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sábado, 30 de junho de 2018
sexta-feira, 29 de junho de 2018
Fórum sobre Competência em Informação: pesquisas e práticas no RJ
O Fórum sobre Competência em Informação: pesquisas e práticas no Rio de Janeiro é um evento organizado pelo Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para promoção da Competência em Informação (CoInfo). A 4ª edição do Fórum acontecerá dia 04/10, no BNDES, e terá a Fake News como tema.
Dia(s): 04/10/2018
Horário: 9:00 - 17:00
Horário: 9:00 - 17:00
Local: BNDES Edifício Ventura - Auditorio do 8° andar – Torre Leste
Avenida República do Chile, 330
Rio De Janeiro - Rio de Janeiro CEP 22245-120
Avenida República do Chile, 330
Rio De Janeiro - Rio de Janeiro CEP 22245-120
XVI Congresso Rio de Transportes
Na 16ª Edição, o Rio de Transportes, continuará a contar com a colaboração da Universidade Federal do Rio de Janeiro que, através do Programa de Engenharia de Transportes da COPPE, organizará os trabalhos. O processo de análise e seleção dos trabalhos ficará a cargo do Comitê Científico formado exclusivamente por pesquisadores com titulação mínima de doutor. A data de submissão de trabalhos vai até o dia 24/6/18.
Áreas temáticas
Poderão ser apresentados trabalhos versando sobre todas as modalidades de transportes de carga e passageiro. São privilegiadas as contribuições que se destaquem por sua relevância científica ou tecnológica e por seu caráter inovador. Qualquer trabalho que trate de um assunto relevante para o setor de transportes e áreas afins, será analisado pelo Comitê Científico.
Categorias de trabalhos e instruções para os autores
As contribuições para o XVI Rio de Transportes poderão ser de dois tipos: artigos científicos e pesquisas em andamento. Na categoria “artigo científico” os trabalhos submetidos para avaliação poderão ser aceitos se forem inéditos, completos, escritos em português e que, no entender do Comitê Científico, sejam relevantes e estejam relacionados com as áreas temáticas do Congresso.
Na categoria “pesquisas em andamento”, os trabalhos avaliados não necessitam estar concluídos e poderão corresponder a qualquer fase do andamento das pesquisas de dissertações de mestrado e de teses de doutorado ou outro tipo de pesquisa.
As instruções para autores podem ser obtidas no Portal do Congresso.
Análise e seleção de trabalhos
Os trabalhos na categoria “artigo científico” serão analisados por dois especialistas, que podem recomendar sua aceitação ou recusa. Em caso de aceitação os avaliadores podem ainda recomendar alterações no texto. Alterações que forem consideradas essenciais devem, obrigatoriamente, ser implementadas na versão final do texto, nos prazos estabelecidos. Trabalhos já apresentados ou publicados em outros congressos ou revistas serão recusados. Os trabalhos na categoria “pesquisas em andamento” serão avaliados por apenas um especialista, que analisará um resumo de uma página.
Prazos
Os arquivos eletrônicos com o texto completo da versão inicial deverão ser submetidos ao Comitê Científico até o dia 26 de junho de 2018. Artigos enviados após essa data não serão considerados para avaliação. Todos os procedimentos de entrega de trabalhos e inscrições deverão ser realizados através do Portal do Rio de Transportes.
Os autores serão comunicados até 20 de julho de 2018 dos resultados do processo de análise e avaliação por parte do Comitê Científico. A versão final do texto, que incorpore os comentários e sugestões dos avaliadores, deverá ser preparada e enviada até dia 01 de agosto de 2018, para possibilitar a publicação da mesma nos anais do evento.
Apresentação de trabalhos
Os trabalhos selecionados para apresentação estarão disponíveis em anais serão apresentados em duas formas distintas: sessões técnicas e pôsteres. As sessões técnicas apresentarão os artigos científicos e as sessões de pôsteres, as pesquisas em andamento. Os anais do evento, disponíveis em pen-drive, serão compostos por duas partes distintas: artigos científicos (versão integral) e pesquisas em andamento (resumo).
Inscrições para o evento
As inscrições devem ser feitas diretamente no Portal do evento: www.riodetransportes.org.br
XIII UFRJ Ambientável
A Semana Acadêmica de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Ambientável, é uma iniciativa do Grêmio Acadêmico de Engenharia Ambiental (Gaea), composto por estudantes do curso e já faz parte do calendário da Escola Politécnica da UFRJ desde 2005. O evento visa promover discussões e aprendizados complementares à graduação, não apenas ao seu próprio corpo discente, mas à toda a comunidade que busque conhecimentos relativos ao tema de cada edição.
Visto que o Brasil faz parte dos países que adotaram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o tema central para a XIII UFRJ Ambientável será “Brasilidade com Ciência – Trilhando caminhos à luz dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU”, cujo foco será a análise da conjuntura ambiental de todo território nacional frente a esse compromisso.
