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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Argus Latin America LNG Summit
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A problemática da medicalização em psiquiatria
A medicalização é um processo complexo cada vez mais presente em nosso cotidiano. Buscamos médicos, psiquiatras, psicólogos e outros profissionais de saúde quando estamos doentes, mas também quando gozamos de saúde e queremos ficar ainda melhor. Publicado pela Editora Fiocruz,Medicalização em Psiquiatria - dos pesquisadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da ENSP Paulo Amarante e Fernando de Freitas -, investiga esse fenômeno, que é, ao mesmo tempo, de ordem cultural, política e econômica.
Os autores, profissionais da área da saúde mental, analisam a questão da medicalização e as consequências individuais e sociais que acarretam. Ainda que o assunto tratado seja de natureza complexa, o livro tem linguagem acessível ao público leigo para que a questão da medicalização do sofrimento psíquico seja compreendida também por aqueles que padecem com ela.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), os gastos com investimentos em saúde aumentaram nos últimos anos. “Estaríamos ficando cada vez mais doentes? Ou estaríamos, a cada dia, ficando mais saudáveis, já que gastamos mais com saúde?”, questionam os autores no texto de apresentação do livro. “Uma resposta muito comum é afirmar que estamos mais doentes em razão de causas inerentes à civilização; dentre as quais o grande vilão seria o estresse, por exemplo. Outra resposta é que a própria medicina e suas práticas afins são responsáveis pelo nosso adoecimento ao medicalizarem as experiências mais comuns e naturais da nossa existência”, explicam.
A problemática da medicalização do sofrimento psíquico é analisada a partir da aliança feita entre a psiquiatria e a indústria farmacêutica. Essa ligação é bem antiga e remonta ao período da Grécia antiga, mas ocorre, de fato, a partir da segunda metade da década de 1950. Vem daquela época a ideia de que os chamados problemas mentais poderiam e deveriam ser curados com o uso de drogas. Os autores destacam: é preciso reconhecer “que a atual aliança entre a indústria farmacêutica e a psiquiatria tem efeitos profundos em nossa existência.” Mas a quem essa aliança interessa? Ela nos deixa, de fato, mais saudáveis? Freitas e Amarante afirmam que não faltam pesquisas evidenciando o quão nefasta ela é para a saúde.
Eles ressaltam que um dos grandes desafios atuais é saber como prestar assistência psiquiátrica psicossocial nos serviços e dispositivos pós-manicomiais sem criar uma população que seja estigmatizada como ex-pacientes, sobreviventes da psiquiatria ou curados. Os autores sugerem a criação de medidas que regularizem a propaganda de medicamentos e a atuação da indústria farmacêutica na formação e atualização médicas, apoio a congressos e publicações científicas, financiamento de pesquisas em instituições públicas, além de ações de transparência e responsabilidade ética. Esse, de acordo com Freitas e Amarante, é o caminho para se criar uma política de saúde e não de mercado.
Autores
Fernando Freitas é psicólogo, doutor em psicologia pela Université Catholique de Louvain (Bélgica); professor e pesquisador do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial do Departamento de Direitos Humanos, Saúde e Diversidade Cultural da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).
Paulo Amarante é médico psiquiatra, doutor em saúde pública pela ENSP/Fiocruz, com estágio de doutoramento em Trieste (Itália) e doutor honoris causa pela Universidad Popular Madres de Plaza de Mayo; professor e pesquisador titular (senior researche) do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da ENSP/Fiocruz, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, presidente de honra da Associação Brasileira de Saúde Mental, diretor de política editorial do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde e editor da revista Saúde em Debate.
Coleção
Temas em Saúde traz para estudantes, profissionais e público em geral panoramas sobre conceitos e conteúdos fundamentais das áreas da saúde. Em linguagem acessível, a coleção combina informação atualizada com reflexões baseadas em recentes produções científicas apresentadas por especialistas sintonizados com o contexto sociopolítico de produção e aplicação do conhecimento em saúde.
