O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE), caiu 1,9 ponto, em março, para 107,7 pontos, devolvendo a alta do mês anterior. Mesmo com este recuo, em médias móveis trimestrais, o indicador manteve a tendência ascendente (0,2 ponto).
“O índice antecedente de emprego mostra-se em um nível bastante elevado refletindo uma grande confiança quanto a retomada da economia e, com isso, uma contratação mais forte ao longo dos próximos meses.”, afirma Fernando de Holanda Barbosa Filho, economista do FGV IBRE.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,9 ponto em março, para 96,2 pontos, o menor nível desde agosto de 2016 (95,8 pontos). “O índice mostra que houve uma percepção de melhora nas condições de emprego, principalmente para os consumidores de renda mais elevada. No entanto, o ICD reflete uma situação ainda bastante difícil no mercado de trabalho, apesar da melhora gradual observada nos últimos meses.”, continua Fernando de Holanda Barbosa Filho.
Destaques do IAEmp e ICD
A queda do IAEmp ocorreu em cinco dos sete indicadores que o compõem, com destaque para o que mede a situação dos negócios atual, da Indústria de Transformação, com variação de -10,2 pontos, na margem, que contribuiu majoritariamente para a queda do indicador.
As classes que mais contribuíram para a queda do ICD foram as dos grupos de consumidores que auferem renda familiar mensal entre R$ 4.100,00 e R$ 9.600,00 e que estão acima de R$ 9.600,00, cujo Indicador de percepção de dificuldade de se conseguir emprego recuou 1,6 e 2,1 pontos, respectivamente.
A próxima divulgação dos Indicadores de Mercado de Trabalho do FGV IBRE ocorrerá em 08 de maio.