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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Antropólogo Roquette-Pinto é tema de novo livro da Editora FGV

Em busca do Brasil: Edgard Roquette-Pinto e o retrato antropológico brasileiro (1905-1935), coedição das Editoras FGV e FIOCRUZ, analisa a trajetória e a obra de Roquette-Pintoenquanto antropólogo físico, com o interesse de compreender como seus estudos acerca das características físicas e psicológicas da população brasileira foram articulados para pensar a construção de um “retrato realista” sobre a formação racial do Brasil.
Segundo o autor do livro, Vanderlei Sebastião de Souza, Roquette-Pinto há muito deixou de ser lembrado apenas como pioneiro do rádio no Brasil. Sua importância e complexidade de atuação multifacetada têm despertado a atenção dos estudiosos há alguns anos, embora seja um personagem ainda pouco conhecido pela historiografia. Considerado por seus contemporâneos como um importante protagonista no debate sobre as ideias raciais, Roquette-Pinto foi o “mestre ilustre” dos estudos antropológicos no Brasil, sendo um dos autores que teria contribuído para a maneira de conceber a miscigenação racial em termos positivos do sociólogo e ensaísta Gilberto Freyre, por exemplo.
Para o antropólogo, orientado por uma concepção fortemente cientificista e de cunho positivista, a realidade sobre a formação do Brasil só seria conhecida de fato quando a ciência levantasse os “dados objetivos”. Conseguidos através do uso de tabelas, estatísticas e equações em suas pesquisas antropológicas, eles reuniriam informações sobre as condições de vida e as características gerais da população de diferentes regiões do país, fosse ela composta por negros, mulatos ou brancos, pobres ou abastados, sertanejos ou litorâneos. De maneira geral, o projeto intelectual lançado por Roquette-Pinto acerca dos estudos antropológicos visava também denunciar as deficiências e a falta de rigor científico na descrição da “realidade”, ou mesmo em relação à ausência de comprometimento com os interesses nacionais.
Essa conversão à ação política e a busca por esse “realismo científico” sobre o país estava ligada à percepção de que ainda sobrevivia entre os brasileiros uma fissura que dividia o chamado “Brasil real” do “Brasil legal”. Isso impossibilitava, naquela época, uma descrição mais “objetiva” da realidade nacional e a formulação de projetos capazes de intervir nos problemas vividos pelos brasileiros.
A análise das atividades do brasiliano Roquette-Pinto como antropólogo físico, suas relações intelectuais, sua atuação na arena pública, bem como seu diálogo com a antropologia alemã e a norte-americana, são as principais contribuições desta obra para o debate historiográfico e antropológico.
Para mais informações sobre o livro, acesse o site.

Alta nos preços, material escolar não deve ser vilão do orçamento

A variação média de preços dos itens do material e do transporte escolar ficou abaixo da inflação. O levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), de fevereiro de 2017 a janeiro deste ano, apontou aumento médio de 1,60% em relação ao ano passado – abaixo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), calculado pelo FGV IBRE, que foi de 3,05% no mesmo período.
Os livros não didáticos registraram queda de -1,65%, enquanto que os livros de literatura tiveram em média -0,07% de decréscimo nos preços. O material escolar, cesta com itens como caderno, borracha, apontador, lápis e caneta, subiu 2,01% no período. Já o transporte escolar descolou das demais categorias ao registrar aumento de 6,02%.
Para André Braz, coordenador do IPC do FGV IBRE e responsável pela pesquisa, a notícia é boa, mas início de ano exige atenção maior com os gastos.
“Os pais precisarão se planejar e economizar para essas compras, já que há em janeiro grande concentração de despesas que reduzem o orçamento familiar”, ponderou.
O economista André Braz também deu outras dicas que podem ser úteis na hora das compras. Uma delas é realizar a compra em conjunto com outros pais, visto que compras em quantidade podem ganhar descontos. Ouro conselho para economizar é conferir o material que sobrou do ano anterior e comprar apenas o que não puder ser reaproveitado. O pesquisador do FGV IBRE diz ainda que pesquisar o preço na internet, papelarias e supermercados é o primeiro passo para economizar.
O estudo completo está disponível no site.

sábado, 27 de janeiro de 2018

Nova exposição na Galeria do Ateliê

Abrindo o ano de 2018, a Galeria do Ateliê inaugura no dia 2 de fevereiro, às 19h, a exposição "a casa é quando a gente volta", com obras da artista, cineasta e poeta Ana Costa Ribeiro.

