miguel Murat. A primeira atividade, realizada em 26 de março, debateu a Formação profissional em saúde no Brasil: impasses e perspectivas, tendo como palestrantes o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, o professor da UFBA Naomar de Almeida Filho e o professor da Uerj Ruben Araujo de Mattos.

segundo Ceensp, em 9 de abril, abordou Saúde da Mulher: aspectos da vacinação contra o HPV no Brasil. Participaram a professora do Instituto de Medicina Social da UERJ, Gulnar Azevedo e Silva, e a coordenadora substituta do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância Sanitária, Ana Goretti Kalume Maranhão.

terceiro encontro teve como tema O controle social e a importância do nexo coletivo para a saúde do trabalhador, reunindo Heleno Corrêa Filho, professor da Unicamp, Antônio de Marco Rasteiro, coordenador-geral da Associação dos trabalhadores expostos a substâncias químicas, e Glória Nozella Lima, representante do Sindicato de Químicos Unificados, regional de Campinas.

Cigarro eletrônico: um desafio para a saúde pública foi o assunto da quarta atividade do Ceensp, com exposições da secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle de Tabaco e seus Protocolos (Conicq), Tânia Cavalcante, e do especialista em regulação e vigilância sanitária da Anvisa, André Luiz Oliveira.

Trabalho em saúde: políticas públicas, desigualdade e relações de trabalho foi o tema do quinto encontro, tendo como expositoras a chefe do Departamento de Sociologia da Universidade do Minho (Portugal), Ana Paula Marques; a vice-diretora do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE), Kátia Medeiros; e a diretora do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, Isabela Cardoso Pinto.

sexto encontro do ano tratou do tema Abordagens complementares em gestão e avaliação do conhecimento nas inovações em saúde, contando com as participações de Jorge Lima de Magalhães, do Núcleo de Inovação Tecnológica de Farmanguinhos/Fiocruz, e Zulmira Hartz, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa.

O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária: a construção de uma carreira pública foi o tema discutido na sétima atividade, que contou com as participações de Claudia Cristina Santiago Gomes, da Superintendência de Serviços de Saúde e Gestão do SNVS/Anvisa; Márcia Teixeira, do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Recursos Humanos para a Saúde/Daps/ENSP; e André Ferraz, da Associação dos Servidores da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro.

Metodologias quantitativa e qualitativa, seus usos, desafios e contribuições foram o foco do oitavo Centro de Estudos de 2014, que reuniu pesquisadores da ENSP e uma convidada internacional: a diretora da Unidade de Saúde Pública Internacional e Bioestatística do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, da Universidade de Nova Lisboa, em Portugal, Sónia Diaz.

novo encontro debateu o tema Iniciação para Ciência: vocação e formação. A atividade teve como expositores apesquisadora do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Recursos Humanos para a Saúde da Escola Márcia Teixeira e a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Vivian Mary Barral Dodd Rumjanek.

Em 26 de março, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca homenageou um de seus pesquisadores já falecidos: Miguel Murat. A Direção da Escola descerrou uma placa dando o nome do professor ao Ceensp, que passou a se chamar Centro de Estudos Miguel Murat Vasconcellos. A homenagem foi a forma encontrada pela instituição por conta da dedicação do pesquisador em fazer da Ciência e do Ensino espaços de defesa do direito universal à Saúde e ao Conhecimento.

Mostra hífen de pesquisa-cena abre programação no Dulcinavista


Espetáculos e processos abertos serão apresentados no Teatro Dulcina

Durante todo o mês de outubro e o início de novembro, o Teatro Dulcina, através do projetoDulcinavista, será um dos palcos da segunda edição da mostra hífen de pesquisa-cena, uma realização da companhia carioca Teatro Inominável, em parceria com o Instituto Galpão Gamboa. Com apoio cultural da produtora Pequena Central, a mostra levará espetáculos teatrais de novas companhias, processos abertos, performances e encontros com artistas e pesquisadores para diferentes espaços da cidade, como o Teatro Dulcina, Teatro Glaucio Gill, Reduto e Galpão Gamboa. A Cia Teatro Inominável é formada pelos artistas-pesquisadores Adassa Martins, Caroline Helena, Diogo Liberano, Flávia Naves e Natássia Vello.

