Repertório vai do erudito ao popular e termina com a apresentação da celebrada cantata “Carmina Burana”
Para festejar 108 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, um dos principais equipamentos da Secretaria de Estado de Cultura, a Fundação Teatro Municipal realiza a edição de 2017 do evento comemorativo que já é uma tradição no calendário cultural da cidade. No dia do aniversário, sexta-feira, 14 de julho, o TMRJ estará de portas abertas para receber o público com uma programação extensa e diversificada, contando com apresentações dos três corpos artísticos da instituição (ballet, orquestra e coro), além da participação de convidados especiais.
O programa será aberto às 9h30, com a Banda dos Fuzileiros Navais, que se apresentará nas escadarias do Theatro Municipal. Em seguida, teremos “Um espetáculo de operetas”, com a Academia de Ópera Bidu Sayão. Às 12h, será a vez dos alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa que subirá ao palco para apresentar três balés, “Alegria Russa”, “Mozart” e “Les Sylphides”. As Visitas Guiadas também funcionarão com entrada fraca nos horários de 13:30, 14:00, 14:30 e 15:00, e contarão com programação especial. No aniversário, os visitantes aprenderão mais sobre a história do Theatro, a necessidade de um teatro do porte do Municipal, e a pressão feita por Arthur Azevedo para a concretização desse projeto. Ao final da Visita, Sacha Rodrigues fará uma homenagem a seu avô Nelson Rodrigues, lendo um texto no qual o dramaturgo nos conta como foi a estréia de "O Vestido de Noiva".
Às 15h30, será encenado, no foyer do teatro, “A morte do cisne”, número de balé com piano e violoncelo, dançado por Deborah Ribeiro, primeira solista do Balé do Theatro Municipal. Às 16h30, Deborah volta a apresentar “A Morte do Cisne”, dessa vez no Salão Assyrio, junto com o cantor popular Marcio Gomes, que interpretará canções da época do rádio, tango e boleros.
Coroando a programação de sexta, a Orquestra Sinfônica, o Coro e o Ballet do Theatro Municipal apresentarão, às 20h, a cantata “Carmina Burana”. Com coreografia assinada por Rodrigo Negri, primeiro solista do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cantata composta pelo alemão Carl Orff foi apresentada em curta temporada em junho atingindo absoluto sucesso de publico e crítica.
PROGRAMAÇÃO
DIA 14 DE JULHO (SEXTA-FEIRA)
9h30 BANDA DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
10h15 ACADEMIA DE ÓPERA BIDU SAYÃO
U m Espetáculo de Operetas Operetas de Offenbach, Léhar, Strauss, Weill, Bernstein, entre outros. Maestrina Preparadora Priscila Bomfim Coordenação e apresentação Eduardo Álvares
12h ESCOLA ESTADUAL DE DANÇA MARIA OLENEWA
Alegria Russa
Música J. Strauss
Coreografia Silvana Andrade
Mozart
Música W. A. Mozart
Coreografia Dalal Achcar Les Sylphides
Música F. Chopin
Coreografia M. Fokine
SOLISTAS DO BALLET DO THEATRO MUNICIPAL
Don Quixote, Pas de deux
Música L. Minkus
Coreografia M. Petipa
Bailarinos Mel Oliveira e Sandro Fernandes
Direção e apresentação Hélio Bejani
15h30 A MORTE DO CISNE
Música Saint-Säens
Coreografia M. Fokine
Bailarina Deborah Ribeiro
iano Priscila Bomfim
Violoncelo Pablo Uzeda
Apresentação André Heller-Lopes
16h OS PEQUENOS MOZART E AMADEUS
Obras de Mozart, Haydn, Paganini, Beatles, Pixinguinha, Sivuca, Zequinha de Abreu, Chico Buarque, Tom Jobim, entre outros.