Segundo a artista, “esse verso é uma síntese do principal eixo que permeia a exposição, o dos deslocamentos entre espaço e tempo. Pensar o espaço em função do tempo e vice-versa. Por isso "a casa é quando"  e não "a casa é onde". Penso que todos esses trabalhos, em que me volto para a memória da minha família, têm uma busca por um pertencimento. E nesse sentido a família é a casa, um espaço/tempo para onde eu quero voltar, para poder seguir em frente. Entendo que esse meu processo de deslizamento quer levar comigo a casa. A casa que navega”.

“Quando me perguntam o que eu faço, costumo responder que eu faço filmes. Seja em imagem, palavra ou som, estou sempre trabalhando com o tempo, “esculpindo o tempo”, para usar uma expressão de Tarkovski. No entanto, sempre pensei que o tempo era algo muito abstrato, e durante toda a minha trajetória acabei me debruçando mais sobre o espaço, que me parecia algo mais palpável. Com o passar dos anos, percebi que a relação entre o espaço e o tempo era indissociável, e passei a investigar justamente as poéticas do deslocamento entre eles. Mas o que isso importa no meu trabalho? Importa o avanço dos corpos.”

Divididos em dois núcleos, um em preto & branco e outro em cor, a artista apresenta obras em filme, fotografia e instalação. O primeiro núcleo se constitui de um material “pós-filme”, que tem origem no curta-metragem Arpoador, um filme sobre a perda de sua mãe. Essa parte da exposição é composta pelo próprio filme e pela série de fotografias Os Corpos e o Tempo. Os trabalhos desse núcleo se apresentam de forma mais “acabada”, fixados em filme e fotografia emoldurada. O outro núcleo da exposição é constituído por um material “pré-filme”, e reúne parte do processo criativo do longa-metragem em desenvolvimento Termodielétrico, um filme baseado nas pesquisas de seu avô, um físico experimental. Essa parte da exposição é composta pela instalação Pranchas para roteiro de um longa-metragem e pelo vídeo Trailer para um longa-metragem. Os trabalhos desse núcleo se apresentam de forma “inacabada”, mais volátil, indicando uma obra em processo.

Ana Costa Ribeiro
Artista, cineasta, poeta e professora. Doutorado em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, Master of Fine Arts em Cinema pela San Francisco State University e graduação em Comunicação Social pela UFRJ. Seus filmes foram exibidos em festivais no Brasil, na Holanda, na Alemanha, na Espanha, na Índia e nos Estados Unidos e seus textos foram publicados em revistas no Brasil e em Portugal. Dirigiu sete curtas-metragens, entre eles, ARPOADOR, e quatro séries documentais: #302 – 2ª temporada (26 EPS/ Canal Brasil), RIO 2020 (4 EPS/ Web), SONHADORES (5 EPS Aline Silva/ SporTV) e DE LÁ PRA CÁ (40 EPS/ TV Brasil). Trabalhou como freelancer durante doze anos nas equipes de roteiro, direção, fotografia, som, produção e, sobretudo, montagem, até fundar a Gaivota Studio, onde atua principalmente como diretora. Colaborou com diversos realizadores no Rio de Janeiro e em São Francisco, na Califórnia. Foi assistente de direção de Karim Aïnouz em Madame Satã (Best Film – Chicago International Film Festival) e montadora de diversos filmes, entre eles, o longa-metragem Tamboro, de Sérgio Bernardes (Melhor Montagem e Prêmio Especial do Júri – Festival do Rio). É professora há quase dez anos, tendo ministrado cursos de montagem na Escola de Cinema Darcy Ribeiro e de processo criativo audiovisual no Ateliê da Imagem, entre outros. Atualmente se dedica ao desenvolvimento de seu primeiro longa-metragem como diretora, TERMODIELÉTRICO, selecionado para o Pitching do DocMontevideo.

