Com o objetivo de contribuir com a elaboração do Plano Estratégico de Saúde para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o pesquisador da ENSP Frederico Peres esteve em Lisboa, Portugal, para participar da reunião de avaliação do Plano Estratégico de Cooperação em Saúde (Pecs) e da construção de um novo plano - período 2016-2018. Na ocasião, foram definidas as diretrizes básicas e ações estratégicas voltadas para o campo da saúde e da saúde pública no conjunto de países membros da CPLP, incluindo o fortalecimento das redes estruturantes, das capacidades institucionais nacionais em saúde pública, do papel das redes estruturantes no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além da consolidação das ações de comunicação e informação entre os países membros e das estratégias para a governança e o financiamento das atividades do Pecs 2016-2018.
Assim como Frederico Peres, então vice-diretor de Escola de Governo da ENSP, também participaram da reunião representantes nacionais da maioria dos países integrantes da CPLP e responsáveis pelos grupos técnicos e redes estruturantes da área da saúde. A Fiocruz, além de ter o mandato de criação da Rede de Escolas de Saúde Pública da CPLP - projeto ainda em desenvolvimento e coordenado pela ENSP -, coordena a Rede de Escolas Técnicas em Saúde, sob responsabilidade da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e a Rede de Institutos Nacionais de Saúde, por meio do Centro de Relações Internacionais (Cris/Fiocruz).
Segundo Frederico Peres, "o desafio de criação de uma rede de Escolas Nacionais de Saúde Pública, no âmbito da CPLP, passa, inicialmente, pela necessidade do mapeamento das capacidades formativas nacionais e estímulo à organização dessas instituições em torno de redes e/ou associações, favorecendo o reconhecimento mútuo e a confiança para construir parcerias sólidas que promovam a melhoria permanente da formação em saúde pública no conjunto dos países”.
Ao longo de uma intensa semana de trabalho, foram discutidos avanços e desafios que ainda persistem, em particular no que diz respeito aos diferentes níveis de desenvolvimento em que se encontram as instituições estratégicas do campo da saúde pública nos diferentes países da CPLP. No que tange às Escolas de Saúde Pública, cabe destacar que grande parte dos países membros não possuem Escolas Nacionais, como a ENSP; e a formação encontra-se basicamente circunscrita às Escolas Médicas, que, em sua maioria, estão vinculadas aos Ministérios da Educação e apresentam diferentes graus de articulação com os Ministérios da Saúde.
Interessados no tema podem obter mais informações e ter acesso aos documentos técnicos da reunião no Portal da CPLP, na área da saúde.
*Fotos: arquivo pessoal da Assessoria de Cooperação Internacional da ENSP