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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Potencial de Geração de energia solar fotovoltaica no Brasil pode chegar a 30 mil GW


Nos dias 30 de junho e 1º de julho, o evento oficial do segmento, o Brasil Solar Power, irá apresentar dados inéditos da fonte e fomentará debates e propostas que visem a estimular o desenvolvimento da energia solar fotovoltaica no País

O potencial técnico da energia solar fotovoltaica no Brasil pode chegar a 30 mil GW. O número é superior à somatória das demais fontes de geração do País, e mais de 200 vezes maior do que a capacidade instalada da atual matriz elétrica brasileira, que é de 143GW.  Em 2015, a fonte registrou um crescimento superior a 300%, com expectativa de ampliação de mais de 800% em 2016, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Neste cenário de grandes oportunidades, o Grupo Canal Energia e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) estreiam neste ano a primeira edição do Brasil Solar Power, nos dias 30 de junho e 1º de julho, no Rio de Janeiro. O evento contará com talk shows, debates, uma feira de negócios com expositores, e terá a participação do Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, além de outras autoridades do Governo Federal e de Governos Estaduais, bem como representantes de entidades internacionais do setor e de empresas nacionais e internacionais do segmento.

Um relatório recente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) sobre o potencial das energias renováveis no Brasil mostra que 2015 foi um ano recorde de geração de renováveis, e apurou, pela primeira vez, de modo quantitativo, o potencial técnico da energia solar fotovoltaica no País. O estudo aponta um potencial de geração centralizada (usinas de grande porte) de mais de 28.500 GW, considerando as diferentes regiões do País e espaços com viabilidade técnica, econômica e socioambiental para a implantação destes projetos. O levantamento já exclui da análise as regiões com áreas ambientais protegidas, como Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica, terras indígenas, comunidades quilombolas e áreas de preservação permanente.

Já em relação à geração distribuída solar fotovoltaica -com a implantação dos sistemas em edifícios- um mapeamento preliminar da EPE aponta um potencial de mais de 164 GW apenas para os telhados de domicílios brasileiros. Este número deverá se multiplicar diversas vezes quando o mapeamento também incluir o potencial de edifícios comerciais, industriais, rurais e do poder público.

Para se ter ideia da imensa magnitude do potencial da fonte solar fotovoltaica, é preciso tecer um comparativo com as principais fontes renováveis existentes atualmente no País, em especial a hidrelétrica e a eólica. Segundo dados do mesmo relatório da EPE, o potencial hidrelétrico brasileiro atualizado está em 172 GW, sendo que mais de um terço está localizado na região amazônica, com alta complexidade ambiental e social para o desenvolvimento dos projetos. Por outro lado, o potencial técnico eólico brasileiro está na faixa de 440 GW, com grande capacidade de sinergia com a fonte solar fotovoltaica em projetos híbridos solar-eólicos.

Uma das grandes características da fonte solar fotovoltaica é justamente esta sua abundância de potencial, fruto do excelente recurso solar do País, que encontra-se bem distribuído em praticamente todo o território nacional, mesmo quando excluídas as regiões de complexidade ambiental ou social. Por este motivo, o Brasil possui uma posição privilegiada para o aproveitamento de seu recurso solar. Por estar situado entre os trópicos de câncer e capricórnio, próximo à linha do equador, o Brasil possui ampla área com incidência mais vertical dos raios solares o que reduz a variação do recurso solar ao longo do ano, de modo que, mesmo no inverno, existem bons níveis de irradiação solar.

Segundo explica o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, embora a fonte contribua atualmente com 0,02% do atendimento à demanda da matriz elétrica brasileira, a projeção de crescimento da fonte indica que até o ano de 2024, este percentual deverá atingir mais de 4%, e até 2030 mais de 8% da demanda nacional. “Este crescimento da energia solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira trará maior diversidade de suprimento e segurança energética ao País, contribuindo para a atração e desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva nacional, com responsabilidade ambiental e redução de emissões de gases de efeito estufa”, observa.

A projeção da ABSOLAR é de que o setor solar fotovoltaico será responsável pela criação de milhares de novas vagas de emprego até o ano de 2020, algo em torno de 20 mil a 60 mil novos postos de trabalho distribuídos em todo o Brasil. “O setor solar fotovoltaico está comprometido em contribuir para dinamizar a economia nacional e promover a retomada do crescimento econômico, em um momento em que o País precisa voltar a se desenvolver e gerar novas oportunidades às empresas e empregos aos brasileiros”, diz Sauaia.

Desafios- O executivo apontou os desafios que a fonte solar fotovoltaica tem pela frente a serem superados. Um dos principais é a melhoria das condições de financiamento para a implantação de sistemas fotovoltaicos tanto em projetos de geração centralizada quanto em geração distribuída. Outro ponto estratégico é a redução da carga tributária que incide nos insumos, maquinários e equipamentos do setor. Atualmente, ainda há diversos estados que tributam via ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) a energia de micro e minigeração. “Observamos a necessidade de mais engajamento do poder público, nas esferas da União, Estados e Municípios, com políticas para fomentar o uso da fonte solar fotovoltaica no Brasil”, observa Sauaia.

Outro desafio do setor está em promover a maior divulgação e conscientização da população em relação aos benefícios econômicos, sociais e ambientais da fonte solar fotovoltaica, bem como a importância estratégica que esta fonte renovável, limpa e sustentável representa para o País.

Brasil Solar Power Conferência e Exposição-  O evento oficial do setor solar fotovoltaico brasileiro está em sua primeira edição, mas já se apresenta como uma referência ao segmento.  Contará com feira, workshops e dois congressos: um abordará assuntos relacionados à Geração Centralizada e outro à Geração Distribuída, com temas atuais de extremo interesse do setor, visando ao crescimento e desenvolvimento da fonte no Brasil. Ao longo de dois dias, a feira de negócios irá reunir dezenas de expositores, players nacionais e internacionais, oferecendo oportunidades para quem aposta no grande potencial deste mercado.

SERVIÇO: Brasil Solar Power Conferência e Exposição

Data: 30 de Junho e 1º de Julho

Local: Centro de Convenções Sulamérica- Rio de Janeiro


1º DIA – 30 de junho

9h -  PAINEL DE ABERTURA – Com participação do Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. 

11h -   PAINEL PANORAMA FOTOVOLTAICO INTERNACIONAL

14h45-  TALK SHOW COM LIDERANÇAS GOVERNAMENTAIS: POLÍTICAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS PARA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA (GC e GD)

16h45-  GERAÇÃO CENTRALIZADA- PAINEL 1: USINAS SOLARES FOTOVOLTAICAS
16h45 -  GERAÇÃO DISTRIBUÍDA - PAINEL 1: MODELOS DE NEGÓCIO

2º DIA – 1º de julho

9h30-  PAINEL 2: TALK SHOW COM AS LIDERANÇAS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

13h30-  PAINEL 3: GERAÇÃO CENTRALIZADA: CADEIA PRODUTIVA

13h30-  PAINEL 3: GERAÇÃO DISTRIBUÍDA: FINANCIAMENTO PARA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

16h00-  PAINEL 4: FINANCIAMENTO PARA GERAÇÃO CENTRALIZADA


16h00  -  PAINEL 4: FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL