Após dois anos consecutivos de retração, a economia brasileira voltou a crescer a taxa de 1,0% em 2017, revela o Monitor do PIB FGV. O indicador, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), estima mensalmente o PIB brasileiro em volume e em valor. O objetivo de sua criação foi prover a sociedade de um indicador mensal do PIB, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais do IBGE.
“Este resultado é devido, pela ótica da oferta, ao excelente desempenho da agropecuária, a recuperação do setor industrial e um setor de serviços que, surpreendentemente, já contribuiu de maneira positiva para o PIB de 2017. Pela ótica da demanda, o consumo das famílias e a exportação foram os principais componentes que contribuíram para o PIB positivo. A formação bruta de capital fixo, apesar de ainda negativa (-1,9%), destaca-se pela recuperação que apresentou durante o ano já que havia registrado 10,3% de retração, em 2016”, afirma Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB FGV.
Pela ótica da oferta, a maioria das atividades apresentou recuperação quando comparada com a variação de 2016, sendo que as atividades de agropecuária e extrativa mineral apresentaram os maiores crescimentos (12,8% e 4,5%, respectivamente). Por sua vez, o crescimento de 1,8% da transformação é 7,3 pontos percentuais (p.p.) maior que o apresentado em 2016. O mesmo ocorreu com as atividades de comércio e transportes que apresentaram crescimento respectivamente de 8,0 p.p. e 7,9 p.p. superior ao apresentado em 2016.
Pela ótica da demanda, os componentes que apresentaram maior recuperação em 2017 foram a importação e a formação bruta de capital fixo. A importação, que havia retraído 10,2%, em 2016, cresceu 4,9% em 2017. E a formação bruta de capital fixo, apesar de ainda estar com taxa de variação negativa em 2017 (-1,9%), foi 8,4 p.p. maior que a apresentada em 2016.
Na análise trimestral, de acordo com a série ajustada sazonalmente, o PIB cresceu 0,2% no quarto trimestre, comparado ao terceiro trimestre de 2017. Na série mensal, a variação do mês de dezembro foi de 0,9%, em comparação ao mês de novembro.
O resultado completo está disponível no site.