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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A literatura no Egito faraônico é o tema da nova exposição do Museu Egípcio e Rosacruz

A peça principal é uma réplica da Estela de Roseta, documento muito importante para a egiptologia, pois através dela foi possível concretizar a decifração da escrita hieroglífica.
Por Emanuelle Spack

XV Exposição de Longa Duração traz ao Museu Egípcio e Rosacruz peças que representam a “A Literatura no Egito Faraônico”. A mostra poderá ser visitada até o mês de agosto de 2018. Cerca de 140 obras chamam a atenção para a forma peculiar da escrita egípcia. A cada dois anos as peças em exposição no Museu Egípcio e Rosacruz são trocadas a fim de que um novo contexto seja trabalhado para apresentar ao público outros objetos integrantes do acervo do museu, que possui 700 peças. “Neste período procuramos disponibilizar um novo tema relativo ao Egito Antigo que possa revelar curiosidades até então não exploradas pelo museu. Isso também possibilita a mostra de peças que não estavam em exposição, tornando o espaço mais dinâmico e rico em conteúdo histórico”, explica a supervisora cultural da Ordem Rosacruz – AMORC em Curitiba, Vivian Tedardi.
A peça mais importante do Museu Egípcio continua sendo a Tothmea, uma múmia original de uma dama egípcia de cerca de 2600 anos. Mas a literatura do Egito Antigo ganha destaque nesta exibição. A escrita é um dos fatos mais importantes na história do mundo. Ela define o registro dos acontecimentos. No Egito, ela era organizada na forma de hieróglifos, ou seja, símbolos que representavam objetos. Os livros de história relatam que essa forma de escrita era composta por mais de seiscentos caracteres.
De acordo com Ewerson Thiago da Silva Dubiela, responsável pelo Museu Egípcio, na XV Exposição de Longa Duração o visitante poderá ver a relação dos textos egípcios com a organização social e cultural do Egito Antigo. “Teremos uma réplica perfeita da Estela de Roseta, documento que possibilitou a decifração da escrita hieroglífica. Além disso, queremos chamar a atenção para os textos que os antigos egípcios produziram”, diz Ewerson.
Mais do que exibir imagens que relembrem uma parte do passado egípcio, os detalhes, os temas, a disposição das obras e a história a ser contada em cada exposição do Museu Egípcio são pensados de forma a levar conhecimento histórico para aqueles que se interessam pela cultura egípcia. “Julgamos interessante conhecer como os egípcios pensavam e explicavam o mundo. A literatura é uma excelente fonte para desvendar esse aspecto”, contam Vivian e Ewerson.
Serão três salas para visitas. A primeira delas apresenta os mitos egípcios relacionados com a religião, a origem da escrita, o ofício do escriba e o poder faraônico. A segunda sala exibe as “Instruções”, textos específicos que apresentam como era a sociedade egípcia. Na terceira sala aparecem os textos funerários para falar sobre a mumificação. “Com relação às peças, além da já citada Estela de Roseta, também teremos estatuetas do período do faraó Akhenaton que ainda não foram expostas, imagens de divindades e outros objetos que há algum tempo não são mostrados ao público”, diz Vivian.
Para ela, esse espaço é importante pela singularidade do conhecimento que oferece. O Museu Egípcio dedica-se a divulgar a história do Antigo Egito e por isso é um espaço cultural e educativo, uma vez que, além de atender o público em geral, oferece à comunidade escolar atividades educativas em suas exposições. “Enquanto na exposição anterior as explicações centravam-se sobre o cotidiano egípcio, nesta nova conversaremos mais sobre a escrita. Contudo, temas como poder faraônico, religião e mumificação continuarão a fazer parte da explicação para os alunos que nos visitam.” Na última semana de janeiro será aberta a agenda para a visitação escolar ao Museu Egípcio para o ano letivo de 2017. Outra novidade é que a partir de agora o museu passa a funcionar também nos feriados das 10h às 17h, ficando fechado apenas nos dias de Natal e Ano novo.

Serviço
Exposição: A Literatura no Egito Faraônico
Local: Museu Egípcio e Rosacruz
Endereço: Rua Nicarágua, 2620 - Bacacheri - 82515-260 - Curitiba, Paraná.
Período para visitação: de 26 de setembro de 2016 até agosto de 2018.
Entrada:
R$ 5,00 inteira;
R$ 3,00 meia (estudantes rosacruzes, crianças até 12 anos, idosos, estudantes, professores mediante documento comprobatório, doadores de sangue e pessoas com necessidades especiais);
R$ 1,00 visitas escolares monitoradas.
Dias e horários de funcionamento:
De segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h30;
Sábados: das 10h às 17h;
Domingos: das 9h às 12h;
Feriados: das 10h às 17h.
*O acesso às instalações do Museu será feito até meia hora antes do horário de fechamento.