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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Orquestra Sinfônica Brasileira volta aos palcos


Orquestra Sinfônica Brasileira promoverá evento beneficente no Rio de Janeiro

Concerto dia 22/10, na sala Cecília Meireles, celebrará a nova fase da instituição


Reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes da música nacional, a Orquestra Sinfônica Brasileira soma mais de 5 mil concertos ao longo de seus 77 anos de atuação, revelando diversos talentos e promovendo, através de seus projetos educacionais e concertos públicos, a democratização do acesso à cultura. Após um período de dificuldades financeiras, a Fundação OSB anuncia a celebração de importantes contratos de patrocínio com a empresa Brookfield e com a Nova Transportadora do Sudeste, que leva o crédito de mantenedora.

Para celebrar a retomada de suas atividades a Fundação promoverá um concerto beneficente, em prol das atividades da Orquestra Sinfônica Brasileira, no dia 22 de outubro às 18 horas na Sala Cecília Meireles, na Lapa, centro do Rio de Janeiro. Regido pelo maestro Roberto Tibiriçá e tendo Leonardo Hilsdorf como solista, o evento, além de ser uma verdadeira celebração da música sinfônica, será, sobretudo, um marco na história da orquestra.

“Nosso corpo orquestral guarda inegável qualidade e a história da nossa orquestra é consagrada internacionalmente. Com a reestruturação executiva que promovemos recentemente, seremos capazes de apresentar ao público um trabalho absolutamente novo no mercado e na história da música sinfônica no país, focando também nos projetos de responsabilidade social”, comenta Eleazar de Carvalho Filho, presidente do conselho curador da Fundação OSB.

Na ocasião, também será oficializado o retorno do calendário de eventos da orquestra, já que a Fundação retomou o pagamento de seus músicos no início de setembro. Segundo Eleazar, serão anunciadas no evento as datas dos próximos concertos referentes à temporada na Sala Cecília Meireles, marcando a volta das atividades da orquestra. A Fundação firmou parceria com a rádio MEC para transmissões ao vivo dos concertos pela Rádio e pelas redes sociais.

“Estamos trabalhando há 9 meses na reestruturação e na qualificação da gestão da Fundação. Implantamos importantes áreas gerenciais como a controladoria, a unidade de monitoramento de projetos e análise de conformidade legal – o que estamos chamando de ‘compliance cultural’. Procuramos estabelecer novos paradigmas de gestão, sobretudo alinhados com as mudanças da Lei Rouanet. Temos trabalhado lado a lado com o Ministério da Cultura, buscando o rigor necessário na prestação de contas dos projetos incentivados e, mais do que boas práticas, chegamos, em 9 meses, a um sistema de gestão que pode servir de modelo para outros projetos culturais”, explica Ana Flávia Cabral Souza Leite, diretora executiva da Orquestra Sinfônica Brasileira.

A grande novidade em termos de projeto é o empreendimento da Fundação OSB no campo da responsabilidade social, com seu projeto “Conexões Musicais”, que tem o objetivo de desenvolver os dois pilares de uma verdadeira política cultura – formação e fruição. O projeto de democratização do acesso à cultura será desenvolvido ao longo de 3 anos, passando por 30 cidade que já foram pré-selecionadas e propõe a música como instrumento de transformação e de envolvimento de milhares de crianças, alunos da rede pública de ensino e toda a população das cidades por onde a orquestra passa.

A orquestra manterá, além dos projetos socioculturais, temporada artística no Rio de Janeiro. Segundo Ana Flávia, é dever garantir a viabilidade operacional da instituição de forma que a orquestra possa seguir a sua missão artística na sociedade a partir de um lugar à altura da sua história e relevância como patrimônio cultural e cumprir o seu papel para a cultura da música, formação de valores e sua função social, em retribuição aos recursos que recebe. "Estamos perto da conclusão de um projeto de profunda transformação da nossa orquestra. Conquistamos de parte a parte a confiança recíproca dos músicos e os músicos na administração e hoje compartilhamos responsabilidades e conquistas. Temos muito a celebrar no dia 22! É um momento pelo qual todos nós esperávamos e temos certeza de que será um marco em nossa história".

