Páginas

terça-feira, 23 de setembro de 2014

MAM convida para a abertura do Museu Encantador

10603268_10205024028344430_639942151846876445_n
Museu Encantador é um projeto sobre “encantamento” e memória entre Brasil e Portugal, uma coleção temporária de encantos permanentes de ambos os países. Mas como relacionar a cultura brasileira e portuguesa através do encantamento? O que seria um “museu do encantamento”?
Museu Encantador foi iniciado por Rita Natálio, portuguesa a viver em São Paulo desde 2012, a partir do seu mestrado no Núcleo de Subjetividade da PUC-SP com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian em Portugal. O desafio seria pensar a construção de um museu como uma performance. Uma coleção onde o corpo se oferece como guia de encantos, junção de hipnose e futebol, fado e levitação, encontros improváveis entre figuras da cultura portuguesa e brasileira. O museu do tamanho do corpo, o museu da cultura que o corpo carrega, uma performance indissociada de uma instalação.

Rita Natálio convidou a diretora carioca Joana Levi, Eduardo Verderame para o desenho do espaço expositivo, Teresa Silva como performer e Marta Mestre para assistência curatorial e junto com a equipe delinearam um processo de criação em rede. Numa primeira fase, a equipe desafiou artistas e pesquisadores de ambos os países a fazer uma doação para este museu do encantamento, por forma a fazer dialogar suas visões em torno do tema e abrir o processo de criação a um núcleo maior de artistas. São eles os nossos “doadores de encantos”.
Numa segunda fase, o projeto desenvolveu um conjunto de atividades de intercâmbio e residências que passou por Alter do Chão, no Pará (Espaço Bicho), Recife (Espaço Fonte), Natal (Tecesol), Curitiba (Mostra p.Arte) e São Paulo (Casa do Povo). Nesses diferentes espaços realizámos ensaios, oficinas, recolha de imagens e sons.
O resultado final de toda esta pesquisa e intercâmbio entre artistas e lugares é uma instalação-performance, onde ciência e magia tentam co-habitar. Nesta exposição que apresentamos no MAM reúnem-se as contribuições dos artistas convidados e as recolhas em várias cidades, junto com uma performance criada especialmente como dramaturgia viva da exposição dirigida por Natálio e Levi.
Este projeto foi contemplado com Prêmio Rede Nacional Funarte Artes Visuais 10a edição.