Estigma pode agravar sofrimento mental, revela pesquisa da ENSP
“O estigma, como expressão da violência, interfere na relação saúde e doença e pode agravar o sofrimento mental e gerar complicações orgânicas, como alergias e náuseas.” É o que revela a aluna Raquel Silva Barretto, em sua dissertação de mestrado em Saúde Pública da ENSP, sob orientação da pesquisadora Ana Elisa Bastos Figueiredo. A pesquisa, considerada inovadora, teve como objetivo estudar a percepção dos profissionais de saúde mental sobre a questão em relação aos pacientes com transtornos mentais internados em Unidade Psiquiátrica de um hospital geral do município do Rio de Janeiro. Seis profissionais da equipe de saúde mental - psiquiatras e enfermeiros - responderam a uma entrevista e apresentaram maior compreensão sobre violência, ao passo que não demonstraram familiaridade com o termo estigma, segundo Raquel. “Apesar disso, houve concordância sobre a relação do estigma com a violência. Reconhecem que esse fenômeno é presente em suas práticas profissionais, e o estigma como expressão da violência se dá de forma naturalizada, sendo difícil identificá-la no âmbito institucional.”
Alguns entrevistados mostraram a priori o desconhecimento ou incompreensão do conceito clássico de estigma, o que se evidenciou em algumas falas que o dividiram em positivo e negativo, explicou Raquel. “A doença mais relacionada ao estigma foi a hanseníase sugerindo, em um primeiro momento, a dificuldade de enxergar a estigmatização de seus próprios pacientes. Entretanto, levando em consideração que os profissionais que pontuaram a hanseníase se formaram antes de a Lei 10.216 ser instituída no Brasil, avaliou-se a necessidade de reciclagem ou capacitação desses profissionais”, informou a aluna. Essa lei dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Para a aluna, a fala do estigma permitiu aos profissionais refletirem sobre a necessidade de se repensar a Reforma Psiquiátrica como um processo contínuo, que ocorre até hoje, em que eles (os profissionais de saúde mental) são os principais agentes de mudança.
Raquel acredita que, se o Ministério da Saúde inclui em sua agenda a violência como um fenômeno relevante, para que haja a saúde, é necessário combatê-la, uma vez que, ao longo das próprias entrevistas, houve a confirmação de que a violência é uma barreira ao gozo pleno da saúde física e mental.
De acordo com a pesquisa, os profissionais de saúde mental se consideram agentes de mudança: eles têm um papel importante na desconstrução dos seus próprios estigmas e nas reproduções sociais, sendo necessário estarem capacitados e compreenderem sobre o campo no qual estão inseridos. Por meio da pesquisa, disse a aluna, evidenciou-se a necessidade da educação permanente no âmbito da atuação em saúde mental.
Além disso, para Raquel, o cenário atual aponta para uma luta e militância em que os dispositivos pós Reforma Psiquiátrica merecem destaque pela minimização do fenômeno da violência em relação às pessoas com transtornos mentais, permitindo maior integralidade na assistência e cuidado.
Segundo ela, é possível afirmar que muito se avançou após a Reforma Psiquiátrica em termos de novas possibilidades para os pacientes. Entretanto, a transformação da mentalidade social é um processo complexo. “Avalia-se a necessidade de repensar algumas práticas que ainda ocorrem nos dispositivos visando reorientar a formação não só dos profissionais, mas também da sociedade civil, para que não se fale em ‘acabar com o estigma’, e sim tomar consciência do fenômeno, reduzindo a intolerância frente aos diferentes devires”, concluiu.
Raquel Silva Barretto é psicóloga, graduada pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e possui experiência com pesquisas e projetos em diversos órgãos.