Com isso em mente, o objetivo é aprofundar os conhecimentos de cada participante à realidade em que está inserida(o), uma vez que a harmonia das atividades humanas com a natureza e seus recursos são fundamentais para o desenvolvimento sustentável e crescimento do Brasil como potência mundial.
Dia(s): 21/08/2018 - 24/08/2018
Horário: 8:00 - 17:00
Horário: 8:00 - 17:00
II Workshop Internacional Arte & Ciência
O II Workshop Internacional Arte & Ciência dá sequência aos debates de sua primeira edição, no Rio de Janeiro e em Duque de Caxias, em 2017, que reuniu pesquisadores e profissionais que atuam na Área no Brasil e exterior, consolidou um fórum de discussão sobre a interação entre as Geociências, Arte e Ambiente.
A paisagem, mutável e sistêmica é percebida como conjunto de variáveis que definem a sua sustentabilidade, transforma-se ao longo do tempo assumindo novos significados e usos, causados por processos naturais e pelo ser humano que se apropria de recursos minerais, ou da própria beleza natural, para desenvolver atividades econômicas, sociais e culturais.
A proposta para o II Workshop é de uma reflexão que, a partir do Campo de Estudos das Geociências e da Arte, em sua vertente ambiental e artística, discuta a resiliência e conservação da paisagem quanto aos riscos naturais, a ação antrópica e outras questões.
Dia(s): 20/08/2018 - 22/08/2018
Horário: O dia inteiro
Horário: O dia inteiro
Local: Auditório Horácio Macedo (Roxinho)
Av. Athos da Silveira Ramos, 274
Rio de Janeiro - Rio de Janeiro CEP 21941-611
Av. Athos da Silveira Ramos, 274
Rio de Janeiro - Rio de Janeiro CEP 21941-611
6º Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria (6º EBBC)
O 6º Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cientometria (6º EBBC) é uma realização do Instituto de Bioquímica Médica, da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis e do Sistema de Bibliotecas e Informação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com apoio da Fundação Oswaldo Cruz. O encontro, que ocorrerá no período de 17 a 20 de julho de 2018, completará doze anos de existência, tendo sido precedido pelos encontros de 2008 na cidade do Rio de Janeiro, de 2010 em São Carlos (SP), de 2012 em Gramado (RS), de 2014 em Recife (PE) e de 2016 e São Paulo (SP).
Com o objetivo de promover a aproximação de pesquisadores provenientes do campo da Ciência da Informação, assim como de outras áreas da ciência que desenvolvem estudos sobre a informação e a literatura científica e tecnológica com diferentes enfoques, inclusive a da avaliação da atividade científica, o 6º EEBC surge também como uma estratégia de dar continuidade ao evento e aos estudos da área no Brasil, buscando manter-se como um amplo e profícuo espaço de discussão e de estímulo a troca e colaboração entre estudantes e especialistas brasileiros e internacionais.
Para o 6º EBBC, o tema “A Ciência em Rede” guiará as discussões da cerimônia de abertura e das duas mesas redondas, que contarão com a participação de convidados internacionais e nacionais. A estrutura do 6o EBBC contemplará pelo menos nove sessões temáticas e quatro workshops e tratará duas novidades, o formato de apresentação Pecha Kuchas, em substituição à sessão de pôsteres, e o fórum doutoral.
Livro apresenta estimativa de despesas com saúde para o SUS
Eficiência, equidade e distribuição de recursos na saúde são essenciais para subsidiar o bom uso do recurso público. Para contribuir com esta área, a Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde lançaram o livro Contas do SUS na perspectiva da contabilidade internacional: Brasil, 2010-2014. Durante o 1º Simpósio de Economia da Saúde, realizado nos dias 19 e 20 de junho, em Brasília, a pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), Maria Angélica Santos, apresentou a metodologia de System of Health Accounts (SHA), que a partir deste ano será o padrão para reportar gastos em saúde internacionalmente. Essa metodologia tem como foco as despesas em saúde, procurando detalha-las segundo categorias relevantes para comparações e para auxiliar a tomada de decisão dos gestores do sistema de saúde.
A metodologia SHA retrata não só quanto foi gasto em saúde, mas quem realizou ou gerenciou os gastos, ou seja, se foi o SUS, os planos de saúde ou a população (que pagou direto do bolso). O método também descreve que tipo de serviços ou para qual finalidade o recurso foi gasto, seja em internações, atendimentos ambulatoriais de Atenção Básica ou especializada, atendimento odontológico, exames, tratamentos de reabilitação, prevenção e gastos com administração do sistema. O tipo de estabelecimento de saúde, se os gastos foram efetuados e quais serviços foram financiados em cada tipo de estabelecimento são outras informações que podem ser comparados com dados de outros países e também com dados existentes do setor privado.
