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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Trabalho, Saúde e Ambiente

Com o objetivo de discutir e traçar estratégias de formação integrando as áreas de Trabalho, Saúde e Ambiente, ocorreu no dia 19 de outubro, em Belo Horizonte, a Oficina de Formação e Qualificação profissional no campo da Saúde, Trabalho e Ambiente, como parte do 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente.  A coordenação da atividade esteve a cargo do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Frederico Peres; de Rita Mattos, pesquisadora do Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Cesteh/ENSP/Fiocruz); e da coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública, Rosa Souza.

O encontro ainda contou com a presença do diretor da ENSP, Hermano Castro. Representando a Rede de Escolas, estiveram presentes Ilma Pastana, da Universidade do Estado do Pará (UEPA);  Lenilma Bento, do Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva da UFPB; Juliana Mesquita, da Escola Estadual de Saúde Pública de Minas Gerais; Olga Alencar, da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE); e  Caco Xavier, da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública. O evento contou com a participação ativa de muitos convidados especialistas nas áreas em questão, vindos de várias instituições de todo o país, ligadas a universidades, estados e municípios.

A contribuição das Escolas da Rede nas discussões giraram em torno das estratégias de formação nas áreas Trabalho, Saúde e Ambiente, principalmente na identificação de demandas, problemas, desafios e recursos regionais. Contou-se, também, com a expertise dos representantes das Escolas da Rede em relação à gestão do ensino e aos saberes e práticas da Educação.

A partir das discussões, foram identificadas cinco dimensões: teórico-conceitual; pedagógica; desenho pedagógico e das estratégias formativas; da incorporação de tecnologias educacionais; e dimensão política. Dessas dimensões, ficou assinalado que a formação em Saúde, Trabalho e Ambiente precisa, no âmbito teórico-conceitual, articular as fortalezas de cada instituição em um programa de formação orientado pela prática, sem se afastar do escopo e da expertise de cada centro formador.

Na concepção pedagógica, tem de haver uma formação 'humana' com ênfase na autonomia e no empoderamento, e uma articulação com a prática, onde o aluno seja agente da formação, e não 'alvo'. O desenvolvimento e o acompanhamento pedagógico devem ser fruto de trabalho colaborativo. Já na dimensão do desenho pedagógico e das estratégias formativas avaliou-se que esse é um grande desafio de gestão pedagógica e acadêmica. Apontou-se a necessidade de apresentar um desenho de itinerário formativo junto aos atores da prática e aos gestores e a necessidade de que a avaliação seja parte do processo formativo.
 
Na dimensão da incorporação de tecnologias educacionais indicou-se como prioridade o protagonismo do educador, a produção de materiais e a circulação da informação como parte da concepção pedagógica. Na dimensão política apontou-se a necessidade de articular a formação em Saúde, Trabalho e Ambiente (ST&A) com demandas sociais, no escopo da Educação Permanente em Saúde no país e a necessidade de engajamento dos gestores, tendo os egressos como atores-chave. Por fim, sugeriu-se a criação e instalação de um Fórum Permanente para seguir discutindo, desenhando e refinando as estratégias de formação almejadas.