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domingo, 1 de dezembro de 2019

MIMO Festival

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Protagonismo feminino e música negra são as bases do MIMO Festival, que oferece programação internacional gratuita em locais históricos do Rio de Janeiro e, depois de ter passado pela primeira vez, em São Paulo, com 80 atividades durante seis dias

22 a 24 de novembro o evento aconteceu na Praça das Artes, Centro Cultural São Paulo e no Mosteiro de São Bento - SP
29 de novembro a 01 de dezembro na Fundição Progresso, Parque das Ruínas, Cine Odeon e Museu da República - RJ

Se aproximando da sua 50º edição, acumulando 16 anos de estrada e mais de um milhão e setecentas mil pessoas de público, o MIMO, festival internacional de música inteiramente gratuito, chega em 2019, mais uma vez, com artistas de peso de diversos cantos do mundo. Este ano, de 22 a 24 de novembro – semana da Consciência Negra, o MIMO Festival teve como palco, pela primeira vez, a Praça das Artes, o Theatro Municipal de São Paulo, o Centro Cultural São Paulo e o ícone da arquitetura religiosa da cidade, o belo Mosteiro de São Bento, na região central.

No Rio de Janeiro, o MIMO também ocupará pela primeira vez a Fundição Progresso, espaço que acaba de ser tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio, em reconhecimento à sua importância arquitetônica, histórica e cultural; o Museu da República e o Cine Odeon, de 29 de novembro a 01 de dezembro. Idealizado por Lu Araújo, que também assina a curadoria, o festival propõe destaque para a diversidade de estilos, foco na música negra e muita representatividade feminina, tendo 60% da programação 2019 composta por mulheres, questão cada vez mais importante para o festival.

O MIMO Festival conta com patrocínio do Bradesco, Certisign, Estácio, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal.

"Sempre afirmo que o MIMO é um festival feminino, de liderança e alma feminina. É democrático, inclusivo, inovador, multicultural e de vanguarda.", explicita Lu Araújo. Sua extensa programação está voltada para a universalidade da música e reúne shows, filmes, poesia, workshops, palestras e um programa educativo de alto nível. Além de promover o turismo cultural e o incremento da economia de belíssimas cidades do Brasil e de Portugal.

Entre o MIX de estilos, sempre valorizando o intercâmbio cultural, sons do rap, blues, pop, rock, fado e muitos outros ritmos irão marcar presença. Compondo o time de artistas, nomes de notoriedade e diversidade ocupam a programação que possui line-up diferente nas cidades palco. São eles: diretamente da África Ocidental chegam ao Brasil Amadou & Mariam, o aclamado casal de artistas cegos do Mali, para apresentar a singular combinação de ritmos tradicionais africanos ao blues, pop e rock e que os alçou como referência mundial da música pop-africana. Amadou & Mariam já tiveram como produtores musicais artistas como Mano Chao e Damon Albarn, vocalista das bandas Blur e Gorillaz e se apresentam no Brasil com exclusividade no MIMO Festival São Paulo (23/11) e Rio de Janeiro (30/11).

Também da África, agora da região do deserto do Saara, a cantora e compositora Noura Mint Seymali (SP e RJ) acompanhada da inseparável “ardine”, instrumento que lhe ajudou a ganhar fama internacional, semelhante à harpa e exclusivamente tocado por mulheres no seu país. Mas não espere nada tradicional, Noura é a grande estrela contemporânea da Mauritânia e a sua música apresenta uma fusão psicodélica intrigante.

De Portugal vem Marta Pereira da Costa (SP e RJ), a primeira e única mulher profissional da guitarra portuguesa a nível mundial. Da prata nacional, a cantora e compositora baiana Xenia França (SP e RJ), referência na propagação da cultura Afro-brasileira e de empoderamento negro e feminino, mostrará porque foi indicada ao Grammy Latino 2018 pelo seu álbum de estreia, em duas categorias. De São Paulo, o rapper Edgar (SP e RJ), apresenta “Ultrassom”, disco que chamou a atenção do público, cheio de pulsações eletrônicas, rimas ácidas e estilos variados. Artista brasileira reconhecida na cena musical por suas pesquisas e melodias que carregam a identidade, feridas e tradições judaicas, Fortuna se apresenta em São Paulo acompanhada pelo Coro de Monges Beneditinos do Mosteiro de São Bento e o no Rio de Janeiro com o seu trio.

Dois grandes instrumentistas atuam no MIMO 2019: Egberto Gismonti Quarteto (SP), um dos mais importantes nomes da música instrumental brasileira no mundo e Hamilton de Holanda (RJ), mantendo a tradição do festival em oferecer uma programação eclética e que oferece sempre lugar de destaque para a música instrumental.

Representando o melhor da música brasileira, o irreverente Jards Macalé (RJ), que concorre ao Grammy Latino 2019 na categoria de “Melhor Álbum de Música Popular Brasileira”, apresenta o seu elogiadíssimo álbum “Besta Fera”. A dupla Ana Oliveira & Sergio Ferraz convidam Marcos Suzano (RJ) para o lançamento do CD “Carta de Amor e outras histórias”, que contou com a colaboração de artistas, como Roberto Frejat e Egberto Gismonti e o próprio Marcos Suzano.

Garantindo lugar para as novidades musicais, o MIMO Festival recebe a instrumentista Luísa Mitre Quinteto (RJ), artista vencedora do Prêmio MIMO Música Instrumental 2018. A jovem mineira possui sonoridade marcada pelo equilíbrio e refinamento técnico, oscilando suas composições entre a classe da música de concerto e o balanço da música popular brasileira. Chico da Tina (SP), foi o artista vencedor da primeira edição do Prêmio MIMO de Música, em Portugal e um nome em ascensão em seu país. Com uma proposta meta-irônica do trap subvertido ao linguajar e costumes do universo da região do Minho, o artista contrapõe os estilos norte-americanos e lusitanos desafiando os limites do politicamente correto com um corajoso atrevimento lírico em suas músicas.

Investindo no contexto dos sistemas de som característicos da cultura Jamaicana e na promoção da linguagem do reggae como expressão contra a opressão sobre as questões de gênero, o coletivo de DJs Feminine Hi-Fi (SP), é focado na valorização da mulher e traz um formato de discotecagens com intervenções de cantoras, singjays e MCs no microfone. Já o DJ Montano (SP e RJ), é residente do MIMO desde 2015, promove em seus sets uma conversa entre a música brasileira e de outras partes do mundo. Ele também assina todas as intervenções de vídeografismos do festival.

PROGRAMA EDUCATIVO

Trazendo educação junto à arte, o MIMO Festival oferecerá diversas palestras e workshops ministrados por artistas da programação. Hamilton de Holanda vai discorrer sobre o tema “Improvisação – Oito Hábitos Criativos”, Marcos Suzano sobre “Pandeiro”. A jornalista e pesquisadora especializada em música clássica, Camila Fresca aborda “Mulheres na Música: uma história sob o ponto de vista do gênero”. Fortuna irá palestrar sobre o estilo “Diversidade e diálogos na música do mundo”, a renomada portuguesa Marta Pereira da Costa dará um workshop sobre “O feminino na música instrumental”, o rapper paulistano Edgar fará um sobre o tema “Confecção de máscaras-personas”, e a cantora gaúcha Grazie Wirtti, que participa do MIMO se apresentando com o Egberto Gismonti Quarteto, ministra o workshop “Canto sem fronteiras”.

Completando a programação educativa, o Fórum de Ideias oferece palestras com a dupla Amadou & Mariam sobre o tema “O pop-africano no Ocidente” (SP e RJ), com Xenia França  sobre a “Representatividade feminina negra nas artes” (SP) e a mauritana Noura Mint Seymali (SP e RJ), contará ao público a história da música e cultura de seu país no painel “Vozes femininas na tradição Griot Africana”.

CHUVA DE POESIA

Seguindo a tradição, a adorada Chuva de Poesia desta edição terá como tema “Amor em Versos”, homenageando o amor em suas diversas formas. Com poesias de Arthur Rimbaud, Mário de Sá-Carneiro, Jorge de Sena, Nicolas Behr, Oswald de Andrade, Heine, Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos, Bocage, Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes, Sophia de Mello Breyner Andresen, Pablo Neruda, Maria de Sá Carneiro, José Saramago, Carlos Queiroz, Ferreira Gullar, Florbela Espanca, Luís de Camões, Mário Quintana, Cora Coralina, Cecília Meireles e Chico Buarque, serão espalhados versos de diferentes épocas, estilos e nacionalidades, colocando em evidência esse sentimento leve, bonito, intenso e cheio de enigmas. Idealizada pelo poeta, artista gráfico e editor mineiro Guilherme Mansur, responsável pela curadoria dos poemas, a Chuva de Poesia ocupa Ouro Preto desde 1993 e foi incorporada à programação do MIMO Festival em 2013.


