O Índice de Confiança de Serviços (ICS), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE), avançou 2,4 pontos em setembro, para 85,6 pontos, o maior nível desde dezembro de 2014.
“A boa notícia é que, ao longo do terceiro trimestre, as avaliações empresariais sobre a situação corrente e a dos próximos meses mantiveram um perfil equilibrado. Nos meses anteriores, eram as expectativas que vinham ancorando a melhora da confiança. Assim, é possível que a reação na atividade real do setor ganhe um impulso mais claro nos próximos meses”, avalia Silvio Sales, consultor do IBRE.
A alta da confiança de Serviços em setembro atingiu 11 das 13 principais atividades pesquisadas e foi determinada pela melhora tanto da situação atual quanto das expectativas para os meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA-S) avançou 3,2 pontos e o Índice de Expectativas (IE-S), 1,6 ponto.
Os indicadores de Volume de Demanda atual e da Situação atual dos negócios exerceram a mesma contribuição para a alta do ISA-S em setembro, com avanços de 3,2 pontos, retornando a patamares semelhantes aos do início de 2015. Entre os indicadores que compõem o IE-S, a principal influência veio do que avalia a Tendência dos Negócios para os seis meses seguintes, que subiu 2,0 pontos, para 91,9 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços retornou em setembro ao mínimo histórico registrado em junho passado, de 81,5%.
Ímpeto de Contratações
Além de apresentar o maior valor adicionado na economia brasileira, o setor de Serviços é também o que mais emprega. Assim, sinalizações sobre as expectativas de contratação neste setor são relevantes para a leitura do cenário econômico no curto prazo. O indicador de Emprego previsto para os próximos três meses cresceu 2,1 pontos em setembro, alcançando a marca dos 99,0 pontos.
A edição de setembro de 2017 coletou informações de 2.014 empresas entre os dias 04 e 26 de setembro. A próxima divulgação da Sondagem de Serviços ocorrerá em 31 de outubro.