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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Sergio Quintella retoma atividades na FGV e anuncia projetos relevantes para educação no país

O segundo semestre de 2017 começou há poucos dias, mas muitos são os planos e desafios para quem pensa a médio e longo prazo e não tem tempo a perder. Esse é o caso da Fundação Getulio Vargas, maior think tank da América Latina e comprometida com o desenvolvimento socioeconômico do país. O FGV Notícias conversou com o vice-presidente da Fundação, Sergio Franklin Quintella, que retoma suas atividades neste mês e anuncia alguns projetos que vão nortear as ações da FGV não só nos próximos meses, mas nos anos futuros.
Engenheiro e economista com especialização em Administração, Sergio Quintella aponta dois desafios principais para a Fundação Getulio Vargas nos próximos anos. O primeiro deles é voltado para as Escolas da FGV e para o Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), que devem modernizar seus currículos para dar cada vez mais ênfase às novas tecnologias, capacitando professores e demais profissionais para oferecer aos alunos o que a internet, em especial, pode proporcionar para o seu desenvolvimento. O segundo é continuar prestando à sociedade um serviço de educação e pesquisa de excelência sem deixar de olhar para o aumento expressivo da concorrência, que conta com novos entrantes multinacionais e fusões no setor de educação e pesquisa.
Um outro projeto, porém, é o que mais entusiasma o vice-presidente. Sergio Quintella revelou que a FGV tem o propósito de ampliar sua participação e concentrar esforços para melhorar a qualidade do Ensino Médio no Brasil. Já há algumas iniciativas sendo desenvolvidas pensando nessa área, como a plataforma FGV Ensino Médio Digital, que desde 2012 disponibiliza conteúdo gratuito para que estudantes de todo o país possam complementar seus estudos e avaliar seus conhecimentos a partir de testes e simulados. A ideia, a partir de agora, é investir na capacitação dos cerca de 600 mil professores que atuam nesse segmento da educação no Brasil.
“Nós sentimos que há carência de professores qualificados no Ensino Médio e Básico. Faz parte da nossa missão colaborar com a capacitação do ensino em alguns setores vistos como deficientes, em especial matemática e redação. Essa capacitação pode ser feita via educação à distância, a exemplo do que já fazemos com os cursos do FGV Online, para atingir todo o Brasil, visto que os professores de Ensino Médio e Básico estão, não só nas capitais, mas também no interior”, destaca.
O entusiasmo não fica de lado nem mesmo ao falar sobre a atual crise enfrentada pelo país. Fascinado por História, Sergio Quintella destaca que essa é a pior crise pela qual o Brasil já passou justamente por combinar fatores políticos e econômicos, algo jamais visto anteriormente, e que é difícil fazer um prognóstico sobre o atual cenário.
“Temos a experiência passada que nos dá a esperança de sairmos dessa crise, apesar de nunca ter havido a combinação de fatores políticos e econômicos, o que agrava o quadro atual”, finaliza.
Legenda Foto: da esquerda para a direita: Carlos Ivan Simonsen Leal, Sergio Franklin Quintella, Francisco Dornelles, Lindolpho de Carvalho Dias.