FESTIVAL MIMO DE CINEMA

Com formato ímpar, que conquistou plateia cativa, o Festival MIMO de Cinema, dirigido pela cineasta Rejane Zilles, traz filmes onde a música é tema central. Em São Paulo, será realizado no Centro Cultural São Paulo e no Rio de Janeiro no Cine Odeon.  Foram selecionadas 26 produções inéditas no circuito comercial, nos formatos de curta, média e longa-metragem. Serão exibidas obras como “Dorival Caymmi – um homem de afetos”, de Daniela Broitman, que traz uma viagem pelo universo do cantor e compositor, “Ilú Obá De Min - Akotirenes Yibi Das Mulheres Quilombolas”, de Beto Brant, sobre a luta das mulheres quilombolas, “Viva Alfredinho!”, do histórico bar Bip-Bip, de Roberto Berliner, “O Astronauta Tupi”, de Pedro Bronz, sobre Pedro Luís e “Ele era assim: Ary Barroso”, que conta a história de um dos maiores compositores brasileiros por meio de arquivos de áudio narrados pelo próprio artista, e muito mais.

SOBRE O MIMO FESTIVAL

Acumulando cinquenta edições, 16 anos de estrada e mais de um milhão e setecentas mil pessoas de público, o MIMO, festival de música inteiramente gratuito, idealizado e realizado pela experiente empresária Lu Araújo (que também assina a curadoria).

“Sendo o MIMO um festival oferecido gratuitamente ao público, só conseguimos manter a sua filosofia e conceito porque contamos com patrocínios para a sua realização, não podemos deixar de destacar a importância da parceria de longa data com o Bradesco. Nosso orgulho é ainda maior quando percebemos sua importância para tantos outros projetos culturais. É imprescindível ter quem acredite no MIMO Festival, quem acredite no Brasil e nos ajude a fazê-lo acontecer, tendo sempre a qualidade como norte”, destaca Lu Araújo.

O MIMO Festival já realizou mais de 475 concertos, como as apresentações memoráveis dos artistas Philip Glass, Herbie Hancock, Chick Corea, Jack DeJohnette, John Scofield, Jacob Collier, Goran Bregovic, Emir Kusturica, Pat Metheny, Buena Vista Social Club, Gotan Project e, ainda, os nacionais Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Nelson Freire, Naná Vasconcelos, entre muitos outros grandes nomes. Entre os filmes, “Chico Science, Caranguejo Elétrico”, ‘Eu sou Carlos Imperial’, “Mussum - Um filme do Cacildis”, “Legalize já - Amizade nunca morre”, “Com a Palavra, Arnaldo Antunes” passaram pelas telas do festival nas ultimas edições do Brasil e Portugal.

Após o quarto ano em Amarante, Portugal, o MIMO já é apontado como um dos principais festivais do país e reuniu um público de mais de 80 mil pessoas na recente edição de 2019. O sucesso do seu posicionamento em terras portuguesas valeu a distinção do Iberian Festival Awards, como “Melhor Infraestrutura de Festivais em Portugal”, em 2017 e 2018.

Programação Completa Rio de Janeiro – MIMO FESTIVAL 2019

EVENTO GRATUITO

Protagonismo feminino e música negra são as bases desta edição do MIMO Festival, que oferece programação internacional gratuita em locais históricos, com 40 atividades durante três dias.

SOBRE O MIMO: Acumulando cinquenta edições, 16 anos de estrada e mais de um milhão e setecentas mil pessoas de público, em cidades como Olinda, Paraty, Ouro Preto, Amarante (Portugal), o MIMO é festival de música inteiramente gratuito, idealizado e realizado pela experiente empresária Lu Araújo (que também assina a curadoria). O MIMO Festival já realizou mais de 475 concertos, como as apresentações memoráveis dos artistas Philip Glass, Herbie Hancock, Chick Corea, Jack DeJohnette, John Scofield, Jacob Collier, Goran Bregovic, Emir Kusturica, Pat Metheny, Buena Vista Social Club, Gotan Project e, ainda, os nacionais Egberto Gismonti, Hermeto Pascoal, Nelson Freire, Naná Vasconcelos, entre muitos outros grandes nomes.

