Exposição “Arpilleras da Resistência Política Chilena”
OArquivo Nacional recebe a exposiçãoArpilleras da Resistência Política Chilena. Com curadoria de Roberta Bacic Herzfeld, a mostra foi contemplada pelo edital "Marcas da Memória", patrocinado pela Comissão da Anistia do Ministério da Justiça.
A exposição é composta por 27 arpilleras (trabalhos têxteis de bordados sobre tecido de juta) relacionadas com a resistência política no Chile, na época da ditadura militar, entre os anos 1973-1989.
A origem das "arpilleras" é a confecção artesanal de têxteis com aplicações, vinda da América Latina. Elas remontam à uma antiga técnica regional de aplicação pictórica de Isla Negra, pequena cidade costeira no Chile. Como suportes eram utilizados panos de aniagem/juta (sacos tradicionais de batatas ou farinha). O termo "arpillera" acabou denominando esta forma particular de tapeçaria.
Para conseguir um efeito tridimensional nas "arpilleras", as mulheres recorreram a formas cada vez mais criativas, modernas e inovadoras. Ocorreu-lhes sobrepor e coser pequenas bonecas, objetos, pedras, etc.
Violeta Parra, a renomada folclorista chilena, ainda antes de as "arpilleras" se transformarem em um gênero em si, utilizou este tipo de arte num momento em que estava doente e não podia cantar. Certa vez, ao ser perguntada como definiria seu trabalho têxtil bordando os tecidos com lã ou fios variados, respondeu: "as arpilleras são como canções pintadas".
Graças às "arpilleras" muitas mulheres chilenas puderam denunciar e enfrentar a ditadura de Pinochet desde fins de 1973; naqueles têxteis estavam impressas cenas cotidianas de suas vidas. Hoje estes trabalhos são um vibrante testemunho e uma contribuição à memória histórica do país. As "arpilleras" também são a expressão da tenacidade e da força das mulheres chilenas na sua incansável luta pela verdade, rompendo a cortina de silêncio imposta a elas e a todo o país.
Diversos s temas foram tratados pelas mulheres chilenas nas "arpilleras": representações de cenas cotidianas, experiências e pontos de vista sobre a ditadura, situações de vulnerabilidade em relação aos direitos humanos, mensagens de paz, de diálogo, de reconciliação, propostas políticas e apelos pela fraternidade.
Objetivos da exposição
Contribuir para a difusão dos temas ligados aos Direitos Humanos, à Memória Política e à Justiça de Transição, visando aprofundar a cooperação e o intercâmbio de experiências entre países da América Latina, em especial, o intercâmbio entre os processos de resistência à ditadura do Chile e do Brasil, que passaram por regimes de exceção em sua história recente, buscando o fortalecimento das instituições e práticas democráticas da sociedade brasileira.
Utilizar a arte como forma de sensibilização e aproximação aos temas dos Direitos Humanos, da Memória Política e da Justiça de Transição, refletindo sobre a relação entre Arte e Resistência Política.
Abrir mais um espaço para a discussão de temas relacionados à "Justiça de Transição" e "Sítios de Memória".
Em cada um dos espaços de memória em que a exposição é montada, suas organizadoras esperam realizar debates férteis de idéias discutindo como Chile e Brasil enfrentaram os horrores da ditadura e lidaram com suas consequências.
A exposição é composta por 27 arpilleras (trabalhos têxteis de bordados sobre tecido de juta) relacionadas com a resistência política no Chile, na época da ditadura militar, entre os anos 1973-1989.
A origem das "arpilleras" é a confecção artesanal de têxteis com aplicações, vinda da América Latina. Elas remontam à uma antiga técnica regional de aplicação pictórica de Isla Negra, pequena cidade costeira no Chile. Como suportes eram utilizados panos de aniagem/juta (sacos tradicionais de batatas ou farinha). O termo "arpillera" acabou denominando esta forma particular de tapeçaria.
Para conseguir um efeito tridimensional nas "arpilleras", as mulheres recorreram a formas cada vez mais criativas, modernas e inovadoras. Ocorreu-lhes sobrepor e coser pequenas bonecas, objetos, pedras, etc.
Violeta Parra, a renomada folclorista chilena, ainda antes de as "arpilleras" se transformarem em um gênero em si, utilizou este tipo de arte num momento em que estava doente e não podia cantar. Certa vez, ao ser perguntada como definiria seu trabalho têxtil bordando os tecidos com lã ou fios variados, respondeu: "as arpilleras são como canções pintadas".
Graças às "arpilleras" muitas mulheres chilenas puderam denunciar e enfrentar a ditadura de Pinochet desde fins de 1973; naqueles têxteis estavam impressas cenas cotidianas de suas vidas. Hoje estes trabalhos são um vibrante testemunho e uma contribuição à memória histórica do país. As "arpilleras" também são a expressão da tenacidade e da força das mulheres chilenas na sua incansável luta pela verdade, rompendo a cortina de silêncio imposta a elas e a todo o país.
Diversos s temas foram tratados pelas mulheres chilenas nas "arpilleras": representações de cenas cotidianas, experiências e pontos de vista sobre a ditadura, situações de vulnerabilidade em relação aos direitos humanos, mensagens de paz, de diálogo, de reconciliação, propostas políticas e apelos pela fraternidade.
Objetivos da exposição
Contribuir para a difusão dos temas ligados aos Direitos Humanos, à Memória Política e à Justiça de Transição, visando aprofundar a cooperação e o intercâmbio de experiências entre países da América Latina, em especial, o intercâmbio entre os processos de resistência à ditadura do Chile e do Brasil, que passaram por regimes de exceção em sua história recente, buscando o fortalecimento das instituições e práticas democráticas da sociedade brasileira.
Utilizar a arte como forma de sensibilização e aproximação aos temas dos Direitos Humanos, da Memória Política e da Justiça de Transição, refletindo sobre a relação entre Arte e Resistência Política.
Abrir mais um espaço para a discussão de temas relacionados à "Justiça de Transição" e "Sítios de Memória".
Em cada um dos espaços de memória em que a exposição é montada, suas organizadoras esperam realizar debates férteis de idéias discutindo como Chile e Brasil enfrentaram os horrores da ditadura e lidaram com suas consequências.
Exposição Arpilleras da Resistência Política Chilena29 de maio a 5 de junho de 2012
Local: Arquivo Nacional
Praça da República, 173, térreo - Centro - Rio de Janeiro
Informações: (21) 2179-1273 - pi@arquivonacional.gov.br