A FGV Energia participou do “1st International Summer School in Economic modelling of Environment Energy and Climate - Modelling approaches to assess NDCs and mid-century strategies”. O evento, promovido pelo Centre International de Recherche sur l’Environnement et le Développement (CIRED), foi realizado de 4 a 8 de julho, em Paris.
O objetivo da escola de verão foi promover o intercâmbio científico entre os participantes sobre estratégias de implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês) e metodologias de projeção de cenários usando modelos energéticos (abordagem bottom up e top down), modelos de equilíbrio geral computável (Computable General Equilibrium - CGE) e Modelos de Avaliação Integrada (Integrated Assessment Models - IAMs).
Além das palestras, foram promovidas sessões interativas com espaço aberto para os participantes discutirem seus temas de pesquisa e possíveis estratégias de monitoramento das NDCs no contexto nacional e global. No final do curso, o CIRED ainda se comprometeu em organizar e manter atualizada uma comunidade internacional sobre Modelagem Econômica de Meio Ambiente, Energia e Clima, da qual os participantes da escola de verão serão colaboradores.
O Acordo de Paris foi aprovado por 194 países que participaram da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) em 2015. Com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável, o acordo surgiu como forma de fortalecer a resposta dos países ao aquecimento global e a sua capacidade de adaptação aos impactos decorrentes das mudanças climáticas. Os signatários apresentaram as suas pretendidas NDCs, com as quais se comprometiam a reduzir o nível de suas emissões de gases de efeito estufa de modo a, no final do século XXI, manter o aumento da temperatura média global em até 2°C acima dos níveis pré-industriais, se esforçando para limitar este aumento a apenas 1,5°C.
Em junho de 2017, o acordo havia sido ratificado por 148 países da UNFCCC, que juntos representam 66% das emissões globais de GEE. Fazendo parte do grupo de países signatários do Acordo de Paris, o Brasil se comprometeu em sua NDC a cortar as emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030, tendo como base o ano de 2005. Atualmente, o Ministério do Meio Ambiente vem procurando planejar uma estratégia nacional para a implantação e o financiamento das medidas referentes à NDC brasileira.