O Índice de Confiança Empresarial (ICE), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE) subiu 1,3 ponto em setembro, alcançando 87,3 pontos. Após a terceira alta consecutiva, o indicador atinge o maior nível desde dezembro de 2014 (87,6 pontos).
“O bom resultado do ICE em setembro mostra que a recuperação da economia ganha força, se dissemina entre os diferentes setores e se sobrepõe aos ruídos do ambiente político, responsáveis pela rateada do índice em junho. Um bom sinalizador de consistência da atual tendência de alta da confiança empresarial é a lenta mas contínua melhora da percepção sobre as condições correntes do ambiente de negócios”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas do IBRE.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro macrosetores cobertos pelas sondagens empresariais produzidas pelo IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Considerando-se os dois horizontes de tempo da pesquisa, a maior contribuição para o aumento da confiança empresarial em setembro foi dada pelo Índice de Situação Atual (ISA-E), que cresceu 1,2 ponto em relação ao mês anterior, alcançando 82,9 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) avançou 1,0 ponto, para 93,8 pontos.
Este foi o terceiro mês consecutivo em que o ISA-E avançou mais que o IE-E, levando a distância entre os dois indicadores a recuar para 10,9 pontos, a menor desde maio de 2016 (6,4 pontos). A maior distância entre os dois indicadores continua sendo observada no setor da Construção (23,0 pontos), seguido por Comércio (11,2), Serviços (8,4), e Indústria (4,3).
Em setembro, a confiança avançou em todos os grandes setores. A maior contribuição para a alta de 1,3 ponto do ICE no mês foi dada pelo Comércio (0,6 ponto), seguida pelo setor de Serviços (0,5 ponto). A Indústria e a Construção contribuíram com 0,1 ponto cada.
Difusão da alta da confiança entre os segmentos
Em setembro de 2017, a confiança aumentou em 67% dos 49 segmentos pesquisados pelo IBRE para compor o ICE. Considerando-se médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta na margem é de 53% do total.
Para a edição de setembro de 2017, foram coletadas informações de 5.033 empresas entre 1º e 26 de setembro. A próxima divulgação do ICE ocorrerá no dia 1º de novembro.
O resultado completo e o material complementar do estudo estão disponíveis no site.