Endereços:
Fundição Progresso - R. dos Arcos, 24 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20230-060
Museu da República - R. do Catete, 153 - Catete, Rio de Janeiro - RJ, 22220-000
Parque Das Ruínas - R. Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa, Rio de Janeiro - RJ, 20241-050
Crab - Centro Sebrae De Referência Do Artesanato Brasileiro - Praça Tiradentes, 69-71 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20060-070
Cine Odeon Net-Claro – Centro-Cultural Luiz Severiano Ribeiro - Praça Floriano, 7 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20031-050

QUINTA, DIA 28 DE NOVEMBRO

Cinema (Cine Odeon):
18h30 - RÁDIO S.AMB.A.DOC - UMA VIAGEM AO CENTRO DO MANGUE | André Almeida | DOC | 36' | 2019 | SP | Livre | Sinopse: O que existe depois da Utopia? O documentário aborda o período logo após a morte de Chico Science, fundador da Nação Zumbi e um dos mentores do movimento Manguebeat, através da feitura do álbum Rádio S.AMB.A, lançado em 2000 pelo selo YB Music e relançando em vinil pelo selo Marafo Records, em 2019.

18h30 - A HISTÓRIA DE UM SILVA | Direção: Marcelo Gularte e Felipe Bretas | DOC | 1h17 | 2019 | RJ | livre | Sinopse: A vida e a obra do MC BOB RUM - referência do Funk carioca e criador do hino: RAP DO SILVA

20h30 - VIVA ALFREDINHO! | Direção: Roberto Berliner | DOC | 16’ | 2019 | RJ | livre | Sinopse: Com quase 50 anos, o Bip Bip se transformou num patrimônio cultural carioca, local para tocar e ouvir samba e choro, discutir futebol e política. O bar refletia o espírito do dono, o emblemático Alfredinho, que construiu sua família ali, unindo pessoas de diferentes gerações. O filme é um registro afetuoso do seu velório, que começou na mesa do bar e tomou o cemitério em um sábado de carnaval.

20h30 - O ASTRONAUTA TUPI | Direção: Pedro Bronz | DOC | 1h22 | 2019 | RJ| livre | Sinopse: O filme percorre a carreira de Pedro Luís, artista que teve uma trajetória única dentro do universo da MPB e demonstrou seu talento em diversas frentes musicais, através de seus grandes sucessos. Da Zona Sul à Zona Norte, O ASTRONAUTA TUPI atravessa com sua música, história e poesia a cidade do Rio de Janeiro, sua verdadeira inspiração poética.


SEXTA, DIA 29 DE NOVEMBRO

Programa Educativo (Museu da República)
10h - Marta Pereira Da Costa :: O Feminino Na Música Instrumental
10h - Fortuna :: Diversidade E Diálogos Na Música Do Mundo
14h - Ana De Oliveira E Sergio Ferraz :: Música Armorial - Concerto-Aula
16h - Hamilton De Holanda :: Improvisação: Oito Hábitos Criativos                                 

Concertos (Parque das Ruínas):
18h30 - MARTA PEREIRA DA COSTA| PORTUGAL
Ela é a primeira e única guitarrista profissional de fado a nível mundial. Dominando com maestria o instrumento, com dedilhados hipnotizantes e melodias que mesclam os tradicionais acordes do fado com sonoridades da música clássica, do jazz e da world music, suas composições e interpretações recebem o seu toque único, delicado e feminino. Iniciando sua formação musical ainda criança, a partir dos oito anos começou a estudar guitarra clássica e aos 18 se aventurou no universo da guitarra portuguesa, quando começou a frequentar o “Clube do Fado”, em Lisboa, ao lado de Mário Pacheco e Fontes Rocha. Paralelamente a seu percurso na música, se formou em Engenharia Civil, mas deixou de lado a profissão para se dedicar exclusivamente à sua paixão gravando, em 2011, o CD “Fados de Amor”, o primeiro da história do fado onde o instrumento é interpretado por uma mulher. Em 2014, conquistou o “Prémio Instrumentista”, promovido pela Fundação Amália Rodrigues e, dois anos depois, lançou seu primeiro álbum solo reunindo composições próprias e tributos às suas referências musicais. Após um concerto inesquecível realizado no MIMO Festival Amarante (Portugal), em 2017, Marta Pereira da Costa vem ao Brasil nos mostrar que o seu talento fez da guitarra portuguesa um prolongamento da sua alma portuguesa.

20h - HAMILTON DE HOLANDA
Hamilton de Holanda começou a tocar seu bandolim aos 5 anos de idade e ganhou destaque na cena musical brasileira em 1995, quando foi considerado o melhor intérprete no II Festival do Choro do Rio de Janeiro. Sua a habilidade com o instrumento é incontestável: o exímio e premiado bandolinista possui uma consistente carreira internacional e conquista público por onde passa com improvisações, regravações e composições que dão forma à repertórios de tirar o fôlego. Em 2016, ganhou o Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum Instrumental” e sua grande paixão pela música brasileira e a busca da espontaneidade nas melodias o levou a firmar diversas parcerias de peso com artistas como João Bosco, Pablo Lapidusas e Stefano Bollani, que também já se apresentaram ao lado do artistas em outras edições do MIMO, no Brasil e em Portugal. Esse ano, Hamilton retorna à programação do MIMO Festival com seu novo show solo “Eu e vocês”, com um repertório variado e baseado em sugestões do público, dando ainda mais destaque para o inigualável som de seu bandolim.


