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quinta-feira, 28 de abril de 2016

LEGADO ANDALUSÍ

LEGADO ANDALUSÍ da Cia. de Baile Flamenco Fátima Carretero “Oh! gentes de Al­Andalus que gozo el vuestro! Teneis água, sombra, rios y árboles el paraíso eterno no está sino em vuestras moradas, Y si hubiese que elegir com este me quedaria…” Ibn Jafaya, poeta hispanoárabe (1058­1138) 

A Cia. de Baile Flamenco Fátima Carretero, que completou 30 anos de existência, tem revisitado palcos e expandido sua presença a teatros, praças e cidades, com o Espetáculo “Legado Andalusí”. Por mérito de seu trabalho, recentemente, obteve o importante reconhecimento da Embaixada da Espanha, em Madri, passando a contar com o apoio cultural do Instituto Cervantes de Belo Horizonte. Sobre a montagem "Em uma história que começa há mais de mil anos atrás, no século oitavo da nossa era, chegam à Península Ibérica, árabes, berberes, egípcios, sírios, gentes da mais variada procedência, que se misturam aos habitantes romanos­visigodos e conformam Al­Andalus. 

Onde tem água brota um oásis, onde tem um oásis brota a vida. Em Al­Andalus encontram um lugar aprazível, uma natureza fértil, um vigoroso passado, e em Granada, a fonte da Vida. A água acalmou o ardor do guerreiro, e no tempo que brotavam flores e frutos, florescia uma civilização que foi luz durante séculos. Aquela luz segue entre nós, é o "LEGADO ANDALUSÍ". A herança Andalusí forma parte dos sinais de identidade da cultura espanhola e latino americana, nas suas mais diversas manifestações culturais. Viva, tanto na Europa como além mar, a Cultura Flamenca dialoga com outras manifestações ao redor do mundo. Recuperar essa herança, mesclá­la com a cultura brasileira e difundi­la, é o objetivo do espetáculo "LEGADO ANDALUSÍ", concebido por Carlos Carretero." Com referências da música moura e bailes mouriscos ­ presentes em todas as comemorações populares da região da Andaluzia, na Espanha ­ a montagem mistura bailes folclóricos com música gitana e caribenha. Uma versão “flamenca” de Noite de meu bem integra parte da coreografia, que conta com a participação de todas as bailarinas. As influências das raízes Ibéricas na cultura brasileira são visíveis na dança, no teatro e também no folclore. 

Em festas populares como Cavalhadas (Lutas de Mouros e Cristãos), cânticos em procissões religiosas (como nas festas de Nossa Senhora do Rosário e na procissão de São Sebastião, da região do Serro, em Minas Gerais), na batida dos atabaques e na literatura de Cordel, essa relação se mostra bastante evidenciada. Sobre a Cia. de Baile Flamenco Fátima Carretero Fundada em 1985, tem como proposta difundir a Cultura Flamenca. (*) Fátima Carretero ­ Diretora e Coreógrafa Nascida em Belo Horizonte, estudou balé clássico e integrou o Corpo de Baile da Fundação Clóvis Salgado (Palácio das Artes). Seguiu carreira Clássica, em cursos de ballet e coreografia no Teatro Colón de Buenos Aires. Então, começou seus estudos na dança espanhola, com Ivan Bravo (bailarino e coreógrafo espanhol, contratado para a montagem do espetáculo "Hispanidad" (Palácio das Artes, 1985), e com Miguel Medina (Diretor e coreógrafo de Coros y Danzas de Granada – Espanha), e, no Flamenco, com María Guardia Gómez "Mariquilla’’ (Catedrática de Flamencologia de la Universidad de Granada – Espanha), Juan Andrés Maya (Granada) e Manolo Marín, em Sevilla – Espanha. Em 1985, fundou a primeira Cia. de Baile Flamenco, com o artista plástico espanhol Carlos Carretero. Nesses 30 anos dedicados em prol da Cultura e à frente da Cia., fez a Direção Artística do Teatro do "La Taberna". 

Foi responsável pela coreografia da Ópera “Carmen”, com direção de Bibi Ferreira, e também foi coreógrafa da personagem Carmen, na Ópera dirigida por Carla Camurati. Inspirou, parte do seu trabalho, na obra do poeta espanhol Federico García Lorca, com destaque para "Romance del Amargo" (Poema del Cante Jondo ­ Diálogo del Amargo), e no poema "La cogida y la muerte" (extraído de Llanto por Ignacio Sánchez Mejías) para coreografar a música francesa "Boléro" (composição para balé, de Joseph­Maurice Ravel). Ambos, foram premiados em festivais de flamenco da Espanha. (*) Após tournée de 3 anos, participando de festivais culturais do Estado de Minas Gerais, com o Espetáculo "Legado Andalusí"​, que estreou, em Belo Horizonte, em agosto de 2014 (Teatro da Cidade), obteve sucesso de público e crítica na 41ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança 2015 (Teatro Francisco Nunes), em três apresentações consecutivas. 

A pedidos, retornou, em apresentação única, no Grande Teatro do Sesc Palladium, em setembro do mesmo ano. Já na 42ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, agendou seis apresentações, iniciadas por Betim (Teatro Metropolitan Shopping Betim), Venda Nova (Teatro Shopping Estação BH) e, em seguida, Belo Horizonte (Cine Theatro Brasil Vallourec). Se em 2015, ao encerrar a 41ªCPTD­BH, alavancou a visibilidade da modalidade Dança, atraindo grande público, em 2016 inaugurou o acontecimento de eventos de dança da CPTD e colaborou para a formação de público ­ na participação de localidades da Grande BH na Campanha. Levadas ao palco do Cine Theatro Brasil Vallourec, as apresentações tornaram possível o acesso da grande plateia para ver o Espetáculo que figurou como o mais procurado, na modalidade, dentro da Campanha de Popularização. Encerrando as mais de quinze apresentações na Capital, que estiveram em cartaz em cinco teatros, apresentou­se no Teatro Alterosa. 

Enquanto prepara tournée nacional, Fátima Carretero se envolve em projetos internacionais, representando bailarinos brasileiros. A coreógrafa estuda inspirar­se em um tema popular, fundindo à Cultura Brasileira a percussão e emoção visceral do Flamenco para tais projetos, e para tanto, almeja compor todo o elenco, incluindo trilha e argumento, com artistas brasileiros. Carlos Carretero Pintor espanhol, reside no Brasil desde 1971. Possui uma vasta obra, tendo realizado várias exposições, no Brasil e na Espanha. Além das pinturas em óleo sobre tela, cria cenários, figurinos e ambientações para espetáculos artísticos e eventos, produz ilustrações para cartazes, programas, livros e discos, tendo obras pictóricas catalogadas na “História del Flamenco”, da Editora Tartesos. Amante do vinho e da gastronomia, ainda ministra cursos de degustação e de culinária espanhola com harmonização