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terça-feira, 30 de agosto de 2016

BRAZIL WIND POWER 2016

Brasil atinge a marca de 10 GW de energia eólica em capacidade instalada
Sétima edição do maior evento do segmento da América Latina, entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro no Rio de Janeiro, e celebra a ampliação da fonte eólica no Brasil
A sétima edição do maior evento de energia eólica da América Latina, o Brazil Wind Power, celebra a marca dos 10GW de capacidade instalada da fonte no Brasil, e traz números inéditos, dados e informações surpreendentes sobre o crescimento da energia eólica no País. O evento, que começa hoje (30/08) e vai até 1º de setembro, no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro, conta com a presença das principais autoridades do setor e membros do governo, representantes de entidades do setor e dos principais players de mercado. O Brazil Wind Power é promovido pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), pelo Conselho Global de Energia Eólica (GWEC) e Grupo CanalEnergia.
A energia eólica já representa 7% da matriz elétrica brasileira e acaba de atingir 10 GW de capacidade instalada em cerca de 400 parques eólicos e mais de 5.200 aerogeradores em operação. No ano passado, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o sul do País e gerou 41 mil postos de trabalho. Se contarmos apenas os contratos assinados, vamos chegar a 2020 com 18,4 GW de capacidade instalada. Em dezembro, novo leilão deverá contratar mais energia eólica, adicionando mais energia à curva de crescimento.
Sobre o setor-Para se ter uma ideia do que representam esses 10GW, a usina de Belo Monte tem capacidade de pouco mais de 11 GW. No ano passado, a energia eólica abasteceu mensalmente uma população equivalente a todo o sul do País e gerou 41 mil postos de trabalho. Nos últimos seis anos, o investimento feito pelas empresas da cadeia produtiva de energia eólica, já 80% nacionalizada, foi de R$ 48 bilhões. Se contarmos de 1998 até hoje, já somamos cerca de R$ 60 bilhões investidos. Em 2015, a energia eólica foi a fonte que mais cresceu na matriz elétrica brasileira, responsável pela participação de 39,3% na expansão, seguida pela energia hidrelétrica (35,1%) e energia termelétrica (25,6%).
Esses são apenas alguns dados que mostram a vitalidade de um setor que tem se mostrado cada vez mais importante para o País, seja para ampliar a participação das energias renováveis na matriz elétrica brasileira ou ainda para contribuir com a retomada de crescimento brasileiro. O gráfico abaixo mostra a evolução da capacidade instalada e o que já está contratado com previsão de instalação até 2020. Com a realização de novos leilões, como o previsto para dezembro de 2016, mais capacidade deverá ser adicionada à curva abaixo para os próximos anos.
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Posição do Brasil - Em termos mundiais, o Brasil tem se destacado. De acordo com o GWEC – Global World Energy Council, o Brasil foi o quarto país em crescimento de energia eólica no mundo em 2015, considerando os números de capacidade instalada, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha e representando 4,3% do total de nova capacidade instalada no ano passado no mundo todo. Em percentual, foi o País que mais cresceu no mundo. De acordo com o “Boletim de Energia Eólica Brasil e Mundo – Base 2015”, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia em agosto de 2016, o Brasil subiu sete posições, nos últimos dois anos, ocupando hoje o oitavo lugar em geração, representando cerca de 3% de toda produção eólica mundial.
“A marca de 10 GW é certamente emblemática e vamos comemorar. O que nos motiva agora é trabalhar pelos próximos 10 GW. Hoje, a energia eólica representa 7% da matriz elétrica brasileira. Considerando o que já temos de contratos assinados, vamos chegar a 2020 com mais de 18 GW e temos potencial para crescer ainda muito mais. Para um País como o Brasil, com tantos recursos naturais abundantes e que tem um dos melhores ventos do mundo, considero ser um caminho não apenas natural, mas também estratégico, investir para ampliar a energia eólica. E, claro, temos que pensar nos compromissos que assumimos na COP-21 e as eólicas têm um papel muito importante para ajudar a atingir os objetivos, já que seu impacto ambiental de instalação é baixíssimo e o de operação é praticamente zero”, resume Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica.
Potencial eólico e mercado- A situação favorável da indústria eólica pode ser explicada pela ótima qualidade dos ventos brasileiros e também pelo forte investimento das empresas que, nos últimos cinco anos, construíram uma cadeia produtiva nacional para sustentar os compromissos assumidos e o enorme potencial de crescimento desta fonte de energia, que acreditamos ser o futuro. Os grandes fabricantes de aerogeradores, pás, torres e grandes componentes estão instalados no Brasil, produzindo e contratando aqui. Além disso, dezenas de empresas brasileiras foram criadas ou passaram a se dedicar para oferecer componentes para a cadeia produtiva.  