Cinema (Cine Odeon):
18h30 - BAIÃO DESTEMPERADO | Direção: Pedro Vilo | ANI | 1’| 2019 | PR | Livre | Sinopse: Dois jovens amigos flautistas viajam para um baião onde tocarão destemperadamente afinados.

18h30 - TUDO PELA MÚSICA – OS 20 ANOS DA DECK | Direção: Daniel Ferro | DOC | 1h48 | 2018 | RJ | Livre | Sinopse: O filme conta a história dos 20 anos da gravadora Deck e da família que a criou. O documentário cobre a trajetória da música independente no Brasil com mais de 60 artistas entrevistados, executivos da indústria fonográfica, compositores e produtores.

20h30 - ELE ERA ASSIM: ARY BARROSO | Direção: Angela Zoé | DOC | 17’ | 2019 | RJ | Livre | Sinopse: O filme conta a história de um dos maiores compositores brasileiros por meio de arquivos de áudio narrados pelo próprio artista e regravações de suas composições por jovens talentos da MPB. Conta com a participação especial de Ney Matogrosso, que além de falar sobre música, interpreta também os clássicos “Rio de Janeiro” e “Camisa Amarela”.

20h30 - O BARATO DE IACANGA | Direção: Thiago Mattar | DOC | 1h33 | 2019 | SP | 10 anos | Sinopse: Uma fazenda familiar no interior de SP foi palco do mais lendário festival ao ar livre da música brasileira: o Festival de Águas Claras. Entre as décadas de 70 e 80, o evento contou com importantes nomes da nossa música, como Gilberto Gil, Hermeto Pascoal, Luiz Gonzaga, Sandra de Sá, Raul Seixas e apresentou uma incrível performance de João Gilberto cantando
Wave para um público de quase cem mil pessoas. Produtores e artistas, apoiados por raras imagens de arquivo, conduzem esse documentário musical.

SÁBADO – 30 DE NOVEMBRO:

Etapa Educativa (Museu da República)
10h - Grazie Wirtti :: Canto Sem Fronteiras
10h – Edgar :: Confecção De Máscaras-Personas
14h - Marcos Suzano :: Pandeiro

Fórum De Ideias (Crab - Centro Sebrae De Referência Do Artesanato Brasileiro):
11h - Noura Mint Seymali (Mauritânia) :: Vozes Femininas Na Tradição Griot Africana
15h - Amadou & Mariam (Mali)  :: Música E Nação: O Pop-Africano No Ocidente

Concertos (Parque das Ruínas)

16h - Luísa Mitre Quinteto
Pianista natural de Belo Horizonte, Luísa Mitre foi vencedora do Prêmio MIMO de Música Instrumental 2018 ao lado de seu Quinteto. Com uma sonoridade marcada pelo equilíbrio e refinamento técnico, a artista oscila suas composições entre a classe da música de concerto e o balanço da música popular brasileira, sempre trazendo elementos particulares para suas melodias. Formada em Piano, Música Popular e Mestre em Performance Musical pela UFMG, desenvolve uma constante pesquisa sobre a linguagem da MPB em seu instrumento e ministra oficinas sobre o piano brasileiro e teoria musical. Em 2019, tornou-se a primeira mulher a conquistar o Prêmio Marco Antônio Araújo com seu CD autoral “Oferenda”. Com um show homônimo ao seu CD, lançado em 2018 pelo selo Savassi Festival, Luísa Mitre Quinteto se apresenta no MIMO Festival com composições que refletem as principais referências musicais da pianista em ritmos como o choro, forró, samba-choro e samba-de-roda e arranjos cuidadosamente elaborados para a formação do grupo que conta, além do piano de Luísa, com flauta, baixo, bateria e vibrafone. Buscando valorizar e dar visibilidade à produção autoral feminina, sobretudo na música instrumental, o repertório será completado com músicas de compositoras mulheres de diferentes gerações e regiões do Brasil.