Nos últimos dez anos, o Brasil consolidou os gastos em saúde por meio do método de Contas Satélite de Saúde, uma extensão das Contas Nacionais para calcular o Produto Interno Bruto (PIB). Assim, os gastos públicos (do governo) e privados (das famílias e instituições sem fins de lucro) com saúde eram conhecidos. Com o uso da SHA, o país não vai abandonar a metodologia das Conta Satélite da Saúde, mas utilizar ambas, pois há dados que não aparecem na SHA, a exemplo dos dados do IBGE. “As metodologias são complementares, e o trabalho com as contas do SUS é estratégico e fundamental para discutir eficiência e acompanhar gastos” disse Maria Angélica.
Quanto, como e onde o SUS gastou
Os gastos no SUS, entre 2010 a 2014, representaram, em média, 3,9% do PIB. As despesas correntes, (excluídos investimento em infraestrutura) atingiram só em 2014, a soma de 212,2 bilhões de reais, sendo 43% destes recursos investidos pelo governo federal, 27% dos estados e 30% dos municípios.
Os maiores gastos foram registrados em atividades desenvolvidas em regime de internação, ambulatorial de hospital dia ou atenção domiciliar (52,4% do total), enquanto despesas com prevenção, promoção e vigilância em saúde foi foco de apenas 11,3% dos investimentos.
O SUS destinou maior volume dos recursos para hospitais e ambulatórios de atenção básica (unidades básicas de saúde e postos de saúde) sendo 36,2% e 23,1% das despesas correntes totais, respectivamente. Quando se analisam os dados por ente federado, em 2014, percebeu-se que estados gastaram 2/3 de seus recursos com hospitais, enquanto os municípios destinaram 20% do recurso e a União, 32%. O detalhamento destas informações estará disponível na Biblioteca Virtual em Saúde. Para acessar o livro, clique aqui.
Os pesquisadores já começaram a consolidar as Contas do SUS para o período de 2015-2018, e vão desenvolver metodologia para consolidar os gastos da Saúde Suplementar nesse mesmo formato. As informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares, que deverão ser divulgadas em 2019, servirão de base para concluir a institucionalização das Contas SHA no Brasil, ao fornecer dados sobre despesas em saúde feitas diretamente do bolso pela população.
Gastos com medicamentos no SUS
Durante o Simpósio de Economia da Saúde, outra pesquisadora da Ensp/Fiocruz também apresentou resultados relevantes, na área de regulação de medicamentos e insumos. Claudia Osorio trouxe uma série de resultados publicados em artigos científicos desenvolvidos por sua equipe analisando o panorama da compra federal de medicamentos no Brasil a partir de 2004. Ela observou como o SUS investiu muito recurso em medicamentos que não tem evidência da sua efetividade, no caso de Alzheimer, por exemplo, nas compras realizadas de 2008 a 2013. “Não ter opção referendada pela literatura não significa que o SUS tenha que oferecer o que tiver, sem ter comprovação científica. Já no caso da hepatite C, os gastos altos com novos antirretrovirais são justificados na medida em que efetivamente curam e tem comprovação científica, ” afirmou.
O 1º Simpósio de Economia da Saúde foi promovido pelo Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento, da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, nos dias 19 e 20 de junho, na sede da Organização Panamericana da Saúde, em Brasília-DF. A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio e o coordenador do Mestrado Profissional em Políticas Públicas de Saúde, Jorge Barreto, participaram das discussões. O evento buscou ampliar o conhecimento sobre o tema e celebrar os 15 anos da incorporação da Economia da Saúde na gestão do SUS.
Transexualidade é retirada da lista de doenças mentais da Organização Mundial da Saúde
Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a transexualidade da lista de doenças mentais e comportamentais. O anúncio foi feito na segunda-feira, 18 de junho, durante o lançamento da nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11). A transexualidade ainda está presente na CID, mas agora em uma nova categoria, denominada saúde sexual. Segundo o doutorando da ENSP, Luiz Montenegro, com a nova CID a transexualidade deixa de ser considerada um transtorno mental e isso contribuirá para a diminuição do estigma junto à população. De acordo com a OMS ela foi retirada da categoria de distúrbios mentais, o que esvazia justificativas de quem se propunha a curá-la ou a tratá-la, num desrespeito à diversidade sexual dos seres humanos.
Para o deputado federal Jean Willys, a notícia é uma grande conquista dos movimentos que lutam pela despatologização das identidades trans. “Esse é apenas o início de uma nova batalha, visto que o termo incongruência de gênero foi incluído em novas categorias no capítulo relacionado à saúde sexual e essas atualizações ainda precisam ser aprovadas pela Assembleia Mundial de Saúde que acontecerá em maio de 2019”, destacou.
No Brasil, o Conselho Federal de Psicologia publicou, no último mês de janeiro, a resolução nº01/2018, que impede que psicólogos tratem a transexualidade e a travestilidade como transtornos. Ainda em 2017, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou uma moção - em apoio aos esforços da OMS pela despatologização dessas identidades. “Pessoas trans devem ser reconhecidas jurídica e civilmente tal como se identificam e se apresentam perante a sociedade, além de terem o direito ao próprio corpo com autonomia e dignidade, para que assim possam acessar a cidadania plena e a equivalência de direitos. As pessoas vivenciam transições e o direito do acesso à saúde não deve se restringir a quadros patológicos. Despatologizar é também ampliar o direito à saúde integral”, defendeu Jean.
