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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Evolução tecnológica do mercado destaca-se no segundo dia da Conseguro



Evolução tecnológica do mercado destaca-se no segundo dia da Conseguro

Tema esteve presente na pauta dos painéis de quatro eventos paralelos desta quarta-feira

Os novos riscos e as oportunidades geradas pela tecnologia marcaram a tarde do segundo dia da 8ª Conseguro, maior evento do setor de seguros, realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras. Sob diferentes perspectivas, o tema esteve presente na pauta dos painéis de quatro eventos paralelos: o 5º Encontro Nacional de Atuários, a 7ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros, o 2º Seminário de Riscos e Oportunidades Emergentes e o Insurance Service Meeting 2017.

Para José Eduardo Fiates, coordenador de Inovação da Fundação Certi e um dos debatedores do painel “O consumidor do presente: jovens influenciadores digitais”, a indústria de seguros é um grande espaço de oportunidades e ameaças. A lição que ficou do painel é que é preciso inovar e empreender olhando para todos os lados: inovar com o fornecedor, com o cliente etc.

No painel sobre a nova tecnologia Blockchain, uma das que desperta maior interesse no setor, o gerente sênior de inovação da Indra, Mario Robredo, foi conservador. Disse que a tecnologia é experimental, que há testes e consórcios estudando suas potencialidades, mas ainda não há nenhum produto construído com base na tecnologia. Mas lembrou que a evolução pode ser rápida e que muitos empregos podem ser substituídos, principalmente aqueles menos qualificados.

“As leis da economia digital são exponenciais. O desenvolvimento é muito rápido”, disse Robredo, que foi contestado pelo debatedor Márcio Malfarti, sócio da Pimental Advogados Associados, que alertou: “A tecnologia Blockchain tem potencial para substituir profissionais capacitados também.”

O risco da internet das coisas (IOT, na sigla em inglês) foi debatido no painel “Proteção Cibernética: a perspectiva de um Hacker”. O palestrante Jamie Woodruff mostrou como é fácil conseguir dados pessoais apenas com a observação das pessoas e como o risco cresce consideravelmente a medida que os dispositivos passam a ser conectados.

Woodruff divertiu a plateia ao mostrar como uma boneca com microfone pode ser hackeada e “conversar” com uma criança, controlada por um hacker à distância. Com a brincadeira, mostrou os riscos e vulnerabilidades de uma das tecnologias que prometem revolucionar o setor de seguros, com a adoção de sensores em automóveis e dispositivos vestíveis. “Hoje, nenhum país tem regulação para dispositivos de IOT”, alertou.

SAÚDE SUPLEMENTAR - Com uma discussão bem mais atual, o 5º Encontro de Atuários debateu os modelos de solvência na saúde suplementar. Washington Oliveira Alves, gerente de Habilitação, Atuária e Estudos de Mercado da Agência Nacional de Saúde (ANS) disse que o mercado está amadurecendo, mas mostrou que os debates sobre o impacto das novas tecnologias na precificação ainda não são o primeiro item da pauta. "Nunca fiz tanta reunião com operadoras sobre modelo próprio de capital. Estamos amadurecendo", disse ele, mostrando uma preocupação bem mais imediata.

A Conferência será realizada até o dia 21 de setembro, no Hotel Windsor Oceânico, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O evento abrangerá também palestras de importantes nomes internacionais nas áreas de seguros, previdência privada, saúde suplementar e capitalização.

A CNseg

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem  setor, reunidas em suas quadro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). É missão primordial da CNseg representar as suas associadas em seu relacionamento com sociedade, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das entidades nacionais e internacionais do setor, disseminando, assim, a cultura do seguro por meio do Programa de Educação em Seguros e de outras ações de amplo alcance para a sociedade.