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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

FGV Energia promove debate sobre novos modelos de negócios para o setor de energia elétrica

A FGV Energia realizou, no último dia 22 de fevereiro, a palestra “Energia em Foco: Estratégia e Desafios para o Futuro – Novos modelos de negócios para o setor de energia elétrica”. O evento contou com palestra do secretário de Energia e Finanças do estado de Nova York e presidente do conselho do New York State Energy Research and Development Authority (NYSERDA), Richard Kauffman.
O diretor da FGV Energia, Carlos Quintella, deu as boas-vindas aos presentes e passou a palavra para a coordenadora de pesquisas do centro de pesquisas, Lavinia Hollanda. Ela apresentou o trabalho realizado pela FGV Energia e falou sobre os estudos e pesquisas no setor energético que têm sido realizados nos últimos dois anos.
Antes da palestra de Kauffman, a pesquisadora Tatiana Bruce da Silva apresentou um panorama atual do setor energético brasileiro, que está inserido no contexto de livre concorrência na geração e comercialização de energia; e monopólio natural e regulação na transmissão e distribuição. Ela falou também sobre a tendência de que cada vez mais consumidores se converterem em “prossumidores” (prosumers) ao passo que seja facilitado o acesso à geração distribuída.
Kauffman iniciou sua palestra apresentando as metas do setor energético de Nova York para 2030. O estado já trabalha para que daqui a 14 anos a geração de energia por fontes renováveis corresponda a 50% do total, com expectativa de redução das emissões de carbono de 40% e para que a rede seja pelo menos 23% mais eficiente do que atualmente.
Segundo ele, o setor de energia está desesperado por inovação e o modelo de transmissão de energia do século XX é extraordinariamente ineficiente. Kauffman citou o clássico exemplo de uma lâmpada incandescente, na qual praticamente metade da energia gerada é desperdiçada em forma de calor. O especialista acrescentou que a questão pode ser estendida a todos os dispositivos e ajuda a explicar o problema de eficiência encontrado nas redes atuais. Para ele, o futuro aponta para um sistema híbrido (fontes renováveis e não renováveis) mais limpo e eficiente, mas que é preciso incentivar os investimentos.
“Se não mudarmos ou oferecermos incentivos financeiros, ninguém se sentirá motivado a investir. Nós precisamos que isso se torne um bom negócio e não apenas uma exigência regulatória”, disse.
Kauffman explicou que o caminho para o setor passa pelo desenvolvimento de soluções inovadoras que ofereçam valor ao cliente. Ele finalizou falando sobre a iniciativa NY Green Bank, uma entidade financeira especializada que é fruto de uma parceria entre o Estado e o setor privado que visa aumentar os investimentos em mercados de energia limpa do estado de Nova York, com o objetivo de criar um sistema de energia mais eficiente, confiável e sustentável.