5ª edição do Gamboavista
Aguardado festival do Galpão Gamboa receberá espetáculos de destaque da cena artística, a preços populares
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A partir do próximo dia 05/03, sábado, importantes espetáculos teatrais que se apresentaram pelo país voltam aos palcos, agora na Zona Portuária. É o início da mostra Gamboavista, do Galpão Gamboa, que abre a sua 5ª edição. "Irmãos de sangue", da Cia franco-brasileira Dos à Deux, marca a abertura do evento, que, em seguida, terá show especial de Simone Mazzer com participação de Alice Caymmi. De acordo com o ator e diretor Cesar Augusto, curador artístico do Galpão Gamboa, "o objetivo da mostra é trazer de volta ao palco os espetáculos que tiveram mais representatividade no ano anterior." Além disso, Cesar diz que o Gamboavista tem a missão de trazer à luz novas produções. A ideia, segundo ele, é que o público possa ver e rever trabalhos significativos, participar de shows e festas e conhecer trabalhos de coletivos mais jovens. "A cada ano, o Gamboavista se firma mais na cena cultural do Rio de Janeiro. Queremos contribuir com uma programação de qualidade e fortalecer a Zona Portuária como polo cultural e artístico", completa Fernando Libonati, diretor do Galpão Gamboa ao lado do ator Marco Nanini. Outra característica do festival são os ingressos com preços acessíveis: R$ 20 nos espetáculos adultos e R$ 10 nos infantis, com meia-entrada e descontos especiais para moradores da região. Até o dia 19 de junho, a mostra recebe mais de 20 atrações, entre espetáculos adultos e infantis e shows. Na programação do Gamboavista 5 estarão peças concorrentes a prêmios importantes, como "O pena carioca", da Cia Atores de Laura, que recebeu quatro indicações ao APTR 2015, duas ao Cesgranrio e uma ao Shell; "Abajur lilás", com direção de Renato Carrera, espetáculo que celebrou os 80 anos de nascimento do dramaturgo Plínio Marcos em 2015 e que está indicado ao Shell na categoria Direção; "Autobiografia Autorizada", solo de Paulo Betti, indicado ao Shell na categoria Autor; "Mamãe", solo de Álamo Facó, que recebeu indicações no prêmio APTR e Questão de Crítica; "Projeto Brasil", da Cia Brasileira de Teatro, com direção de Marcio Abreu; com três indicações ao APTR e sete ao Questão de Crítica; "A Ilíada", solo de Bruce Gomlevsky, indicado na categoria Ator aos prêmios APTR e Cesgranrio (no qual saiu vencedor); "Estamos indo embora", direção de Luiz Felipe Reis, indicado ao Shell na categoria Inovação; "Santa Joana dos matadouros", direção de Diogo Liberano e Marina Vianna, indicado a melhor espetáculo e vencedor na categoria cenografia no Cesgranrio 2015, com duas indicações ao APTR, uma indicação ao Shell e três indicações ao Questão de Crítica; "Krum", também da Cia Brasileira de Teatro, direção de Marcio Abreu, com Renata Sorrah, Grace Passô Inez Viana e outros, vencedor do Cesgranrio 2015 de Melhor espetáculo, e com quatro indicações ao APTR e três ao Shell. Ainda estarão na mostra o solo/performance "Colecção de amantes", de Raquel André, que, depois estrear no TEMPO_FESTIVAL 2015, cumpriu temporada de sucesso no Teatro D. Maria II, em Lisboa; o solo de Matheus Nachtergaele, "Processo de Conscerto do Desejo"; um show especial da artista multimídia Silvia Machete, comemorando seus 40 anos; o show #NãoRecomendados, do grupo formado por Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes; e o infantil "Juvenal, Pita e o Velocípede", de Eduardo Almeida, com seis indicações ao Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil. Também estará na programação o espetáculo "Caranguejo overdrive", d'Aquela Cia, com direção de Marco André Nunes e texto de Pedro Kosovski, que, ainda em processo de criação, teve ensaios abertos no projeto Dulcinavista (ocupação do Gamboavista no Teatro Dulcina), em 2014. A peça ganhou os prêmios de Direção e Texto Nacional Inédito no Cesgranrio 2015 e está indicada a quatro categorias ao Shell (Autor, Direção, Ator e Atriz). E o trabalho de residência artística do Coletivo Falcão, "Novas Iscas", sob a direção de Fabiano de Freitas, que coordenou a oficina DNA (Dramaturgia Novos Autores), na qual Pedro Kosovski e