Desenvolvido pelo Galpão Gamboa, o projeto Dulcinavista vai até o final de novembro, com espetáculos adultos, infantis, leituras e oficinas. A direção artística é de Marco Nanini e Fernando Libonati e curadoria de César Augusto.

mostra hífen de pesquisa-cena

Em sua primeira semana, a mostra hífen levará para o Teatro Dulcina o processo aberto do novo espetáculo da Cia carioca Teatro Voador Não Identificado, "O processo" e a peça "Parasitas", da vai!cia de teatro, de Porto Alegre.

"O processo" (01/10)
Com estreia prevista para 1º de novembro, na Sede das Cias, "O processo", da Cia Teatro Voador Não Identificado, abrirá a mostra hífen no dia 1º de outubro. O espetáculo foi criado a partir do romance homônimo de Franz Kafka, no qual o escritor apresenta o personagem principal, Joseph K., preso, mas sem saber os motivos pelos quais foi acusado.

Em cena, a cada apresentação, um ator convidado viverá o papel do protagonista, entrando em cena sem nunca ter ensaiado e sem conhecer o espetáculo, ao lado de um elenco fixo que conhece todas as regras do jogo. Na abertura da mostra hífen, Diogo Liberano (integrante da companhia carioca Teatro Inominável e também curador da mostra) será o ator convidado. Além do ensaio da peça, o processo aberto da mostra hífen realizará discussões sobre o processo de criação e compartilhamento dos processos criativos com o público presente.

Sinopse: Baseado em "O Processo" de Franz Kafka, nesta peça, o protagonista Joseph K é interpretado por um ator diferente a cada apresentação.

Sobre o Teatro Voador Não Identificado
Formado em 2011 por alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), o Teatro Voador Não Identificado forma-se como um grupo que vêm investigando as múltiplas possibilidades do teatro documentário e das dramaturgias fragmentada, colaborativa e do ator. O grupo é integrado pelos artistas Elsa Romero, Gaia Caatta, Isadora Petrauskas, Julia Bernat, Leandro Romano, Lia Maia e Luiz Antonio Ribeiro, que se dividem entre diversas funções a cada projeto.

Ficha técnica
Texto: Luiz Antonio Ribeiro
Direção: Leandro Romano
Assistência de direção: Julia Bernat
Elenco: Alonso Zerbinato, Amanda Grimaldi, Cirillo Luna, Daniel Passi, Larissa Siqueira da Cunha, Pedro Müller + 1 ator convidado
Cenografia, figurino e iluminação: Elsa Romero, Gaia Catta e Lia Maia
Produção executiva: Renata Giardini
Realização: Teatro Voador Não Identificado

Duração: 120 minutos
Classificação: 18 anos

"Parasitas" (03, 04 e 05/10)
O espetáculo foi criado a partir de um concurso destinado a jovens diretores porto-alegrenses, do Goethe Institut, em 2010, para realização de uma encenação do texto "Parasitas", do dramaturgo alemão Marius von Mayenburg. Premiado no concurso, o diretor João Pedro Madureira e os outros integrantes da Cia vai! desenvolveram o espetáculo "Parasitas", o segundo do repertório do grupo.

A peça trata das relações humanas e da maneira como as pessoas se colocam diante umas das outras, buscando exercer sua identidade. Não há espaço para a compreensão, mostrando o ser humano como individualista e solitário, porém, muito dependente do outro. Cinco pessoas aproximadas por circunstâncias com as quais não podem lidar e das quais não podem escapar.