SERVIÇO:
Galeria do Ateliê
Inaugura sexta, dia 2 de fevereiro, às 19h
"a casa é quando a gente volta" Exposição da artista Ana Costa Ribeiro
Visitação até 7 de abril de 2018
Aberto ao público
Ateliê da Imagem Espaço Cultural

Confiança do Comércio avança e atinge maior nível desde julho de 2014

Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) avançou 0,2 ponto em janeiro, para 95,1 pontos, maior nível desde julho de 2014 (95,4). Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo quinto mês consecutivo (0,9 ponto). 
“A alta do ICOM em janeiro foi influenciada pela melhora dos indicadores que medem a satisfação com a situação atual, que vem sendo sustentada por fatores como a inflação baixa, recuperação gradual do mercado de trabalho e evolução da confiança dos consumidores. A queda pontual das expectativas sugere ainda certa cautela em relação aos meses seguintes, mostrando que a recuperação ainda deve continuar ocorrendo de maneira gradual neste primeiro trimestre”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.
A alta do ICOM em janeiro ocorreu em 11 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada pela melhora no Índice de Situação Atual (ISA-COM), que avançou 2,4 pontos, atingindo 88,0 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-COM), caiu 2,0 pontos no mês, para 102,4 pontos. Mesmo com a queda no mês, esta foi a primeira vez desde janeiro de 2014 que o índice permanece três meses consecutivos na região do otimismo (acima dos 100 pontos).
A melhora recente do ICOM também foi observada no Indicador de Expectativas com o Total de Pessoal Ocupado no Comércio. Considerando-se médias móveis trimestrais, em janeiro de 2018, a proporção de empresas prevendo aumentar o total de pessoal ocupado nos três meses seguintes ficou em 15,5%, enquanto a das que preveem reduzi-lo, ficou em 11,2%. No mesmo período do ano passado, estes percentuais haviam sido de 9,7% e 17,0%, respectivamente. O resultado pontual de janeiro é ainda mais expressivo: neste mês, 19,1% das empresas preveem aumentar o pessoal ocupado e 12,5%, reduzi-lo. A diferença entre as parcelas extremas de resposta é a maior desde novembro de 2014.
A edição de janeiro de 2018 coletou informações de 1.216 empresas entre os dias 2 e 23 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 27 de fevereiro de 2018. O estudo completo está disponível no site.

Instituto Trata Brasil premia FGV Social em sua comemoração de 10 anos

O diretor do FGV Social, Marcelo Neri, foi homenageado e premiado como o primeiro pesquisador do Instituto Trata Brasil, em evento de comemoração aos seus 10 anos. O Trata Brasil atua desde 2007 na universalização do saneamento básico e desenvolve a defesa da causa e projetos em comunidades vulneráveis ao saneamento básico e onde a falta de água e o contato diário com os esgotos ao céu aberto fazem parte do dia a dia das famílias. Neri participou da concepção e lançamento do Instituto, realizando diversas pesquisas por meio do Centro de Políticas Sociais da FGV, como “A Falta que o Saneamento Faz” e atuando diretamente na causa.
Em seminário na FGV, Édison Carlos, Presidente do Trata Brasil, lembrou do papel do Neri e da FGV no nascimento do Instituto:  “Muito do sucesso do Trata Brasil se deve ao pioneirismo de Marcelo Neri, as pesquisas que foram feitas quando o Trata Brasil foi criado. A primeira parceria feita pelo Trata Brasil foi com a FGV, especificamente com a área do Neri. Somos muito agradecidos ao professor por tudo o que fez e ainda faz pelo Trata Brasil e pelo saneamento”, disse.
Posteriormente, o modelo do Trata Brasil foi replicado em outros segmentos como o Instituto Ilumina ligado ao setor elétrico.
Veja a última pesquisa do FGV Social sobre Infraestrutura e Progresso Social.