“Em dezembro, teremos um momento muito importante para o setor neste ano: o Leilão de Reserva. A contratação de energia eólica neste leilão será vital para dar um sinal de investimento para toda a cadeia de energia eólica, formada recentemente e num investimento que já passa dos R$ 48 bilhões nos últimos seis anos. Os contratos que temos assinados sustentam a cadeia até 2020, como se vê no gráfico acima, mas é necessário fazer novas contratações para manter a cadeia ativa e o setor crescendo de forma sustentável”, explica Elbia. 
O Leilão de Reserva também é um instrumento importante para planejamento estratégico do setor elétrico brasileiro considerando segurança do sistema. “Como a ABEEólica tem reafirmado em diversas ocasiões, a contratação pelo leilão de reserva se mostra essencial por questões de segurança energética. Embora exista um entendimento superficial de que há sobra de energia no sistema, já provamos que não há sobra suficiente. O que há são sobras de contrato, de papel, e não de garantia física. Quando se olha apenas a garantia física, o que pode ser efetivamente gerado, o que existe de sobra de garantia física seria rapidamente utilizado na inevitável retomada do crescimento econômico brasileiro. Também por este motivo, o leilão de dezembro será fundamental para o País. Historicamente, o Brasil alterna períodos de risco de racionamento e de discussão sobre falta de energia. Isso precisa acabar e os leilões de reserva são os instrumentos adequados para um melhor planejamento”, explica a executiva.
Brazil Wind Power com energia limpa - Toda a energia consumida durante esta edição do Brazil Wind Power virá de energia eólica. Isso será possível porque a Honda Energy concedeu certificados de Energia Renovável ao Brazil Windpower 2016. Os certificados são referentes à energia eólica produzida pela Honda Energy em seu parque eólico, inaugurado em novembro de 2014 para fornecer energia eólica para a fábrica da Honda em Sumaré (SP). O parque eólico da fabricante japonesa está localizado na cidade de Xangri-Lá (RS) e possui nove turbinas, de 3MW cada, com capacidade instalada de 27MW. Com o pleno funcionamento dos equipamentos, a empresa deixará de emitir 2,2 mil toneladas de CO2 por ano, o que representa aproximadamente 30% do total gerado pela fábrica de automóveis, que possui capacidade instalada para a produção anual de 120 mil carros. 
Sobre o Brazil Wind Power – Conferência e exposição- A sétima edição do evento contará com mais de 100 expositores, representados pelas principais empresas da cadeia produtiva da indústria de energia eólica. Na edição passada, o evento obteve um público presente de 2.700 participantes, com 93 expositores e 73 palestrantes.Segundo os organizadores do evento, a exposição, desde as últimas edições, vem refletindo o bom momento vivido pela indústria eólica, com um ambiente de ótimas oportunidades de negócio, propício a novos investidores. Empreendedores, consultores, empresários, executivos, fabricantes, prestadores de serviços e todos os profissionais envolvidos com o segmento poderão expor suas inovações e trocar experiências.
Sobre a ABEEólica - A ABEEólica congrega mais de 100 empresas de toda a cadeia produtiva do setor eólico e tem como principal objetivo trabalhar pelo crescimento, consolidação e sustentabilidade dessa indústria no Brasil. 
Dados importantes do setor:
- 10 GW de potência instalada.
- 400 parques: 5.251 aerogeradores e torres e 15.753 pás instaladas.
- 15 empregos gerados a cada mw. No ano passado, foram 41 mil empregos gerados. Devemos fechar 2016 com número semelhante. No acumulado, são 150 mil postos de trabalho desde o primeiro parque eólico.
- Cerca de R$ 60 bilhões investidos de 1998 até hoje.
- Em 2015, a energia eólica abasteceu 11 milhões de residências no País, uma população equivalente ao sul do Brasil.
- A energia eólica é responsável por 7% da matriz elétrica brasileira.
- Há mais de 8 GW já contratados para serem implantados até 2020.
SERVIÇO:  BrazilWindpower 2016 ConferenceandExhibition
DATA: de 30 de Agosto a 1º de Setembro de 2016
LOCAL: Centro de Convenções Sulamerica - Rio de Janeiro-RJ