Sinopse: Petrik é casado com Friederike que está grávida e é irmã de Betsi, esposa de Ringo que foi atropelado por Multscher e ficou paraplégico. Ringo quer continuar; Multscher quer alguém; Betsi quer ir à praia; Petrik quer ser uma cobra e Friederike quer morrer.

Sobre a vai!ciadeteatro
A vai!ciadeteatro nasce em agosto de 2008, em Porto Alegre (RS), iniciando pesquisa em torno da temática das opressões sociais. No ano seguinte estreia temporada do seu primeiro espetáculo, "Agora eu era", contemplado pelo Prêmio Funarte Myriam Muniz de Teatro. Após "Parasitas", em 2010, no ano seguinte a Cia vence o Prêmio Carlos Carvalho Auxílio-Montagem, levando para os palcos o texto "Cara a tapa", de Tarcisio Lara Puiati. Em 2013, a companhia desenvolve uma pesquisa sobre a linguagem da performance, financiado pelo FUMPROARTE: "Sincronário - O dia fora do tempo" é realizado em comemoração aos 5 anos da companhia, realizando uma série de performances que envolveu cerca de 50 artistas da cidade durante 12 horas seguidas. 


Ficha técnica
Texto: Marius Von Mayenburg
Direção: João Pedro Madureira
Elenco: Francisco Gick, Laura Leão, Leo Maciel, Patrícia Soso e Priscilla Colombi
Cenário: Leonardo Fanzelau
Figurino: Daniel Lion
Iluminação: Casemiro Azevedo
Iluminação Mostra Hífen: Lívia Ataíde
Maquiagem: Taidje Gut
Produção: Laura Leão

Gênero: Drama
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos


SERVIÇO
Datas:
01/10 (quarta-feira) - "O processo"
03, 04 e 05/10 (sexta, sábado e domingo) - "Parasitas"
Horário: 19 horas
Local: Teatro Dulcina
Capacidade: 300 lugares
Endereço: Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro
Telefone: (21) 2240-4879
Entrada gratuita
Site: www.dulcinavista.com.br 

PALESTRA NO MM GERDAU ABORDA OS BENEFÍCIOS DA NEUROCIÊNCIA PARA A EDUCAÇÃO


A consultora e especialista Regina Migliori é a convidada da atração ‘Língua Afiada’ e trará resultados
de experiências bem sucedidas no país. Quinta-feira, 2 de outubro, às 19h30, com entrada franca

Para abrir a programação cultural Toda Quinta e Muito Mais..., que em outubro aborda o tema “Educação e desenvolvimento social”, o MM Gerdau -Museu das Minas e do Metal, no Circuito Cultural Praça da Liberdade, promove na quinta-feira, 2 de outubro de 2014, às 19h30, nova edição do Língua Afiada, desta vez com a participação da consultora e especialista em neurociências Regina Migliori, que profere a palestra “Neurociências e educação”. A entrada é franca.

A palestra discutirá a interface que existe hoje entre a neurociência e a educação com foco em valores e no potencial humano para o bem comum. De acordo com Regina Migliori, os valores deixaram de estar exclusivamente no plano filosófico para serem trabalhados a partir de uma abordagem científica, com o mapeamento do cérebro, permitindo, assim, o desenvolvimento de uma “inteligência ética”.

Nos últimos anos, houve a aproximação de práticas contemplativas milenares, como a meditação, e a neurociência. Isso aconteceu em função do desenvolvimento da tecnologia, que possibilitou a criação de procedimentos como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. Uma das técnicas utilizadas é a “meditação mindfulness” ou “meditação de atenção plena”, uma introspecção aplicada no contexto da educação escolar, com ênfase no desenvolvimento da criança e do adolescente.

Com programas que fazem o monitoramento de experiências em escolas de São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, observou-se a diminuição do estresse entre alunos e educadores e uma consequente redução de casos de violência nas instituições, além da diminuição da hiperatividade e déficit de atenção dos estudantes. Esses estudos acontecem há cerca de 20 anos, mas as evidências neurocientíficas foram comprovadas há uma década. Recente no Brasil, esse trabalho vem sendo desenvolvido há cinco anos.