Hospital Pasteur realiza palestra gratuita sobre pneumonia e vacinação em idosos

Médico da instituição alerta que os sintomas da pneumonia nos idosos são diferentes, demandando atenção da família
No próximo sábado, 27 de janeiro, o Hospital Pasteur realiza o primeiro encontro do ano do seu Programa de Atenção Total aos Idosos. Com o tema Pneumonia nos Idosos e a Importância da Vacinação, a palestra gratuita visa alcançar todos aqueles que precisam de orientação quanto aos cuidados na terceira idade, seja o próprio paciente, seja seus familiares e cuidadores.
A pneumonia é uma das principais causas de internação de idosos. Motivada por vírus, fungos ou bactérias, a doença respiratória provoca tosse intensa com secreção, febre, falta de ar e dor no peito. Mas, de acordo com Thiago Bicalho, geriatra do Hospital Pasteur, ao contrário do que ocorre nos adultos mais jovens, a pneumonia nos idosos frequentemente não apresenta febre e os sintomas respiratórios podem ser brandos. “A tosse, quando presente, é habitualmente seca. Mas o mais comum nos idosos é a alteração de comportamento. O paciente pode ficar desorientado em relação ao tempo e ao espaço, pode ter alucinações e desenvolver um discurso incoerente, recusando a alimentação e sofrendo uma deterioração do estado geral, com intensa prostração”, explica o médico.
Outro tema da palestra, a vacinação na terceira idade está amplamente associada à redução de diversas doenças. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda, a partir dos 60 anos, vacinas para a prevenção de doenças como gripe, pneumonia, herpes-zóster, difteria, tétano, coqueluche, meningite e hepatite.
Thiago Bicalho destaca que o Pasteur investe há dois anos na instrução da população local por meio de palestras sobre saúde. No âmbito da geriatria, já foram realizados encontros mensais que abordaram temas como depressão no paciente idoso, doença de Alzheimer, longevidade saudável e os principais desafios do envelhecimento – o que engloba a dor crônica, a incontinência urinária e o esquecimento. “Nossa proposta é instruir não só o idoso, mas também todos os que estão envolvidos no seu cuidado. Nesta edição, pretendo esclarecer um pouco mais o tratamento da pneumonia, abordando também o uso racional de antibióticos. Também explicarei os tipos de vacina mais indicados nessa fase da vida e a função da vacinação”, complementa o geriatra.
A palestra será realizada às 10h, no auditório do Hospital Pasteur (mezanino 1), localizado na Av. Amaro Cavalcante, 495, no Méier. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2104-4400.

Expectativa do Consumidor recua

expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou 0,4 ponto em relação ao mês anterior, ao passar de 5,8% para 5,4%, menor nível desde setembro de 2007 (5,2%), aponta o Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE). Em comparação com o mesmo período no ano anterior, houve recuo de 2,5 pontos percentuais.
“A expectativa de inflação dos consumidores continua em queda, resultado que reflete de certa forma a divulgação da inflação de 2017 segundo o IPCA (2,95%) e o IGP-M (-0,52%). O primeiro por ter ficado abaixo do piso da meta de inflação e o segundo por ser o indicador que baliza os preços dos alugueis, importante item no orçamento das famílias. Para os próximos meses, espera-se que o indicador de expectativa de inflação apresente um comportamento mais estável, refletindo a trajetória do nível geral de preços da economia”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, do FGV IBRE.
Na distribuição por faixas de inflação, 48,2% dos consumidores projetaram inflação dentro dos limites de tolerância (3% - 6%) estabelecidos pelo Banco Central. Dentre os intervalos, o mais citado pelos consumidores foi aquele entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%), alcançando 28,8% das respostas. 
A expectativa evoluiu favoravelmente em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda até R$ 2.100,00, em que a inflação prevista recuou 0,8 ponto. Os consumidores com renda acima de R$ 9.600,00 permanecem com as expectativas mais baixas (4%).
O estudo completo está disponível no site.