Sobre a 11ª Classificação Internacional de Doenças (CID)
Segundo a OMS a CID-11 mapeia a condição humana do nascimento à morte: qualquer ferimento ou doença que encontramos na vida – e qualquer coisa que pode nos levar à morte – está codificada. A nova edição da CID foi anunciada em 2000 e atualizada para o século 21, para refletir avanços críticos na ciência e na medicina, além de poder ser integrada com aplicações eletrônicas de saúde e sistemas informatizados.
Além disso, a agência de saúde da ONU afirmou que a nova versão é mais fácil de ser implementada, principalmente em locais com poucos recursos. Ela deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2022. "A CID é um produto do qual a OMS realmente se orgulha", afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. "Ela nos permite entender muito sobre o que faz as pessoas adoecerem e morrerem e agir para evitar sofrimento e salvar vidas”.
*Com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Assessoria de Comunicação do deputado federal Jean Willys.
Uma derrota para a ciência: comissão da câmara aprova PL do Veneno
Ignorando alertas da Fiocruz, Inca, Ministério Público Federal e Anvisa, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou o relatório do projeto de lei que flexibiliza a legislação de agrotóxicos no Brasil. Ao contrário de valorizar o que estava em jogo, ou seja, a saúde e a vida de milhões de brasileiros consumidores de produtos agrícolas, além dos trabalhadores rurais, suas excelências, os deputados federais, encontraram tempo para compartilhar fotos de mulheres seminuas e assistir ao jogo Portugal x Iran pela Copa do Mundo, como mostram os flagras feitos por Daniel Marenco, da Agência O Globo, durante a sessão de votação.
Enquanto o jogo de Portugal terminava empatado em 1 a 1, o PL do Veneno, como é conhecida a proposta de flexibilização das leis, era aprovada pela comissão por 18 a 9. Uma derrota para todos aqueles que estudam os danos dos agrotóxicos na saúde da população brasileira. Entre outras ações, o PL prevê maior facilidade para o registro de novos agrotóxicos e até a substituição do nome "agrotóxico" por outros (inicialmente, seria produto fitossanitário, mas o relator, deputado Luís Nishimori (PR-PR), alterou o termo para “pesticida”). O PL centraliza o controle do registro no Ministério da Agricultura, hoje sobre o controle do latifundiário Blairo Maggi, retirando o Ministério da Saúde e o Ibama dessa função.
A aprovação do PL do Veneno desnuda ainda mais os mecanismos perversos a que servem os homens que tomaram o poder depois da derrubada da presidenta Dilma Rouseff. Ainda em 2016, ao serem chamados para falar em comissões sobre o tema no Congresso, os pesquisadores Marcelo Firpo e Luiz Cláudio Meirelles, da ENSP, haviam relatado ao Informe ENSP exatamente o que, agora, aparece nos flagras do jornal O Globo: os deputados comparecem às sessões da comissão com voto decidido, permanecem o tempo todo de olho no celular, sem dar ouvido ao que falam os cientistas e, por fim, votam em nome de Deus e da família, sustentados e sustentando o agronegócio que mata - direta e indiretamente - e em seu modelo vigente, apequena o papel do Brasil na geopolítica mundial.
Parceria internacional vai combater desinformação nas eleições de 2018
O ano de 2018 será decisivo no campo político não apenas para o Brasil, mas também para Colômbia e México. Com um cenário de polarização agravado pelo fenômeno da desinformação, os três países preparam-se para eleições presidenciais, respectivamente nos meses de outubro, junho e julho. É nesse contexto que a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (FGV DAPP) firmou um acordo com o think tank americano Atlantic Council para integrar o #ElectionWatch, projeto que reúne centros de pesquisa, agências de fact-checking e veículos de mídia regionais com objetivo de rastrear e combater interferências ilegítimas no debate público.
Pesquisadores do Adrienne Arsht Latin America Center e do Digital Forensic Research Lab, ambos programas do Atlantic Council, vão atuar em campo com parceiros locais nos três países latino-americanos por um período antes e durante as eleições. O objetivo é apoiar instituições e promover a resiliência digital por meio de engajamento e capacitação.
As análises produzidas em conjunto pela FGV DAPP e pelo Atlantic Council serão publicadas ao longo da campanha presidencial com o intuito de contribuir para o debate no âmbito da democracia digital.
A FGV DAPP vem dedicando-se ao tema com estudos que monitoram o debate público nas redes, identificam ações de contas automatizadas e analisam a disseminação de fake news. Entre os dias 22 e 23 de junho, o diretor da FGV DAPP, Marco Aurelio Ruediger, e os pesquisadores Amaro Grassi e Danilo Carvalho participaram do 360 Open Source Summit, simpósio organizado pelo Atlantic Council em Berlim para discutir dados abertos, análise de redes sociais e pesquisa forense digital. Workshops e painéis debateram as mais recentes tecnologias e pesquisas para elaborar uma resiliência digital na defesa da democracia.