Direção Artística e Piano Suray Soren
16 h30 MÁRCIO GOMES “ETERNAS CANÇÕES ”
Piano Moises Pedrosa
17h30 A MORTE DO CISNE
Música Saint-Säens
Coreografia M. Fokine
Bailarina Deborah Ribeiro
Piano Priscila Bomfim
Violoncelo Marcelo Salles
20h CARMINA BURANA
BALLET, CORO E ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL
Música Carl Orff
Coreografia Rodrigo Negri
Regência Tobias Volkmann
Participação Especial Coral Infantil da UFRJ
Regente Maria José Chevitarese
Solistas Michele Menezes, Ciro D’Araújo, Jacques Rocha
Bailarinos Claudia Mota, Márcia Jaqueline, Deborah Ribeiro, Priscilla Mota, Fernanda Martiny, Juliana Valadão, Mônica Barbosa, Rachel Ribeiro, Regina Ribeiro, Renata Gouveia,Filipe Moreira, Murilo Gabriel, Edifranc Alves, Carlos Cabral, Paulo Muniz, Santiago Junior Participação Especial Elisa Baeta, Inês Schlobach, Lourdes Braga, Shirley Pereira, Teresa Ubirajara, Zélia Íris, Roberto Lima
Assistente de Coreografia Marcela Gil
Ensaiador César Lima
Assistente Margarida Mathews
Maestro Titular do Coro Jésus Figueiredo
Diretoras do BTM Ana Botafogo e Cecília Kerche
SINOPSES
Sobre “Carmina Burana”
Com a participação de seus três corpos artísticos – Balé, Coro e Orquestra Sinfônica - “Carmina Burana” retorna ao palco para o aniversário do Theatro Municipal. A Orquestra Sinfônica será regida pelo maestro titular Tobias Volkmann. O Coro Infantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fará participação especial. O balé terá coreografia de Rodrigo Neri, coreógrafo e bailarino do Theatro Municipal.
O espetáculo foi recebido calorosamente pelo público em junho, com as vendas de suas quatro récitas totalmente esgotadas. Agora, o público carioca terá uma nova oportunidade de assistir a essa emocionante cantata, dessa vez com entrada franca. Considerado pela crítica Adriana Pavlova, em matéria assinada no jornal O Globo, “o mais importante espetáculo que assisti em 22 anos de coberturas no Theatro Municipal do Rio de Janeiro,” a cantata “Carmina Burana” marcou o retorno das produções próprias, englobando os três segmentos dos corpos artísticos da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro, iniciadas com as apresentações de “Jenufa” e “Norma”.
- Desde a primeira reunião com as diretoras do Balé do Theatro Municipal, Ana Botafogo e Cecilia Kerche, ficou claro haver uma ‘missão’ nesta minha direção artística: desenvolver coreógrafos brasileiros para balé clássico. Apesar de termos no Rio a mais importante companhia de balé clássico do Brasil, quase todos os grandes clássicos ainda dependem de coreógrafos de fora para remontar os balés. Popularizar, dar acesso à cultura feita no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, é a visão que tenho trabalhado com André Lazaroni, Secretário de Estado de Cultura e presidente da Fundação Teatro Municipal. Isso passa por dar oportunidades a nossos artistas, desenvolver a maneira nossa de fazer arte clássica. Foi uma grande sorte termos Rodrigo Negri no balé pronto para o desafio de transformar a conhecidíssima ‘Carmina Burana’ em espetáculo múltiplo, envolvendo coro, orquestra e, claro, balé - observa André Heller-Lopes, diretor artístico da Fundação.
“Carmina Burana” (latim; em português: "Canções da Beuern", sendo "Beuern" uma abreviação de Benediktbeuern) é o nome dado a um manuscrito de 254 poemas e textos dramáticos dos séculos XI, XII e XIII. São peças picantes, irreverentes e satíricas, escritas em latim medieval, com partes em médio-alto-alemão e francês antigo ou provençal.
Vinte e quatro poemas de Carmina Burana foram musicados por Carl Orff em 1936. A composição rapidamente se tornou popular. O movimento de abertura e de encerramento tem sido utilizado em filmes e eventos. A cantata estreou em junho de 1937, em Frankfurt.