Crise afetou estrangeiros com maior qualificação no Brasil

Um levantamento inédito da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (FGV DAPP) e do Observatório de Migrações Internacionais (OBMigra/UnB) a partir de dados do Ministério do Trabalho (MTE) aponta que os estrangeiros com maior qualificação (ensino superior ou mais) foram, proporcionalmente, os mais afetados pelos efeitos da crise recente no mercado de trabalho brasileiro, ainda registrando saldo negativo entre admissões e desligamentos (menos 1.832 postos de trabalho em 2017, o que representa 21% do volume de admissões). Segundo o levantamento, engenheiros, por exemplo, vêm perdendo espaço para outras profissões administrativas desde 2013 (queda de 13,4% no número de vínculos entre 2013 e 2016), o que pode impactar na produção de novas tecnologias, cruciais para o desenvolvimento do país.
A partir da análise dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de janeiro de 2011 a setembro de 2017, observa-se claramente o efeito da recessão no mercado de trabalho a partir de 2015, quando o número de desligamentos superou o de admissões e assim praticamente se manteve até março de 2017. A crise afetou inicialmente os trabalhadores nacionais e, somente em um segundo momento, aumentou o desemprego dos trabalhadores estrangeiros, especificamente a partir de novembro de 2015.
Tal comportamento é fortemente associado ao principal coletivo de imigrantes brasileiros nesta década: os haitianos, que, por terem se integrado em ocupações de baixa qualificação e alta rotatividade, apresentam, em série histórica, um comportamento mais explosivo de rápido crescimento dos desligamentos, que se inverte para uma recuperação mais pronunciada do que os outros grupos, em termos relativos. O saldo em 2015 para este grupo foi positivo de 9.364 postos de trabalho, mas negativo em 2016 em menos 9.288 postos. Em 2017, a criação líquida de postos para este grupo já chega a 6.731 postos considerando os dados até setembro.
Os dados trabalhados nessa pesquisa são provenientes das bases de dados da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do CAGED. O emprego do CPF (Cadastro de Pessoa Física) e do PIS (Programa de Integração Social) foi necessário para a conexão entre as bases por meio de uma chave comum. O processo de junção dessas bases tem como principal objetivo melhorar a identificação dos estrangeiros no CAGED e estudar sua movimentação no mercado de trabalho.
Com isso, pode-se obter uma série histórica de movimentações no mercado de trabalho de estrangeiros com detalhamento para uma série de variáveis, como gênero, idade, grau de instrução, nacionalidade, entre outras.
Desde outubro de 2017 a FGV DAPP e a OBmigra/UnB aliam esforços na produção de conteúdo para qualificar o debate sobre migrações no Brasil, visando a análise conjunta e a disseminação de dados quantitativos e qualitativos. O trabalho conjunto prevê a elaboração de publicações sobre a inserção laboral dos migrantes de acordo com os diferentes perfis (refugiados, visto humanitário, entre outros), com foco na análise das suas ocupações e níveis de qualificação, bem como produções acadêmicas sobre a integração laboral dos migrantes no mercado de trabalho brasileiro e dos perfis migratórios.
O estudo completo está disponível no site.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

IPC-S: Inflação avança na terceira semana de janeiro

Índice de Preços ao Consumidor – Semanal, divulgado em 22 de janeiro pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), apresentou variação de 0,59%, 0,12 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na última divulgação.
Nesta apuração, quatro das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação(0,93% para 1,27%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 10,18% para 15,55%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Educação, Leitura e Recreação (1,04% para 1,74%), Despesas Diversas (0,15% para 0,18%) e Transportes (0,84% para 0,85%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: cursos formais (2,60% para 3,83%), cartão de telefone (0,00% para 0,80%) e tarifa de ônibus urbano (0,33% para 0,78%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos: Habitação (-0,17% para -0,18%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,40%), Vestuário (-0,27% para -0,42%) e Comunicação (0,22% para 0,17%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: tarifa de eletricidade residencial (-1,93% para -2,34%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,06% para -0,30%), roupas (-0,63% para -0,80%) e mensalidade para TV por assinatura (0,43% para 0,08%), respectivamente.
A próxima apuração do IPC-S, com dados coletados até o dia 31.01.2018, será divulgada no dia 1º de fevereiro. O estudo completo está disponível no site.

Conferência Internacional seleciona pesquisas sobre papel das empresas em sociedades sustentáveis

Como empresas latino-americanas podem contribuir para uma sociedade mais equilibrada? A arena de negócios cada vez mais competitiva parece impor limites à criação de valor e, mais ainda, à distribuição do valor criado. O aumento das desigualdades, a degradação do ambiente natural e o esgotamento dos recursos naturais apontam para uma necessidade urgente de repensar as formas de fazer negócios. Essa reflexão norteará os debates da conferência “Strategic Management in Latin America”, que será realizado em 2019 pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP). Os interessados em debater e se aprofundar sobre esse tema devem enviar um resumo expandido (“extended abstract”) de seus trabalhos até 31 de março de 2018.
A conferência aceita pesquisas teóricas, empíricas, bem como estudos orientados para a prática empresarial, que discutam maneiras de produzir uma sociedade mais equilibrada. Os trabalhos devem abordar formas de as empresas latino-americanas enfrentarem essa questão. Além disso, estudos abordando gestão estratégica de uma forma geral também serão bem-vindos.
A conferência SMLA 2019 terá o professor de estratégia global Daniel Shapiro (Simon Fraser University – Canadá) como keynote speaker, além de um executivo brasileiro a ser ainda convidado. Os melhores trabalhos apresentados durante o evento serão convidados para publicação no Journal of Business Research (Qualis CAPES A1 e ABS nível 3).
Para mais informações sobre o Call for Papers, acesse o site.