Concertos (Fundição Progresso)

17h30 - Ana De Oliveira E Sérgio Ferraz convidam Marcos Suzano | Palco São Sebastião - Ana de Oliveira e Sérgio Ferraz são músicos brasileiros de excelência, que transformaram ideias, experiências e histórias em um projeto inédito. Unindo o violino contemporâneo da paulista e as múltiplas sonoridades do compositor nascido em Pernambuco, a dupla compilou um repertório que homenageia outros artistas com canções menos conhecidas do público, que combinam acordes e improvisos e se traduzem num tributo a esses grandes marcos da música brasileira. Celebrando a alma e cultura brasileiras, a dupla reuniu as canções da parceria no CD “Carta de Amor e outras histórias”, recentemente lançado, que contou com a colaboração de artistas como Roberto Frejat e Egberto Gismonti. Além desses nomes, Ana e Sérgio ainda tiveram a participação especial de Marcos Suzano, na percussão, que também os acompanhará neste show do MIMO, onde integram a programação do Rio de Janeiro após uma apresentação de grande sucesso durante a 4ª edição internacional do Festival, em Amarante, Portugal. Ana de Oliveira é graduada pela Escola Superior de Música em Freiburg, na Alemanha, e já participou em diversos projetos da Orquestra Sinfónica Brasileira, como solista e spalla. Sérgio Ferraz toca violão, viola de 12 cordas e guitarra, tendo gravado 3 álbuns de originais e participado em importantes festivais de jazz.

19h - Noura Mint Seymali | Mauritânia | Palco São Sebastião - Uma das mais corajosas e ousadas artistas da Mauritânia, é um fenômeno da atualidade. Começando sua carreira aos 13 anos, desenvolveu sua técnica vocal e instrumental compondo músicas e criando melodias experimentais que mesclavam os sons do Saara, Magreb e da África Ocidental com influências contemporâneas. Seguindo um percurso musical ditado pelos costumes Griot e mantendo o compromisso de preservar e transmitir as tradições de seu povo, Noura se especializou com maestria na interpretação do som único do ardine: um instrumento de 9 cordas semelhante à harpa e exclusivo para mulheres. Seu álbum de estreia “Tzenni” alcançou o 1º lugar no “World Music Charts Europe”, em 2014 e, no ano seguinte, conquistou o prêmio da União Africana na categoria “Melhor Artista Feminina do Norte da África”, recebendo reconhecimento internacional e elevando a importância da participação feminina na indústria da música. Acompanhada por seu marido Jeich Chighaly, na guitarra, por Ousmane Touré, no baixo e por Matthew Tinari, nos tambores, Noura vem pela primeira vez ao Brasil para se apresentar no MIMO após um show de grande sucesso no Festival em Amarante, na edição de 2018.

20h - Edgar | Palco Arena - Descrito como “o profeta do apocalipse” por inúmeros veículos, o paulista chega à cena musical brasileira com a missão de resgatar a essência do rap e seu compromisso em expor a realidade social que é cotidianamente ofuscada. Ganhando visibilidade após participar do famoso álbum “Deus é mulher”, de Elza Soares, com a faixa “Exu das escolas”, o artista alcançou uma projeção além do universo hip hop e lançou, em 2018, o seu álbum “Ultrassom”, com a produção musical de Pupillo, baterista do Nação Zumbi.

21h30 - Jards Macalé | Palco Arena - Exímio violonista, arranjador e autor de sucessos eternizados por grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia, Gal Costa, Luiz Melodia e O Rappa, o irreverente cantor e compositor vive um período de reconhecimento e grande visibilidade de sua obra. Filho de músicos e acostumado a comparecer a concertos desde criança, o carioca estudou orquestração, análise musical, violão e violoncelo, expandindo seus horizontes teóricos e práticos ao longo dos anos. Nos anos 60, dirigiu o famoso álbum “Transa”, de Caetano Veloso, integrou o movimento Tropicalista e firmou parcerias de sucesso com inúmeros artistas brasileiros, lançando seu primeiro disco em 1972. Após um longo período afastado dos palcos, Jards retornou em 2019 com muita força e garra com um repertório repleto de inéditas. “Besta Fera” é um álbum potente, pesado, que retrata o Brasil contemporâneo com liberdade e soltura, honrando a inigualável trajetória desse artista que está sempre se reinventando e atraindo fãs das novas gerações. Concorrendo ao Grammy Latino na categoria de “Melhor álbum de música popular”, Macalé se apresentará no MIMO Festival acompanhado por Pedro Dantas, Guilherme
Held, Gabriel Basile, Victoria dos Santos e Allan Abadia para interpretar as doze músicas do novo disco, além dos clássicos de seus cinquenta anos de carreira.