Marco André Nunes ministraram aulas durante o Dulcinavista e, a partir da qual, surgiu o coletivo formado por 10 artistas. Abertura: "Irmãos de sangue" + show Simone Mazzer com Alice Caymmi A abertura da 5ª edição do Gamboavista acontecerá no dia 05 de março, às 21h, com apresentação de "Irmãos de sangue", da companhia franco-brasileira Dos à Deux. A peça foi a vencedora do Prêmio Shell 2014, nas categorias Cenário e Ator (André Curti e Artur Luanda Ribeiro). A apresentação se repete no dia 06, às 20h. Com recursos como músicas, marionetes e vídeos, o espetáculo é conduzido pelos temas "fraternidade" e "memórias". Com dramaturgia, direção, coreografia e cenário de André Curti e Artur Luanda Ribeiro, a peça retoma o tema da família, que esteve presente nos dois trabalhos anteriores da Cia: "Saudade em terras d’água" (Prêmio do público no Festival de Avignon, em 2005) e "Fragmentos do desejo" (Prêmio Shell 2010 na categoria "Especial"). A peça investiga os laços fraternos e os conflitos que marcam a convivência familiar. A história se passa no centro das relações entre três irmãos e sua mãe, alternando momentos entre o passado e o presente. No cenário, o minimalismo foi trabalhado de forma orgânica e mutável. Poucos elementos, como uma mesa e uma grande gangorra, evocam memórias fraternais e a presença da mãe. Como nas criações anteriores, a música original de Fernando Mota se funde na dramaturgia gestual, sublinhando o não-dito e o amor fraternal incondicional. Também no dia 05, às 23h, a mostra receberá o show-festa da cantora Simone Mazzer, com participação de Alice Caymmi. Com repertório especial, o setlist combinará músicas do elogiado álbum de estreia, "Férias em videotape", como "Tango do mal" e "Hypper-ballad", com músicas do show anterior, como "Cabaré batom" e outras novidades. A banda, formada por Marco Antonio Scolari (teclado e direção musical), André Berdurê (baixo), Eduardo Rorato (bateria) e Ricco Vianna (guitarra), imprime ao show uma sonoridade própria para acompanhar Mazzer em toda sua potência vocal, com um espetáculo dançante do início ao fim. Ficha técnica - Irmãos de sangue: Dramaturgia, cenário, coreografia e direção: André Curti e Artur Luanda Ribeiro Interpretação: Raquel Iantas, Daniel Leuback, André Curti e Artur Luanda Ribeiro Música original: Fernando Mota Violino: Fran Lasuen Figurinos e marionetes: Natacha Belova Acessórios, peruca e objetos: Maria Adélia e Marta Rossi com assistência de Morgan Olivier e Camila Moraes Iluminação: Artur Luanda Ribeiro e Bertrand Perez Construção do cenário: Demis Boussu e Jessé Natan Contraregra: Jessé Natan Direção técnica de turnê e técnico de luz: Hugo Mercier Técnico de som: Luana Moreno Produção executiva: Neila de Lucena Programação visual: Roberta Freitas Teaser¬ vídeo: Jean Luc Daniel Fotos: Renato Mangolin Direção de produção: NathalieRedant (França) e ¬ Sérgio Saboya (Brasil) Equipe de produção: Alex Nunes Ficha técnica - Show Simone Mazzer Voz: Simone Mazzer Piano e direção musical: Marco Antonio Scolari Guitarra: Ricco Viana Baixo: Andre Bedurê Bateria: Eduardo Rorato Part. Especial: Alice Caymmi Técnico de som: Rafaela Prestes Iluminação: Aureilio Oliosi Produção: Carla Yared Serviço abertura Gamboavista 5: Irmãos de Sangue Data: 05 e 06/03 Local: Galpão Gamboa - Teatro Endereço: Rua da Gamboa, 279 - Centro - RJ Horário: 21h (sábado) e 20h (domingo) Ingressos: R$ 20 (inteira)/R$ 10 (meia)/R$ 5 (para moradores dos bairros da Zona Portuária, apresentando comprovante de residência) Vendas de ingressos: - No Galpão: terça a quinta, das 14h às 18h (nos dias de espetáculo a bilheteria funciona 2 horas antes do início do espetáculo ou até se esgotarem os ingressos) - Na Pequena Central: terça a quinta, das 14h às 18h (endereço: Rua Conde de Irajá, 98, Botafogo - telefone de contato: 3797-0100) Duração: 90 minutos Classificação etária: 14 anos Capacidade: 80 lugares Forma de pagamento: dinheiro Show Simone Mazzer + Alice Caymmi Data: 05/03 (sábado) Local: Galpão Gamboa - Garagem Gamboa Endereço: Rua da Gamboa, 279 - Centro - RJ Horário: 23h Ingressos: R$ 20 (inteira)/R$ 10 (meia)/R$ 5 (para moradores dos bairros da Zona Vendas de ingressos: - No Galpão: terça a quinta, das 14h às 18h (nos dias de espetáculo a bilheteria funciona 2 horas antes do início do espetáculo ou até se esgotarem os ingressos) - Na Pequena Central: terça a quinta, das 14h às 18h (endereço: Rua Conde de Irajá, 98, Botafogo - telefone de contato: 3797-0100) Portuária, apresentando comprovante de residência) Classificação etária: 18 anos Capacidade: 200 pessoas Forma de pagamento: dinheiro Programação Gamboavista - 5ª edição 05 e 06 de março "Irmãos de sangue", da Cia Dos a Deux Sábado, 21h / Domingo, 20h 05 de março Show/Festa Simone Mazzer + Alice Caymmi Sábado, 23h 12 e 13 de março "O pena carioca", da Cia Atores de Laura Sábado, 21h / Domingo, 20h 19 e 20 de março "Beija-me como nos livros", de Os Dezequilibrados Sábado, 21h / Domingo, 20h 26 e 27 de março "Abajur lilás" Sábado, 21h / Domingo, 20h 26 de março Machete 4.0 (show Silvia Machete) Sábado, 20h30 02 e 03 de abril "Autobiografia autorizada", com Paulo Betti Sábado, 21h / Domingo, 20h 09, 10 e 11 de abril "Colecção de amantes", com Raquel André Sábado, 21h / Domingo, 20h / Segunda, 21h 16 e 17 de abril "Laio & Crísipo", de Aquela Cia Sábado, 21h / Domingo, 20h 23 e 24 de abril "Juvenal, Pita e o velocípede", infantil Sábado e Domingo, 16h 30 de abril e 01 de maio "Mamãe", com Álamo Facó Sábado, 21h / Domingo, 20h 07 e 08 de maio "Processo de conscerto do desejo", com Matheus Nachtergaele Sábado, 21h / Domingo, 20h 14 e 15 de maio "Projeto Brasil", da Cia Brasileira de Teatro Sábado, 21h / Domingo, 20h 21 e 22 de maio "A ilíada", com Bruce Gomlevsky Sábado, 21h30 / Domingo, 20h 28 e 29 de maio "Estamos indo embora", de Luiz Felipe Reis Sábado, 21h / Domingo, 20h 04 e 05 de junho "Novas Iscas", residência artística do Coletivo Falcão Sábado, 19h / Domingo, 19h 04 e 05 de junho "Caranguejo overdrive", de Aquela Cia Sábado, 21h / Domingo, 21h 18 e 19 de junho "Krum", da Cia Brasileira de Teatro Sábado, 21h / Domingo, 20h 18 de junho Show #NãoRecomendados, com Caio Prado, Daniel Chaudon e Diego Moraes Sábado, 22h30 |
Agenda Setorial 2016
O AGENDA SETORIAL SE CONSOLIDOU COMO O 1º GRANDE EVENTO ANUAL DO SETOR E SUCESSO ABSOLUTO NO MERCADO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL
O Agenda Setorial se firmou como o evento abre-alas do setor elétrico brasileiro e chega em sua 3ª edição, que acontecerá no Rio de Janeiro, no dia 30 de março de 2016, trazendo os principais assuntos que vão permear o setor elétrico ao longo do ano, além das projeções e perspectivas relacionadas à operação, regulação e mercado de energia.
No ano passado, o Agenda Setorial 2015 – Abastecimento e Preço, reuniu as principais autoridades do setor elétrico para debates e apresentações extremamente qualificados. Estiveram presentes Mauricio Tolmasquim (EPE), Hermes Chipp (ONS), Luiz Eduardo Barata (então na CCEE e atualmente no MME) e Tiago de Barros (Aneel). Entre os principaistemas abordados estavam leilões do ACR, tarifas e o GSF, tão falado ao longo de 2015.
VEJA ALGUMAS DAS DECLARAÇÕES QUE FORAM DADAS EM PRIMEIRA MÃO DURANTE O EVENTO DE 2015
domingo, 28 de fevereiro de 2016
6º Seminário de Laboratório
Promovido pelo IBP, o evento tem como objetivo divulgar e debater inovações e aspectos técnico-científicos e de gestão associados aos laboratórios da indústria do petróleo, gás natural, biocombustíveis e outras áreas afins.
A programação técnica do 6º Seminário de Laboratório incluirá apresentações de trabalhos técnicos, palestras e painéis sobre temas de relevância para a área.
Mais informações podem ser obtidas aqui.
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II Festival de Cultura Urbana vai agitar o último final de semana de fevereiro
Muita arte, cultura, informação e diversão. É o que promete o II Festival de Cultura Urbana de Petrópolis, que retorna à Praça da Liberdade nos dias 26, 27 e 28 de fevereiro. Comemorando os quatro anos de ocupação cultural da Roda Cultural do CDC, o festival traz uma programação variada que inclui oficinas, shows, grafite, debates, batalhas, danças urbanas e muito mais. A realização é da Nação Hip Hop Petrópolis, com apoio da Prefeitura de Petrópolis, por meio da Fundação de Cultura e Turismo.