Os dois dias incluíram sessões interativas e treinamentos práticos que reuniram 150 jornalistas, ativistas, inovadores e líderes de todo o mundo para pensar fatos objetivos e realidade dentro da democracia. Um dos objetivos do evento foi fortalecer uma rede intersetorial de “Sherlocks Digitais” que criará e cultivará técnicas necessárias para expor notícias falsas, documentar abusos dos direitos humanos e relatar a realidade de eventos globais em tempo real.
Direito e tecnologia: Bootcamp estimula iniciativas inovadoras na área jurídica
O impacto da tecnologia sobre a profissão do advogado já é uma realidade: só no Brasil são mais de 100 legaltechs desenvolvendo soluções para escritórios e empresas. A partir deste movimento, novas profissões também vêm surgindo e exigindo novas competências dos profissionais do Direito. Já é recorrente escutarmos a expressão engenharia jurídica, por exemplo.
Diante dos novos desafios decorrentes da interação entre o Direito e novas tecnologias, a Escola de Direito de São Paulo (FGV Direito SP), em parceria com a startup Looplex, criou o primeiro Bootcamp Programação e Direito 2018, que ocorrerá entre os dias 16 e 27 de julho.
O Bootcamp é uma imersão de duas semanas, onde serão apresentadas as mais novas tendências em relação ao impacto da tecnologia no mundo jurídico, com bastante interação entre os participantes e players do mercado.
“Trata-se de um evento inovador, com muita mão na massa, no qual os participantes irão mergulhar no universo da programação aplicada ao Direito. Contará com uma intensa agenda de práticas para desenvolver novas competências e habilidades que estão sendo demandadas pelo mercado jurídico”, explica Alexandre Pacheco, professor da FGV Direito SP e coordenador do Centro de Ensino e Pesquisa em Inovação (CEPI) da Escola.
O Bootcamp Programação e Direito 2018 é destinado a estudantes de graduação em Direito, bem como demais estudantes de graduação interessados na área de todas as escolas. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser realizadas pelo site.
DOMINGO NO MUNICIPAL- Pequena Missa Solene de Rossini
‘PEQUENA MISSA SOLENE’, DE ROSSINI,
DOMINGO NO MUNICIPAL A R$10
O Coro é o protagonistada próxima atração da Temporada Artística 2018 do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A Pequena Missa Solene, do grande compositor italiano Gioachino Rossini, será apresentada em récita única no dia 08 de julho, às 17h, homenageando os 150 anos da sua morte. O concerto, com todos os ingressos a R$ 10, faz parte do programa de popularização da música clássica.
Sob a regência de Jésus Figueiredo, a obra será executada na sua versão original para coro, solistas, piano e órgão.
Segundo o Maestro, com o objetivo de atingir volume sonoro compatível com o espaço monumental do Theatro, optou-se pela utilização de todas as 76 vozes do Coro do Municipal, ao invés de um coro de câmera, como inicialmente previsto por Rossini.
Jésus Figueiredo explica ainda que o título da obra não se refere à duração do concerto, que tem cerca de80 minutos, mas ao formato camerístico da peça, que não prevê participação da orquestra.
Composta em 1863, na casa de campo de Rossini em Passy, essa pequena Missa Solene, última grande obra do compositor, é considerada por muitos uma espécie de testamento espiritual, como se ele tivesse pressentido a proximidade da morte. O concerto foi apresentado pela primeira vez na consagração da capela da mansão do conde e da condessa Pillet-Wiley, em Paris. Teve sua estreia para o público em 1869, ano seguinte à morte de Rossini, no Théâtre Italien, numa versão orquestral elaborada pelo compositor entre 1866 e 1867.
Como acentua Jésus Figueiredo, diferentemente da maioria das suas 40 óperas nas quais o compositor pouco escreveu para coros, a Pequena Missa Solene, fruto da maturidade, foi concebida como uma obra coral. “Ele foi muito generoso com os solistas. Compôs uma ária para cada um, além de um dueto, trio e a intervenção do quarteto solista em trechos do coro. Ao longo de uma hora e 20 minutos, Rossini distribui muito bem as massas sonoras”.
O THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO É VINCULADO À SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA DO RIO DE JANEIRO
THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Temporada Oficial 2018
PEQUENA MISSA SOLENE
Música de Gioachino Rossini
PEQUENA MISSA SOLENE
Música de Gioachino Rossini
Regência: MAESTRO JÉSUS FIGUEIREDO
CORO DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Maestro Titular: JÉSUS FIGUEIREDO
CORO DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Maestro Titular: JÉSUS FIGUEIREDO
Solistas:
MARIANNA LIMA, soprano
LARA CAVALCANTI, contralto
GEILSON SANTOS, tenor
MURILO NEVES, baixo [solista convidado]
Piano: MAESTRA PRISCILA BOMFIM
Órgão: RAMON THEOBALD
DIA 08 DE JULHO – 17h
MARIANNA LIMA, soprano
LARA CAVALCANTI, contralto
GEILSON SANTOS, tenor
MURILO NEVES, baixo [solista convidado]
Piano: MAESTRA PRISCILA BOMFIM
Órgão: RAMON THEOBALD
DIA 08 DE JULHO – 17h
INGRESSOS - PREÇO ÚNICO: R$ 10,00 (qualquer setor do Theatro Municipal)
Praça Floriano s/n° - Centro
Lotação – 2.226 lugares
Censura Livre
Duração: 1H20
quinta-feira, 28 de junho de 2018
Confiança do comércio recua e registra mesmo nível de setembro de 2017
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 3,0 pontos em junho, ao passar de 92,6 para 89,6 pontos, retornando ao mesmo nível de setembro de 2017. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 2,4 pontos.
“A queda da confiança em junho mostra que a recuperação que o setor vinha apresentando até o início de 2018, começou a perder fôlego no segundo trimestre. O ritmo lento da economia, o tímido avanço do mercado de trabalho e a greve dos caminhoneiros de maio, influenciaram para piora da percepção com situação atual e, principalmente das expectativas, mostrando que os empresários ainda estão cautelosos em relação aos próximos meses”, avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio do FGV IBRE.
Em junho, a confiança de oito dos 13 segmentos pesquisados recuaram. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 2,2 pontos, registrando 87,2 pontos, menor nível desde dezembro de 2017 (85,6 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-COM), caiu 3,8 pontos para 92,4 pontos, menor valor desde agosto de 2017 (89,6 pontos).
As empresas também foram consultadas no bimestre abril-maio sobre o plano de investimentos. A maioria das empresas afirmou (37,9%) que a decisão do plano de investimentos para os próximos 12 meses está certa, maior valor desde o quarto trimestre de 2014, período em que a pergunta passou a ser semestral (antes disso elas eram anuais). Já para 29,9% das empresas, a decisão para o plano de investimentos está incerta, melhor resultado desde 2015. As demais empresas foram as que apontaram que a decisão está quase certa. O resultado desse quesito, mostra que, com menos incerteza na realização de investimentos, o setor vem se consolidando gradualmente no período pós recessão, mas ainda é necessária certa cautela, visto que a maior parte da coleta de dados ocorreu no período anterior à greve dos caminhoneiros.
A edição de junho de 2018 coletou informações de 1.187 empresas entre os dias 4 e 25 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 27 de julho de 2018. O estudo completo está disponível no site.
Pesquisa sobre modernização de estádios britânicos e combate ao hooliganismo recebe apoio internacional
O professor da Escola de Ciências Sociais (FGV CPDOC), Bernardo Buarque de Hollanda, foi selecionado no programa Brazil Visiting Fellowship, da Universidade de Birmingham, com financiamento da Rutherford Fellow Fund, para conduzir pesquisa sobre o processo de modernização dos estádios de futebol na Inglaterra. O tema articula-se às políticas públicas de segurança desenvolvidas no país nos últimos 30 anos, em particular o combate ao chamado hooliganismo, desde a publicação do Relatório Taylor, em 1989.
O estudo baseia-se no acompanhamento intensivo do debate acadêmico e do debate público, em particular o desenvolvido pela imprensa esportiva –, com a respectiva atualização da literatura dedicada ao assunto, o que compreende documentos oficiais, fontes jornalísticas e referências bibliográficas nas áreas de sociologia, antropologia e história. Além da pesquisa em arquivos, a estadia no Reino Unido incluirá observação participante em partidas do futebol profissional inglês, com o objetivo de acompanhar como se estabelecem as relações entre o policiamento nos estádios e os deslocamentos de torcedores em dias de jogos, considerando os graus de rivalidade interclubes e os impactos dos novos modelos de arenas instituídos no país a partir da década de 1990.
Bernardo Buarque é doutor em História Social da Cultura (PUC-RJ), com pós-doutorado pela Maison des Sciences de L’homme (Paris) e atua como coordenador do “MBA em Bens Culturais: Cultura, Economia e Gestão”, oferecido pela FGV em São Paulo. Suas principais áreas de interesse são história social do futebol e torcidas organizadas; modernismo e vida literária no Brasil; cultura brasileira - crítica e interpretação; pensamento social e história intelectual.
O programa Brazil Visiting Fellowship visa apoiar o desenvolvimento profissional de pesquisadores em universidades brasileiras e estabelecer parcerias entre a Universidade de Birmingham e instituições no Brasil. O programa de subsídios do Fundo Rutherford oferece financiamento para instituições de ensino superior do Reino Unido para que estas aprimorarem suas parcerias estratégicas globais.