Regina Migliori
É referência por sua atuação multidisciplinar com foco em ética, valores, cultura de paz e sustentabilidade junto a empresas, governos, instituições de educação e organismos internacionais. É educadora, advogada e pós-graduada em neuropsicologia, com pesquisas em neurociências e educação em valores. Doutora em Epistemologia e História da Ciência pela Universidad Nacional Tres de Febrero, em Buenos Aires (Argentina), é professora de ética e responsabilidade corporativa nos MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Universidade do Meio Ambiente e Cultura de Paz (Umapaz), da Prefeitura de São Paulo, e consultora em cultura de paz da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É diretora de sustentabilidade do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) em Campinas e autora de livros e programas de e-learning.

A programação cultural Toda Quinta e Muito Mais... é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Rouanet), do Ministério da Cultura, com o patrocínio da Gerdau.

SERVIÇO

Língua Afiada – “Neurociências e educação”, com Regina Migliori
  • Data: 2 de outubro de 2014, quinta-feira
  • Local: MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
  • Horário: 19h30
  • Entrada franca


MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal
Com 18 salas e 44 atrações, o MM Gerdau abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia. Usa recursos tecnológicos para destacar, de forma lúdica e interativa, a importância dos metais e minerais no cotidiano das pessoas. Além disso, marca a relação entre a história e as expressões culturais de Minas Gerais com a riqueza de seus recursos naturais. O Museu foi aberto ao público em 22 de junho de 2010 e desde 1º de dezembro de 2013 está sob a gestão da Gerdau, líder no segmento de aços longos das Américas e uma das principais fornecedoras de aços especiais no mundo. O MM Gerdau integra o Circuito Cultural Praça da Liberdade e ocupa o antigo edifício da Secretaria de Estado da Educação, inaugurado em 1897 e tombado pelo Iepha/MG. O projeto de ampliação e adequação do prédio é do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. A museografia é assinada por Marcello Dantas. O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal tem o certificado de excelência do TripAdvisor e foi a primeira instituição museológica do Brasil a receber a certificação do Instituto Herity em gestão da qualidade do patrimônio cultural.

Endereço: Praça da Liberdade S/N, Prédio Rosa - Funcionários
Telefone: (31) 3516-7200
Funcionamento: Terça a domingo, das 12h às 18h (quinta, das 12h às 22h)
Entrada franca

Psychedelic Jungle na Galeria Homegrown


Uma exposição de Alexandre Baltazar

Nomeada a partir do disco homônimo da banda The Cramps, a exposição, que acontece na Galeria Homegrown no dia 02, quinta, é a materialização bruta dos inputs diários da vida de um cidadão comum nas grandes cidades, de assistir televisão e pegar um ônibus a sacar dinheiro no banco. Como a onipresença do sistema em nossas vidas nos fazem reféns de uma cultura de massa de valores pré-fabricados, pensamento médio superficial e sentimentos automatizados.

O conceito de Psychedelic Jungle é abrangente e a coerência das obras acaba morando na convivência social que Baltazar e seu pai, o ex-surfista Cesar Baltazar, o Ferrugem, tiveram durante a produção. Sempre ligados a movimentos de contra-cultura, seja na arte ou na música, o caminho natural e espontâneo foi seguido desde o início. Apesar de Alexandre Baltazar não considerar que esta seja uma exposição temática.

Serão expostas cinco pranchas de surf, 100% feitas à mão, com conceitos desenvolvidos pelo artista, mas todas shapeadas manualmente por seu pai. "As pranchas fazem parte de um mundo alternativo do surf, com idéias e propostas paralelas ao mainstream do esporte, focadas mais no prazer de estar surfando e menos na competitividade. Mas com funcionalidade e satisfação garantidas dentro d'água" afirma Baltazar, o filho.

