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terça-feira, 10 de setembro de 2019

“Seminário Perspectivas 2019 – 3º Trimestre”

reforma da Previdência deve ser aprovada pelo Senado. Uma boa notícia para as contas públicas, mas sem o mesmo efeito em outros indicadores: apesar da melhora no segundo trimestre, o PIB deve fechar 2019 estacionado próximo aos dois anos anteriores, em torno de 1%. Da mesma forma, a queda do desemprego para os atuais 11,8% é bem-vinda, mas se deu sob o impacto da geração de vagas no mercado informal, de menor qualidade e renda. O que esperar para o restante do ano? O que mais se pode fazer para destravar o crescimento e recuperar investimentos? Para responder a essas perguntas, o Instituto Brasileiro de Economia (FGV IBRE) e O Estado de S. Paulo reúnem especialistas no “Seminário Perspectivas 2019 – 3º Trimestre”. O encontro acontece no Auditório FGV 9 de Julho (Av. 9 de Julho, 2029 - Bela Vista, São Paulo/SP) no dia 11 de setembro, das 9h às 12h30.
“Houve avanço nos oito primeiros meses deste ano. A reforma da Previdência está em vias de ser aprovada, com economia fiscal maior do que se antecipava: perto de R$ 1 trilhão em 10 anos, quando as expectativas eram de algo na faixa de R$ 400 a 700 bilhões. Os juros continuam caindo, reduzindo o custo de financiamento das empresas, e o Banco Central sinalizou, na última reunião do Copom, mais cortes em setembro”, comenta Armando Castelar, coordenador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE. 
Para o pesquisador, um ponto de atenção é a desaceleração da economia global, que pode frear uma recuperação mais forte da economia brasileira. Mas, segundo Castelar, uma das respostas para o motivo de a economia ainda andar de lado é o baixo nível de investimento.
“O mundo segue desacelerando. A pergunta que fica é: em que medida, ao avançar com as reformas domésticas, conseguiremos compensar o cenário externo menos favorável para acelerar um pouco o crescimento, que segue teimosamente baixo? O cenário externo é uma fonte de incerteza e segura o investimento, que já caiu 30% e devolveu muito pouco da perda. E é exatamente o que falta na recuperação pós recessão. Há economistas que defendem que a reposta é com pouco mais de incentivo fiscal, com aumento do gasto do governo, e outros que pensam que seria contraproducente, como eu. Todos concordam, porém, que o investimento pode vir se conseguirmos reduzir a incerteza”, avalia.
Participam do encontro os economistas do FGV IBRE Silvia Matos, Bráulio Borges, Livio Ribeiro, Armando Castelar e Samuel Pessôa; Fernando Limongi, professor da FGV EESP.
Para mais informações e inscrições, acesse o site.