O evento tem o objetivo de fortalecer o cenário local nas artes urbanas, fornecer maior conhecimento aos artistas locais e quebrar os preconceitos com a cultura de rua, mostrando como a cena alternativa da serra é atuante, consistente e insistente. Como de costume, porém sempre inovadoras, o festival vem recheado de batalhas para elevar o ânimo dos participantes. Haverá a clássica Batalha de MC’s, Tag, Break e Batalha do Passinho.
Para Lucas Sixel, presidente da Nação Hip Hop Petrópolis, esse festival é uma grande conquista. “Depois de muita luta conseguimos nosso espaço, com o prefeito Rubens Bomtempo ressaltando a importância da ocupação dos espaços públicos da cidade. Com apoio da Fundação de Cultura e Turismo, realizamos em 2014 o projeto Roda Viva, e agora em 2016 temos a oportunidade de realizar o segundo festival, bem mais amplo do que o anterior, que foi realizado pelo Conselho Municipal de Cultura também em 2014”, disse.
A Praça da Liberdade vai ferver com as atrações musicais escolhidas especialmente para o festival. Flora Matos, MC Ali, MC Cochi, Bernardo Passos e DubClub, Gotam C.R.U. e os Curingas, ADL MC’s, El Pira e MC Brenin estão previstos na programação, segundo a organização. DJ’s conhecidos no movimento garantem música durante todo o evento.
Haverá ainda o Espaço Biblioteca da Roda do CDC, com empréstimos, doações e trocas de livros, além de pintura de painéis em grafite com os artistas Doug e AK. Destaque para o Sarau, um espaço aberto onde quem quiser pode falar sua poesia, cantar uma música ou fazer uma performance. Diversas oficinas também fazem parte da programação. Entre elas, grafite, circo, rima e artesanato.
O II Festival de Cultura Urbana de Petrópolis é gratuito e começa na sexta-feira, a partir das 17h, e sábado e domingo, às 14h, seguindo até às 22h todos os dias.
Confira a programação completa:
Sexta-feira, 26/02
Palco Principal
17h Abertura dos trabalhos
18h Pocket: MC Alí
18h Pocket: MC Cochi
19h Cortejo Fanfarra Black Clube (Praça Dom Pedro até a Praça da Liberdade)
19h30 Ato Público de Abertura
20h Show Bernardo Passos e Dub Club Band
21h Show Gotam CRU e os Curingas
17h Abertura dos trabalhos
18h Pocket: MC Alí
18h Pocket: MC Cochi
19h Cortejo Fanfarra Black Clube (Praça Dom Pedro até a Praça da Liberdade)
19h30 Ato Público de Abertura
20h Show Bernardo Passos e Dub Club Band
21h Show Gotam CRU e os Curingas
Espaço Coreto
19h30 Cypher
19h30 Cypher
Sábado, 27/02
Palco Principal
14h Apresentação de Circo
15h Aulão com Nelson Triunfo
17h Debate: Juventude – Redução ou Legalização?
19h Coletivo Rua C + MC Brenin + Batalha do Passinho
20h Eliminatórias Batalha de Rima
20h30 Show ADL MC’s (Além da Loucura)
21h30 Show Flora Matos
14h Apresentação de Circo
15h Aulão com Nelson Triunfo
17h Debate: Juventude – Redução ou Legalização?
19h Coletivo Rua C + MC Brenin + Batalha do Passinho
20h Eliminatórias Batalha de Rima
20h30 Show ADL MC’s (Além da Loucura)
21h30 Show Flora Matos
Espaço Biblioteca
14h Oficina de Rima com MC Slow da BF
18h Poesia de Esquina + Sarau
20h30 Batalha de Tag
14h Oficina de Rima com MC Slow da BF
18h Poesia de Esquina + Sarau
20h30 Batalha de Tag
Espaço Coreto
14h Oficina de Streetart com Rafo Castro
17h Cypher
14h Oficina de Streetart com Rafo Castro
17h Cypher
Espaço SK8 e BMX
14h – Campeonatos
14h – Campeonatos
Domingo, 28/02
Palco Principal
14h Oficina de Circo
16h30 Neutrônica e Controle + Finais de SK8 e BMX
18h30 Final Batalha do Break (DJ Alex Freeze)
19h Final Batalha do Passinho (DJ Leo Laureano)
19h30 Show El Pira
20h Final Batalha de MC’s (Goribeatzz x Mestre Xim)
21h Show MC Marechal
14h Oficina de Circo
16h30 Neutrônica e Controle + Finais de SK8 e BMX
18h30 Final Batalha do Break (DJ Alex Freeze)
19h Final Batalha do Passinho (DJ Leo Laureano)
19h30 Show El Pira
20h Final Batalha de MC’s (Goribeatzz x Mestre Xim)
21h Show MC Marechal
Espaço Biblioteca
14h Oficina de Artesanato/Macramê com Alana Monsores
17h Sarau Poesia de Esquina
14h Oficina de Artesanato/Macramê com Alana Monsores
17h Sarau Poesia de Esquina
Espaço Coreto
15h Final Cypher (Rio de Janeiro Unbreakable)
15h Final Cypher (Rio de Janeiro Unbreakable)
Espaço SK8 e BMX
14h – Campeonatos
14h – Campeonatos
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Museu do Meio Ambiente expõe livro com a idade do Rio
No dia 1º de março, encerrando as comemorações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, o Museu do Meio Ambiente inaugura a exposição Natureza Impressa em Livro. Uma sala do Museu foi ambientada especialmente para apresentar ao público uma obra rara, impressa em 1565, mesmo ano em que a cidade foi fundada.
