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quinta-feira, 15 de abril de 2021

CultFlix: Plataforma de streaming é lançada com conteúdo sob demanda e 100% grátis

 CultFlix: Plataforma de streaming é lançada com conteúdo sob demanda e 100% grátis

Com serviço gratuito em cartaz em curta temporada, futuramente o conteúdo passará para pay-per-view sem serviço de assinatura

Acaba de ser lançada a CultFlix (www.cultflix.com.br), uma plataforma de streaming com foco em conteúdos culturais diversos. O lançamento acontece através do Festival CultFlix, com peças teatrais e conteúdo 100% gratuitos, em cartaz por curta temporada. O lançamento oficial será no dia 18 de abril, mas já é possível acessar a plataforma.

A plataforma surge com a proposta de ser uma ponte entre artistas e produtores com o público, sem barreiras geográficas. Na fase inicial, CultFlix terá programação de peças teatrais, inclusive inéditas, e futuramente contará com outras atividades culturais como circo, culinária regional, aulas de música, documentários e artesanatos, por exemplo.

O projeto recebeu recursos da Lei Aldir Blanc para a realização do Festival CultFlix, 100% gratuito até o dia 30 de junho de 2021. Depois disso, a programação terá conteúdos gratuitos e pagos. É importante frisar que não será criada uma despesa de assinatura para o consumidor, mas um modelo de pay-per-view para os conteúdos pagos.

Com o slogan Em cartaz na sua tela, o conteúdo da plataforma seguirá o formato do convencional, ou seja, da mesma forma que uma peça fica em cartaz por dois meses em São Paulo, as peças no streaming ficarão à disposição por um período determinado.  

Isso permite que todos os conteúdos tenham destaques parecidos e faz com que a plataforma sempre tenha novidades. Por se tratar de exibição on-line, o desafio é oferecer produções que tenham a qualidade de áudio e vídeo, além da exclusividade em estar na plataforma naquele período. Para levar conteúdo cultural a milhões de deficientes auditivos e surdos, algumas peças terão conteúdo em libras.

Além disso, também serão produzidos conteúdos exclusivos para a plataforma, como a Turma da Ação que já possui alguns espetáculos voltados ao público infantil em exclusividade na plataforma.

Destinada ao público que consome produtos e serviços culturais in loco, a CultFlix passa a atender a essa demanda, mas também abre portas para o público que não tem acesso aos conteúdos realizados nos grandes centros. 

CultFlix é fruto de uma joint venture entre as empresas Porto Cultural e Projetos com Incentivo, que já atuam na realização de projetos culturais e se uniram na criação da plataforma.

“Até 2019, antes da pandemia, nossos projetos de cinema e teatro possuíam o formato itinerante, percorrendo mais de 400 cidades de todo o Brasil. Dos mais de 5.500 municípios brasileiros, cerca de 4.900 têm menos de 70 mil habitantes e uma grande quantidade possuí menos de 20 mil habitantes. Por conta dessa quantidade de cidades, dificuldade de deslocamentos e dos seus custos, é muito oneroso levar projetos culturais para essas cidades. Chegamos à conclusão de que o ideal seria investir no uso da tecnologia, que permite que uma peça em cartaz em São Paulo também possa ser vista em todas as cidades do país e até do mundo. Claro que a tecnologia não substitui ainda a emoção de estar presente em uma sala de teatro, mas permite que milhões de pessoas possam assistir, conhecer, se entreter, e até mesmo se emocionar com os espetáculos através do on-line”, declara Ernaldo Santini, da Projetos com Incentivo, um dos idealizadores da plataforma.

Segundo Renata Porto, da Porto Cultural, “no CultFlix teremos conteúdos gratuitos e pagos, o que ajudará a passarmos por essa situação e também a gerar renda para a classe artística principalmente no momento atual. A plataforma também permite que tenhamos não apenas conteúdos patrocinados, mas a oportunidade que empresas de outras cidades possam ter a sua sala de teatro, ou o seu festival cultural, além de possibilitar que marcas que apoiam e patrocinam peça teatrais nos grandes centros tenham visibilidade em todo o país sem barreiras geográficas, é uma ampla democratização de acesso”, completa.

Diferenciais e programação

Em todo o mundo, existem diversos exemplos de transmissão on-line de conteúdos culturais, gratuitos, pagos ou com doações a causas sociais. Principalmente durante a pandemia houve um boom de ações nesse sentido, não apenas com as lives de artistas da música brasileira e mundial, mas com orquestras, peças de teatro e outras ações.

O diferencial do CultFlix é possuir, em um só endereço, diversos conteúdos culturais, como um exemplo de nova forma de consumir cultura. Além disso, a programação trará sempre conteúdos gratuitos, e outros pagos, para todos os gêneros, gostos, idades, conteúdos nacionais e internacionais. Isso possibilitará que produtores possam auferir renda e patrocinadores tenham maior visibilidade.  

O Festival CultFlix terá peças gratuitas para o público, nesse primeiro momento, mas os produtores tiveram seus cachês pagos diretamente pela CultFlix, não onerando o público.

“O principal objetivo é que as produções possam auferir resultados através da venda de ingressos, com a possibilidade de exibir sua peça em um “teatro virtual” sem limites de ingresso, o que possibilita cobrar valores abaixo do que custariam na bilheteria de um teatro, atingindo um maior público, que pagará menos para assistir ao espetáculo”, esclarece Santini, da Projetos com Incentivo

A programação é definida internamente, entre os criadores da plataforma, com o propósito de definir quais os objetivos a atingir e quais conteúdos terão mais relevância para o crescimento da plataforma. No caso do Festival Cultflix, com peças totalmente gratuitas, o responsável pela curadoria foi Augusto Marin, Diretor do Teatro Commune e Presidente da Rede de Teatros e Produtores Independentes.

Ficha Técnica

CultFlix: www.cultiflix.com.br

Idealizadores do projeto: Porto Cultural e Projetos com Incentivo

Responsável: Renata Porto – Diretora Geral

Festival CultFlix: programação 100% gratuita por curta temporada

Curadoria Festival CultFlix: Augusto Marin, Diretor do Teatro Commune e Presidente da Rede de Teatros e Produtores Independentes.