23h - Xenia França | Palco Arena - É referência de empoderamento e comportamento feminino em um cenário artístico de resgate e propagação da cultura Afro-brasileira. Foi indicada ao Grammy Latino 2018 com seu maior sucesso “Pra que me chamas”, subiu aos palcos de grandes festivais como Recbeat, Coala e Queremos e realizou sua primeira turnê nos EUA se apresentando no Summerstage em Nova York e na Filadélfia. Em 2019, traz sua voz suave e presença arrepiante pela primeira vez ao MIMO Festival.

00h30 - Amadou & Mariam | Mali | Palco Arena - A dupla musical conhecida previamente como “o casal cego de Mali” superou esse rótulo com seu inovador trabalho musical, que une os ritmos tradicionais africanos ao blues, pop e rock. Alcançando o patamar de porta-voz da história e cultura do seu povo para o resto do mundo, o duo formado por Amadou Bagayoko, guitarrista que se apresentava ao lado de Salif Keita no grupo Les Ambassadeurs du Motel de Bamako, e Mariam Doumbia, cantora e compositora compositora, desbravou o cenário internacional e propagou o pop-africano no ocidente seguindo a missão de fazer as pessoas felizes com a sua música. Depois do grande sucesso do disco “Dimanche à Bamako” produzido por Manu Chao, em 2005, Amadou e Mariam continuaram inovando e trazendo novos tons às melodias africanas. Com o lançamento do seu oitavo álbum internacional que recebe o título de “La Confusion”, em 2017, os dois dos mais populares artistas da África retornam com novas músicas, letras potentes e ritmos que remetem diretamente a sua terra natal, chamando atenção do público para o que está acontecendo em seu país, tanto politicamente quanto culturalmente. A voz doce e suave de Mariam unida à guitarra blueseira de Amadou fizeram a fama da dupla extremamente carismática, representando uma parceria que vem de dentro e fora dos palcos. Os dois se conheceram no Instituto de Bamako para Jovens Cegos e, tendo a música como o grande elo de conexão entre os dois, apaixonaram-se e decidiram seguir juntos na vida e na carreira. Com sua força musical, conquistaram ao longo dos anos três indicações ao “Victoires de la Musique” e uma ao “Grammy Award para Best World Music Album”. Com poucas vindas ao Brasil ao longo da carreira, retornam em 2019 para apresentações exclusivas no MIMO Festival.

INTERVALOS - Dj Montano - Pesquisador musical de diferentes épocas, sempre antenado às novas tendências e raridades, DJ Montano promove em seus sets uma conversa entre a música brasileira e aquela que vem de outras partes do mundo. Residente do MIMO Festival desde 2015 e atuando há 10 anos como DJ e VJ, suas apresentações trazem repertórios que unem diferentes estilos musicais para mostrar as inúmeras possibilidades de misturas rítmicas entre o maracatu, samba, jazz, funk e tropicália.


Cinema (Cine Odeon):
16h - NA ROTA DO VENTO – A MÚSICA NO CINEMA DE SERGIO RICARDO | Direção: Marina Lutfi, Cavi Borges e Victor Magrath| DOC | 22’ | 2019 | RJ | Livre | Sinopse: A música e o cinema juntos e misturados. Criando músicas pensando em imagens e pensando imagens pensando na música. O documentário aborda a vida do cineasta e músico Sergio Ricardo e seu processo criativo.

16h - MEMÓRIAS DO GRUPO OPINIÃO | Direção: Paulo Thiago | DOC | 1h12 | 2018 | RJ | livre
Sinopse: Em 2019 são celebrados os 55 anos do show Opinião, que em 1964 deu partida na criação do grupo e no movimento oriundo do CPC Centro Popular de Cultura, quando um grupo de intelectuais liderados por Ferreira Gullar, Oduvaldo Viana Filho e João das Neves, entre outros, criou o Grupo Opinião. O documentário traz à tona a beleza e o vigor desses artistas e autores da nossa cultura brasileira.

18h - PROCURAM-SE MULHERES | Direção: Rozzi Brasil | DOC | 17’ | 2018 | RJ | 10 anos
Sinopse: Invisíveis no mundo do samba, mulheres atendem um anúncio numa rede social. Conectando-se para fugir à invisibilidade, elas se conhecem e reconhecem e criam coragem para algo surpreendente: a primeira parceria concorrente de samba enredo composto e defendido por mulheres numa das escolas de samba mais tradicionais do Rio de Janeiro.