Também fazem parte pinturas, provavelmente nanquins em papel de algodão, seguindo o padrão de seus últimos trabalhos.

"O mais importante é a interpretação de cada um sobre os trabalhos. São essas interpretações que nos fazem chegar a conclusões que nem mesmo a gente tinha pensando antes. Mas o nosso sentimento é o de mostrar que existe vida fora da cultura de massa e que ser um ponto fora da curva pode ser legal " finaliza

Alexandre Baltazar segundo Maria Clara Mazini, da Galeria Graphos
"É através da ilustração, da colagem feita a partir de imagens retiradas de revistas antigas e da pintura em nanquim que Alexandre Baltazar explora com ironia e crueza as sutilezas cotidianas da vida pós-moderna. Com traços percorridos por linhas imperfeitas, cria imagens geralmente em preto e branco que remetem a movimentos contraculturais; do visual despretencioso dos zines à aparência provocativa da cultura punk, passando pelo antirracionalismo dadaísta, seu trabalho é voltado para a busca de uma estética não fabricada. Utilizando inúmeras referências da indústria cultural, questiona e ressignifica seus valores com humor, dando corpo a personagens tão familiares quanto estranhos e a cenas igualmente acostumadas e incômodas."


Serviço:
Psychedelic Jungle
Data abertura: 02 (quinta feira), das 18h às 22h
Período de exposição: 02 a 27 de setembro.
Horário de visitação: segunda a sexta das 10h às 20h, sábado das 12h às 18h
Endereço: Rua Maria Quitéria, 68 - Ipanema - RJ
Telefone: (21) 2513 2160
Entrada Gratuita/ Classificação livre
Assessoria de imprensa: Julia Ryff - juliaryff@gmail.com
Contato: galeria@hg68.com.br

Gerência de Riscos em Comercialização de Energia


O curso Gerência de Riscos em Comercialização de Energia faz parte do Núcleo Mercados de Eletricidade do CTEE - Centro de Treinamento e Estudos em Energia, e tem como objetivo fornecer ao participante uma completa visão da gestão e precificação de riscos em comercialização de energia no Brasil, de forma a permitir uma clara e objetiva compreensão das oportunidades e riscos em negócios celebrados nos ambientes regulado e livre.
Serão abordadas também as mudanças da resolução nº 3 do CNPE, a resolução que mudou a fórmula de cálculo do Preço de Liquidação das Diferenças para capturar a necessidade de despacho termelétrico por segurança energética.
Dia 25 de novembro
Módulo I
Fundamentos básicos de comercialização de energia
Este módulo proporciona aos alunos uma visão geral dos fundamentos básicos da comercialização de energia.
 
Dia 26 de novembro
Módulo II
Representando e medindo riscos
O objetivo deste módulo é discutir a representação e mensuração quantitativa de riscos, incluindo medidas que avaliam a frequência e severidade de riscos de mercado.
 
Dia 27 de novembro
Módulo III
Gerenciamento e precificação de riscos de mercado
Discute aspectos relacionados ao gerenciamento e precificação de riscos de mercado, com ênfase em portfólios físico- financeiros (ativos e contratos) e no processo de Gestão de Risco em Comercialização de Energia.
Coordenação do Núcleo Mercados de Eletricidade:
Luiz Augusto Barroso: Diretor Técnico da PSR, autor e co-autor de mais de 100 artigos técnicos em revistas e conferências internacionais.
Docentes:
Bernardo Bezerra: (módulo 1)
Gerente de projetos da PSR, Professor do FGV Management, autor e co-autor de mais de 15 artigos técnicos em revistas e conferências nacionais/internacionais.

Alexandre Street: (módulos 2 e 3)
Professor do Departamento de Engenharia Elétrica da PUC-Rio, onde desenvolve pesquisas aplicadas ao setor elétrico; consultor da ABEEólica na criação de uma rede de pesquisa junto ao CNPq sobre o tema Energia Eólica no Brasil.

