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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Uma opinião, uma reflexão

Começamos o ano com muitas incertezas. Um sentimento de não sabermos para onde ir. No grande tabuleiro de xadrez que nos impõe os acontecimentos no momento as peças estão paradas. A política tem dessas facetas. Nesse intervalo chamado recesso, as conversas que se desdobram, certamente, vão alimentar o novo debate, em todos sentidos.


Aí as peças vão se mexer no tabuleiro: a mercê dos movimentos político-partidários sobre os quais não temos participação efetiva e as “mediações” e interferências do judiciário, começa o pago. Recursos protelatórios contra o rito do impedimento-embargos de declaração-julgamento do Conselho de Ética na Câmara dos Deputados, a janela aberta para mudança de partido, pronunciamentos do STF, denúncias do Procurador Geral, julgamento das contas pelo plenário da Câmara, julgamento do TSE e os desdobramentos de Operação Lava-Jato, serão determinantes para “Onde Vamos”.

Soma-se o importante momento político que vai ditar um novo rumo dos acordos políticos que é a Convenção Nacional do PMDB, em março.
Aí as peças serão fortemente jogadas. Aí precisamos começar a entender o jogo. O tempo a ser decorrido pelo julgamento do “impedimento” levará à definição dos cenários.

Não esquecer que as bases estão consultadas, e serão decisivas. Sejam as bases parlamentares, os movimentos sociais, as ruas. Todo esse emaranhado tem como destino, a meu juízo, as eleições municipais. Esse é o jogo de poder para 2018. Seja qual for o desenrolar dos acontecimentos acima expostos.

Aí temos que aguçar nossa proatividade, antecipar uma conversa de propositura de ações, como frieza e foco onde podemos influir – a economia como corolário da política.
Aí entrar a Ação Empresarial. Vamos mexer nos números.

O governo não tem competência nem vontade política de reverter o quadro econômico, por falta de gestão e o viés ideológico da Presidente-Ministro da Economia.
Como bem salienta Raul Velloso, o problema está contratado: 75% do orçamento é despesa obrigatória. Está engessado. A distribuição de bondades e a indexação são cláusulas pétreas do populismo petista.

Nada vai mudar. Continuará o receituário “desenvolvimentista” com outro vestuário. Não é pessimismo é pragmatismo. Só muda, se mudarmos o governo! Vamos, portanto, continuar no mesmo. É o perde-perde!

Isso não significa que vamos ficar quietos e calados. Vamos conversar com nossa rede e outras entidades não comprometidas. Devo dizer que há grande possibilidade de perdemos a guerra contra o aumento de impostos, talvez exceção da CPMF.

A reforma da Federação não será feita e nenhuma outra. Temos que continuar compartilhando a defesa do emprego e das empresas em ações que possibilitam destravam os projetos de infraestrutura, única saída para sair do atoleiro Ação Empresarial.

Bem como mobilizar esforços para apoiar novos acordos bilaterais e multilaterais de comércio exterior (único índice positivo do balanço de pagamentos). Sair da mesmice ideológica. Comércio exterior é troca de mercadorias e não de ideologias.