Segundo o representante dos músicos, Nikolay Sapoundjiev, “Estamos iniciando com este primeiro concerto uma nova fase da OSB. Sofremos muito nesse período sem salários e sem estarmos junto ao nosso público. O drama pessoal às vezes pesava mais do que o desejo de lutar, mas optamos por acreditar. Todos nós, músicos e administração, tiramos lições dessa crise. Hoje os músicos, através das comissões, mais do que nunca participam da gestão de forma efetiva. Esperamos continuar nesse rumo e consolidarmos a tão necessária harmonia, tanto na administração como no palco. A OSB continua a sua história!”


70 anos unindo o Brasil e a música clássica

Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira foi pioneira não só na forma de levar a música sinfônica e de concerto para todos os cantos do Brasil e outros países, como também no incentivo à formação de novos talentos e difusão da cultura em território nacional. Em 2017 a OSB concentrará sua temporada de concertos na Sala Cecília Meireles, tendo recebido apoio permanente do Secretário de Estado da Cultura André Lazaroni.


PROGRAMA:

Concerto Especial - SCM - Roberto Tibiriçá, regente 
Solista: Leonardo Hilsdorf (piano)  

Chopin, Frédéric <1810-1849>
Polonaise, op.40, nº 1 em Lá Maior (Militar)

Chopin, Frédéric
Concerto para Piano nº1, op.11, em mi menor

- INTERVALO -

Strauss, Johann, Jr. <1825-1899>
O Morçego | Abertura

Tchaikovsky, Piotr Ilyich <1840-1893>
Três Valsas
  Eugene Onegin
  Lago dos Cisnes
  A Bela Adormecida


SERVIÇO:
Orquestra Sinfônica Brasileira na Sala Cecília Meireles
Dia 22 de outubro de 2017, às 18h
Endereço: Rua da Lapa, 47 – Centro
Ingressos: R$300 (R$150 meia)
Classificação etária: livre



SOBRE ROBERTO TIBIRIÇÁ:

Nascido em São Paulo, Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire, Gilberto Tinetti e Peter Feuchwanger. Foi discípulo do Maestro Eleazar de Carvalho.

Vencedor do Concurso para Jovens Regentes da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em duas edições, foi convidado por esta orquestra como Principal Regente Convidado por quase 18 anos, onde teve a grande oportunidade de conviver e trabalhar com o Mto. Eleazar de Carvalho por todo este período. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa, Portugal, e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobrás Pró Musica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP), cujo patrono é o Maestro Zubin Mehta. Foi Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas e DA Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo.

No Rio de Janeiro foi eleito pela critica como o Musico do Ano de 1995 e recebeu do Governo deste Estado o Prémio “Estácio de Sá”, por seu trabalho com a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Na Orquestra Petrobrás Pró Musica teve elogiadas iniciativas em prol da divulgação e estimulo à musica brasileira. Destacam-se os concertos com repertório de compositores nacionais contemporâneos e três Concursos – para Jovens Solistas, para Jovens Regentes e para Jovens Compositores. Com essa orquestra, Tibiriçá gravou dois CDs com importantes obras brasileiras, sendo um deles – com o Choros 6 de Villa-Lobos e o Concerto para Piano em Formas Brasileiras de Hekel Tavares, com Arnaldo Cohen – considerado um dos melhores CDs de 2003. Dirigida por Roberto Tibiriçá, a Orquestra Petrobrás Pró Musica (hoje Orquestra Petrobrás Sinfônica) recebeu o Prémio Carlos Gomes como Melhor Conjunto Orquestral por duas vezes seguidas, 2001 e 2002.

Participou do Festival Martha Argerich, em Buenos Aires, por duas vezes a convite da própria artista. Em 2001, na abertura do Festival, regeu Martha no Concerto em Sol de Ravel e em 2004, com a Orquestra Filarmônica de Buenos Aires, o pianista Nelson Freire, tocando o “Momo Precoce”, de Villa-Lobos.  Já há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.

Recebeu o titulo de Cidadão do Estado do Rio de Janeiro em 2002 e desde 2003 ocupa a Cadeira nº5 da Academia Brasileira de Musica. De 2005 a 2011 foi Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do INSTITUTO BACCARELLI. Foi ainda Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e Principal Regente da OSSODRE, Montevidéu/Uruguai. Recebeu em 2010 e 2011 oXIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis do Instituto Baccarelli e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais).

