“Elis”, de Hugo Prata, lidera a lista de indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017, seguido de “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho. A cerimônia acontece no dia 5 de setembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Antonio Pitanga e Helena Ignez serão os homenageados da cerimônia, que terá direção de Bia Lessa e será uma grande celebração ao cinema
Acaba de sair a lista dos indicados à 16ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, a mais importante premiação do cinema nacional, realizada pela Academia Brasileira de Cinema. Cinco filmes estão na disputa ao tão almejado prêmio de Melhor longa-metragem de ficção: “Aquarius”, “Boi Neon”, “Elis”, “Mãe só há uma” e “Nise - O coração da loucura”. O longa-metragem “Elis”, de Hugo Prata, encabeça a lista de indicações (12), seguido de “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho (11) e “Boi Neon”, de Gabriel Mascaro (10). Ao todo, 35 longas e 18 curtas-metragens concorrem em 24 categorias. A cerimônia de premiação, que acontece no dia 5 de setembro (terça-feira), a partir das 20h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, tem apuração da PwC.
Concorrem à estatueta de Melhor direção Afonso Poyart, por “Mais forte que o mundo - A história de José Aldo”, Anna Muylaert, por “Mãe só há uma”, David Schurmann, por “Pequeno segredo”, Gabriel Mascaro, por “Boi Neon” e Kleber Mendonça Filho, por “Aquarius”.
Para o prêmio de Melhor atriz, disputam Adriana Esteves (como Dilza por “Mundo cão”), Andréia Horta (como Elis por “Elis”), Gloria Pires (como Nise da Silveira por “Nise - o coração da loucura”), Julia Lemmertz (como Heloisa por “Pequeno Segredo”), Sonia Braga (como Clara por “Aquarius”) e Sophie Charlotte (como Severina por “Reza a lenda”). Já na categoria Melhor ator estão no páreo Caio Blat (como Felipe por “BR716”), Cauã Reymond (como Ara por “Reza a lenda”), Chico Diaz (como Gomez por “Em nome da lei”), Domingos Montagner (como Corvo por “Um namorado para minha mulher”), Juliano Cazarré (como Iremar por “Boi Neon”) e Lázaro Ramos (como Paulinho por “Mundo cão”).
O VOTO POPULAR abre no dia 01 de agosto, onde público vai poder eleger seus preferidos através do site www. academiabrasileiradecinema. com.br nas categorias “Melhor longa-metragem ficção”, “Melhor longa-metragem documentário” e “Melhor longa-metragem estrangeiro”. Os filmes serão exibidos a partir do dia 10 de agosto em salas de cinema de seis cidades, em diferentes regiões do país: Rio de Janeiro (Naves do conhecimento - Madureira, Triagem e Engenhão, Duque de Caxias e Niterói), Paraíba (João Pessoa e Sousa), Minas Gerais (Belo Horizonte), Pernambuco (Recife), Santa Catarina (Florianópolis) e São Paulo (Circuito SPCine), uma ótima oportunidade para quem não conseguiu assistir ou quiser rever as produções. A votação popular vai até o dia da cerimônia.
A premiação terá direção e roteiro da multifacetada Bia Lessa. Essa é a segunda vez que Bia fica à frente da cerimônia, a primeira foi em 2000, no SESC Quintandinha, em Petrópolis. Para esse ano a diretora pretende fazer uma grande homenagem ao cinema e toda a cerimônia será apresentada como se passasse dentro de um único filme. “A ideia é não fazer uma entrega de prêmio tradicional. O cinema é uma linguagem extraordinária e o prêmio tem que investir numa linguagem que seja própria e que seja única. Não teremos apresentadores, tudo acontecerá dentro do próprio filme”, afirma a diretora. Sobre estar à frente da direção, ela afirma: “Me sinto honradíssima e com uma responsabilidade gigante. Amo cinema, é uma das coisas que eu mais gosto”. A cerimônia terá transmissão ao vivo do Canal Brasil.
Homenagens
A 16ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro fará uma grande homenagem à sétima arte, destacando importantes nomes e empresas que colaboraram para a trajetória do cinema nacional. O ator Antonio Pitanga, um dos maiores representantes do Cinema Novo, que participou de mais de 50 produções cinematográficas - entre elas “Bahia de todos os Santos” (1960, sua primeira aparição no cinema, onde ganhou o apelido Pitanga), “O pagador de promessas” (1962), “Zuzu Angel” (2006) e “Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios” (2011) - será um dos homenageados, ao lado da atriz e diretora Helena Ignez, musa de Glauber Rocha e ícone do Cinema Marginal - que participou de filmes de sucesso como “Assalto ao trem pagador” (1962), “O padre e a moça”, “O bandido da luz vermelha” (1968), tendo fundado também a produtora Belair, em parceria com Rogério Sganzerla (com quem foi casada) e Júlio Bressane.
Ainda serão destacados na cerimônia os 100 anos de história do Grupo Severiano Ribeiro/Kinoplex, empresa do ramo de exibição presente em 19 cidades de quase todas as regiões do país; e a Cinemateca Brasileira, instituição responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira, que receberá o Prêmio especial de preservação pelo expressivo trabalho de acervo, formado por cerca de 245 mil rolos de filmes, e resistência na manutenção de suas atividades. Em uma época em que todos os conteúdos audiovisuais só podem ser transmitidos digitalmente em qualquer plataforma, o trabalho de Preservação se torna fundamental na conservação da memória de uma nação.
Sobre o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
Maior premiação do cinema nacional, o Grande Prêmio chega a sua 16ª edição em 2017. O evento, que será realizado no Theatro Municipal, no dia 5 de setembro, premiará os profissionais e filmes lançados comercialmente em 2016.
“São 16 anos ininterruptos do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, feito a partir da votação isenta de um júri técnico composto por 250 membros da Academia e do voto popular. Apesar da crise econômica do país, que reflete na área cultural pela fuga de patrocinadores, acreditamos que o Grande Prêmio é fundamental para a promoção do cinema brasileiro e de novos talentos que surgem a cada dia. Graças a parceiros que acreditam nisso, a Academia pode continuar realizando a premiação”, declara Jorge Peregrino, vice-presidente da Academia Brasileira de Cinema.
O Prêmio é realizado pela Academia Brasileira de Cinema e conta com o Patrocínio Master da TV Globo e Patrocínio do Canal Brasil através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.