ENAEX 2018
Inscrições abertas para o ENAEX 2018
A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) promove em 15 e 16 de agosto, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, a 37ª edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (ENAEX 2018). As inscrições, gratuitas, já estão abertas no site www.enaex.com.br, onde os interessados poderão encontrar também mais informações sobre o evento.
“Desafios para um Comércio Exterior Competitivo” será o tema que norteará as discussões e reunirá representantes do governo e de toda a cadeia de negócios do comércio internacional. Entre os temas a serem abordados estão: Os reflexos da atual geopolítica mundial no comércio exterior brasileiro; Alternativas para viabilizar as exportações de commodities com maior valor agregado; A defesa comercial no Brasil e no mundo; e A mulher no comércio internacional.
Os participantes terão acesso a workshops, painéis e discussões sobre os principais temas ligados ao comércio exterior brasileiro e ainda a oportunidade de participar de despachos executivos e reuniões. Também terão acesso a uma área de exposição com estandes de empresas, entidades, órgãos públicos e mídias especializadas.
Paralelamente ao evento, ocorrerá a reunião do Conselho de Comércio Exterior do MERCOSUL (MERCOEX), formado pelas coirmãs da AEB no âmbito regional: CERA (Câmara de Exportadores de la República Argentina), UEU (Unión de Exportadores del Uruguay) e CIP (Centro de Importadores del Paraguay).
A AEB e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em reconhecimento às empresas e instituições que se destacaram no comércio externo do Brasil no ano anterior, concederão durante o evento o Prêmio Destaque de Comércio Exterior 2018, que está em sua 24ª edição.
Data: 15 e 16 de agosto de 2018
Horário: 9h às 18h
Local: Centro de Convenções SulAmérica (Av. Paulo de Frontin, 1 – Cidade Nova – Rio de Janeiro – RJ)
A inscrição é gratuita e pode ser feita no site www.enaex.com.br.
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Em coquetel dos 52 anos do CVG-RJ, presidente da CNseg receberá Medalha de Honra ao Mérito
Em coquetel dos 52 anos do CVG-RJ, presidente da CNseg receberá Medalha de Honra ao Mérito
O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, recebe, em 28 de junho, a Medalha de Honra ao Mérito, que será concedida pelo Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ) durante o coquetel comemorativo pelos 52 anos de fundação da entidade. O evento acontecerá no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, às 19h.
A Medalha de Honra ao Mérito do CVG-RJ foi criada em 2016, quando o Clube comemorou seus 50 anos de existência, já tendo sido concedida ao fundador do CVG-RJ, Minas Mardirossian, e ao presidente licenciado da Fenacor, Armando Vergilio.
O Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro surgiu com o objetivo de estimular o crescimento dos Seguros de Pessoas no Brasil, contando com 26 empresas beneméritas, entre seguradoras, corretoras, consultorias e assessorias de seguro, além de mais de 700 associados.
Exposição Desvazio: Interferências em Cobogós mistura elementos da arquitetura modernista brasileira com arte em vidro.
Visitante poderá interagir com o projeto criativo, assim como visualizar o espaço com possibilidades técnicas de utilização em arquitetura, além de explorar a performance criativa e social existente no contexto expositivo das obras.
Por Emanuelle Spack
O Espaço Cultural BRDE Palacete dos Leões recebe, de 06 a 30 de julho, a Exposição Desvazio: Interferências em Cobogós, da designer e artista visual Désirée Sessegolo. A exposição, que traz 10 obras e duas instalações, propõe uma nova linguagem em vitral, dotada de brasilidade pela utilização de cobogós como estrutura. Désirée explora em seus objetos os efeitos da luz através dos vidros repletos de texturas vazadas projetando cores e texturas para criar uma obra de beleza insólita. Com os efeitos desses jogos de luzes a artista agrega arte à arquitetura.
Trabalhando com vidro fusão, técnica desenvolvida pela própria artista, suas obras criam texturas únicas no vidro que remetem a estruturas celulares surgindo então a denominação vidro celular. Com esta técnica Désirée recebeu algumas premiações e participou de salões conquistando prêmios no Brasil e exterior. Em setembro, parte da exposição Desvazio segue para Veneza, na Itália. A instalação Amazzonia foi selecionada para participar da The Venice Glass Week.
Desvazio: Interferências em Cobogós percorre um caminho obedecendo a uma lógica determinada pela artista em uma busca sensorial. Representações bidimensionais em composição de painéis, em diferentes formatos e escalas, dão ênfase aos aspectos ornamentais e esculturais deste marco da arquitetura modernista. A poética da obra de Désirée está em emprestar dos cobogós a estrutura para fazer a intervenção dos vidros coloridos, translúcidos e opacos, criando movimento, ritmo e sobreposições de transparências, atraindo o observador às mensagens que a obra sugere.