Recebeu ainda em 2011 aOrdem do Ipiranga (a mais alta honraria do Estado de São Paulo), a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (outorgada pelo Governo de Minas Gerais) e o Prêmio APCA (Associação dos Críticos Musicais de São Paulo) como Melhor Regente (por seu trabalho com a Sinfônica Heliópolis e com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais).

Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais de 2010 até 2013.


SOBRE LEONARDO HILSDORF:

Um dos principais expoentes da nova geração de pianistas brasileiros, Leonardo Hilsdorf vem se apresentando com sucesso em diversas cidades do Brasil, Estados Unidos e Europa. Aclamado pela crítica especializada, suas performances têm sido saudadas como “fenomenal” (Fuldaer Zeitung, Alemanha) e “encantadora e magistral” (L’Indépendant, França). Atualmente é um dos seletos solistas em residência na Capela Musical Rainha Elisabeth da Bélgica, onde trabalha sob os cuidados da pianista portuguesa Maria João Pires.

No exterior, foi agraciado com o 1º prêmio em Concursos Internacionais de Piano na França, na Alemanha e na Espanha: Concurso Internacional de Gaillard, de Séte, e do PianaleKlavierakademie, onde recebeu também o prêmio especial do júri e o de favorito do público. Em 2012 foi reconhecido com o prestigioso prêmio “Nadia et Lili Boulanger” em Paris. No ano seguinte recebeu unanimemente o 1o. prêmio e o prêmio especial da União Européia de Concursos de música para a juventude em San Sebastian, na Espanha. Já em 2016 obteve o terceiro prêmio no Concurso internanional de Colônia KRK da Alemanha e o Prêmio de Melhor Intérprete de Música Brasileira no IV Concurso Internacional BNDES de Piano.

Ainda no Brasil, recebeu o 1o prêmio em diversos outros concursos de piano: Concurso Jovens Instrumentistas do Brasil, Artlivre, Villa-Lobos, Paulo Giovaninni entre outros. Como vencedor do "I Concurso Grieg Nepomuceno", realizado em Brasilia em 2005, Leonardo realizou uma turnê pela Noruega no ano seguinte, se apresentando como solista e camerista em prestigiados festivais como o "Grieg Festival" in Oslo e "Grieg in Bergen", bem como a gravação de um CD dedicado a esses dois compositores. Foi convidado, em 2007 a realizar a abertura de dois recitais do celebrado pianista brasileiro Nelson Freire, na Sala Cecília Meireles no Rio de Janeiro e no Teatro Municipal de São Paulo, recebendo diversos elogios da crítica especializada.

Em 2014 a renomada revista francesa “Pianiste” lançou um CD de um recital ao vivo na Salle Cortot de Paris acompanhado de matéria e entrevista em sua edição de Novembro. É regularmente solicitado a participar de importantes festivais de música ao redor do mundo, e já se apresentou em máster classes de artistas como Leon Fleisher, Garrick Ohlsson, Jean-Yves Thibaudet, Robert Levin, Dmitry Bashkirov, entre outros. Realizou gravações para a FranceMusique na Europa, Rádio e TV Cultura e Rádio MEC no Brasil.

Destaques da temporada 2015/2016 incluem estréias com a Orquestra Filarmônica da Radio France em Paris, Orchestre Royal de Wallonie na Bélgica, a Orquestra Sinfônica Brasileira, além de recitais solo e de música de câmera em importantes salas como o Concertgebouw de Amsterdan, Flagey e Bozar em Bruxellas, Maison de la Radio em Paris, Beethoven-Haus de Bonn e no Festival de Ravinia nos EUA.
Após obter o título de Bacharel em Piano na Universidade de São Paulo em 2008 sob os cuidados de Eduardo Monteiro, foi aceito no mesmo ano, com apenas 20 anos, no curso de mestrado em Performance do New England Conservatory de Boston. Concluiu seu diploma com méritos acadêmicos em 2010, tendo sido orientado por WhaKyung Byun e Russell Sherman. Em abril de 2014 recebeu por unanimidade a mais alta distinção em Performance da Ecole Normale de Musique de Paris A. Cortot: o Diploma de Concertista. Atualmente estuda com Claudio Martinez Mehner na escola de música de Colônia na Alemanha. Seus estudos no exterior foram apoiados pelo BNDES, DAAD além dos fundos Haas-Teichen e Buttenweiser. Em 2014 foi o vencedor do Concurso Internacional Yamaha de Piano no México.