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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Jovens buscam informações em saúde na internet, aponta pesquisa

Comparar o perfil de consumo de informações sobre saúde disponível na internet entre jovens de duas diferentes regiões do Rio de Janeiro foi o objetivo do trabalho de conclusão da aluna do Programa de Vocação Científica (Provoc) da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Larissa Barão. A estudante do Colégio Pedro II, campus São Cristóvão, foi orientada pelo pesquisador da ENSP e coordenador do Laboratório Internet, Saúde e Sociedade (Laiss), André Pereira Neto. Em sua pesquisa, Larissa analisou dois grupos de jovens da chamada 'geração Y' - nascidos após a década de 1980 -, compostos de estudantes do 2º ano do Ensino Médio de diferentes classes sociais da cidade. Como conclusão, Larissa apontou o fato de que 90% dos alunos envolvidos na pesquisa buscam por informações sobre saúde na internet. 
 
 
A pesquisa foi qualitativa e envolveu 200 alunos do 2º ano do Ensino Médio: 100 da Escola Parque da Gávea - colégio de classe média alta, localizado na Zona Sul -, e 100 do Colégio Estadual Professor Clóvis Monteiro –, em Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, território permeado pela pobreza e desigualdades sociais. Para tanto, foram desenvolvidas três grandes questões que nortearam o trabalho: ‘Os adolescentes de baixa renda podem ser considerados excluídos digitais?’ ‘Existem diferenças no perfil de acesso e de consumo de informação na internet entre jovens de baixa renda e jovens com nível socioeconômico mais elevado?’ ‘Que importância as questões de saúde ocupam na busca de informações on-line entre esses jovens?’.
 
Como resultado, Larissa aponta o fato de que 99% dos estudantes entrevistados da escola pública acessam a internet cinco horas ou mais por dia, em grande parte pelo telefone celular, em redes sem fio. Além disso, 90% dos integrantes dos dois grupos estudados buscam por informações sobre saúde na internet. A partir dos resultados, a estudante concluiu que a exclusão digital tende a desaparecer com a internet portátil no celular.
 
Sobre o Programa de Vocação Científica da Fiocruz, Larissa conta que foi uma experiência incrível. “Nesta instituição, conheci pessoas maravilhosas que me transmitiram os mais diversos conhecimentos. Toda essa vivência mudou minha vida e me tornou mais empoderada", disse ela. Segundo André Pereira Neto, os estudantes envolvidos no Provoc têm a oportunidade de passar quatro horas por semana em um laboratório da Fiocruz, onde desenvolvem diferentes atividades de pesquisa, e, nos últimos dois anos, o pesquisador teve a satisfação de acompanhar de perto o trabalho produzido por Larissa. 
 
*com informações do Colégio Pedro II
 
Foto: Comunicação Colégio Pedro II