IBGC PALESTRA: GESTÃO DE RISCOS COMO GERAÇÃO DE VALOR E DEFESA CONTRA CRISES - RJ

IBGC

IBGC imagem
boas vindas
GESTÃO DE RISCOS COMO GERAÇÃO DE VALOR E DEFESA CONTRA CRISES


PÚBLICO ALVO
Investidores, conselheiros de administração, membros de comitês de auditoria e de riscos, conselheiros fiscais, diretoria executiva, gestores de riscos, executivos de Governança, analistas de mercado.
DATA10 de outubro de 2014, sexta-feira.
Para conhecer o programa completo, clique aqui
HORÁRIO9h30 às 10h00 – Credenciamento
10h00 às 13h00 – Palestras e Debates
13h00 – Encerramento
LOCALAuditório do Centro de Estudos do BNDESEdifício Ventura Corporate TowersAv. República do Chile, 330 – 8º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ
INSCRIÇÃOGratuita – vagas limitadas!
Este evento confere créditos junto ao Programa de Educação Continuada do Programa de Certificação de Conselheiros do IBGC (2 créditos)
ESTACIONAMENTOPor conta dos participantes (sem disponbilidade no local).
APOIO

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Rede de Escolas: Agência de Acreditação é instalada

Fruto de um esforço coletivo entre a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, a Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), com apoio da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS), foi oficialmente instalada a Agência de Acreditação Pedagógica dos Cursos Lato Sensu em Saúde Pública/Coletiva (AAP). A cerimônia aconteceu durante as comemorações dos 35 anos da Abrasco, na sede da OPAS/OMS, em Brasília. Segundo a coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza, a instalação da Agência é um avanço para a qualidade dos processos formativos profissionais neste campo.
 
 
Estiverem presentes o representante da OPAS/OMS, Felix Héctor Rigoli; o presidente da Abrasco, Luis Eugênio Portela; o diretor da ENSP, Hermano Castro; a coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza; o secretário Executivo da AAP e pesquisador da ENSP, José Inácio Motta; o secretário Executivo Adjunto da AAP, Murilo Wanzeler;  a coordenadora do GT de Trabalho e Educação na Saúde da Abrasco, Isabela Pinto, representantes do Ministério da Saúde, participantes do Grupo de Condução e dirigentes das Escolas integrantes da Rede, dentre outras autoridades.
 
“Antes de tudo, é uma felicidade estar brindando o lançamento da Agência de Acreditação Pedagógica. Nós vemos como estratégia fundamental para massificar, aos milhares, os trabalhadores para o SUS. O desafio de fazer um SUS para milhões de brasileiros, também está centrado na necessidade de muitos trabalhadores da saúde”, afirmou o presidente da Abrasco Luis Eugenio Portela, durante a cerimônia.
 
O diretor da ENSP/Fiocruz, Hermano Castro, exaltou sua alegria em estar presente na solenidade dos 35 anos, principalmente porque a ENSP está completando 60 anos de existência e enfatizou a importância da Agência de Acreditação, sua construção coletiva, sobre carreiras profissionais da saúde pública e sua garantia de qualidade. Citou um texto de Jairnilson Paim – presente na cerimônia - para finalizar, dizendo que “competências e valores devem estar voltados para a melhoria do Sistema Único de Saúde”.
 
A coordenadora do GT de Trabalho e Educação na Saúde da Abrasco, Isabela Pinto, comentou que o processo de qualificação, desencadeado a partir da Agência, pode fortalecer e qualificar a saúde pública brasileira. “Nada melhor do que uma associação científica, com reconhecimento para a saúde coletiva, para estar conduzindo esse processo de Acreditação Pedagógica, que, em última instância, terá resultado e impacto nas práticas de saúde, pois quando qualificamos as Escolas de Saúde Pública, fortalecemos o SUS”, garantiu ela.
  