O livro "Commentarii in libros sex Pedacii Dioscoridis Anazarbei De medica materia" pertence ao acervo da Biblioteca Barbosa Rodrigues, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Trata-se de uma tradução latina, feita por Pietro Andrea Mattioli (1501-1577), do livro De Materia Medica, do grego Dioscórides. Com ilustrações e descrições de plantas, animais e minerais que eram utilizados para fins terapêuticos no século XVI, a obra se tornou uma referência para estudiosos de diversas áreas. As informações nela contidas são, ainda hoje, preciosas para campos como as ciências biológicas, médicas e farmacológicas, bem como para os estudos sobre a biodiversidade.
Na sala de exposição, além do livro, o público poderá ver ampliações de várias de suas ilustrações e fac-símiles de algumas páginas, e terá informações sobre seu conteúdo, autor e tradutor, suas características tipográficas e sua relação com o próprio Jardim Botânico.
A exposição tem a curadoria da botânica Aline Cerqueira e da historiadora Alda Heizer, com a consultoria do historiador Bruno Martins Boto Leite.
Natureza impressa em livro
Inauguração em 1º de março de 2016.
Visitação a partir de 2 de março, de terça a domingo, das 9h às 17h. Entrada gratuita.
O endereço do Museu do Meio Ambiente é Rua Jardim Botânico, 1008.
ENSP abre ano letivo, em 9/3, debatendo a cidade e a saúde
Para iniciar o ano letivo de 2016, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca vai debater A cidade e a Saúde em sua aula inaugural. A atividade, marcada para o dia 9 de março, a partir das 13h30, contará com a palestra do economista e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Carlos Lessa, que presidiu a instituição durante o governo Lula no ano de 2003. A aula magna marca o começo das atividades dos quatro Programas de Pós-Graduação da Escola: Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente, Epidemiologia em Saúde Pública e Bioética, Ética Aplicada e Saúde Coletiva. O evento é aberto a todos os interessados e não necessita de inscrição prévia.
Segundo o economista, o capital precisa que o mercado seja renovado diariamente, pois a pedagogia imbeciliza o consumidor. “O consumidor ideal é o frequentador assíduo dos templos do consumo: os shoppings. É o perfeito idiota condicionado pela relação do mercado com a economia. E o pior: a imbecilidade é transportada para o mercado da política, pela voz do chamado marqueteiro”, declarou Lessa durante o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, promovido pela Abrasco.
Sobre o tempo livre na sociedade moderna, para ele, a ordem social avança contra o tempo do não trabalho. As obras deixam de ser perenes e as músicas e os novos ritmos mudam a cada verão. O povo está voltando a ser produtor de cultura; novas e importantes manifestações culturais têm ganhado espaço, e o povo está reinventando o lugar.
Sobre Carlos Lessa:
Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa é professor emérito de economia brasileira e ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2003; professor do Instituto Rio Branco e ministrou cursos na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e no Instituto Latino-Americano de Pesquisas (Ilpes), da ONU, da Universidade do Chile e da Unicamp.
Foi, ainda, consultor da Fundação para o Desenvolvimento da Administração Pública (Fundap). É autor dos livrosQuinze anos de Política Econômica e O Rio de todos os Brasis, entre outros.