Com curadoria da produtora de eventos corporativos, sociais e culturais, Edilene Guzzoni, elaborar esta exposição foi um processo de organização e cuidado, além da preocupação do compromisso educacional na sociedade. “Hoje o curador tem que agir como um mediador cultural entre a arte e a população que visita às exposições”, revela Edilene que estruturou esta composição estudando a história dos cobogós e seu conceito inicial. Para essa mostra os cobogós são inseridos como releitura artística e o retorno do seu uso na arquitetura contemporânea. Para destacar as obras, Edilene inseriu cada peça de forma harmoniosa com os efeitos de luz e sombra que ressurgem da sensibilidade e delicadeza nos trabalhos de Désirée.
De acordo com Edilene, quando visualizamos as obras de Désirée com intervenções em cobogós, falamos dos experimentos dos efeitos da luz através do vidro celular que foram realizados em painéis entre vidros, inaugurando uma nova fase na sua obra. “Com a luz do sol incidindo sobre os elementos vazados desenhando as sombras nos pisos e paredes cria-se um efeito que transforma todo o ambiente. Durante as estações e ao longo dos dias essa luz natural surge de diferentes formas como um componente que sobrevém na arquitetura. No decorrer da noite, a luz artificial atravessa os pequenos vãos do interior para o exterior, tornando a arquitetura uma espécie de luminária urbana”.
Com o vidro Désirée aprendeu as técnicas tradicionais, porém, não satisfeita com os resultados, passou a realizar uma pesquisa em torno de novos materiais. Ao testar diferentes processos de fusão modelando cerâmicas em formatos diferenciados, a artista estabeleceu características e linguagens próprias para suas obras.
O tema Desvazio: Interferências em Cobogós surgiu após anos de pesquisa em torno da arte do vidro e constante busca pela inovação. Com a técnica que desenvolveu Désirée mudou os paradigmas em torno do material, conferindo ao vidro, uma superfície impregnada de texturas vazadas. “O diferencial da minha obra está justamente nos vazios abertos na superfície do material. Daí a poética da obra que procura instigar o observador sobre o vazio. Torna-se um processo de reflexão!”, diz Désirée.
Sobre a artista
Desirée Sessegolo, artista multidisciplinar e designer gráfico nascida em Curitiba - Brasil. Seu trabalho abraça múltiplas formas artísticas: design gráfico, esculturas em vidro e cerâmica, instalações e murais. Seu trabalho é reconhecido pelo Museu Alfredo Andersen, Casa João Turin e Museo del Vidrio de Bogotá, tendo participado de diversos salões de design e arte contemporânea.
Sobre o Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões
Inaugurado em 2005, o Espaço Cultural do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul busca aliar a força empreendedora de uma instituição financeira pública com a promoção de arte e cultura do Paraná. Sua sede, o Palacete dos Leões, uma edificação histórica do início do século XX, oferece uma programação artística gratuita e diversificada, voltada às artes visuais, música, literatura, artes cênicas e audiovisual.
Serviço
Exposição Desvazio: Interferências em Cobogós
Data: de 06 a 30 de julho de 2018.
Local: Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões
Endereço: Avenida João Gualberto, 570 – Alto da Glória, Curitiba – PR CEP: 80030-900
Entrada: Franca
Dias e horário: de segunda a sexta-feira das 12h30 às 18h30.
Vernissage: quinta-feira dia 05 às 19h00
Sobre os Cobogós:
Nos trópicos a luz do sol incide de forma generosa. Os elementos vazados desenham a sombra nos pisos e paredes, um efeito que transforma todo o ambiente para quem o vê desde o exterior e interior. Durante as estações e ao longo dos dias essa luz natural surge de diferentes formas como um componente que sobrevém na Arquitetura. No decorrer da noite, a luz artificial atravessa os pequenos vãos do interior para o exterior, tornando a arquitetura uma espécie de luminária urbana que interage com as sombras de seus usuários e mobiliário.
Além de sua função, o cobogó traz consigo certa poética ao projeto de arquitetura. Decidimos destacar esta criação brasileira, escrever brevemente sobre sua história e apresentar uma seleção de projetos que adotam este elemento.
Um grupo de engenheiros - o português Amadeu Oliveira Coimbra, o alemão Ernesto August Boeckmann e o brasileiro Antônio de Góis - foram os criadores do “cobogó”, elemento que permite a entrada de luz solar e ventilação natural utilizado nas aberturas de construções.
O cobogó surgiu na década de 1920, em Recife, e teve seu nome oriundo da junção da primeira sílaba dos sobrenomes de seus criadores. São uma herança da cultura árabe, baseado nos muxarabis – construídos em madeira, eram utilizados para fechar parcialmente os ambientes internos.
Apesar de ser criado em Recife, o cobogó foi difundido por Lúcio Costa em referências sutis à arquitetura colonial, tornando-se um elemento compositivo presente na estética da arquitetura moderna brasileira. Apesar da permeabilidade visual, os cobogós, de certa forma, trazem privacidade ao usuário. Feitos de cimento e tijolo no início, passaram a ser produzidos também em cerâmica e outros distintos materiais.
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