FGV MGM-RJ

4ª Semana de Educação Executiva | 10 a 14 de Julho | 19h | FGV 9 de Julho
O FGV Management RJ reúne líderes de grandes organizações para palestras sobre diversas áreas de conhecimento. Participe e reflita sobre desafios e oportunidades do mercado atual.

30/01 - TERÇA-FEIRA

GESTÃO DE NEGÓCIOS: PREPARANDO E EXECUTANDO A MISSÃO
Unidade Botafogo




20/02 - TERÇA-FEIRA

GESTÃO DA MUDANÇA – ASPECTOS COMPORTAMENTAIS 
Unidade Botafogo




21/02 - QUARTA-FEIRA

PROSPECÇÃO E GESTÃO DE OPORTUNIDADES Unidade Botafogo



22/02 - QUINTA-FEIRA

A DIMENSÃO ESTRATÉGICA DA LOGÍSTICA E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT: SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O SUCESSO DAS EMPRESAS Unidade Botafogo



26/02 - SEGUNDA-FEIRA

FINANÇAS PARA EMPREENDEDORES Unidade Botafogo



27/02 - TERÇA-FEIRA

GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE Unidade Botafogo 



INSCREVA-SE

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Prévia de janeiro sinaliza alta na confiança da indústria

A prévia da Sondagem da Indústria de janeiro de 2018 sinaliza alta de 0,5 ponto do Índice de Confiança da Indústria (ICI) em relação ao número final de dezembro. Com sete altas sucessivas, o índice atingiria 99,9 pontos, o maior desde setembro de 2013 (101,7 pontos).
A alta da confiança no início de 2018 resultaria da melhora nas avaliações sobre o momento presente. Enquanto o Índice da Situação Atual (ISA) subiria 2,3 pontos, para 100,8 pontos, o Índice de Expectativas (IE) cairia 1,3 ponto, para 99,0 pontos.
O resultado preliminar de janeiro indica alta de 0,1 p.p. no Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI), para 74,8%, o maior desde dezembro de 2015 (75,0%).
Para a prévia de janeiro de 2018 foram consultadas 791 empresas entre os dias 2 e 18 deste mês. O resultado final da pesquisa será divulgado na próxima segunda-feira, 29 de janeiro. O estudo completo está disponível no site.

Memórias Digitais: novo livro avalia desafios da digitalização de acervos no Brasil

Os acervos de instituições de memória, como bibliotecas, museus e arquivos, promovem acesso ao conhecimento, à educação e à cultura, além de preservar a memória e a identidade. O desenvolvimento das tecnologias digitais permite que esses acervos sejam divulgados e cheguem a públicos mais vastos, não mais restritos por limitações geográficas. O assunto é tema do livro “Memórias Digitais: o estado da digitalização de acervos no Brasil”, lançado pela Editora FGV.
Organizado por Bruna Castanheira de Freitas e Mariana Giorgetti Valente, a publicação é fruto de um projeto do Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS) da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) e examina os quatro temas fundamentais concernentes à digitalização de acervos no Brasil: tecnologia, padrões e metadados; direito; políticas institucionais; e financiamento. Nesse contexto, o livro apresenta os principais desafios enfrentados para a digitalização de acervos, por meio de artigos de renomados profissionais que trabalham com instituições de memórias, em suas mais diversas esferas e em experiências internacionais relevantes. Entre outros temas, são abordadas questões sobre o financiamento de acervos, direitos autorais, políticas públicas para digitalização e preservação de acervos.
Especialistas em suas respectivas áreas, os autores reunidos no livro promovem, portanto, uma ampla reflexão sobre as dificuldades, os benefícios e a necessidade de aprimorar a perspectiva digital dos repositórios de cultura. A superação dos desafios apontados pavimentará o caminho rumo à democratização do acesso ao conhecimento.
Bruna Castanheira de Freitas é doutoranda em políticas públicas, estratégias e desenvolvimento na UFRJ e pesquisadora do CTS da FGV DIREITO RIO, onde conduz estudos sobre propriedade intelectual e novas tecnologias. Mariana Giorgetti Valente é mestre e doutoranda em direito pela USP. Foi coordenadora jurídica do Museu de Arte Moderna de São Paulo e professora de Direitos Intelectuais na FGV DIREITO RIO. Atualmente, é diretora do InternetLab, um centro de pesquisa em direitos humanos e tecnologia.
Para mais informações sobre o livro, acesse o site.