Vila Autódromo: comunidade ameaçada pelas olimpíadas mostra plano urbanístico
Uma pequena comunidade formada às margens da lagoa de Jacarepaguá é, hoje, símbolo da luta por uma concepção de cidade que priorize a vida em vez do dinheiro. Vila Autódromo recebeu esse nome por causa da proximidade com o autódromo de Jacarepaguá, mas é o barulho dos tratores que, há décadas, ameaça seus habitantes. Na semana em que a prefeitura intensificou o assédio à vila, derrubando a associação de moradores e aumentando a presença policial, os habitantes da comunidade se preparam para, mais uma vez, exibir sua principal arma de resistência: um plano de desenvolvimento urbano, econômico, social e cultural elaborado de forma colaborativa, contando com a participação da população e apoio técnico de duas grandes universidades do Rio de Janeiro. O documento, que será lançado neste sábado, dia 27, não é novidade para as autoridades municipais, mas sua maior façanha, a de demonstrar a possibilidade de convívio entre as construções olímpicas e as casas da vila, tem sido ignorada por aqueles que preferem reafirmar velhos clichês, que os anos tem tratado de demolir.
Existe uma regra clássica do jornalismo investigativo que diz que, para se chegar a um furo que derrube a república, é preciso seguir o rastro do dinheiro. Pode não ter o mesmo efeito devastador a curto prazo, mas perseguir a trilha de uma palavra também ajuda a revelar alicerces apodrecidos. Entre os discursos oficiais dos que advogam pelos grandes eventos esportivos, há muitos anos, uma palavra vem se destacando: legado. Foi a partir dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, que ela se instalou definitivamente nas redações da grande imprensa. Vinda dos releases oficiais, das entrevistas de cartolas, políticos e empresários do esporte, com muita facilidade repórteres, editores e colunistas passaram a adotar a palavra, a um ponto em que, hoje, é possível ouvi-la até mesmo na boca do povo. Na época, houve quem reclamasse. Editores mais experientes e comprometidos com a ideia de um jornalismo que busca a comunicação efetiva com a população rejeitavam o legado. Já tínhamos termos correlatos, de uso mais corriqueiro, como herança. Mas não teve jeito. Passou-se a falar em legado do Pan, como quem diz bom dia.
Mas entre a retórica e a vida há desvãos. Se a palavra legado parecia muito bonita, o mesmo não se pode dizer da Vila Olímpica com problemas graves de saneamento, da piscina “de-primeiro-mundo” que rachou, ou do estádio que custou mais do que seis vezes o orçado e que, por risco de desmoronar, foi interditado. Passado o Pan do Rio, começaram a aparecer, para os mais atentos, sinais de que era melhor uma herança na mão do que um legado desmoronando. Só que da mesma forma que para Washington Luís governar era abrir estradas, para os dirigentes políticos atuais, legar, legar e legar parece ser o norte, ainda que para tanto seja necessário esbarrar na ilegalidade. As remoções são a face mais cruel dessa saga em busca de um legado e um futuro que não chegam nunca para os que estão nas camadas sociais mais pobres. É a esse discurso que Vila Autódromo resiste. O que relatam as lideranças comunitárias sobre as famílias que já deixaram suas casas é uma situação já conhecida por quem estuda esse tipo de política habitacional autoritária: moradores com problemas psicológicos, por conta da perda da identidade comunitária e outras dificuldades de adaptação a suas novas casas.
A comunidade que ficou, hoje formada por não mais que 30 famílias, é um foco de resistência contra os avanços da especulação imobiliária, que pega carona nos grandes eventos. Desde a construção do Riocentro, nos anos de 1970, os moradores daquele lugar – a maioria vinda de outros despejos – são assediados pelas grandes empreiteiras, que usam o poder público como seu braço armado. A luta de seus moradores parece fora de propósito para grande parte dos que habitam a cidade que o próprio prefeito diz ser uma empresa. Diferentemente do que acontece no mundo corporativo, na Vila Autódromo, há lugares e pessoas que não têm preço, talvez por se saberem credores de uma herança inestimável: a luta de seus antepassados pela vida. Essa herança, diferentemente das falsas promessas de legado, existe. Pode ser sentida, ouvida e sorvida nas águas, nas matas e na terra que resistem ao concreto e ao bezerro de ouro do progresso.
* Leia também, neste link, entrevista com Maraci Soares, liderança comunitária do Quilombo do Camorim e integrante do Conselho Popular de Moradia do Estado do Rio de Janeiro.
Brazil Promotion Day Rio de Janeiro
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