Sobre “Eternas canções”, de Marcio Gomes
Márcio Gomes é um fenômeno de público nas tardes cariocas da famosa casa de espetáculos Imperator, onde está há exatamente 3 anos está em cartaz com o show "Eternas canções". No aniversário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Márcio fará uma versão pocket do show, com a formação de piano e voz.
No repertório, clássicos dos famosos “Anos dourados” da música popular brasileira e internacional. “Manhã de Carnaval”, “Ave Maria no morro”, “Sonho impossível” e “El dia que me quieras” são alguns dos números que farão parte dessa tarde dedicada às “Eternas Canções”.
Sobre a Banda Marcial
A Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais caracteriza-se por realizar, com grande precisão, simétricas e criativas evoluções enquanto executa dobrados militares e canções populares adaptadas. É composta por 96 executantes nas graduações de suboficiais, sargentos e cabos, que atuam como mor, auxiliar-do-mor, schellenbaum, baliza, bombos, taróis, caixas de guerra, surdos, quintonton, pratos, liras, gaitas, flautins, trompetes e trombonitos. Tem ainda, como diferencial, a presença das gaitas de fole escocesas, que contribuem para a sonoridade única das apresentações.
Entre importantes apresentações no país e no exterior, destacam-se suas passagens por Escócia, Paraguai, França e Portugal, além de diversas cidades do Brasil. No Rio de Janeiro, participou das cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e da abertura dos Jogos Pan-Americanos 2007. Fez parte nas comemorações dos 25 anos do Programa “Criança Esperança” – Rede Globo em 2010, na reinauguração do Estádio do Maracanã e na noite de Vigília da Jornada Mundial da Juventude em 2013 e na abertura da Arena RJ do “Fifa Fan Fest”, durante a Copa do Mundo 2014.
Sobre os Pequenos Mozart e Amadeus
Os conjuntos de violinos “Os Pequenos Mozart e Amadeus” é composto por crianças a partir de 3 anos que se vestem com roupas da época do grande compositor Wolfgang Amadeus Mozart e tocam desde clássicos natalinos à música popular brasileira. Os conjuntos já gravaram três Cds. Em janeiro de 2017, realizaram na Europa quatro concertos divulgando a música brasileira. E finalizando a turnê internacional, se apresentaram para o Papa,no Vaticano. O grupo conta com a direção artística de Suray Soren, violinista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Sobre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro é um dos principais equipamentos culturais da Secretária de Estado de Cultura. É uma das mais belas construções do entorno da Cinelândia, no Centro do Rio, foi inaugurado em 1909 e tem um estilo arquitetônico eclético, com projeto inspirado no prédio da Ópera de Paris. Possui diversos atrativos interessantes, como a Boca de Cena da Sala de Espetáculos, pintada por Eliseu Visconti, cujo teto da sala há um grande lustre central, todo em bronze dourado com pingentes de cristal; a Entrada Principal com estátuas de bronze do escultor francês Raoul Verlet, escada principal feita em dois tipos de ônix, bustos em bronzes dourados e lustres com cristais; o Salão Assyrio, todo revestido de cerâmica esmaltada, inspirado na antiga Babilônia, dividido em dois planos, com teto baixo sustentado por colunas que terminam com cabeças de touro, em estilo persa, e duas fontes. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro tem 2.250 lugares, dispostos em diversos níveis e com a galeria que fica a cerca de 12 metros de altura. O centenário teatro, em seu mais de meio século de existência, já recebeu os principais nomes brasileiros e internacionais da dança, da música e da ópera.
SERVIÇO
COMEMORAÇÃO DOS 108 ANOS DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
ENTRADA FRANCA- POR ORDEM DE CHEGADA
VISITAS GUIADAS
13:30, 14:00, 14:30 e 15:00.
Distribuição de senhas ao lado da estátua de Carlos Gomes