18h - SAMBALANÇO – A BOSSA QUE DANÇA | Direção: Fabiano Maciel | DOC | 1h30 | 2019 | RJ |Livre | Sinopse: Nos anos 60 entre boates de Copacabana e bailes nos subúrbios do Rio, surgiu um ritmo que conquistou admiradores no Brasil e no mundo. Misturando jazz, samba e música latina, o Sambalanço vendeu milhares de discos. Por 15 anos o diretor e o crítico Tárik de Souza gravaram shows e entrevistas dos principais nomes do ritmo para este documentário que já nasce como um registro inédito, raro e histórico.

20h30 - POESIA AZEVICHE | Direção: Ailton Pinheiro | DOC | 20’ | 2018 | BA | Livre | Sinopse: O documentário conta através das memórias dos compositores e letristas de destaque dos Blocos- Afros Tradicionais da Bahia, da Década de 70 aos Anos 90, a importância histórica de suas canções para valorização da identidade negra e luta contra o Racismo na Bahia e no Brasil.

20h30 - DORIVAL CAYMMI – UM HOMEM DE AFETOS | Direção: Daniela Broitman | DOC | 93’| 2019 | RJ | livre | Sinopse: O documentário nos leva a uma viagem irresistível pelo universo do cantor e compositor que revolucionou a canção no Brasil e influenciou toda uma geração de músicos, abrindo caminho para movimentos como a Bossa Nova e a Tropicália.


DOMINGO, 01 DE DEZEMBRO

Chuva de Poesia (Museu da República)
11h30 - Este ano, a chuva de poesia homenageará o amor em suas diversas formas. Com poesias de Arthur Rimbaud, Mário de Sá-Carneiro, Jorge de Sena, Nicolas Behr, Oswald de Andrade, Heine, Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos, Manuel Maria Barbosa du Bocage, Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes, Sophia de Mello Breyner Andresen, Pablo Neruda, Maria de Sá Carneiro, José Saramago, Carlos Queiroz, Jorge de Sena, Ferreira Gullar, Florbela Espanca, Luís de Camões, Mário Quintana, Cora Coralina, Cecília Meireles e Chico Buarque, espalharemos versos de diferentes épocas, estilos e nacionalidades, colocando em evidência esse sentimento leve, bonito, intenso...mas cheio de enigmas. Idealizada pelo poeta, artista gráfico e editor mineiro Guilherme Mansur, a Chuva de Poesia ocupa Ouro Preto desde 1993 e foi incorporada à programação do MIMO Festival em 2013. Ele é o responsável pela curadoria dos textos dessa edição.


Concerto (Parque das Ruínas)

15h - Artista Vencedor Do Prêmio Mimo De Música 2019 - O Prêmio prevê, o incentivo e o apoio a novos talentos da música brasileira, entre 18 e 40 anos. O artista selecionado na edição 2019 será conhecido na semana do MIMO Rio de Janeiro.
                               
17h - FORTUNA & CORO DOS MONGES BENEDITINOS DO MOSTEIRO DE SÃO BENTO - Reconhecida na cena musical por suas pesquisas e melodias que carregam a identidade, feridas e tradições judaicas, a cantora e compositora brasileira Fortuna traz para o MIMO o seu novo projeto “Mares da Memória”. Com uma apresentação de sucesso na edição 2019 do Festival, em Amarante, traz para Brasil seu repertório de canções inspiradas nas obras do cancioneiro ladino, onde além do dialeto judeu-hispânico se reúnem aspectos da fusão cultural entre povo peninsulares e mouriscos, os ritmos e sonoridades remetem às influências de cada país por onde os judeus peregrinaram. Com uma trajetória musical de mais de 20 anos, Fortuna possui mais de 10 álbuns gravados, conquistou o 10º Prémio Sharp de Música como melhor disco produzido em língua estrangeira e teve uma música gravada especialmente para a trilha sonora da novela Velho Chico, da Rede Globo de Televisão. Para sua apresentação no Rio de Janeiro, Fortuna vem acompanhada por guitarra e teclado, propondo um diálogo intercultural entre diferentes nações e religiões que se pronuncia através da sua voz com a sonoridade de novas perspectivas. Em São Paulo, a artista se apresentará no Mosteiro de São Bento junto ao coro dos Monges Beneditinos em mais um exemplo de sincretismo e valorização de culturas distintas. A parceria da artista com os Monges não é recente: foi em 2001 que eles se uniram para a gravar o CD “Caelestia” celebrando, através da música, duas religiões que vivem em conflito há séculos. Desde então, a sinergia entre Fortuna e o famoso coro monástico se repetiu ao longo dos anos, representando um importante encontro interreligioso que se traduz em momentos únicos e emocionantes.