Para o secretário Executivo da Agência Acreditadora, José Inácio Motta, a instalação da Agência cria um marco divisório no país no sentido de pensar uma ideia de qualidade para a formação para o trabalho e no trabalho em saúde. Ele apontou ainda como desafio a criação de uma cultura institucional.  “Isso é de absoluta relevância no SUS, na medida em que não temos nenhum procedimento de avaliação da qualidade na formação para o trabalho. Temos, ainda, um desafio brutal de consolidar a Agência como uma cultura institucional, o que significa ela se tornar perene, e que ela possa efetivamente contribuir para criar visibilidade aos processos formativos para o trabalho e criar a ideia de que os processos podem gerar qualidade no âmbito da gestão e no âmbito das práticas de saúde do SUS”, assinalou Inácio.
 
Murilo Wanzeler, secretário adjunto da AAP, disse que é uma honra estar presente no lançamento da Agência de Acreditação Pedagógica e de sua retomada, e ressaltou que foi um trabalho em que se apostou muito para que acontecesse. “Esse momento é a consolidação de um trabalho, construção de um projeto, além disso, destaco a enorme contribuição que a Agência pode dar no campo da saúde coletiva”, avaliou ele. 
 
Segundo a coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza, a instalação da Agência de Acreditação Pedagógica constitui um avanço importante para a qualidade dos processos formativos profissionais neste campo. Sua construção é fruto de uma iniciativa pioneira da ENSP, iniciada no final dos anos 1990, interrompida em 2003 -  presente nas discussões do Encontro Nacional da Rede de Escolas em 2010, resultando na constituição de um GT em novembro de 2011 – e retomado, efetivamente em 2012. 
 
“A criação da Agência, no último dia 23 de setembro, marca o início de um processo de qualificação da formação lato sensu no âmbito da Saúde da Pública/Coletiva. A composição das instâncias que a integram envolvendo as representações institucionais reconhecidas da área educação e da saúde ancorada na Abrasco conferem confiança e legitimidade ao sistema instalado”, sinalizou Rosa Souza.  
 
A pesquisadora da Fiocruz e ex-coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas, Tânia Celeste Matos Nunes, destacou a importância da Abrasco como responsável pela condução da Agência Acreditadora.  “A Agência está se instalando em um ambiente de produção do conhecimento, de boa articulação com o sistema da saúde e em um ambiente que acredita na educação e no trabalho como caminho de revalorização permanente do Sistema Único de Saúde brasileiro. Está de parabéns a Rede de Escolas, que se dedicou nos últimos anos a essa pauta; estão de parabéns as Escolas da Rede; e está de parabéns a Abrasco, que assume o comando em articulação com todos esses atores, dentre outros”.
 
* Alex Bicca é jornalista da Vice-Direção de Escola de Governo em Saúde

Internacionalização da ciência é tema de edição do CSP


A internacionalização da ciência vem sendo objeto de grandes debates no Brasil, e mais do que isto, de grande investimento, por meio do programa Ciência sem Fronteiras. Segundo dados apresentados em artigo publicado na Nature há uma grande ampliação da colaboração internacional na última década, principalmente em alguns países desenvolvidos. No Reino Unido, por exemplo, a proporção de artigos com participação de autores de mais de um país aumentou de 20% para 50% entre 1981 e 2012. No Brasil, essa proporção oscilou em torno de 25% em todo o período, com o máximo na década de 90, quando alcançou pouco mais de 30%. A questão é: internacionalizar para quê, ou talvez, para quem? E em que direção? Esses são os questionamentos apresentados pelas editoras de Cadernos de Saúde Pública (CSP) no editorial do volume 30, número 8, da publicação de agosto de 2014, que está disponível para leitura on-line.

De acordo com as editoras, Marilia Sá Carvalho, Claudia Travassos e Cláudia Medina Coeli, esse padrão de colaboração científica liderada pelos países ocidentais desenvolvidos impacta positivamente os índices de citação de suas publicações. A revista Cadernos de Saúde Pública continua aprofundando a política de internacionalização ampla, apresentada no editorial de dezembro de 2012. Segundo as editoras, além de aceitar artigos em três idiomas, o quadro de editores da revista conta agora com a colaboração de dois editores associados portugueses: o professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Jorge Mota e o professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, João Arriscado Nunes. Além da colaboração do professor brasileiro da University of Massachusetts Boston, Carlos Eduardo Siqueira.

“Apoiamos a internacionalização, tal como é pensada no Brasil, também voltada para os países do mundo em desenvolvimento. Em 2013, publicamos 33 artigos de autores latino-americanos, e em 2014, até o fascículo 6 (junho), 44 artigos. Nos últimos 12 meses recebemos 97 submissões de dez diferentes países latino-americanos, entre os quais 37 estão em avaliação ou já aprovados. Mas dentre todos esses, somente cinco tinham coautorias com brasileiros. O que nos traz de volta ao ponto inicial: a importância de se incentivar a cooperação internacional por meio da criação de redes de pesquisa, para que aumente a produção de artigos internacionalizados. É nossa intenção que Cadernos Saúde Pública seja não apenas um veículo de estímulo à publicação científica, com espaço substancial para autores não oriundos dos países centrais, mas que seja uma porta aberta aos cientistas de todo o mundo na geração de conhecimentos novos e relevantes”, destacaram as editoras.

volume 30, número 8 do CSP aborda, na seção Perspectivas, o debate sobre A regulação da maconha no Senado Federal: uma pauta da Saúde Pública no Brasil. Assinado pela pesquisadora da ENSP Angela Esher e pelo mestrando em Saúde Pública da Escola André Kiepper, o texto aponta que o modelo proibicionista de combate às drogas demonstra um esgotamento que pode ser visto na violência associada ao narcotráfico, no comércio ilegal de substâncias adulteradas, nas receitas fiscais perdidas, no desperdício de recursos públicos, no desvio da atenção dos problemas reais da sociedade para uma falsa solução e na ausência de pesquisas clínicas sobre a eficácia e efetividade das plantas medicinais proscritas. Segundo os autores, o Poder Legislativo, entretanto, parece atento às mudanças de percepção da população sobre o tema. Recentemente, Senado Federal e Câmara dos Deputados iniciaram a discussão sobre a regulação da maconha no Brasil, impulsionados por uma proposta popular de fevereiro de 2014.


Fechando a edição, na seção Resenha, a pesquisadora da ENSP Cristiani Vieira Machado, fala sobre o livro Democracy and the Left: Social Policy and Inequality in Latin America, de Evelyne Huber e John D. Stephens. Para ela, a publicação não é apenas o produto de uma pesquisa abrangente e cuidadosa, a obra também resulta da brilhante carreira de dois cientistas políticos que há décadas vêm desenvolvendo estudos histórico-comparativos de grande envergadura e densidade. Segundo a pesquisadora, os autores desenvolvem e aprofundam argumentos que haviam sido levantados em trabalhos anteriores. O foco do trabalho atual, entretanto, é a relação entre democracia, políticas sociais e redistribuição na América Latina.

“O livro é inovador do ponto de vista teórico e metodológico, além de apresentar resultados interessantes de pesquisa acerca da trajetória recente de transformações na política nos países latino-americanos, com ênfase nos seus efeitos sobre a mudança social”, explica. Segundo Cristiani, em resumo, os argumentos centrais dos autores – que as desigualdades não são imutáveis; e que a política, em um contexto democrático, pode trazer mudanças redistributivas na América Latina – são sustentados ao longo da obra por um debate teórico denso e por pesquisa consistente. Para a pesquisadora, sem dúvida, o livro é essencial para cientistas sociais, estudiosos das políticas sociais e, de forma mais ampla, para todos aqueles engajados na compreensão das transformações políticas e sociais recentes na América Latina.